Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Simplesmente te amo

Amo-te!
Simplesmente te amo e é assim que te descrevo. Se me olhas nos olhos fico presa e estremeço.
Viver longe de ti não consigo nem mereço.
Simplesmente te amo. Nada mais posso dizer, volta rápido, sinto a tua falta. Sem ti não posso viver!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Para o novo ano...

Acreditem em mim. Durante as férias de Natal há sempre coisas na nossa vida que mudam radicalmente.
O ano passado aconteceu-me isso e este ano não foi excepção.
Este Natal foi maravilhoso. Um dos melhores que tive e porquê? Porque o vivi com alma, como se fosse a última vez que passava um Natal nesta vida. E é assim que o Natal deve de ser vivido. No seu pleno!
Por outro lado, depois do Natal começam a vir as ideias para uma passagem de ano em grande junto dos amigos. E no meio de tanto pensamento ocorre-nos aquela frase já tão batida nas nossas mentes: O que desejo eu para o ano 2011?
Na realidade já nem penso muito nisso.
Venha o que vier. Eu não poderei desejar uma coisa a que não me proponha trabalhar para conseguir.
Se eu quero muito uma coisa não poderei ficar á espera que ela se realize por ela mesma assim por obra e Graça do Espírito Santo. Eu acredito em Deus e em verdadeiros milagres. Acredito porque sei que existem, porque já passei por um milagre, porque já vi acontecer a membros da minha família, ou até porque amigos meus me falaram. Acredito porque tenho o meu coração aberto e apto a acreditar que nesta vida já tudo é possível. Com tanta coisa absurda que tenho visto á minha volta já nada me surpreende.
No entanto já não me passa um único desejo para este 2011. As coisas só serão concretizadas com a nossa vontade que transcede o nosso querer. Paz no mundo só será possível se fizermos por isso.
Acabar a crise só é possível se um político muito querido parar de pregar tantas mentiras e fizer mesmo alguma coisa pelo país.
Um dia gostaria de falar com um político para lhe poder dizer o que penso. Nós nunca poderemos gastar mais com o que recebemos. Portugal deveria produzir mais e gastar menos. Não deveríamos comprar alimentos de outros países só por serem mais baratos. É assim que outros países ficam mais ricos que o nosso. Só deveríamos abastecer os carros com gasolina e gasóleo português e comprar carros em Portugal.
Só assim isto andaria para a frente. Mas Portugal está á espera que Deus faça um milagre e não esperem sentados por esse milagre. O nosso Sócrates não irá poupar nas nossas carteiras na hora de pensar meter mais um amiguinho dos seus em Portugal por uma noite, dado que compra carros de prestígio e depois anda a lamentar-se que temos que apertar os cintos.
Como poderei eu fazer a diferença sozinha se ninguém deseja estar do meu lado nesta batalha? Já pensaram assim como eu?
Para este 2011 apenas desejo ter forças suficientes para conseguir trabalhar arduamente e realizar o que desejo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Lábios de Mel

De mel são esses teus lábios
Que matam quem for beijada
Mas desde logo desejei morrer
Por esses lábios de mel envenenada
Porque não há lábios mais doces
Que esses doces lábios teus
E por eles não há ninguém
Com tanta fome como os meus
E quando beijo esses lábios de mel
Vejo O teu olhar fechado
Esse olhar lindo e florestal
Com que sempre tenho sonhado
Esse olhar lindo e verdejante
Que meus sonhos tem realizado
Com essa tua boca de mel
Que meu coração tem conquistado

Serra Deserta

Despertei de madrugada no aconchego da minha cama. Olhei para o relógio, ainda era de madrugada. Um som qualquer tinha-me despertado.
Resolvi sair da cama, ir beber um copo de água. Desci as escadas e fui até á cozinha descalça, deixando atrás de mim a marca das minhas pegadas marcadas no chão pelo calor do meu corpo quente.
Abri a torneira e enchi um copo de água que logo devorei com a imensa sede. Nisto uma sombra passa por trás de mim. Consegui sentir que alguma coisa me rodeava. Que havia ali alguém além de mim.
Subi ao quarto olhando em redor. O peso do ar envolveu os meus braços e a minha espinha dormente.
Vesti o meu roupão e calcei os meus sapatos de quarto e segui a voz que agora me chamava.
Saí de casa com uma lanterna pequena para o caso de ser preciso. Olhei em volta para a imensa serra deserta, coberta de densas árvores e arbustos, de longas estradas onde raparamente passava um carro. Fiz-me á estrada a pé com os braços em volta do meu ventre, para me proteger do frio.
Percorri a passo curto a longa estrada, perto das árvores altas, perto de flores de gelo que o frio formava ao longo da serra.
Ouvi de novo o meu nome dito por aquela voz seca e tirei do bolso a pequena lanterna e tentei acender por três vezes, mas que não tinha pilhas. Fiquei alerta. Corri. Comecei a correr. Dentro de mim algo me disse para correr dali. Estava agora muito longe de casa e corri, corria para mais longe ainda, para onde ninguém me pudesse encontrar.
Olhei para trás, parei! Nisto, no meio do nevoeiro que se formava atrás de mim, eu vi um homem. Um ser estranho que caminhava na minha direcção. Ouvia-o rir para mim. Corri. Não ousei gritar. Corri apenas para longe. Para onde ele não me pudesse encontrar. Corri para depois me esconder, para no meio de arbustos me cobrir, onde ele não me pudesse ver, onde eu pudesse ficar, até ao dia cair, até o amanhecer voltar.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Reflexos na noite

De novo! Despertei de mais um pesadelo esta noite.
Eu havia apanhado o autocarro, mas pela primeira vez eu era a única pessoa no seu interior.
Subitamente o autocarro pára num local desconhecido. Era de noite, as ruas estavam desertas. Do lado de fora do vidro podia ver a rua deserta, coberta por um denso nevoeiro que banhava o chão e os seus arredores.
O motorista fez-me sinal para sair com o braço a apontar para a porta e eu estremeci. Era a primeira vez que comunicavam comigo desta forma mas saí.
Já na rua olhei em meu redor. Nem uma pessoa, nem um animal vadio. Os meus olhos contemplaram o estado em que as ruas estavam. A estrada tinha um aspecto antigo. Perto das casas haviam contentores de lixo de lata amolgados, lixo no chão, folhas de papel que com o vento faziam a sua dança em meu redor, como que a dar-me as boas vindas.
De súbito uma voz chama-me. Parecia a voz de uma criança aflita. Fui na direcção do som, que parecia vir do lado de lá de uma casa abandonada, mesmo ao alcance dos meus olhos turvos pelo frio.
Ao virar aquela casa uma enorme mão apanha-me pelo pescoço e encosta-me contra a parede. Era ele de novo. O estranho ser de chapéu com gabardina negra, que me sorria com malícia e me passava a fina navalha pelo pescoço.
 Ele disse-me que há muito que me queria apanhar. Que eu lhe fugia sempre mas que um dia me apanharia a valer. Tentei uma vez mais gritar sem êxito. O seu hálito banhava a minha pele humedecida pela noite.
Podia sentir o seu cheiro horrível contra mim. Nisto libertei-me e corri. Corri pela rua fora em busca de socorro, gritava, mas em todas as janelas que batia não havia uma luz que se acendesse em meu auxilio.
Ele começava a ganhar terreno. Mas eu não me deixava ficar. Eu sabia que tinha que lhe escapar ou ele acabaria comigo de uma vez.
Fiz força para não gritar e á primeira curva que vi meti-me debaixo de um carro velho e esperei ofegante e em silêncio absoluto.
Pensava que já o havia despistado mas de súbito a sua mão gelada agarra-me pelo tornozelo trazendo-me de volta. Gritei, gritei muito quando vi a lâmina afiada contra o meu pescoço.
Nisto acordei e não havia ali nada a não ser a noite chuvosa e a lembrança terrorífica de um ser que me persegue noite após noite.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sangue fresco

Ele sentia-me perto.
Á medida que eu caminhava sentia que não estava só, que o poderia encontrar, mas eu não queria. Eu não queria sentir as suas mãos frias de novo no meu peito, os seus lábios carnudos de encontro ao meu pescoço quente, com aquela água que ele bebe, aquele perfume que ele prefere.
Tentei caminhar numa outra direcção, mas ele estava demasiado perto para lhe fugir.
De súbito os nossos olhares foram de encontro um ao outro. Mesmo contra minha vontade fitei-o fixamente. Sabia que o amava, mas não podia. Era proibido amar alguém assim.
Sempre fui uma mulher calma, ciente das minhas escolhas, mas quando o conheci na escola o meu ser mudou. Naquela noite fria eu caminhava sozinha pelas ruas desertas em busca de espaço e solidão. Ele fitava-me no cimo de uma árvore e quando passei por ela saltou ao meu encontro. O meu coração disparou com a sua beleza. O seu olhar profundo, o seu modo de me fitar tão eterno.
Não demorei muito a cair nas suas garras manhosas que me possuiram juntamente com os seus lábios e dentes, que envolveram a minha débil garganta como se fosse um nó. Sugou-me ferozmente como um animal e tomou-me sua. Assim foi. E sou sua, mas temo que o seja.
É um amor demasiado forte, um amor que não consigo controlar dentro de mim. Não suporto sentir os seus dedos frios nos meus, os seus lábios sedosos de encontro aos meus ouvidos, a sussurrar-me palavras que não ouso dizer, a trincar-me levemente como que uma presa fácil...
e perco os meus sentidos quando sinto os seus braços fortes. Aquelas tatuagens que me são tão familiares, braços frios e quentes ao mesmo tempo. E sou sua de cada vez que ele me busca. Ele jurou-me amor eterno e e cedi aos seus caprichos. É fácil ceder-se por amor.
É fácil perder-se a razão e a noção da própria existência por amor.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pesadelo

A noite estava a chegar. Do outro lado da estação o céu escurecia. Em poucos minutos todo o céu ficou tingido de negro. Estremeci. O ar estava pesado. Tentei abstrair-me um pouco e ouvir música, escrever um pouco e esperar pelo comboio que por fim me levaria a casa. O ar estava gelado, o vapor saía pela minha boca como um fantasma deixando um rasto duvidoso.
O comboio não chegava e fui perguntar na bilheteira qual o horário previsto para a sua chegada. Estava atrasado meia hora. Fui á casa de banho.
No interior estava escuro, não havia luz. Entrei no compartimento dos fundos e tentei aliviar um pouco. Mas do outro lado algo me dizia que aquela noite iria ser diferente. Senti passos que se aproximavam lentamente, cada vez mais próximos do sitio onde eu estava. Gelei! Vesti-me rapidamente e sustive a respiração para que não fosse ouvida naquele espaço apertado.
Subitamente o som parou. Supostamente quem quer que tivesse lá entrado já tinha saído. Respirei fundo. Reparei que tinha sustido a respiração mais tempo com o que deveria.
Saí do compartimento e foi então que ele me apanhou. Um estranho de chapéu que lhe cobria todo o rosto, uma gabardina preta até aos pés. Envolveu o meu pescoço fino com as suas mãos de navalhas. Encostou o seu nariz no meu queijo e pude sentir o seu bafo fétido nas narinas.
Tentei gritar, mas não consegui emitir som algum. Parei no tempo. Não queria pensar em quanto tempo mais ficaríamos ali os dois, eu...aquele ser que nem conhecia e aquelas horripilantes navalhas no meu pescoço. Tentaria ele matar-me? Mantive a calma, pelo menos tentei. Assim que ele largou o meu pescoço precipitei-me para a saída o mais rápido que pude. Agarrei na porta e quando ele ia tentar alcançar-me bati-lhe com ela na cara.
Mas quando fui fugir para longe algo cortou a minha mão esquerda. Berrei de dor mas continuei a correr. Corri para fora daquela estação deserta até a um cerro bem próximo. Subi ofegante e escondi-me por entre arbustos densos que haviam á minha passagem. Tinha a garganta arranhada e seca, as pupilas dilatadas com o medo e o terror. Estava sozinha ali, ninguém a quem pedir ajuda,  sem bateria no telemóvel. Nisto acalmei. Dei-me conta de que o tinha deixado para trás e sorri. Estava livre dele agora.

Suspirei e nisto, ao sair do arbusto, ele apanhou-me de surpresa.
Foi assim que despertei.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vampira

E foi assim que os teus olhos me mataram.
De um momento para o outro vi-me no meio de uma guerra sangrenta entre a minha luta pelo amor e pela minha vingança.
Ele tinha voltado para me atormentar. Depois de tudo o que nos aconteceu, depois de tudo o que ele me disse e me fez ele voltou para tentar uma vez mais a sua sorte.
Eu estava contigo e feliz, mas ele...com os seus olhos malignos empurrou-me contra a parede e tentou uma vez mais colocar as suas mãos gélidas na minha garganta. Olhou para mim com um olhar firme e tentou morder-me. Tentei fugir, tentei gritar mas ele tapou-me a boca com uma das suas mãos enormes para abafar o grito que a pouco e pouco se prendeu na minha garganta.
Não sei como o fiz, mas consegui fugir-lhe desta vez. Fugi para longe e gritei por ti.
Tu não estavas agora, mas eu gritava. Gritava até que me pudesses ouvir e acolher-me nos teus braços firmes.
Quando te encontrei não me esperavas. Tinhas os olhos cobertos de lágrimas pelo medo de me deixar levar na conversa dele. O teu corpo tremia. Dentro de ti reinava a incerteza e eu sabia. Eu sempre soube mesmo nos momentos em que juntos partilhávamos o nosso amor com a mesma alegria de outros tempos. Tempos que nos fugiram pelas mãos.
Abracei-te. Quis dizer que te amo loucamente, que és tu o homem da minha vida e não ele, que morro com medo de te perder, um medo que me mata a cada segundo que não estou contigo.
E disse-to.
Disse-o com os meus olhos diferentes, com os meus olhos de outro ser que em mim se esconde, mas que te ama com todas as suas forças.
Amo-te, amo-te meticulosamente.
Amo-te como só um ser como eu poderá algum dia amar alguém. Tenho orgulho em te poder amar assim.
Porque só um ser como eu poderá amar-te como te amo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Campanhas de Natal

O Natal está á porta e as campanhas de Natal ouvem-se por tudo o que é sitio.
Para a Ajuda de Berço estão neste preciso momento a fazer a campanha Arredondar nas lojas da Worten.
Por cada compra que se faça numa loja destas pode-se contribuir com mais 1 euros, 10 cêntimos, o que se quiser. Parece pouco, mas vendo bem não é. Por cada 10 cêntimos que uma pessoa dê está a dar uma ajuda enorme. O mesmo se passa no Facebook. Já sabem pessoal, não custa nada ajudar. Basta irem ao Facebook e adicionar Ajuda de Berço como amigo e por cada amigo novo que a Ajuda de Berço receba são 25 cêntimos a contar para ajudar os que mais precisam.
Embora  estas campanhas sejam muito bonitas, a verdade é que só se lembram delas no natal e isso assim não pode ser. Então um pobre só recebe um pratinho de sopa na altura de Natal? Só no Natal é que se dão conta de que as pessoas desfavorecidas precisam de comer e de se vestir, fazer a sua higiene pessoal e ter onde dormir? Quer dizer, acaba o Natal e lá vão as pessoas voltar a dormir na rua.
Eu acho isto tudo muito bonito na altura de Natal haverem as campanhas de sensibilização, mas quem precisa não precisa apenas no Natal. Vamos lá pessoal, olhar por quem precisa não é algo que roube demais o nosso tempo. Todos nós temos em casa roupa que já não usamos, sapatos que já não calçamos mas que estão em bom estado, um pretinho de sopa para oferecer. Não precisa de ser com dinheiro.
Basta que tenhamos todos vontade de ajudar os outros e verão que um sorriso, um obrigado, nos fará sentir úteis neste mundo. Ajudar o próximo faz de nós pessoas melhores, pessoas humanas. Eu já cheguei a dar dinheiro a uma senhora que tinha o filho dela muito doente de coração. Há muitas pessoas que choram com pena mas não abrem a carteira. Eu já dei dinheiro para ajudar crianças com cancro. Eu não sou rica, tenho pouco e contado para as minhas despesas mínimas, mas tenho coração, vejo a situação que o país atravessa, vejo as lágrimas nos olhos das pessoas e a fome que sentem. Para essas pessoas até um preto de sopa lhes sabe a um banquete e não é nada demais. Ajudem por favor.
Pensem que amanhã poderemos ser nós a precisar de ajuda. Todos nós temos os nossos momentos de aflição em que precisamos de uma mão amiga e é engraçado como em cada um desses momentos os amigos evaporam-se. Não sei como é que acontece, mas vão-se embora.
É muito bonito falar, mas na prática as coisas não são bem iguais.
Muitas vezes uma palavrinha amiga vale mais que um olá amarelo.
Ajudem a ajudar. Vamos fazer de Portugal um país unido nem que seja na desgraça.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Casar tem um peso enorme na sociedade não é?

O casamento sempre foi um tema muito presente na minha vida por vários motivos:
Hoje casava-se um primo meu, amanhã uma amiga da minha tia, no outro dia uma amiga minha...e de facto eu acho o casamento um acto muito bonito. Porém não acho que o casamento seja hoje em dia considerado como um acto bem pensado.
Para falar verdade, pelo menos na minha opinião, eu não sou aquele tipo de mulher que sempre sonhou com um casamento, aquela ideia do vestido de noiva, do dizer aquela palavra mágica perante um padre, uma enorme boda e depois uma bela Lua de Mel. Acho tudo lindo sim, mas nunca foi algo com que sempre sonhasse e com a idade a avançar, as ideias começam a definir-se na nossa cabeça, até poderia ser que tivesse alterado esta minha opinião, mas não.
Na minha opinião, há-de haver um dia em que é chegado aquele momento em que duas pessoas decidem finalmente dar um passo em frente e viver juntas. Porém, e embora eu seja a favor que assim seja, nem todas as pessoas acham uma coisa bonita de se ver.
Já repararam naquela tendência para se dizer: Olha a Carla juntou-se com o Daniel. Olha a Filipa é junta com B, a Mónica diz que se vai juntar...
Porque não dizer-se simplesmente que duas pessoas querem compartilhar o mesmo espaço, serem felizes juntas? ( Ou pelo menos tentar...)
Para muitos, uma pessoa que não se case não é bem vista pela nossa sociedade. Isso sempre me fez muita confusão. Que raio tem um simples papel de tão importante e soberano que muda a forma como as pessoas são vistas? Já me parece o tema do post anterior que fiz em que as pessoas adequam o seu discurso consoante a estatura social do outro. Acho isso tudo uma palermice de todo o tamanho.
Não sou contra o casamento e para ser honesta em tempos estive quase a dar esse passo. O amor é de facto uma coisa que nos faz tomar decisões e jamais direi que desta água não beberei. Mas o que me faz confusão é a importância atribuída a uma folha de papel com uns rabiscos ali e a bênção do Senhor ser a prova de que duas pessoas de facto se amam.
Para mim, o amor não está numa folha de papel e no dinheiro que se gasta num casamento. O amor é a celebração de um sentimento reciproco entre dois seres de sexos opostos, ou até do mesmo sexo numa causa comum. Nada mais simples que isso. Não são precisas provas para se provar o que se sente. O facto de se dizer que se ama é já sinal de que há sentimento. Embora a palavra "Amo-te" esteja já tão banalizada e toda a gente a use por todos os motivos possíveis, até para iludir o outro, não podemos sempre julgar as pessoas assim.
Hoje eu vejo o casamento como uma festa. Passo a explicar:
As pessoas hoje casam na sua maioria por se dizer que é bonito, por quererem fazer a vontade á mãe, por se dizer que fica bem, por se fazer uma grande festa e esta é a causa principal. Vão logo procurar o melhor vestido, o melhor local para a boda, tudo do bom e do melhor e mais tarde, depois da tão linda jura do Aceito amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, em todos os dias das nossas vidas acontece um imprevisto e acabam por se separar. Claro que não temos que ver as coisas logo de forma trágica. Não podemos pensar que nos vamos casar e mais tarde nos vamos divorciar, isso seria um perfeito disparate, mas para se celebrar um evento há diversas festas que se podem fazer e que não implicam dar um passo tão sério. Casar não é só meter um anel no dedo. Tem que ser muito bem pensado, saber-se mesmo se é isso que se pretende.
Estará errado o meu ponto de vista?
Encarem o casamento como um dos passos mais importantes que já alguma vez deram. Não banalizem esse acto, não façam de um casamento um momento de party. Amem com o coração.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Hoje só te dão um prato de sopa de virem bem os teus sapatos

É caricato este título não é verdade? Mas é uma grande verdade.
A mentalidade do homem tem sofrido uma grande revolução nestes últimos tempos e a desculpa é a crise.
Por motivos de crise não se compra mais, por motivos de crise não se oferece mais, por motivos de crise temos que poupar. Tudo muito bonito, mas se formos a ver também é nos motivos de crise que mais se gasta e vai-se lá saber porquê. Por exemplo, no Domingo passado vi os ídolos e um dos concorrentes, o Alexandre Diouf, tem um mega fã que lhe escreveu no Facebook que só para votar nele gastou todo o seu salário. E agora eu pergunto a vocês: Esta pessoa tem falta de dinheiro? NÃO!
Para onde quer que eu vá, o cenário com que me tenho deparado é o seguinte: Olham-te sempre para os sapatos em primeiro lugar, antes de te olharem para todo o resto.
As pessoas SEMPRE foram julgadas pela sua aparência, sempre. É uma característica comum no homem é olhar sempre o próximo pelo que ele trás vestido. E dito isto lembrei-me de uma frase do famoso Schiller que vem mesmo em boa hora, vejam só:
"Todos julgam segundo a aparência, ninguém sobre a essência".
E é uma grande verdade. Até para aquelas pessoas mais carenciadas que procuram Institutos de caridade como a Cruz Vermelha ou as Cáritas, para te darem alimentação primeiro terão de ver bem o que levas vestido. E as pessoas que merecem um prato de sopa lá têm que dormir na rua, caso não durmam têm dinheiro. A segurança Social antes estendia a mão a pessoas que não tinham o que comer, dando-lhe um cheque que depois era entregue num supermercado e se levantava em bens alimentícios e hoje onde paira essa ajuda? Não há! Até cortam nos rendimentos de pessoas que necessitam verdadeiramente de ajuda, de pessoas doentes que eles dizem não estarem doentes o suficiente para serem merecedoras de uma esmola e as mandam trabalhar com graves problemas de saúde. Fico revoltadíssima com essa situação e muitas outras que nem valem a pena ser faladas, dado que todos vocês têm consciência, ou pelo menos deveriam de ter, que o nosso país está mesmo nas últimas e se vai levantar uma guerra enorme um dia destes.
As pessoas, hoje em dia mais do que nunca, olham sempre ao que levas vestido, ao que calças, a tudo. Se tens um bom casaco, nem interessa se te foi oferecido, é bom, logo tens dinheiro. Toda a gente já reparou na diferença discursiva que há entre a forma como se trata um advogado e um trolha. É porque o advogado tem uma profissão de maior mérito perante a sociedade que o trolha. Mas no fundo tudo isto não passa de um trabalho comum para bem de todos nós. Todos precisamos de ganhar para as nossas despesas e hoje cada vez mais precisamos e temos de apertar os cintos.
Outro factor que se passa muito á nossa volta é termos sempre a mania de olhar um ser humano carenciado e termos o chamado sentimento de pena mas não fazermos nada para o ajudar.
Nas escolas era muito comum os professores (e ainda é) terem sempre aquela expressão de pena pela Madalena não ter casa e viver numa tenda. Por isso olhavam sempre para ela com aquela expressão diferente da forma como olhavam  a Rute por exemplo. Porque a Rute era filha de uma juíza e de um vendedor de automóveis que andam sempre vestidos com aquelas farpelas e engravatados. Logo faz toda a diferença.
O que acham disto? Podem comentar honestamente que eu não ficaria nada espantada se visse algum comentário com uma opinião mesmo distinta.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Maus tratos deveriam de ser punidos

E digam lá que eu não tenho razão nas coisas que digo? Tenho, eu sei que tenho.
Uma prática muito comum por parte de grande parte dos homens para com as suas mulheres são precisamente os maus tratos físicos. Mas quem fala dos físicos fala também dos psicológicos.
Para já, uma mulher, antes de se olhar para ela e se dizer que é uma mulher, tem de ser vista como um ser humano comum e como tal deveria de ser tratada com todo o respeito. Eu sei que também há muito boas senhoras que tratam mal os seus homens, mas regra geral vejo mais o contrário acontecer e questiono-me sempre o que leva um homem a mostrar o seu lado mais agressivo e animal para com o ser delicado que é a mulher.
Em países como Marrocos, por exemplo, vejo muitos casos de mulheres a terem de se sujeitar ás regras do seu homem, o que me faz uma confusão tremenda. Para eles, a mulher é mais uma máquina de fazer filhos e uma peça de lavandaria que propriamente um ser humano com quem possam compartilhar as tarefas.
Na verdade, os maus tratos a mim metem-me nojo.
Deveríamos todos de ter o direito de poder usufruir da nossa liberdade, mas lá não funciona assim. Um homem em Marrocos anda com quem bem entende e faz o que bem entende. As mulheres não. Uma mulher que decida divorciar-se do marido em Marrocos fica sempre mal vista perante todas as pessoas que conhecem a família do seu pai. Não consigo perceber que tipo de mentalidade há na cabeça daquelas pessoas por não conseguirem perceber que está no direito de uma mulher divorciar-se se assim tiver de ser.
Não podemos ficar presas a uma relação que está mais que acabada só para causar bom aspecto do lado de quem vê, do lado de fora. Em casa não é igual ao que o que as pessoas vêm por fora.
Dar a imagem de bom marido é sempre uma técnica muito usada pelos homens e começo a achar que se tornou um vício querer mostrar que se é bom numa coisa que nem sequer têm a capacidade de o ser.
Um bom homem é aquele que se preocupa com a mulher que tem em casa, aquele que dá dinheiro para a ajudar a sustentar os filhos, dado que os filhos não foram só feitos por ela. É muito giro meter lá o coisito de passados nove meses toma lá e atura-o tu que eu sou o patrão da casa.
Acho uma falta de dignidade tremenda aos homens que mal tratam as suas mulheres desta forma e ainda lhes batem. E quando não lhes batem há sempre uma palavra sábia que vale mais que mil bofetadas. Ninguém merece viver numa situação assim.
Essa mentalidade deveria de ser abatida de uma vez por todas.
O mal é que essas leis, se é que poderei considerar aquilo de lei, não terminam só por obra de graça do Espírito Santo. Acreditar em Deus nestes casos só não basta. É necessário que se faça alguma coisa para reverter toda esta situação vergonhosa que se passa no nosso mundo.
Uma grande amiga minha passa precisamente por esta situação. O caricato desta história é que o marido dela, além de a ter como mulher ainda queria ver se arranjava uma segunda mulher, de forma a obter a legalização em Portugal. Claro está que depois disso a segunda mulher seria lixo na vida dele.
Já pararam para pensar neste assunto um minuto que fosse? O que vos parece?
Quem cala, muitas vezes não consente. Apenas não sabe o que dizer.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Hoje em dia é moda dizer que sim só porque sim

Até eu mesma fiquei baralhada com o título do post, mas é mesmo uma grande realidade.
Hoje é uma moda as pessoas dizerem que sim a tudo e não há nenhuma razão aparente, apenas porque a amiga disse que sim, porque a mãe quer que se diga sim ou porque o papagaio disse sim e pronto, foi sim.
Parece que neste mundo aparentemente tão liberal há alguma coisa que não está bem. E na minha opinião, efectivamente não está bem em muita coisa. Ele é política, ele é financeiramente ( então neste campo nem sei que mais vos diga, estamos de facto a cair) e ele é na maneira de pensar e agir. E não me venham dizer que não repararam que também o pensamento do homem alterou porque alterou sim e muito. Parece que com toda esta crise mundial o homem resolveu tomar um analgésico altamente forte e apagou por completo. De outra forma nem tenho grandes argumentos para vos dar sobre esta mudança de comportamento.

Hoje em dia, não ter uma opinião formada sobre um determinado tópico, pelo menos a mim, parece-me um erro gravíssimo. Muitas pessoas correm atrás do que outras pessoas lhes dizem e acabam por correr o risco de não tomarem a escolha certa. Muitos dos erros que se cometem nesta vida são por conta de opiniões alheia e não me digam que não são porque são sim.
Por exemplo, se eu vou comprar uma peça de roupa a uma loja e a senhora da loja me mete diante dos olhos algo que não gosto, porque raio eu teria de dizer que gosto? Só para ser simpática? Não precisamos de ser desagradáveis com as pessoas só por não concordarmos com o que elas pensam ou nos mostram. Temos é que ser honestos com elas e mais do que isso, verdadeiros connosco próprios.
Mas há muito boa gente que resolve comprar a tal peça de roupa só mesmo por não conseguir dizer a palavra não e isso faz-me mesmo confusão.
A mesma coisa se pode aplicar ás relações sexuais. Foco este assunto porque me faz mesmo confusão isto, se querem saber. Uma rapariga está com um rapaz ( por gostar dele, note-se logo) e a dada altura ele pergunta-lhe se ela quer dar um passo em frente. Ela gosta mesmo muito dele, mas isso bastará para dar esse passo se ela ainda não se sentir pronta? Francamente NÃO
É um erro que muita gente comete e que não entendo porque não disseram não. É tão simples como dizer uma simples palavra e ficarão os dois mais felizes da vida. Sério, e ninguém se magoa. Porque aceitar só para não magoar o próximo acabará por magoar mais a própria pessoa e diga-se de passagem que em assuntos de sexualidade a mulher sofre sempre muito mais que um homem com essa coisa do que fica bem e mal, mas isso é uma questão de valores e não vem ao caso. Poderei falar deles num outro post.
Ninguém é obrigado a dizer que sim só para parecer bem ou mesmo para não adiantar o rumo da conversa.
Pode-se muito bem dizer que sim ou que não, mas de acordo com o que realmente achamos que esteja certo para nós. Eu não apanharia uma buba tremenda só porque me dava trabalho negar, porque depois iria ficar a servir de vela no meio do pessoal bêbado e tal. Eu não tenho que o fazer só para me integrar e simplesmente não o faço e já passei por essa situação e não o fiz só para mostrar que me integro. Uma pessoa pode integrar-se de mil e uma formas diferentes sem fazer asneiras ou seguir o que o outro faz ou diz ou pensa.
Metam uma coisa nas vossas cabeças, o que vai na nossa cabeça tem muito mais valor do que o que é seguido da cabeça de outra pessoa. E se deixamos de dar ouvidos ao nosso intelecto para ouvir o de outra pessoa, esquecemos de quem somos para seguir o outro e isso para mim não é correcto. Sejamos originais, nós mesmos e façamos as coisas que achemos correctas. A mim isto parece-me um bom apelo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Linguagem da alma

Não somos do mesmo mundo. Somos de mundos diferentes. Somos dois seres que vivem isolados, distintos, separados e acolhidos nos braços da escuridão.
A escuridão, essa mãe soberana de todos os nossos maiores pesadelos, aquele que me esconde de ti.
Vivo nesse mundo totalmente aparte do teu. Nesse mundo sujo em que livremente me depositaste para não mais me encontrar.
Hoje busco a verdade das tuas palavras. A verdade que outrora se pode dizer que esteve escrita nos teus olhos. Esses olhos grandes que hoje choram sem perceber ao certo o motivo. Olhos infelizes que vivem de encenações e sorrisos forçados para tapar toda a verdade.
Vivo nesta amargura constante de te buscar sem te encontrar. Mas mesmo assim não desisto. Não desistirei de te buscar no mais escuro de ti, desse lado negro que te agarra pelos braços de cada vez que sonhas em fugir. E mesmo que quisesses não poderias. Mesmo que tentasses essa escuridão iria seguir-te até te alcançar para depois de amarrar com mais força contra o seu leito negro.
Falamos a mesma linguagem, mas não conseguimos nunca entender o que o outro diz.
Passas por mim, finges não me conhecer e é o melhor.
Por vezes sinto que me queres dizer algo, que me queres falar, escapar dessa mentira inútil onde te meteste e falar-me essas palavras vindas do coração. Mas calas-te. Tens medo que a verdade te surpreenda. Sonhas com um mundo livre para te poderes pronunciar, mas ambos sabemos que esse mundo que idealizas não existe.
Foge!
Corre para longe de ti mesmo. Espanta essa escuridão que te consome, deixa as palavras saírem dessa alma presa, desse ser jovem que veste a capa de ladrão de sonhos. Vive. Não temas em viver por ti, segue os teus sonhos e luta por aquilo que vale realmente a pena. Deixa o meu coração bater livremente. Sem ti, ele pode bater livremente.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cega

Ceguei, não consigo ver nada.
Tentei procurar um sitio onde me agarrar, uma mão que pudesse por momentos segurar a minha para não me fazer cair.
Depois de tanto buscar no escuro por entre o frio das minhas mãos gélidas uma mão fria segurou a minha.
Perguntei quem era, mas não obtive resposta.
Aos poucos a minha visão começou a voltar ao normal. Os meus olhos que até então cegaram começavam agora ver com toda a clareza e tu, esse ser que tão firmemente me segurava, olhava-me fixamente.
Fiquei espantada. Tu, aquele que outrora me havia afungentado da sua vida, de novo no meu caminho.
Tentei falar, mas ficara com as palavras presas nesta boca seca. As palavras presas como réus, a debaterem-se fortemente nas grades das minha cordas vocais, a implorar por liberdade, para que pudesses entender que não preciso mais da tua mão.

Eu posso não ver com clareza, mas a mão que me segura  não é mais a mesma.
Outrora tu foste aquele por quem eu tantas vezes me debati para sentir a tua mão. Hoje não. Hoje é  diferente.
Hoje tu procuraste a minha mão, olhaste-me fixamente, como que esperando um perdão. Mas não há nada.
De mim para ti não existe mais nada. Apenas o meu olhar cego, que teima em cegar, para não te ver passar por mim.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Para além da verdade

É verdade. Há coisas que nos estão prometidas e tu sabias.
Mas por mais que soubesses nunca conseguiste contar-me toda a verdade. A verdade que nos fez afastar, que nos fez seguir mundos separados, longe de toda a realidade que nos cercava.
Disseste que era diferente. Que nada se igualava ao teu pensamento e eu tive de aceitar.
Foste embora.
Fiquei sem saber o que fazer. Sabes, o coração tem destas coisas.  Questionei-me várias vezes qual seria o verdadeiro motivo que forçava o teu coração a ir.
Mas hoje sei e não te censuro por isso.
A verdade por vezes dói mais que uma boa mentira. Há mentiras que nos cobrem com o seu manto negro e nos tapam de saber aqueles momentos mais dolorosos. Mas eu nunca entendi que afinal tu querias proteger-me.
Não te agradeço por isso, mas não te recrimino. A vida tem coisas assim. Há caminhos que por mais cruzados que estejam terão de se alongar em estradas distintas.
Há momentos que por mais distantes que já estejam não conseguem ser apagados da memória. Há memórias que perduram mais na alma que no coração.
E tu não sabes as vezes que chorei, as vezes que pensei que me usaras para matar essa tua sede de viver.
Nunca chegaste verdadeiramente a saber daquilo que senti ou da dor que me causaste no peito com esse teu modo de me querer tão docemente proteger de um mal que nunca dormia.
Saber de tudo matou-me. Muita coisa se fez entender na minha cabeça. Éramos afinal mais próximos com o que julgávamos ser ainda antes de nos conhecermos.
Disse Os teus olhos recordam-me uma alma não muito distante. Mas nunca pensei que essa alma fosses tu. Alma da minha alma, dentro do seio do meu coração. Sangue do meu sangue e de todas as coisas que mais nos juntam e nos separam.
Somos dois abismos impenetráveis. Dois abismos que se juntaram para depois se separar, como dois culpados, como dois réus de uma pena que não era nossa, a de amar além dos laços que nos unem por de trás do de trás, por detrás da nossa história.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Liberta-me

Chove! Chove dentro de mim. É engraçado como só hoje me dei conta de que dentro de mim cai uma enorme tempestade.
O teu coração partiu para longe.
Vejo as tuas pegadas na areia, pegadas distantes, já meio apagadas pelas gotas de chuva que são hoje as portas da tua alma vazia e sem rumo.
És um vagabundo. Um ladrão de almas que se alimenta dessa mesma sede de viver e dorme distante, longe deste meu coração, que é a cama dura do teu desespero.
Vivo triste por saber que dentro de mim chove muito de cada vez que nos encontramos. É duro ter a certeza de que, estas pingas de chuva que caem ainda são réstias de lágrimas que por ti tenho chorado.
Não te amo, mas é isso que me dói, não te amar mas ver-te como te via. Não te querer mas ver-te como te via. Não estares mais ali mas ainda te sentir do meu lado, terrivelmente presente nestes meus olhos cegos pela dor.
Tu és um ladrão de corações, um ladrão que tentou por duas vezes roubar-me aquilo que já não tenho.
Vai! Peço-te, vai embora! Abandona este barco que se afunda, deixa-me ir com ele, morrer com ele. Parte para onde os meus olhos não possam mais ver os teus.
Foge para um lugar onde não mais possa pensar que existes e liberta-me, sim, liberta-me a alma que te segura as mão frias e deixa-me voar.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Há momentos em que...

Há momentos em que é preciso parar de pensar para esquecer, momentos esses em que nada pode ocupar o teu pensamento.
Há momentos que por mais que os queiras jamais os poderás ter, como nos filmes.
Há momentos em que por mais que tu penses não chegas a conclusão alguma.
Outros momentos em que queres pensar e não consegues.
Há momentos em que por mais pessoas que estejam á tua volta te sentes sempre só.
Outros momentos em que por mais que te queiras sentir só não consegues.
Há momentos que precisas de te libertar, outros apenas te libertas sem querer.
Há momentos em que amas demais, outros simplesmente amaste sem querer
E há ainda aqueles momentos em que foges de te apaixonar, mas o amor acaba por acontecer.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Portugal no topo da imitação

Já toda a gente sabe o que é imitar algo ou alguém certo? Logo acho que poderei começar por saltear essa vertente muito usada por quase todos. Na verdade toda a gente imita toda a gente. Calças de ganga quem as usa não é apenas a minha vizinha, sou eu também e provavelmente quem está a ler o meu post tem também umas calças de ganga vestidas.
Quem gosta de usar t-shirts está tratado porque, por mais variada que seja a estampagem, não passa de uma t-shirt. Quem usa um cachecol esqueça que é original, existem mil e um cachecóis diferentes pelo mundo e eu também os uso. ( Porque não um par de ténis pendurados ao pescoço pelos cordões? Eu vi uma vez isso na Springfield e embora achasse horrível pensei para comigo: Pelo menos é algo que ninguém se atreve a fazer, seria giro ver alguém aqui a passear com os ténis ao pescoço.)
Mas a imitação não está apenas nas vestimentas que usamos. Sempre achei que o nosso rico país ( mais podre que rico mas enfim, perceberam a ideia) gosta muito de seguir as tendências mundiais e resolvi fazer uma listinha colorida das imitações que nós portugueses sofremos na televisão, dado que hoje em dia, não há canal português ( SIC, RTP, TVI ETC...) que não tenha a brilhante ideia de imitar alguma coisa internacional e dizer que fez algo de original. No fundo essa imitaçãozeca, não passa de uma cópia barata do original e pouco ou nada criativa.
Ora vejam só:
  • Morangos com açúcar/ malhação ou new wave: Vamos lá começar. Toda a gente sabe do que falo. A morangomania veio para ficar até irritar e cada vez que se compra uma revista não há como escapar a uma cara dos morangos que, por si só, se tornam logo famosos e grandes actores vejam só. E de onde veio a ideia dos morangos? Muito bem, da new wave, uma novela super polémica ( que eu pouco ou nada via por acaso) mas que soube que estava muito bem montada e até gostava.
  • Rex/ max: Aí há uns tempos houve uma série muito badalada na nossa SIC que era o Rex, o cão polícia. Era super gira e era e continuará a ser a série que mais cativou a minha atenção até hoje. E como não podia deixar de ser, deu origem a uma outra série portuguesa, imaginem só, chamada de max. Não me perguntem se deu na TVI ou SIC mas foi num desses canais e diga-se: versão barata.
  • Britans got talent/ Portugueses têm talento: Sério, ainda não chegou á televisão, mas já há as inscrições. Haverá coisa mais parecida?
  • El hormiguero/ O formigueiro: Esta meteu-me um vómito danado! O programa em espanhol, diga-se, estava super engraçado, mas na nossa querida versão é melhor fugir e para quem viu que me diga: acharam alguma piada? Eu não.
  • Big Brother: Não pessoal, o Big Brother não foi estreia em Portugal, enganam-se. Pesquisem onde foi se estiverem mesmo interessados em saber, mas Portugal apenas seguiu a ideia e tentou fazer algo de "original" e único. Cute ahm?
Bom, existem "n" coisas que nós fazemos só mesmo porque queremos seguir as ideias de fora. Já para não falar nos nomes das novelas portuguesas que são de meter nojo. Se houver uma música portuguesa, a TVI pega no nome dessa música e faz o nome de uma novela. Nada mais simples.
E sim, eu entendo perfeitamente porque raio não vejo televisão e querem saber que mais? Sinto-me orgulhosa disso.

domingo, 21 de novembro de 2010

A mente humana

Não sei se já repararam, mas eu hoje estou numa de postar coisas sobre o ser humano. Não tem nenhuma razão de ser, não comecem com ideias. E para aquele menino ou menina que pensar que o post é sobre si, repouse já os miolos.
Simplesmente acho que as pessoas no geral tendem sempre a complicar tudo e todas as coisas. Se há um problema, em vez de parar, resfriar as ideias e tentar achar uma solução, as pessoas ( eu incluindo) tendem a fazer uma tempestade num copo de água. Eu mesma tenho por vezes essa tendência e embora já a tenha melhorado e muito de acordo com as experiências que a vida me ofereceu, ainda há aqueles momentos em que a vida nos deita ao chão ou nos oferece provas de nos deixar entre a espada e a parede. Não é que enfrente uma dessas provas agora, não enfrento, mas recordo-me de coisas que passei que agora dão origem a este post.
Uma das coisas que os seres humanos costumam fazer é falar de outras pessoas. Esta é uma das fortes características de todo o ser humano. Está nos genes e nem vale a pena virem dizer que nunca falaram mal de ninguém e que não são pessoas criticas que o são sempre, mesmo que não muito. A quantidade já varia de pessoa para pessoa, mas o hábito é de todos e toda a gente, eu incluindo porque não me admito santa, também o faço, mas há algo que nem toda a gente faz, eu pelo menos não o faço, e que me deixa furiosa nas pessoas. Essa coisa tem um nome dado por mim e é nada mais nada menos do que Pessoas que querem ser adivinhas. Esta característica humana pura e simplesmente não cola comigo.
Sabem aquelas pessoas que têm a mania que sabem ou que querem saber tudo o que uma dada pessoa faz ou para onde essa pessoa vai?
É sobre esse assunto que me irei debruçar. É totalmente detestável aquele tipo de pessoas que fazem de tudo para se meter na nossa vida privada e dizerem a meio mundo que sabem tudo o que fazemos. Já conheci duas pessoas assim do sexo masculino e sei bem do que falo. Embora as pessoas que tenha conhecido sejam jovens, na minha mente, cada vez que penso nisto, lembro-me de duas velhotas regateiras que antes tinha no meu prédio e que passavam a vida a falar mal de tudo e de todos, a lavar roupa suja. Por isso apenas tiro a cabeça das velhotas mas deixo o cérebro lá na mesma. Esses dois jovenzitos são a cópia perfeita das duas velhotas.
Era quase impossível respirar sob a presença desses dois diabinhos e porquê? Porque exteriormente demonstravam que nem queriam saber do que fazia ou dizia, mas nas costas faziam uma pesquisar permenorizada da minha vida pensando eles, coitados, que se tratava da minha vida pessoal. E nem sou famosa imaginem só se eu fosse. Uma das respostas que tenho sempre na ponta da língua para este tipo de pessoas é que não dou autógrafos.
O mesmo que falo de mim, falo de outras pessoas que passaram pelo mesmo. Parece que as pessoas criam uma espécie de obsessão por outras pessoas e fazem de tudo para entrar na vida delas e elas repararem assim na sua presença deslavada.
Falar mal sempre foi um assunto que esteve em voga, sempre. Nem há como lhe fugir. " Olha já viste o rapaz que passou agora por ti? que calças tão feias e pirosas. Já viste o cabelo dele? Será que tem piolhos?" É típico das pessoas, dos jovens, dos idosos, de toda a gente.
Pessoalmente considero isto um defeito de toda a espécie humana. Defeito de fábrica, mas não atribuo a culpa ao papá e á mamã, mas sim ao que existe de maior e grandioso e que tenha assim dado origem ás nossas pessoas imperfeitas.
Não existem coisas perfeitas, embora haja por aí muita gente que diz que o homem perfeito está algures á nossa espera e que conheceu uma pessoa perfeita mas que ela infelizmente morreu porque o carro a passou a ferro. Não. O que existe é uma pessoa ideal para cada ser humano e ponto final. Não há pessoas perfeitas em lado nenhum, apenas pessoas com as características em doses recomendadas ás nossas necessidades. Ponto final, nada mais que isto.
Continuando o assunto anterior, dado que me estava já a afastar da temática, uma pessoa que não faça mais nada do que bisbilhotar a vida de outra é pura e simplesmente uma pessoa com falta de ou um bom emprego ou um curso suficientemente trabalhoso para fazer o seu cérebro ocupar-se com coisas verdadeiramente importantes.
Agora uma mensagem importante que deixo:
A minha vida privada não é aquilo que como, as pessoas com quem estou, aquilo que faço ou aquilo que digo. A minha vida privada não são os namorados nem os amigos, nem os familiares, nem como tenho o quarto organizado nem a minha roupa interior. Para todos os que tantas vezes quiseram chegar ao mundo privado mas coitados, nem conseguiram, a minha vida privada é o que se passa no meu coração e na minha cabeça e aí meus caros amigos, ninguém consegue chegar. Embora eu tenha tido muitas vezes dois meninos pequenos á perna ( digo pequenos porque não sei que nome se dá a comportamentos infantis) para tentar saber de tudo o que fazia, onde escrevia e onde ía com a minha melhor amiga, queridos, nunca e jamais poderiam entrar no meu mundo provado. O que se passa dentro da minha cabeça, embora possam tentar fazer uma raspadinha, metam na vossa cabeça: Teriam mais probabilidades de ganhar o euromilhões que acertar no que se passa no meu ego, no meu interior e isso sim é coisa onde ainda ninguém conseguiu chegar e porquê? Não porque eu jamais o queira, mas porque mundo nosso é sempre e apenas nosso.

O pior das pessoas

Toda a gente é livre de ter a sua opinião e os seus gostos pessoais em relação a coisas que possamos possuir. Refiro-me concretamente a objectos, roupas, assessórios, tudo o que é considerado um bem pessoal e que terá por fim uma relação com os gostos pessoais de cada ser humano.
Mas nem tudo o que é bom ou mau pode ser referente a objectos ou assessórios. Muitas vezes o mal está mesmo nas pessoas que os buscam. Tal como podemos ter opiniões e gostos em relação a um determinado objecto acabamos também por o ter em relação ás pessoas que estão á nossa volta e isso nem é mau nem é bom. Não é defeito nem virtude. Apenas é uma característica própria do ser humano, programada nos genes do mesmo para se comportar e agir de acordo com essas mesmas regras numa determinada sociedade, neste caso, na nossa sociedade.
Há determinadas coisas que não consigo tolerar numa pessoa, assim como há também outras características que me podem fazer adorar uma determinada pessoa. Daí o nosso adorar e detestar pessoais. Agora já sabem de onde eles surgem.
Pessoalmente há características numa pessoa que simplesmente não engulo, consoante os meus valores morais e pessoais e que me fazem defini-las e moldá-las na minha mente. Como estamos já todos fartos de ouvir falar de pessoas boas e com boas qualidades, irei ficar as pessoas com péssimo feitio, ou as pessoas que simplesmente não poderia ver pela frente, ou até mesmo aquelas pessoas que até as tenha tido pela frente, mas que tenha conseguido uma forma de as ver pelas costas, pois estamos todos fartos de saber que quem tem costas largas nada passa pelos lados não é?
Mas afinal quais as características que me fazem desejar fugir de uma pessoa a sete pés? Vejam os exemplos que se seguem. De todos estes exemplos não há um único que eu tolere numa pessoa e não me perguntem o motivo, simplesmente não suporto:
  • Pessoas com a mania que já nasceram a falar e a andar: Diga-se de passagem. Este tipo de pessoas é muito comum. Quem já não teve o prazer ou a infelicidade de se cruzar com uma pessoa que diz sempre saber de tudo sobre todas as coisas? Já tive a oportunidade de farejar um terrenos destes e digo-vos. Fujam se poderem. Normalmente o que têm para nos oferecer é mais outra coisa que propriamente instrução e estamos russos de saber que, se desejarmos mesmo muito aprender temos as escolas e universidades não é?
  • Pessoas com a mania da exclusividade: Este é outro tipo de pessoa que não tolero. Conhecem aquelas pessoas que estão muito bem do nosso lado, mas se por infortúnio aparece um infeliz com a mesma peça de roupa essa pessoa que nos acompanha até a despe porque há fulano A com uma pela de roupa igual? Aprendam uma coisa criaturas de Deus. Quando foram comprar essa peça de roupa já sabiam que não era exclusiva, haviam muitas mais e se não estavam na prateleira é porque já haviam sido compradas. Outra coisinha: Somos todos seres de pernas e braços, com peças de roupa e comemos e pensamos. Logo não somos assim tão diferentes.
  • Pessoas com a mania que têm sempre razão: Para mim estas são das piores. Uma pessoa assim tem sempre, mas SEMPRE a mania que tem razão. Provavelmente já estavam na barriga da mãe a avaliar a comida e a dizer tratar-se de caviar quando na verdade era apenas um pedaço de pizza. Uma pessoa que tem sempre a mania de querer ter razão em tudo o que diz não tem grande valor aos meus olhos. São pessoas muito complicadas de lidar e eu gosto de tudo simples e preto no branco.
  • Pessoas com a mania da perseguição: Estas pessoas são muito engraçadas. São aquele tipo de gente que pensa que tudo o que se passa no mundo gira em torno do seu umbigo. Já lidaram com alguém assim? Eu já tive a pouca sorte de ter conhecido alguém assim.
  • Pessoas com a mania da superioridade: Tenho uma vizinha assim além de que já conheci alguém assim onde menos esperava e digo-vos: se gostam muito da pessoa mas esta caracteristica não vos agrada, simplesmente não escutem quando ela fala que a roupa que tem é de marca e custou os olhos da cara, que tem tudo de marcas únicas, que tem mais que o amigo do irmão e que pode porque tem sempre uma nota preta na carteira. Esqueçam. Comigo simplesmente isso não vai.
  • Pessoas que ignoram mas não ignoram ( duas caras): Não achei melhor termos para definir estas criaturas adoráveis existentes no planeta terra. São aquelas pessoas que são capazes de dizer mil e uma vezes que desprezam fulano A mas na verdade não páram de focar sempre o mesmo assunto. I really don't like that kind of person.
  • Pessoas com mau humor matinal: Eu considero-me uma rapariga cheia de boa energia, sempre a rir até das minhas piadas e posso muito bem rir sozinha delas que não me envergonho. Eu gosto de ser natural, eu mesma e nada melhor que uma pessoa á altura, que me faça pregar uma boa gargalhada logo pela manhã. Mas há sempre alguém neste mundo pequeno e quadrado que não goste de ver gente feliz e de bom humor pela manhã. Pelo que eu apenas digo: ESTÁ MAL? MUDE-SE.
Bom, estes são apenas alguns exemplos de pessoas que pura e simplesmente eu não quero voltar a cruzar no meu caminho e aviso-vos já a todos: se algum de vós se enquadra a 100% na lista referida eu ando prevenida com uma arma de balas bem fortes no seu interior.
Ainda me faltou uma pessoa a referir, vejam se alguma vez viram alguém com esta característica:
  • Pessoas que tudo fazem para chamar a atenção: Sim eu já e não gostei lá muito. São aquelas pessoas que nos podem dar algum dado relevante sobre elas, como por exemplo nos dizerem algo sobre o seu estado de saúde e ficarmos a pensar ser algo de muito grave e perguntarmos o que se passa ao que essa pessoa apenas nos é capaz de dizer: " Não quero falar sobre isso, não me preciones que não vai resultar." Para além de mesquinhas eu chamo a isto pura e simplesmente chamar a atenção para se sentirem bem com elas mesmas. Acho muito bem quando se preocupam com algum dos vossos amigos, mas se alguém tem este feitio, simplesmente ignorem isso. Toda a gente gosta de chamar a atenção uma vez pelas outras, mas há pessoas que o adoram fazer tipo desporto. Don't do it.
E vós meus amigos e leitores queridos? Alguém passou por alguma situação assim ou conheceu alguém com alguma destas caraterísticas? Comentários aceites.

sábado, 20 de novembro de 2010

A moda

Esta pergunta tem estado na minha cabeça desde que me lembro. Estar na moda muitas vezes significa seguir as tendências afincadamente ou pelo menos grande parte dessas mesmas tendências. Mas se formos a ver bem, a moda não é um mundo assim tão vasto quanto isso.
A meu bem ver, isto falando de mim porque é precisamente o que eu penso, a moda é um processo puramente redundante, o que se usa agora chegou a ser moda no tempo dos nossos queridos paizinhos. Muitas das roupas que hoje procuro, ou que gosto, não por estarem na moda mas sim por gosto pessoal ( não vou atrás do que se usa mas sim do que gosto e me fica bem), foram roupas que nos anos 80 a minha mãe chegou a usar. E se querem saber, sim, a minha mãe era um mulher moderna, chegou a ganhar como Miss Portugal e as fotos dela, só de olhar para elas, fico com os olhos a brilhar com o orgulho. Tenho que admitir que a minha mãe sempre foi uma mulher de bom gosto em tudo.
A moda é também uma coisa efémera, para além de redundante. O que se usou ontem, ontem não está mais em voga e isso é uma chatice para aquelas meninas pop star que tendem a seguir á risca os passos da moda e passam a gastar todas as semanas ou meses uma nota preta por um par de calças prada. Diga-se de passagem, não é por ser prada ou outra marca qualquer, mas há roupa bem mais barata e bonita noutros lados, se bem que o facto de ter uma etiqueta com uma marca qualquer as dondocas vão tocas atrás feitas doidas e eu fico sempre espantada em como uma pessoa pode ser tão materialista. Não é que eu não o seja, também o sou e admito-o perfeitamente, mas se formos a ver bem, somos todos um pouco não acham? Todos temos necessidades de consumo nem que seja o consumo essencial, como por exemplo, mudar de ténis porque os dedos dos pés já estão a sair para fora, mas todos precisamos de alterar ou fazer alguma coisa por nós mesmos.
Eu em termos de roupa nem sou muito consumista, mas por vezes gosto de sair e comprar uma peça de roupa bonita e que me fique a matar. Especialmente se não tiver sido uma coisa planeada, se estiver com a minha mãe por exemplo, e ela, tal como eu gostar muito de algum modelito e me quiser oferecer, eu aproveito sempre as ofertas que me fazem não por ser interesseira, mas dado que não foi oferecido alguma coisa, isso quer dizer que a pessoa que nos quer ofertar algo o faz de boa vontade. Quer dizer, eu mesma já ofereci algo a alguém sem na verdade ter muita vontade, só mesmo pelo simples facto de saber que a pessoa a quem iria dar o presente não me estava a tratar em conformidade e com o mesmo empenho que eu estava a dar nessa mesma pessoa, mas nem me importo com o facto de lhe ter oferecido o presente. Significou que eu ainda fui capaz de fazer alguma coisa por ela e que sou menos egocêntrica.
Acho que as mulheres de hoje em dia, mas mais as jovens da mesma faixa etária que a minha, são muito consumidoras. Cada vez que vou passear a uma loja de roupa e olho ao meu redor, o que vejo sempre são jovens da minha idade ou um pouco mais novas ás compras e muitas delas a esfolarem-se por uma saia que quando a vejo nem que tivesse milhões no meu bolso a comprava, mas isso também depende muito do gosto de cada pessoa e eu não sou pessoa que discute gostos pessoais, cada um com os seus. E quem fala em gostos pessoais fala de imitações, que se forem a ver bem, são cada vez maiores. Se uma determinada marca de roupa lança um modelo original no mercado, não precisam de contar os meses ou os anos para verem cópias no mercado. A lacoste por exemplo, adidas, tudo marcas que são vistas em grande abundância de imitações nas barracas e feiras, mas que muita gente compra e porquê? Porque muitas vezes são bem mais giras ou baratas que as originais e em tempo de crise é isso mesmo que devemos fazer. Eu prefiro mil vezes comprar com uma nota de 50 euros uma peça de roupa e me sobrar para mais 3 ou 4 do que gastar os mesmos 50 euros em apenas uma peça de roupa e sentir-me vazia por não ter comprado tudo o que me fazia falta.
Tudo isto para dizer que não sigo modas, não sigo nada nem ninguém a não ser que goste de alguma coisa e a ache original. Eu apenas busco o que gosto e me fica bem. E já agora, invejas não são para mim. Felizmente nunca tive que passar por uma invejite aguda.
E os meus caros seguidores? O que acham das modas de hoje em dia?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inverno

O Inverno chagou. Embora toda a gente saiba que ainda estamos no outono, eu considero isto tempo de Inverno, só pelo simples facto das baixas temperaturas matinais.
O Inverno nunca foi a estação do ano que mais me agradou durante séculos porque eu e o frio nunca tivemos uma boa relação. Admito-me bastante friorenta e tem temperaturas que as minhas mãos e pés não suportam. Mas desde o Inverno passado que criei um laço curioso com o Inverno e dei-me conta de que gosto muito mias deste tempo que do Verão.
Ao contrário do Verão, se sentes frio, podes vestir sempre mais uma peça de roupa. No Verão não podes despir mais do que já tens.
O Inverno é uma boa estação para a concentração. Eu gosto muito mais de me deitar na cama enroscada a ler um livro, ou melhor, a devorar um livro do que no Verão, simplesmente porque o calor não me deixa absorver o conteúdo do livro e acabo sempre por me perder um pouco.
O Inverno é a época das torradinhas, do chá quente, do café com uma bela fatia dourada, de casacos abrigados, de chuva e eu adoro chuva. Não há nada que mais me alegre numa noite de Inverno que ouvir a chuva lá fora e no exterior, se nem estiver a chover a potes sabe bem andar á chuva. Desde que, claro, não leve comigo o telemóvel. Gosto da sensação de sair de casa pela manhã e sentir aquele frio a espreitar pela gola da blusa e eu procurar logo uma forma de me abrigar.
Gosto das noites de Inverno passadas a ler e a escrever. Eu sou daquelas pessoas que escreve mil vezes mais no Inverno que no Verão. Gosto de sentir preguiça de sair da cama pela manhã, uma vez que estava tão quentinha, mas dado que o despertador tocou lá terá de ser... Gosto de desenhar paisagens no Inverno também. Esta é uma mania que poucos devem saber que tenho.
Adoro comidas quentes e aconchegantes.
O que mais gosto é sobretudo meter-me na cama a ver um filme e adormecer com o calor do edredon.
E embora esta não seja a melhor altura para fazer cortes radicais, eu decidi variar e meter mãos á obra. Agora tenho mais um motivo para me abrigar, dado que o frio no pescoço logo pela manhã á saída de casa me faz gelar até ao osso.
Mas eu adoro gelar até ao osso, tremelicar toda e queixar-me de dois em dois segundos que tenho frio. Enfim...já tinha saudades deste tempinho assim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pesadelo

Tempo que voas tão devagar
Horas tão longas não querem passar
meu corpo pesado deitado no ar
Sinto a alma parada não quer respirar
Dias tão tensos que custam a passar
Noites geladas que me amam esperar
Cubro-me com o manto da noite
para não ver esse mesmo pesar
sinto as tuas mãos frias
Que me cortam assim devagar

domingo, 14 de novembro de 2010

Música actual é boa música?

Olá a todos. Desde já quero dizer que já andava com este post planeado há bastante tempo, mas não me apetecia muito falar nele, pelo menos até ao momento, dado que ando super ocupada com o monte de coisas que agora tenho para fazer. Mas resolvi falar disto agora dado que, cada vez mais penso sobre este assunto.
Para já coloco uma questão muito importante para dar início ao post. A questão é a seguinte:
Gostam da música actual?
Como viram é uma pergunta simples, mas que me levanta muitas questões.
Na minha opinião, cada vez mais os cantores da actualidade vão matando a música de qualidade.
Cada vez que ligo a rádio das duas uma: Ou escuto a mesma música ser tocada umas 30 mil vezes no mesmo dia ou escuto aquelas versões baratas com refrões dos anos oitenta, o que na verdade considero super deprimente, dado que há tanta coisa que pode ser feita na música, tanta aresta a ser limada, tanta imaginação que o ser humano tem e não a utiliza a não ser para vender. Mas isto é o que acho. Não quer dizer que todos vocês tenham forçosamente que pensar o mesmo que eu.
Acho cansativo ligar a rádio porque acabo por ouvir a mesma música sempre, de dois em dois minutos e mesmo sendo uma música da qual eu até seja apreciadora, acabo por desligar a rádio mal ela comece. Este é um dos motivos que me faz querer poupar a rádio da cozinha de cada vez que vou cozinhar alguma coisa.
Embora sejam muitos temas musicais actuais até bastante interessantes, acabo por me fartar de ouvir coisas ás quais hoje em dia chamamos de remixes, se é que eu considero isto um remix.
Um remix na minha opinião poderia ser chamado de uma segunda versão da música mãe, ou a música que deu origem a esse remix, mas no mercado da música chamamos remix a um som do Tupac, por exemplo, misturado com o refrão da música In the Air Tonight do Phill Collins. Não sei se já ouviram o tema, acho-o super criativo e até mesmo original, mas todo o rapper tende a fazer a mesma coisa. Always. Nunca quebra a regra. Parece que se trata de uma comunidade em que uma das regras impostas pelo chefe foi a seguinte:
TODO O RAPPER TEM DE PEGAR NUM CANTOR FAMOSO E TIRAR OU O REFRÃO OU O SOM MATRIZ DA MÚSICA E COLAR NO SEU TEMA.
Sim soa bem, mas enjoa. Parece que falta originalidade. E verdade seja dita, sou muito mais adepta da música dos anos oitenta que da actual pelo simples motivo de que antigamente as pessoas faziam música por gosto. Actualmente não se passa o mesmo. Actualmente faz-se música para vender e essa é a verdade. O que acaba por ser uma pena.
Uma das coisas que me fez também pensar neste tema e o postar foi um grupinho de jovens espanholas e portuguesas que caminhavam nas ruas de Madrid a ouvir uma música cujo o nome eu penso ser: Unts unts unts! Sim, porque a música hoje é isso mesmo também. É tudo unts unts unts. A meu bem ver parece um apelo indirecto para que uma determinada pessoa se unte em alguma coisa. Não acham? Unts!
Penso que na actualidade qualquer pessoa pode lançar um disco com meia dúzia de temas e ter uma legião de fãs. Eu mesma consigo fazer isso com a maior das facilidades. Eu trabalho com um programa que se chama Ableton 8. Para quem não sabe o que é, basta procurar no google. O Ableton é um excelente programa para dj's e músicos montarem os seus instrumentos e alterarem músicas, poderes recriar, brincar com a música e até mesmo fazerem mega êxitos. Eu poderia pegar numa quantidade de samples e montar uma carrada de instrumentos virtuais no Ableton e fazer um mega som ao estilo Unts e gravar para mandar a várias editoras do país. Sinto-me um pouco deprimida com a situação musical em que nos encontramos. Toda a gente canta temas de toda a gente. Liguem as rádios e tirem a prova dos 9. Isso é uma moda e veio para ficar. Há versões do Truly Madly Deeply dos Savage Garden cantados pela Cascada, ou outros tantos que nem me apetece referir ou até mesmo não me ocorrem de inúmeros que são.
Embora goste de ouvir várias coisas diferentes e possa até gostar mais de uma versão do que propriamente de um original, fico sempre a pensar se na cabeça daquele cantor ou cantora não ocorreu uma ideia melhor, como por exemplo, fazer uma música por si. Uhm?

E vocês leitores, que acham da situação musical em que nos encontramos?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Planos

Toda a gente já deve ter pronunciado esta palavra nem que fosse uma vez por dia.
Os planos estão presentes em tudo o que fazemos desde que nos levantamos até que nos deitamos. É algo que faz parte do nosso quotidiano. Mesmo sem nos darmos conta estamos sempre a fazer planos ou até mesmo a imaginar como será o dia de amanhã e como gostaríamos que fosse o dia de amanhã, coisas por vezes involuntárias que acontecem e quando damos por nós estamos ali sentados no sofá, a fazer zapping com o comando da televisão e a imaginar coisas para fazer melhores que, obviamente, fazer zapping.
Normalmente não costumo por regra ser uma pessoa de grandes planos, mas algo que já toda a gente se deve ter dado conta é que toda a gente, mas mesmo TODA a gente tem essa tendência de fazer um plano mesmo que seja algo pensado e não seja feito. Toda a gente faz planos e existem vários tipos de planos encaixados em dois tipos de planos distintos:
  • Planos a longo prazo
  • Planos a curto prazo
Os planos a longo prazo aplicam-se muitas vezes a situações das quais tenhamos em mente ou idealizemos cumprir um ideal por um longo espaço de tempo.
Por outro lado os planos a curto prazo são aquele tipo de planos que fazemos para alcançar objectivos não muito distantes, como o caso de ter de ir ás compras buscar pão.
Eis alguns dos planos a longo prazo mais comuns:
  • Fazer uma viagem nas férias de Verão. Este é um dos planos mais comuns na juventude. E mesmo nos mais crescidinhos. Toda a gente quer ou gosta de fazer uma viagem. Eu por exemplo, fartei-me de fazer bastantes viagens para fora do meu país este ano e não planeadas.
  • Comprar um carro. Muita gente pensa nisso e vai logo começando a fazer um pezinho de meia para conseguir um bom carrinho com alguma comodidade, logo isto é um plano a longo prazo, a não ser que tenha logo o dinheiro na mão para entregar.
  • Passar de ano na universidade. Ou melhor dizendo, fazer a licenciatura. Se formos analisar bem a situação, passar de ano na universidade implica uma coisa a um nível mais presente que a licenciatura, dado que se nos estamos a referir a passar de ano, é passar ESTE ANO. O ano presente. Melhor será mesmo dizer fazer a licenciatura.
Agora vamos dar alguns exemplos de planos a curto prazo muito comuns:
  • Ir almoçar fora amanhã com os amigos. Este exemplo é muito corrente. Toda a gente combina um almoço ou jantar em grupo, turma ou mesmo família. É escusado dizer que não se gosta de fazer planos porque se acaba sempre por fazer.
  • Ir para a universidade amanhã. Este é certamente um plano corrente e que está sempre no topo da lista. Se te propões passar de ano, tens que estudar, logo tens que ir para a universidade todos os dias, ou mesmo que não fossem todos os dias, ao menos grande parte deles. Isto é um plano de que pouca gente se deu conta. Por outras palavras, na primeira pessoa do singular: Eu proponho-me a  ir para a universidade amanhã a fim de actualizar a minha matéria e estorricar os fusíveis a estudar.
Embora os planos a curto prazo costumem ser na sua grande maioria bem sucedidos, o mesmo poderá não acontecer com os planos a longo prazo dado que se trata de uma acção não sofrida pelo sujeito e muito distante. Muitas das coisas a longo prazo que idealizo acabo por não cumprir, a não ser que me determine de veras a cumpri-las. Cheguei a gastar dinheiro para um concerto do qual nem cheguei a ir, por exemplo. Mas eu tive consciência de que corria esse risco, da mesma forma que saberia que se não comprasse o bilhete ele esgotaria e não poderia ficar na plateia em pé com boa vista para desfrutar. Foi dinheiro jogado ao vento de facto, mas eu tive consciência de que assim seria se houvesse algo que me impedisse. O mesmo se passa com todas as outras pessoas porque se formos a ver bem ninguém diverge muito do próximo.
Uma boa solução para se cumprirem muitos dos planos a longo prazo é a vontade.
Toda a gente sabe, ou deveria de saber, que na mente humana há duas vertentes distintas que são O querer e A vontade. Todos nós queremos uma coisa, seja ela uma casa, uma boa nota num exame, um presente dado com muito carinho ou uma palavra amiga. Mas há querer de outras formas, referindo-me precisamente a objectivos a que me proponha por exemplo. Eu quero passar de ano. Querer é um bom começo mas só poderei conseguir com a vontade suficiente para tal. A vontade transcede o querer em todas as formas possíveis e imagináveis. Logo é bom querer uma coisa, mas apenas se conquista com vontade inteira.

Agora para terminar, aguardo que me passem alguns dos vossos planos a curto ou longo prazo. Já cumpriram algum plano a longo prazo? Fico á espera de respostas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lar a dois

Viver com outra pessoa pareceu-me sempre ser uma tarefa bastante fácil e muito divertida dado que estamos juntos do lado da pessoa de quem gostamos e, como seres maduros que somos, podemos levar sempre as coisas com calma, mas isso é teoricamente falando, porque na prática as coisas não funcionam bem assim.
Ter um lar conjunto com outra pessoa envolve muitas outras coisas entre as quais as que irei referir mais em baixo. Uma coisa de que me dei conta é que viver com alguém altera o nosso modo de ver as coisas e as pessoas. Mas para que se tenha consciência das coisas, viver junto não é apenas juntar os trapinhos, é muito mais do que isso. Vejam aqui:
  • Viver com outra pessoa implica que tenham que dividir os pensamentos mais vezes que com um namorado comum em que termina o dia de aulas e cada um vai para a sua casa.
  • Viver com uma pessoa implica a criação de determinadas regras importantes para se manter o lar com apresentação decente e organizada. Não é nada boa ideia pensar num casal a beber Red Bull para poder voar por cima das coisas espalhadas pelo chão só por não as querer arrumar ou é?
  • Viver em conjunto implica ajudar um ao outro mutuamente e sempre sem quebrar esta regra, porque se um dos membros falha uma vez, falha sempre. Logo há que dividir as tarefas como a limpeza, cozinhar, mudar a cama e fazer uma boa lista das coisas que fazem falta na dispensa.
  • Viver em conjunto significa repartires o teu tempo mais afincadamente com essa pessoa. Nunca tive a oportunidade de perceber isso até agora. Torna, obviamente, a relação muito mais sólida e consciente. Logo tens que ser uma super mulher ou super homem, pois tens que saber dividir o teu tempo.
  • Dividir o tempo é algo que tens que ter noção sempre. É importante nunca se perder a vida social que sempre se teve e nunca deixar os hábitos saudáveis que se tinham até á fase em que se decide viver junto. Perder bons hábitos só porque sim nunca foi algo que achasse realmente bom e além disso viver com alguém pode até ser algo bem simples se decidires que assim seja.
  • Viver em conjunto significa também despesas conjuntas, ideias conjuntas como referi, parceria e claro, bons momentos.
  • Não se devem também esquecer os maus momentos, ou momentos menos bons, dado que viver junto implica ao mesmo tempo um choque de ideias. Não fomos viver juntos para encontrar o clone que há em nós se não para nos conhecermos, logo considerando a parte diferente da nossa a melhor, há que ter noção de que nem sempre as ideias coincidem, por isso viver junto é também chegar a um meio termo.
Agora é a vossa vez. Digam das vossas. Contem-me como acham que será a sensação de viver junto para os que não passam pela experiência e para os que passam digam: Qual a melhor e a pior parte de viver junto?

Esquecer-me talvez

Disseste que eu não era mais nada. Fechaste a tua porta e seguiste em frente. Agora eu estava de fora. Completamente despida. Disseste Amanhã não lembrarei mais o teu rosto e eu fui embora.
Os dias que se passaram foram longos e frios. O Inverno cobria as minhas lágrimas com um manto de cuidados. As nossas vidas eram agora distantes e distintas. Nada mais tínhamos a ver um com o outro.
Pensei teres-me esquecido e tratei de fazer o mesmo contigo. Descobri que não te amava pouco depois.
Deixei de lado o mundo dos sonhos e enganos, corri atrás do tempo que poderia ter perdido se te tivesse seguido.
Falavas que eu não prestava, que eu não era mais nada, que eu não servia para ti, mas na verdade de cada vez que me vias tu pensavas. Pensavas nas coisas que me tinhas dito. Naquelas palavras que disseste tantas vezes serem verdadeiras, dos enganos que se mascaravam leais e fortes nesta tua luta desonesta por uma libertação inexistente. Descobri que te desinteressas facilmente por qualquer coisa e perdeste todo o valor.
Mais tarde foi o oposto. De cada vez que me vias, de cada vez que nos cruzávamos, tu fingias não ser nada. De facto nunca chegou a ser nada. Tu e eu seguíamos os nossos caminhos. Mas depois descarregavas...
Descarregavas os teus desabafos em forma de suaves textos, de forma a mostrares que não te interessavas, quando na verdade não conseguias esquecer. Quando o que mais fazias era não esquecer.
É importante dizer-te que hoje olho para ti e não vejo nada. Olhei-te pela última vez e nem tentei perder um segundo que fosse a mais na minha vida com os meus olhos postos em ti. Porque a indiferença é a melhor das curas. Porque é a melhor chapada que te posso dar depois de tantas que em tempos sonhava dar-te.
Preocupas-te demais em pensar que ainda te amo, em que ainda te espero e mostrares isso ocultando que ver-me, para ti, ainda é um acto de recordar que um dia me mandaste embora. Sabe bem recordar esses tempos hoje e pensar que o que fizeste foi apenas conceber-me a liberdade de não viver mais nas tuas mentiras absurdas, desse teu modo de ser e agir estranho, desse ser que jamais pretenderia colocar no meu caminho.
Esquecer-me talvez, se um dia conseguires dialogar sem me colocar nos teus exemplos, nas tuas experiências, nas tuas lembranças. Sem me tirares da tua mente, porque pensas em mim, porque tudo te leva a esse tempo e por mais que ocultes ele está lá. Lamento não poder ter esse duque que possuis para te tirar essas imagens da mente. Somos seres diferentes que vivem duas vidas distintas.
Tu podes enganar-te, mentir a tudo e todos dizendo que já foi, que acabou, que não servia para ti. De facto não servia. Somos pessoas diferentes, de perfis diferentes e mentalidades diferentes.
O único problema é que a forma que usas para esquecer-me é a maneira que tens para imortalizar-me e eu não quero ficar presa a ti, dentro do teu pensamento.

Aqueles dias que parecem que vão correr bem mas podiam ter corrido melhor

Toda a gente já teve este pensamento bizarro não é verdade?
Quem já não acordou cedinho pela manhã, olhou pela janela, viu um belo dia de chuva e pensou: Hoje o dia vai correr bem.
Pois é, eu sou dessas pessoas que quando acorda pela manhã faz uma rápida estimativa de como será o dia. E não chamo a isto pensar a longo prazo. Simplesmente penso para comigo que me parece que o dia vai mesmo correr bem. De facto, nunca me enganei muito a respeito das minhas estimativas, salvo naqueles dias em que tudo está a correr bem quando....
Quem já não passou por algo semelhante?
Neste post irei dar vários tópicos de coisas que poderão ser altamente nocivas para um dia perfeito. Ora vejam se alguma destas vos serve.
  • Um teste surpresa. Eu admito que, como estamos quase no Natal, sabe bem receber surpresas, mas falo de boas e agradáveis surpresas. Imaginem o que é entrarem na sala de aula e o professor vos meter um teste ou até mesmo um outro elemento que sirva para vos avaliar. E só por acaso ainda não se tinha estudado bem a matéria. Deprimente? Completamente.
  • Ver uma pessoa que seria melhor mudar de planeta. Sim esta situação acontece a qualquer pessoa e não é lá muito motivante. Imagina o que é estares na rua, num supermercado, num shopping, ou até mesmo no elevador e passar por ti aquela pessoa com quem não tens afinidade alguma ( e não me digam que não têm nada assim na vossa vida). Pensem só no que é essa pessoa ter de vos ver. Já nem falo do martírio que é termos de ser nós a queimar os olhos.
  • O almoço cair mal. Deve de ser realmente giro estares a comer, a comida aparentemente estar a cair-te bem, mas subitamente...o que é que se passa aqui? Sinto-me mesmo mal disposto. Não? Nunca vos aconteceu? A mim já há uns belos anos mas digo-vos, é terrível.
  • Uma forte chuvada que leva até as tuas cuecas. Consegues descrever a sensação que é estares em plena rua, começar a chover muito e a isso juntar-se uma bela ventania e ficares simplesmente ensopado?  Eu detesto sentir-me um alimento como o caso das sopas. Sinto-me como um bocado de pão totalmente demolhado no caldo.
  • Perderes o telemóvel. A sério. De todas esta é a pior para mim. Nunca me aconteceu, mas não poderia dizer que desta água não beberei. Sabes o que é andares que nem um doido em busca do teu telemóvel e  não o encontrares? Terrível. Especialmente se houver algo mais pessoal no seu interior. Terrível.
E vocês? Têm alguma dica que me possa dar sobre mais alguma coisinha que pudesse fazer um potencial dia magnífico converter-se num dia terrível? Ver o Bin Laden é aceitável.

O achado

Era um novo dia de chuva.
Os ventos agitavam-se fortemente por entre as árvores altas. Ela caminhava sozinha sem guarda-chuva.
Os gotas de chuva cobriam-lhe o cabelo negro.
Os seus olhos estavam baixos, via-se que pensava em algo.
Subitamente deteve-se. Diante dela estava uma casa de madeira abandonada. A jovem rapariga entrou lá.
A porta rangia á medida que esta se abria.
A jovem rapariga olhou para o seu interior mas tudo o que via era uma enorme mancha negra. Embora sentisse medo ela penetrou totalmente no escuro. Deixou-se fica no mesmo sitio até que os seus olhos se acostumavam á escuridão.
Assim que vislumbrou um pequeno clarão no fundo de um corredor, entrou por uma sala que a iria conduzir por fim á fraca e única luz que via.
A porta estava encostada. O olhar da jovem percorreu atentamente todo o espaço á medida que o desvendava. Neste momento a sua curiosidade era maior.
Dentro da sala de onde avistara o clarão, estava uma pequena mesa com uma vela acesa. Nada mais havia para além dessa mesa com a enorme vela branca.
Alguém estivera ali antes dela e disso ela certeza. Aproximou-se cuidadosamente. Seria aquilo uma cilada? Estaria  alguém do outro lado pronto para a atacar?
Não.
A sala estava vazia. No seu interior não havia frio. Do outro lado da mesa havia uma gaveta pequena que a rapariga abriu devagar, com medo que se pudesse partir, pois estava empenada. No seu interior estava um colar. Era um colar de ouro com uma medalha que continha uma fotografia. No verso da medalha estava escrito louise. Tratava-se do rosto de uma jovem mulher de cabelos pretos muito compridos, rosto pálido e um olhar penetrante que chamou a atenção da jovem rapariga.
Nisto ouve-se ranger a mobília. A porta da sala abre-se devagar e Louise entra na sala onde a jovem se encontrava. Ficaram as duas espantadas, assustadas pelo facto de se terem achado.
- Vim buscar-te. Disse Louise.
A jovem rapariga nada mais disse. Meteu o fim ao pescoço, estendeu-lhe a sua mão gelada e voou tão alto quanto a eternidade lhe permitia.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Veneno de ti

Não tenho como te fugir. Tu está aqui, dentro da minha cabeça. Habitas o meu cérebro nos momentos mais oportunos.
Tento correr, ser mais rápida, esconder-me por entre os espaços dos teus dedos, deixar por momentos de deixar de vislumbrar na minha mente esse teu verde olhar profundo.
Deixas-me sem fôlego e reacção. Matas-me a cada olhar, a cada toque. Fazes-me subir paredes e desejar que tudo isto acabe, que possa finalmente abrir os meus olhos e voltar a ser eu mesma sem medos.
Perco-me em ti. Mergulho em ti por mais que me retenha, por mais que me esconda ou tente andar pela sombra, tu és o sol que me ilumina, que me dá vida e me faz sonhar.
És alimento que dá vida ao meu coração, fonte de vitalidade da minha alma.
És riqueza do meu espírito, fortaleza suprema de todas as cavidades deste meu corpo débil, que outrora tentaram roubar para depois abandonar.
És tu, esse ser que vem, que entra nessa mesma sala, que marca esse mesmo ritmo, que ousa cravar-me palavras na pele, perto do ouvido, perto do coração, com pequeno sussurros vindos da alma, directos para o canto mais sombrio do meu ser, dos meus pecados, de todas as minhas tentações.
Matas-me, roubas-me a alma! És forte demais para te conseguir combater.
Por te amar assim, morro.

domingo, 7 de novembro de 2010

Coisas de Mulher

Há uma coisa que quero que toda a gente saiba. Eu gosto de ser mulher, tenho grande orgulho nisso.
Embora goste de ser mulher, não basta dizer que o sou. Tenho que agir em conformidade com determinadas regras que me moldam perante uma sociedade como individuo do sexo feminino certo?
Embora seja muito bonito aparentemente ser mulher, a verdade é que não é nada fácil e ás vezes dou comigo a desejar ser homem nem que fosse por um dia.
Uma grande verdade é que a mulher tem o dobro dos cuidados em comparação com um homem.
Quando fazemos uma visitinha a um supermercado temos logo em conta de que há uma vasta gama de produtos femininos muito mais vasta que a dos homens. (TOMA TOMA)
É um facto que cada vez mais os chamados metrosexuais estão em voga, mas cuidados de mulher são sempre cuidados de mulher.
Tomem nota das coisas assustadoras que uma mulher faz...
  • Uma mulher tem de ter sempre mais atenção com o que veste, ter o cuidado de verificar se os assessórios que usa estão a condizer com a roupa que levam
  • Uma mulher nunca sai de casa sem meter o seu creme de dia para o rosto
  • Uma mulher tem sempre uma mala cheia de coisas como cadernos, estojo de maquilhagem básica, telemóvel, carteira fashion, perfume de bolso, caneta, espelho e um monte de papéis que só mesmo uma mulher consegue acumular dentro de um espaço tão limitado (por isso é que inventaram as mega malas)
  • Uma mulher tem sempre o cuidado de verificar se o cabelo está bem penteado, se o baton não esborratou, se as calças estão bem...enfim...coisas de mulher
  • Uma mulher tem sempre uma listinha na mala das coisas que tem para fazer. Por isso é que andam sempre com agenda. Acabam por ser menos esquecidas que os homens.
  • Uma mulher gosta sempre de meter a conversa em dia com as amigas, ou para falar do que fizeram no fim-de-semana, ou falar sobre o namorado maravilhoso.
  • Uma mulher adora ir ás compras, mas ADORA MESMO. Mulher que é mulher sabe vestir bem e nem precisa gastar muito. Simplesmente mulher tem bom olho para escolher.
  • Mulher gosta de combinar verniz com baton ou a cor das malas e sapatos.
  • Mulher gosta de muitas malas e sapatos.
  • Uma mulher adora manter a linha e fazer exercício físico. ( Embora agora ande no ginásio, preocupo-me pouco com o que como e não ligo á linha).
  • Mulher gosta de roupa feminina e bonita, que faça sobressair as suas curvas.
Enfim...poderia estar aqui o dia todo a fazer uma listinha de coisas que uma mulher faz ou gosta, que jamais estaria completa. O que é facto é que as mulheres são mais desconfiadas que os homens, mais atentas e mais sonhadoras. Por isso também fiz uma listinha de coisas que uma grande mulher não deve fazer, segundo a minha experiência.
  • Regra número um: Uma mulher inteligente NUNCA deve arranjar um namorado mais novo que ela. Só trás dores de cabeça e chatices. Porque para uma MULHER ser mãe, tem tempo quando casar e tiver filhos. E mesmo que não case, rapazolas indecisos não fazem falta na bagagem. E fazem rugas.
  • Uma mulher que se preze não deve de apanhar grandes bebedeiras até ficar em coma. Fica mal numa mulher. Já o fiz, admito, mas não o repito. Valeu a experiência.
  • Uma mulher sexy não precisa ser uma mulher com uma saia com ar condicionado para se ver a parte traseira nem um top onde se notam os mamilos. Uma mulher sexy é aquela que anda discreta, sem manias e sem esperar que agrade a A,B,ou C, porque sendo bonita, tudo lhe fica bem.
  • Uma mulher tem sempre de ter opinião e nunca mudar a mesma só porque arranjou namorado ou porque a sua amiga tem um melhor discurso argumentativo. Há argumentos fracos mais válidos que outros menos honestos.
  • Uma mulher deve sempre andar confortável. É lindo usar uns belos saltos agulha, mas ninguém gosta de sofrer de coluna nem ter varizes nas pernas. Não dá muito boa imagem. Na quantia certa é sempre melhor.
  • Uma mulher não precisa de andar com a casa atrás para mostrar ao mundo o que tem. O interior tem sempre maior conteúdo que uma carteira recheada.
  • Uma mulher deve sempre seguir em frente sem olhar para trás. Tristezas não pagam dívidas, se ele não a quis das duas uma: OU É BURRO OU CEGO. E uma grande mulher arranja sempre melhor.
  • Uma grande mulher mostra sempre um grande sorriso. Mesmo nos momentos difíceis que é quando custa mais a mostrá-lo.
  • Uma grande mulher sabe jogar. Não falo nos casinos, mas jogar na vida. Há que saber ajustar o teu comportamento com o do vizinho, mas se o teu comportamento é mais digno que o do vizinho, encontra um vizinho melhor.
  • Uma mulher digna não gosta de homens perversos. É horrível estares sentada á mesa com um homem que até num batata frita que comas vê um pénis. É lamentável mas aconteceu-me. Sinceramente não aconselho a ninguém. Das duas uma: Ou é gay, ou tem falta de mulher.
  • Uma mulher NUNCA deve deixar o que tem para fazer para estar com um homem. Há que saber gerir o tempo. Um tempo para ele, outro para si mesma. Mas mais para si mesma. É contigo que passas a maior parte do tempo e a ti que tens que amar mais que a ele.
Bom, e vocês mulheres que acham? Concordam com as minhas ideias ?
A vossa opinião conta.

sábado, 6 de novembro de 2010

Um novo dia

Deitada sob a tua pele macia, a manhã nasce devagar. Sob a cama os lençóis vazios, que jazem nesse mesmo pesar e as nossas sombras nas paredes que cobrem os nossos corpos escondidos num mundo fechado só nosso.
Os teus olhos fechados repousando levemente, as tuas mãos ao meu redor e depois a doce brisa do teu cheiro que me cobre como um manto de seda.
Deixo-me deslumbrar pela doce corrente de ar que entra sorrateiramente pela janela do quarto e envolve numa doce melodia as ondas suaves dos teus cabelos.
Deixo-me contemplar essa tua beleza desigual, fortemente adornada por essa pele macia e perfumada, em contraste com as cores matinais que anunciavam a chegada de um novo dia, inevitável e esperado.
As ondas suaves da tua silhueta envolvem o meu coração num turbilhão de pensamentos.
Respiras levemente e pausadamente sob o meu regaço ao mesmo tempo que marcas o ritmo de um sono leve de descanso.
Não ouso despertar essa beleza adormecida, nem perturbar esse teu doce olhar encantado que tão delicadamente se mantém fechado, onde no seu interior estão dois olhos de porcelana brilhantes e únicos, que são teus por certo, mas que ocupam um espaço inegável no meu coração.
Em contraste com toda essa beleza estão os teus lábios, duas fontes entreabertas que cobrem a fonte soberana dos meus desejos. Permaneço imóvel contemplando-te sem querer jamais quebrar esse encanto de ver-te ao anunciar de uma manhã fria de inverno. Doce melodia essa de ver-te sem confessar-te.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Essa estrada

Quando os teus braços me envolveram e os nossos olhos se cruzaram percebi que uma parte de mim havia morrido.
Respirei fundo, baixei o olhar. Eras tu quem me tocava, o homem por quem esperei, o homem com quem tantas noites sonhei, por quem esperei sem nunca ver chegar. Agora ali estavas tu, diante dos meus olhos, ao alcance da minha mão e eu...
VAZIA. Se qualquer emoção, sem qualquer tipo de sentimento para te dar. Morreste-me.
Baixei os braços e olhei numa outra direcção, onde os vales se estende densos e verdejantes, onde o sol brilha alto pela manhã, onde sei que poderei despertar rodeada desse amor que me mataste, onde sei que me posso encontrar de cada vez que o vejo.
Ele, o outro homem que hoje dorme na mesma cama, o homem que hoje me faz feliz, o homem que hoje me faz sonhar.
Não aceitas, recusas ouvir as minhas palavras. Recusas fechar os olhos á verdade que te envolve.
Queres-me como quem quer um objecto, como uma criança que quer um brinquedo. E eu sabendo que não serei esse boneco que procuras. Porque tal como todas as crianças do mundo, um dia sabes que irás crescer, caminhar sem ajuda, deixar de brincar com todos esses bonecos que um dia tanto choraste para ter, olhar para eles e pensar em como foi bom quando os tinhas, em como era bom ser criança.
Não ouso olhar para trás, para esse abismo onde um dia ousaste meter-me.
Diante de mim um novo sol brilha. Sigo em frente. Tu sopras no meu ouvido um melodia desconhecida. Não temo ouvi-la. É o som do adeus, o adeus que te digo não com palavras, mas com as pegadas da minha ausência pela estrada em que hoje caminhas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Na medida certa

Eu acredito muito no Karma. Penso que toda a gente saiba do que se trata. O Karma é precisamente fazeres mal a alguém e receberes em troca o mesmo mal que desejaste ou fizeste a essa pessoa.
Calculo agora que esteja tudo a pensar que sou uma pessoa vingativa, horrível, mas não se trata de nada disso.
Para ser honesta até fico satisfeita que assim seja mas não por ser vingativa, apenas porque acho que as pessoas devem de sentir na pele um pouco do que lhes é feito na medida certa, para saberem valorizar um pouco mais a vida e se darem ao trabalho de seguir com as suas vidas antes de pensar andar a planear uma mega pesquisa á vida de alguém para a tentar tramar. É pura perda de tempo.
Eu já passei por aquela situação de não ser lá muito bem sucedida em assuntos amorosos e resolvi fazer uma revisão mental de todos esses acontecimentos e tenho noção de ter sido vítima de grandes injustiças, mas não sou pessoa de ficar que seria uma óptima ideia fulano partir uma perna. A lei da vida funciona por si só e quem foi injustiçado acaba sempre por ser recompensado mais cedo ou mais tarde, assim como quem faz a maldade também acaba por levar com os efeitos mais cedo ou mais tarde.
Hoje posso dizer que sou uma mulher bem sucedida nestes assuntos e bastante satisfeita com a minha vida pessoal e social, estou feliz sim, ultrapassei situações mais difíceis, orientei-me nos estudos, conheci as pessoas certas, pessoas educadas e á minha altura, com conversas decentes e sem perversidades tal como eu gosto. Por outro lado soube das vicissitudes da vida de quem muito mal me quis e pensei seriamente sobre esse assunto e concluí que é mesmo assim. Não adianta fazer-se mal a alguém. Acabamos sempre por levar com os efeitos em cima e isso não é nada bom.
Sempre soube que assim seria desde o início, como tal nem me dei ao trabalho de mexer um dedo que fosse em relação a pessoas que não merecem o nosso tempo perdido. Temos sempre desses casos.
A verdade é que ninguém gosta de ser gozado ou usado, há ainda quem admita que odeia ser usado mas que goste de usar. Conhecer a minha pessoa para tal efeito foi muito mal pensado. Sou uma mulher que gosta de honrar compromissos e não procuro alguém para a minha vida para vagabundear comigo.
Todo o ser humano gosta de ser tratado em conformidade com os seus actos. Eu digo o mesmo. Gosto de ser tratada com respeito, tal como trato as pessoas. Gosto de respeito ( que é uma palavra em que metade das pessoas não sabe para que serve), gosto de honestidade, e gosto de jogar limpo em tudo. A vida é um jogo, mas quem faz batota é penalizado sempre. É uma das mais importantes regras aplicadas a um bom jogador. Para se triunfar na vida basta vivê-la no seu pleno sem ligar a mediocridades.
Quando não fazemos uma escolha, acabamos sempre por ser escolhidos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Amor desigual

Não importa o que seremos amanhã. Importa o aqui e agora.
Não importa se vais ficar, se será talvez um breve adeus ou um adeus para sempre. Importa sim que me digas com todas as letras o que sentes aqui, hoje, enquanto eu deito o meu corpo exausto sob a cama quente, sob o teu olhar observador.
Olhas-me com esse olhar de observador imparcial, tiras-me o fôlego com esse teu sorriso, com o toque macio dessa tua pele genuína, essa pele de ceda que mergulha levemente por entre a minha sem receio de se afundar.
Dizes que me amas sem medo, dizes que me queres aqui e agora. Não importa mais o amanhã. Esquecerei para sempre a sua existência. Os teus lábios pronunciam palavras aleatórias enquanto se aproximam lentamente dos meus, para se fundirem nos meus, para depois voltarem á superfície.
Amas-me desse teu jeito, dessa forma que dizes ser a tua forma única de amar uma mulher. Essa forma sufocadora e pronta, sem receios de dizer e sentir as emoções.
Nunca recusaste o meu amor.
Para ti, o amor não é de uma noite, aquele prazer que se prolonga por umas horas para depois desaparecer. Para ti o amor é muito mais e eu receio, eu temo que algum dia possa não corresponder-te da forma como mereces. Temo que algum dia a fonte de água onde bebes possa secar sem conseguir recuperar a água que alimenta o teu coração.
Dizes que me queres sem saberes se te quererei algum dia dessa forma tão louca que me mata. Arrisco deitar-me do teu lado, deixar-me ficar nesse lugar que arranjaste para que eu pudesse ficar. Não ouso responder-te esta noite. O amor é louco, amor, se soubesses...
O amor é uma loucura desigual onde se ganha e se perde. Por vezes é assim o único caminho que o amor pode tomar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Veneno da alma

Os teus lábios são veneno.
Um veneno que mata e me fere de cada vez que nos encontramos. Deles saem palavras mudas, coisas que não ouso dizer-te, segredos que guardo com medo de me ferir, talvez porque esse veneno me imobiliza de cada vez que tento dizer-te que hoje, talvez, eu não queira que me beijes dessa forma suja, cheia de pudor e razão.
Recuo. Tento mandar-te embora, fazer esse veneno recuar das minhas veias, mas ele é mais forte, ele mata mais e mais. É de uma dor incrível. Dizes Os teus lábios são fonte de respostas que alimentam a minha cede de viver. E eu fico parada. Talvez tenha medo de provar-te o quão dói de cada vez que me beijas, o valor desse veneno que me mata de cada vez que fecho os meus olhos, incapaz de afastar esse ser soberano e mítico que me toca sempre que o tento punir.
Queria dizer-te que não vales nada, que a tua boca não presta, mas permaneço á mercê desse mesmo sentimento que tanto me magoa. Deixar esses teus lábios tocarem-me é, talvez, um erro, mas um erro que não consigo remediar com pavor de perder a razão ao mandar-te embora, com medo de morrer.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quero que saibas

Quero apenas que saibas que sinto a tua falta. Que hoje precisei de ti por perto, que sinto saudade de te ver sorrir. Quero que saibas que gosto mesmo muito de ti, embora ainda não tenha tido tempo para saber o que é isso de gostar assim tanto de ti.
Quero que saibas que te adoro, que és importante na minha vida. Mas mais do que isso, que te amo, esse sentimento insubstituivel que nos consome totalmente e nos torna fracos, escravos de nós mesmos. É repetitivo não é?
Amar é repetirmos-nos a nós mesmos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

É o amor

Sou louca meu amor! Sim, eu sou.
É uma loucura sem sentido. Corro atrás do que apenas sinto, mas que não vejo.
Olho-te. Hoje sorriste-me. Sorriste-me para dentro, sem mover os teu doces lábios. Sem dizeres uma única palavra. Eu vi-te sorrir dentro de mim. Como se sorrir apenas passasse pelo que se vê e não pelo que se sente.
Não consegues desviar o teu olhar do meu. Não o faças. Olha-me por dentro. Quero que saibas, és o grande amor da minha vida. Em tempo de tempestades, quando o frio se abate sob a janela aberta do nosso quarto, tu sabes, eu estarei lá para ti.
Eu segurei a tua mão durante todo este tempo. Essa mão fria e trémula. Eu vi as lágrimas nos teus olhos, diz-me qual a razão de teres chorado.
Eu senti o medo tomar conta dessa alma nobre e delicada. Vi o brilho nos teus olhos, o perfume doce dos teus cabelos. Perfume que me alimenta, que mata a minha sede de viver. Porque tu és a vida, a fonte de alimento do meu ser desprotegido. Daquele ser frágil que insistes em marcar com esse doce olhar. Esse olha que mata, que fere só de pensar.
És tu e não outro. Tu porque te amo, tu porque te quero.
És tu porque não poderia ser outro. E depois de ti, tu bem sabes, poderia sempre ser outro qualquer, desde que fosses sempre tu depois. E não há amor assim, capaz de fazer o mundo parar, fazer a respiração prender-se no fundo dos meus pulmões.
Isto meu querido, é o amor.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Coração vagabundo

É complicado. Todos os dias penso assim.
Viver é complicado. Este foi o meu último pensamento depois de escrever-te as últimas palavras.
Complicamos sempre tudo. Sempre demais. E depois, nem meia palavra resta para definir o que se sente. Este coração partido, sempre partido a cada dia. Coração solitário, vagabundo.
Coração que vagueou até ao mais amplo espaço do teu ser, em busca da verdade dos sentimentos.
Depois achei-te e fiquei presa. Sim, o teu coração é uma prisão onde descansa a minha alma presa. O teu coração tem grades, grossas e firmes grades para que eu não possa fugir-te. Pedes-me que fique mais um minuto mas eu não posso. Viver é complicado acredita. E eu não posso prender-me eternamente na tua alma, nessas grades do teu coração divino.
Não poderei ficar embora assim o deseje. Porque o meu coração vagueia, ele busca sempre sem se cansar. Busca-te mais um vez, por outros lados, explorando-te de mil e uma formas.
Porque a alma é eterna. Irei procurar-te sempre, coração com coração, alma com alma. Porque fomos feitos assim, para amar desta estranha forma. Sentir de formas diferentes, mas sempre com o mesmo coração, aquele que ama sem acabar.

domingo, 17 de outubro de 2010

Eras tu

Afinal eras tu aquele ser que morava sob o seu corpo morto e adormecido que tanto me fez despertar.
Dentro dele, era o teu corpo que se movia lado a lado com o meu, que dançava a mesma dança, a mesma valsa lenta do coração humano. Eras tu e não ele. E de todas as vezes que me deitava a seu lado eu via os teus olhos verdes. De todas as vezes que o meu corpo adormecia exausto junto do dele eu sentia o teu silêncio. Eras tu que me tocavas em silêncio, num silêncio só teu, um silêncio que não se podia pronunciar.
De todas as vezes que fazíamos amor eras tu e não ele. Eram os teus lábios que vinham ao meu encontro matar a minha sede, era o teu calor que me abrigava da forte tempestade que se aproximava. Ele e tu. Ele o estranho ser sem vida ao meu olhar, um ser mesquinho e sem graça por quem tinha julgado apaixonar-me. Tu o ser real que vivia dentro dele, o ser que me encontrava sempre que os nossos corpos se uniam na mais perfeita das uniões.
Eras tu sem eu o saber, aquele ser com quem tantas vezes sonhei. O ser que me amava em segredo. O ser que se dizia senhor do meu coração sem o saber.
Eras tu o homem da minha vida no corpo dele, aquele homem que eu queria longe de mim, que me fazia sofrer, que me roubava mais uns minutos de vida com gestos mesquinhos e frios. Aquele ser corrupto e sem dó, sem sentimento. E tu no corpo dele transformando tudo isso. E tu dentro dele fitando os meus olhos sem vida e sem esperança de te voltar a encontrar. Eras tu sem o saber, tu quase sem seres tu. Mas ainda assim tu, o homem por quem sempre esperei.