Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 16 de março de 2015

Todas as coisas nascem livres

Tudo na vida tem uma data de validade, menos uma verdadeira amizade.
Eu que o diga ontem, quando finalmente pude aproveitar de um daqueles deliciosos momentos de passeio com amigos de longa data, em que há risadas, anedotas, partilhas de experiências e um jantar de tostas de comer e chorar por mais bem juntinho da praia. Ser feliz com pouco é a coisa mais saborosa.
Na vida tudo deveria de ser assim e ai daquilo que assim não o fosse...
Seria logo aniquilado e sugado para o fundo da terra, para ser absorvido pelas larvas e minhocas.
No meio de tanta brincadeira e resumindo o meu dia, dei comigo pensando em como as coisas são todas tão simples, mas tendemos sempre a complicá-las.
Todas as coisas nascem livres e podem todas elas tomar a direção que melhor se adequar à nossa vontade.
A amizade é um sentimento puro de partilha e de carinho, respeito e compaixão pelo próximo. No entanto, nem todas as amizades são assim, por isso mesmo deixam de ser amizades.
Não encontro termo para lhes chamar, por isso vão para a lixeira da minha memória reciclável, aquela que apaga o que não interessa.
Com um momento tão bom como este, vivido entre gargalhadas e momentos de partilha, dei por mim a chegar a casa completamente exausta, mas a pensar na maior das verdades, a que nos leva precisamente a excluir da nossa vida tudo aquilo que não interessa.
Nós nunca devemos mendigar pela atenção de ninguém. Quer na amizade, quer no amor, no que for.
Mas falando eu de amizade, refiro-me concretamente a este laço. Na nossa vida devemos respeitar, acarinhar, amar e honrar quem simplesmente quer ficar do nosso lado.
Com o passar dos anos, fui conhecendo algumas pessoas, fui-me despedindo de outras, umas chegavam já com bilhete de partida, outras permaneceram alguns anos, mas partiram também. Fazer o quê? Nada! Não mandamos nas pessoas. Aceitar, isso sim, palavra que nos dias que correm sem o quanto significa. Aceitar que essas pessoas que querem partir, devem efetivamente partir. Se não nos respeitarem também não são dignas do nosso respeito e sobretudo, falando de respeito, quando não há respeito naquilo a que se deveria de chamar amizade, pura e simplesmente não há retorno. Chama-se a isso amor próprio? Não só...chama-se respeito a nós mesmos. Principio.
A amizade é também isso. Termos respeito por nós, para saber respeitar o próximo. E foi isso que vi hoje lá no Forte, o rei das tostas gigantes de muitas variedades. Para mim, meia tosta bastou para ficar de barriga cheia, a outra metade, não tinha que ser com tosta, mas sim com coração cheio, e assim foi.

domingo, 1 de março de 2015

Escreve-me

Um dia, escreve-me uma carta. Gostaria de receber notícias tuas.
Escreve-me quando quiseres, com palavras bonitas e cheias de ternura que só tu sabes ter. Deixa que eu sinta que me abraças de longe, que a tua fragrância voa até mim, com simples palavras.
No fundo, o que importa mesmo nem é o que está escrito, mas sim a forma como dizemos "gosto de ti". É o estar perto mesmo estando longe, o sentir que nem o vento, nem a água, nem a longitude que nos separa, te pode afastar de mim.

Quem me dera ser criança

Um dia chamaram-me de criança, disseram-me para ter juízo entre muitas outras coisas.
Que pena que tenho de não poder voltar a ser criança, aquela altura em que, se calhar, ainda poderia escrever Juízo com um S, tal como a pessoa em questão escreveu. Gostava tanto de voltar atrás no tempo e poder brincar com as minhas bonecas. Pelo menos eu brincava com bonecas. Cada criança tem uma diferente maneira de brincar, uns com bonecos e outros tentando decifrar piadas e indiretas em todos os cantos alheios. Mas isto, claro, para as crianças que já sabem ler. Mais ler do que escrever e que depois sentem a necessidade de responder a tudo o que lhes é dito, como forma de passarem por cima de qualquer um, uma forma que só as crianças têm de poderem dizer: Eu sou maior que tu.
Agora vocês perguntam: Mas isto é alguma piada?
E eu respondo: Claro que sim, porque não? Não terei eu a liberdade de escrever o que me apetece num blogue que fui eu que criei? Claro que sim.
Como eu sempre digo, a carapuça só serve a quem a quer vestir.Mesmo assim não consigo deixar de pensar nos meus tempos de criança. Como eu adorava ver os desenhos animados da Disney e como eu gostava de campo, como aliás, ainda gosto. Fui muito feliz nesses tempos. São alturas em que sentimos que não precisamos de nos preocupar com nada, porque estão ali os adultos ao nosso redor, que tomam conta de tudo. Sabe tão bem não termos preocupações. Sabe bem procurar nas ruas outras crianças e jogar à bola, ou correr nos verdes campos.
Quando eu era criança, adorava rebolar na relva fina e verdejante. Depois ria e procurava a minha sombra no chão, correndo numa tentativa de a apanhar, sem nunca conseguir. Gostava de ver televisão, mas também gostava de brincar com animais, ou de desenhar paisagens, lindas modelos e de escrever no diário. Sempre me disseram que tinha talento para desenhar.
Na verdade, todos nós temos algum talento dentro de nós. Uns descobre-nos cedo, outros passam a vida em busca do que possa ser. No fundo faz parte da batalha de cada um.
Tudo isto para dizer que, quando me chamaram de criança, eu não me importei nada com isso. Gostei até. Com tanto nome que me poderiam ter chamado, foram logo escolher um dos que mais gosto, que me trás tantas lembranças. É nessas alturas que podemos partir a loiça toda, dizer o que queremos ser sem pensar que possa ser tão difícil. Uma boa altura para perdermos o Juízo, com Z.