Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Hoje o que está a dar são os 5 minutos de fama!

Não importa o que seja, nem como surge...mas nos dias de hoje, a ideia de existência passa simplesmente pelo facto de sermos tocados pelos media.
Um grande exemplo disso são os ídolos. Para quem não sabe, os ídolos é um programa da Sic em que os concorrentes decidem mostrar os seus dotes musicais e ir passando a cada fase até chegar á final e levar um prémio para casa. Sempre gostei de ver os ídolos, mas programas como este fazem-me pensar nestas coisas.
Quantos de vocês conseguem lembrar-se de ex concorrentes dos ídolos? Nem eu...por mais que tente nem eu me consigo lembrar.
Neste momento tenho um colega do meu curso, o Diogo Piçarra, a concorrer nos ídolos e nem se tem saído mal. No entanto, admito que há melhores vozes ali e que já estiveram em risco de serem eliminados. Tudo isto porque os portugueses não sabem votar decentemente em quem canta mas decide votar pelo vestido, pela carinha laroca e até porque acha que canta qualquer coisinha e engraçou com fulano.
Mas isso já são outros assuntos que nada têm a ver com a temática deste post.
O que eu pretendo basicamente aqui tentar que percebam é que hoje em dia tem muito mais valor serem publicadas duas ou três páginas de revistas sobre os ídolos do que pessoas com mérito ou outras situações que mereçam ser notícia e que fique na história. Hoje a moda é dar relevo a coisas que amanhã já ninguém se vai lembrar ou sequer pensar que existiu...
Já lá vão os bons velhos tempos em que a memória de elefante vingava no nosso país e não é do queijo a culpa disto tudo, mas sim da desgraça que nos cerca cada vez mais de perto.
Em tempos deu um programa na Sic com um formato parecidíssimo aos ídolos, chamado de FAMILIA SUPERSTAR. Basicamente o programa consistia em manter os concorrentes hospedados numa casa, irem sendo postos á prova com as suas capacidades vocais durante a semana e haviam as galas todos os Domingos á noite. Se querem saber, tenho ainda na lembrança que ganhou uma rapariga e que cantava muito bem, mas quem é ela? não sei...e o que importa isso? Ganhou o programa! Que bom para ela.
E é deste tipo de coisa que vivemos hoje em dia. Vivemos no império da imagem, em que a montra tem mais peso que o conteúdo?
-Já viste aquele rapaz tão culto mãe?
-O que interessa se nem se sabe vestir como deve de ser?

É disto que vivemos hoje. De imagem, de montra e de cada vez mais efemeidade, onde o que chega hoje, amanhã já não interessa. Vivemos numa sociedade de cada vez mais vicios e cada vez mais desgraça, cada vez mais facilitismo e cada vez mais para uns e menos para outros.
Vivemos numa sociedade em que concorremos a um reality show e dois dias depois já temos fãs e somos capa de resvista como o caso do Big Brother e da Casa dos Segredos. O que é que aquelas pessoas são? Tanto ou menos que eu e além de estarem a fazer uma enorme figura de ursos ainda saem com uma mala com uns trocos e reconhecimento temporário. E o mais giro no meio disto tudo é que esse clube de admiradores tem o nome de fãs!!!
Na minha opinião, estamos sim na era do ridículo, em que as coisas mais absurdas fazem todo o sentido e a mulher de pele e osso está acima da mulher com algumas curvas.
Sejemos sinceros: Onde iremos nós parar? Não estaremos a cair num tremendo exagero?
Não será tudo isto e hiperbole da nossa sociedade atual?

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A febre da seleção

Eu admito: Gostos não se discutem, opiniões devem de ser ouvidas e debatidas mas nunca desvalorizadas e pontos de vista são pontos de vista.
No entanto há uma coisa que não entendo e gostaria que todos vocês me ajudassem a perceber.
Expliquem-me porque carga de água nós portugueses só apoiamos Portugal quando é para os jogos mas nunca nos apoiamos uns aos outros quando estamos aflitos?
Nos jogos somos todos unidos e todos iguais, temos amor pelo nosso país e tudo mais, exibimos a nossa bandeira com orgulho e satisfação sem qualquer preconceito, sem pensar duas vezes até...porém, perante a crise me que estamos e perante uma serie de dificuldades que passamos, somos cada vez mais individualistas e já nos esquecemos de levantar a bandeira ao alto e gritar a plenos pulmões que podemos ajudar.
A meu ver, é muito mais giro gastar dinheiro em t-shirts vermelhas e verdes, cachecóis vermelhos e verdes, bonés e bandeirinhas do que investir esse montante numas instituição de solidariedade qualquer. Sai muito mais em conta comprar tremoços e cervejinha gelada e ficarmos sentados a assistir pela televisão a meia dúzia de gatos pingados a correr feitos doidos atrás de uma bola como se o nosso futuro dependesse de mais um golo de Cristiano Ronaldo. Está IN gritar por Portugal só por uma jogatana mundial que gritar pelo futuro de Portugal numa manifestação. Não é que me queixe que não há manifestações em Portugal...existem muitas manifestações. No entanto será que toda a gente sabe para que se destina essa dita manifestação, ou marcam simplesmente presença por uma questão de ética, por que rói na carteira e por exibição? Já me pergunto sobre o assunto, porque estamos precisamente num mundo de imagem regido pela lei dos três F portugueses que são:
  • Futebol
  • Fátima
  • Fado
É bom torcer pelo que é nosso, mas deveríamos pensar que o nosso futuro não depende disso. Não dependemos de uma bola e de meia dúzia de golos. Não dependemos do Cristiano Ronaldo nem do José Mourinho nem de porra nenhuma ligada ao futebol. Pensem minhas gentes: Vocês não levam nada em troca pelas dezenas de berros que pregam nas ruas e nas vossas casas. Quem ganha é a seleção, é cada futebolista que recebe todos os meses milhares enquanto vocês chupam no dedo e vão lendo nas revistas cor de rosa que o Cristiano Ronaldo tem mais uma namorada e um carro para cada amigo. Porque será que ele tem um carro para cada amigo? Porque joga bem, é verdade, mas porque ganha o triplo do que vocês ganham. Com a boa arte de jogar o Ronaldo marca mais para a carteira que para a baliza. E vocês marcam apenas é lugar a ver Portugal perder ou ganhar.
Não digo com isto que seja contra, que não veja, porque seria mentira. Por acaso não vejo assiduamente, nem ligo, nem acho relevante para o meu enriquecimento pessoal os jogos da seleção, porque os jogos da seleção não me enchem a barriga, só me metem os ouvidos com uma tremenda zunida com tanto berro ao estilo: GOOOOOOOOOOLOOOOOOOO! E sim, acho isso chato. Assim como acho chato todos os demais jogos de futebol do Sporting, Benfica ou mesmo até do Porto. Fico embasbacada pela forma como as mulheres conseguem por vezes ser ainda mais fanáticas pela bola que muitos homens, umas autênticas marias rapaz devoradoras de jogos e que se glorificam a si mesmas cada vez que equipa X marcou um ponto a mais que equipa Y. Aprendam: Quem marcou foi a equipa...não vocês. Vocês não marcaram nada! Nada de nada a não ser o logarzinho no sofá. Posso ter gostos que até vocês poderão considerar mais ridículos que esta minha opinião. Mas que querem? Gostos são gostos. Só dei a minha opinião.