Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pecados do Desejo

As nossas bocas poderia morrer juntas, pensei eu enquanto te beijava. E sei que poderiam.
Era uma tarde fria de Inverno quando pensei assim pela primeira vez. Nem me lembro ao certo do que fiz antes de termos tão docemente juntado as nossas bocas. Não me lembro do que foi feito depois disso também. Apenas aquele pensamento...
As bocas de dois estranhos que ao mesmo tempo já se conheciam e se desconheciam. Dois seres de olhos fechados e depois abertos. Dois seres que se juntavam e depois se separavam pelas coisas da vida. Mas ali estavam de novo, juntos e separados por tudo e por nada ao mesmo tempo. Dois seres humanos. Dois amantes, dois canalhas que no meio da desgraça conseguiram arranjar espaço para o sentimento. Dois estúpidos por não terem consciência de que tanto de amavam.
Poderia a minha boca morrer na tua, pensei. Poderia sim. E as nossas bocas poderiam sempre unir-se depois de morrerem. O sabor dos beijos, o sabor do amor misturado com o sabor dos beijos. Beijos trocados entre a traição de dois pensares, pela sensação do desejo, pela intensidade de dois sentimentos distintos. O que me queres? Porque me agarras dessa forma? Queres matar-me?
Talvez, nunca mo soubeste dizer ao certo. Tu sempre foste assim. Porque te cedo tão facilmente?
Esse olhar arrasa-me, não me olhes assim de novo! Vai embora, parte para longe seu canalha!
Mas eu não conseguia evitar-te. Quando vinhas tocavas-me sempre com essas mãos firmes, com essa pele macia e perfumada, com esse odor a perfume que se mistura no meu corpo uma vez e outra.
Porque me queres matar? Porque insistem em...
Ah deixa, deixa para depois, não quero falar disso agora. Apetecia-me agora comer-te. Oh, talvez nem queiras saber do que realmente quero. E o que importa o que quero? Não importa verdadeiramente. Desde que as nossas bocas possam morrer juntas, unidas, coladas por entre as salivas que se misturam, por entre duas línguas que dão um nó, por entre os sabores distintos que formam um sabor único. Talvez nem me entendas, mas a tua boca tem um sabor único. Queria tê-lo sempre comigo. Será loucura?
Cala-te! Nem adianta falares mais, vai embora. Vem só amanhã, quando eu já me tiver esquecido do que te disse hoje. Amanhã podes voltar e quem sabe amanhã possamos fazer tudo isto outra vez.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Coração do Deserto

O sol nasceu cedo nas dunas do deserto. Visto de longe as sombras cobriam a parte em que o sol não chegava. Eu estava sozinha. Esperava-o ali mesmo, naquela aldeia abandonada. De longe ouviam-se as vozes de um povo berber que me embalava o coração com a sua doce melodia.
Era chegado o dia. Foram muitas lutas travadas para conseguirmos finalmente ficar juntos. O seu olhar parecia alcançar-me o coração por entre o vento que me beijava a face rosada. Cobri o meu cabelo com o véu e caminhei esperando por ele.
De longe senti os seus passos. Vi a sua silhueta espreitar pelas sombras e depois...o seu sorriso. Era mais um encontro escondido por entre as casas de barro. Ninguém podia saber. A minha família era muito rígida. Prometiam trancar-me para sempre num quarto se eu voltasse a fugir de casa. Mas hoje eu tentei de novo. Poderia ser a última vez que nos víamos. Tinha que arriscar.
Quando nos vimos já nos tocávamos sem sequer nos tocarmos de verdade. Os nossos olhos fundiram-se por entre a areia que voava com o vento. Quando nos abraçamos o mundo fugiu-me entre os dedos. O cheiro dele era doce e apeteceu-me ficar assim para o resto da minha vida.
Eu tinha medo e ele também. Já havíamos arriscado tudo. Todo o mundo sabia deste nosso segredo, mas nem assim nos separavam. Ele tinha voltado dos Estados Unidos para ficar comigo em Marrocos.
Não me importava mais com o que nos pudesse acontecer. Subitamente eles chegaram. Aqueles monstros que o meu pai contratou para me seguirem apanharam-nos juntos numa tentativa de fugir.
Avistamos um cavalo e fugimos o mais depressa possível. Atrás de nós tiros soavam pelo ar. Tentamos escapar por entre as paredes estreitas, por entre a terra, por entre os véus que agora se alongava no cimo do mercado, por entre as abayas das mulheres, por entre os gritos dos vendedores.
O cavalo não podia mais circular naquela via, por isso corremos pelos nossos pés. Corremos e mergulhamos entre ruas estreitas uma após a outra até nos sentirmos perdidos. Nisto despistámos-los. Estávamos agora a salvo. Ele ia levar-me dali, tirar-me daquela prisão infernal e eu estava disposta a ir com ele.
Estávamos juntos agora, nada nos podia mais afastar. Ele beijou-me. Poderia aquele ser o nosso último beijo. Nunca me questionei se o seria. Fechamos os olhos e esperamos que os nossos corações acalmassem abraçados. Nisto eles surgiram de novo. Estávamos encurralados num beco sem saída. Tentaram tirar-me dele, puxavam-me dali para fora e eu gritava. Em poucos segundos aquele lugar se encheu de gente curiosa. Algumas mulheres tinham pena de nós, outras apontavam para o meu pai que veio buscar-me cheio de vergonha. Era uma humilhação para ele ver-me nas mão de um estrangeiro. Separaram-nos. Arrancaram-me dele de uma vez e levaram-no para longe. Eu gritei. Tentei fugir e na primeira oportunidade consegui. Corri para o deserto em busca dele porque sabia que o iriam deixar lá para morrer de fome e sede. Corri deixando o véu escorregar pelos meus cabelos. Corri para longe o mais depressa que pude.
Nisto avistei-o. Estava rodeado de homens que o tentavam matar. Corri já sem ouvir nada ao meu redor. Corri o mais depressa que pude para evitar ver voar a bala que lhe iria atravessar o nobre coração. Quando cheguei senti-a. A bala atravessou-me de um lado a outro e depois outra a ele que o derrubou sobre mim. Ficamos no chão, olhando um para o outro naquele nosso último encontro. Era o último. Pude sentir que os nossos destinos se cumpriram ali mesmo. Estendi a minha mão para ele que a segurou com as suas últimas forças. Ele disse que me amava...como eu o entendia. Como eu queria poder ter-lhe dito o mesmo naquele instante em que a branca luz me cegou por completo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Rotina? Aqui não...

Toda a gente passa ou já passou por ela. A rotina pode ser uma coisa boa, mas pode também fazer-nos sentir presos. E presa a uma rotina em que se passem todos os dias as mesmas coisa não é o meu género.
Eu gosto de inovar, ficar expectante, sempre á espera dos próximos acontecimentos e pelo caminho ir cometendo umas loucurinhas sem ter de pensar nas consequências, desde que tenha um enorme prazer nisso.
Admito, por vezes gosto de arriscar, sentir adrenalina dentro de mim, fazer algo completamente diferente e fugir do habitual, porque isso não é para mim. Todas as tardes, depois das aulas, penso sempre numa coisa diferente para fazer. E essa coisa pode levar uma meia hora, dez minutos, não importa, mas tem de ser diferente. E posso até nem ter ninguém com quem a repartir no momento, mas faço-a com gosto. Gosto de me sentir viva, de sentir que hoje fiz mais uma coisa que ainda não tinha feito, diferente, original, que me dê uma enorme satisfação interior. E pode ser de tudo um pouco. Não tenho preferências dentro das coisas que penso sempre em fazer. E se penso nelas, faço-as. Se não as faço hoje, posso fazer amanhã, mas vou fazendo de acordo com a minha disponibilidade. Por exemplo, na semana passada estava um frio de morte, mas não sei bem explicar o motivo, sentia-me presa dentro de casa. Actualmente vivo numa vivenda na serra em Madrid, estão mais ou menos a ver o que é quereres muito fazer uma coisa e não saberes exactamente o que fazer...Pois é...
Nesse lindo dia apeteceu-me fazer uma coisa louca e fiz. Pelo menos para mim foi. Perdi-me completamente pela serra. Corri sem ter de pensar para onde, com o meu telemóvel ligado para o meu namorado saber como me contactar e me ir buscar. Arrisquei e querem saber que mais? Gostei. Perdi-me completamente. E adorei a sensação de estar perdida e de nem saber como voltar para casa. Foi uma sensação louca, que me encheu de vida e me fez lembrar aqueles tempos em que somos ainda adolescentes. Adorei. Foi indescritível.
Por isso tento sempre fazer alguma coisa diferente, que me agrade, como aquela que fiz. Porque não há nada melhor que haver dentro de nós aquela força interior que nos move para todo o lado, sentir o ar entrar a fundo nos pulmões e sentirmos a vida dentro de nós a querer gritar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

sentimentos matinais

Á medida que o tempo passa dou-me conta que cada vez mais gosto mais de ti.
Não sei ainda explicar-te onde gosto mais de ti e o que é isso de gostar assim mais de ti. O que conta é sempre o que sentimos e nunca como o sentimos.
Hoje de manhã acordei cedo e tu ainda dormias. Preferi ficar na cama e ver-te dormir. Tinhas os olhos docemente fechados e escondidos pelas pálpebras fechadas. Mesmo assim o teu encanto deixa-me sempre espantada. Os teus cabelos pareciam lacinhos de ceda caídos pela almofada. Respiravas levemente. Deduzi que gostavas do que estavas a sonhar. Apeteceu-me invadir o teu sonhos. Os teus lábios fechados tinham ainda mais beleza no teu doce sono matinal. Não sei como me contive. Tive um súbita vontade de te beijar que pensei jamais conseguir controlar. Ali do teu lado, o meu coração batia a mil por hora. As batidas do meu coração ecoavam pelas paredes do quarto, pareciam as batidas do ponteiro do relógio da mesa de cabeceira. Fechei os olhos, aproximei o meu rosto do teu, para sentir esse teu calor vindo do ar que levemente mandavas para o meu rosto.
É bom sentir o perfume dos teus cabelos. Parece cheiro a framboesa. E a tua pele com aquele aroma adocicado, que me dá fome de ti sempre que a sinto. É engraçado, como de todas as comidas que eu já comi na vida, tu foste a única que ainda não me aborreceu. Comer-te dá-me prazer absoluto, um preenchimento na alma e no coração. Depois, quando acabo, aquele calor no coração, sinal de que fiquei saciada, bem comigo mesma e contigo, por me teres deixado servir-me de ti, beber de ti, e repousar nos teus braços depois de saciar a minha fome tremenda.
Agora ali do teu lado, deitada lado a lado com o verdadeiro homem da minha vida, deu-me uma bruta pontada no peito. Não sei como, mas por vezes consegues matar-me do coração. Jamais saberei dizer-te se é da tua infinita beleza, se de todo o resto que me salta diante deste meu olhar observador, mas consegues encher-me de angústia.
Tu és indescritível. Já tentei várias vezes descrever-te, nunca consigo.


                                  ( texto dedicado ao meu namorado, pela forma como o retrato, como o vejo e sinto)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Black Spirit

Regina era sozinha no mundo. Ou pelo menos assim pensava. Sem família, jogada fora num mundo gigante, todo por sua conta. Tinha dentro de si a rebeldia da idade e lutava por conquistar uma carreira na música.
A sua oportunidade surgiu quando conseguiu um contrato com a Jive Records tendo como maneger Calder.
A início Regina fazia planos e escrevia noite e dia sem parar. O seu gosto pela música era enorme. Fazia planos no seu diário...
Mas toda a gente sabe o que acontece a uma jovem indefesa trancada num mesmo espaço com um estranho. Noite após noite Calder abusava de Regina e pedia sigilo para ela. Com medo de falar Regina mantinha-se calada, sofrendo num silêncio mais angustiante que a sua própria dor. Calder sabia que Regina daria bons lucros para poder pagar a hipoteca da Jive Records. Aquela editora estava presa nas mãos de uma jovem e Regina sabia-o, mas não tinha como fugir.
Um dia Regina saiu, foi ver as lojas, experimentar roupas diferentes, sentir-se num corpo diferente mesmo que por breves momentos. Mas algo a chamou a atenção. Uma pastelaria não muito longe dali tinha umas cores que despertavam a sua atenção. Candies Place era o nome da pastelaria. Regina aproximava-se e sentia o seu coração colado ao peito. Algo mais que as cores a tinha chamado até ali. Quando colou as mãos no vidro olhou para o interior e viu uma jovem parecidíssima com ela. O olha dessa jovem estava em baixo, escondido pelas enormes pestanas. Havia uma enorme tristeza naquele frágil ser. Por segundos Regina sentiu-se naquela estranha jovem. Que pensamentos estariam a passear na sua cabeça, que música ela escutaria, será que se sentia como Regina se sentia? Regina entrou. Pediu um bolo a uma empregada e sentou-se. A jovem ainda não a vira. O bolo foi servido. Regina deu a sua primeira dentada. Foi nesse preciso momento, em que Regina mordeu a primeira fatia de bolo, que os seus olhares se cruzaram. Os dela com os da estranha Jovem. Uma e a outra a adivinharem o que a outra pensava. Sorriram. Como se toda aquela beleza dependesse de uma simples dentada, como se a mordedela no bolo fosse o laço que as unia.
Foi assim que se falaram. A estranha jovem apresentou-se. O seu nome era Isabel. Combinaram sair nessa mesma noite. Mesmo sem muito dinheiro, Regina ofereceu a entrada para a discoteca Skull Bar. Regina ofereceu ainda um show a Isabel e ambas sentiram a química de finalmente terem com quem repartir os seus piores momentos. A noite acabou em beleza entre copos de vinho e rosadas por entre o campo. No dia seguinte Regina foi repreendida por Calder por ter infringido as regras. Mas desta vez Regina não estava disposta a ceder. Tinha uma nova força com ela. A força de Isabel. Uma noite, num dos shows de Regina em mais um bar, Regina chamou Isabel ao palco para cantarem juntas e foi assim que Isabel descobriu o talento que se escondia por detrás de um avental num balcão de pastelaria. A euforia das pessoas que as viam foi tanta que não queria sequer acreditar que tinha chegado a hora do show chegar ao fim. Eram quase onze horas da noite quando as duas jovens sentadas numa mesa a um canto da discoteca debatiam um nome para o novo projecto que estava mais que decidido. Uma nova banda surgia. Black Spirit.
Black porque representava o negro e o luto em que ambas viviam, a escuridão. Spirit porque vinha da alma, a parte mais genuína de toda a espécie humana. Calder achou a ideia um tanto promissora. Uma nova banda e com tantos fãs, poderia finalmente pagar a hipoteca e sair-se ainda bem sucedido á conta de duas meninas indefesas.
Black Spirit foi uma banda que deu muito que falar e que nos dias de hoje nunca mais se ouviu falar. Regina e Isabel foram mortas por duas paixões arrebatadoras que as cegaram completamente. Mas aquele não foi o fim oficial da banda. Regina e Isabel prometeram a si mesmas que voltariam, a si mesmas e ao mundo que as espera ansioso por desvendar toda a verdade sobre o misterioso desaparecimento de duas lindas jovens.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ausência na noite

Acordei no escuro da noite desorientada. Nem sabia para onde me virar. Cobri o corpo e fui beber água. É estranha a forma como me persegues mesmo na minha mente apagada.
Enchi um copo com água e tentei beber sem pressa. Depois lembrei-me dos teus lábios e despertei uma vez mais. Uma golfada de ar trouxe-me o teu perfume. Do outro lado da sala ainda restava o copo com água que deixaste na mesa antes de sair. Não o vou lavar para não apagar a marca do beijo que nunca me deste. Lá ele estará sempre presente.
Encontrei o teu olhar junto da porta do quarto e ainda estava presente o teu tronco despido sob a cama vazia, sem culpa nem pudor, docemente delineado de encontro ao meu olhar céptico. Nunca senti o teu toque. É engraçado como a distância que nos separa pode ser o abismo que nos une. Dentro da gaveta ainda guardo aquela camisa. Talvez um dia te telefone na desculpa de ta devolver sem nunca a dar de verdade. Estendo-me ao comprido na esperança de que me venhas desvendar os mistérios. Lentamente abandonas o meu espaço por breves instantes. É bom sentir que mesmo que por segundos, há um momento em que não nos encontramos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

De vez

Segui o teu rasto. Sabia onde encontrar-te mesmo que não me dissesses uma única palavra. Desta vez fi-lo. Fi-lo sem ouvir as tuas palavras e fui de encontro a ti. Tu era ainda o mesmo. Pessoas com mau carácter não mudam. Eu, simplesmente a mesma pessoa que insistia em tirar-te a máscara.
Quando nos voltamos a ver senti que um enorme abismo nos separava. Insististe com a mesma história. Insististe com as mesmas palavras repletas de truques e cinismo. Fechei os meus olhos e deixei a leve brisa do vento aconchegar-me em vez de ti.
Tu sabias, eu não era mais tua. E era isso que te custava. Olhavas-me, e de cada vez que me olhavas vias a outra que outrora eu fui. Mesmo com essa tua certeza de que eu continuaria a ser eu mesma, dir-te-ia que não se tivesse tido a oportunidade de te falar.
Não bastam as palavras para fechar o abismo que nos separa. Hoje vivemos perto e longe ao mesmo tempo. Gosto de sentir-te perto e longe sem me questionar uma única vez sobre o assunto. Para mim estar perto e longe de ti é o mesmo que não existires em uma única gota de água.
Desta vez segui o meu caminho. Preferi saber como estavas. Na verdade não tive tempo de me preocupar em saber se estavas mal ou bem. Simplesmente soube que ainda existias, que ali estavas mais uma vez a tentar a tua sorte com a porta fechada diante de ti. Essa porta sou eu, para ti, para tudo o que foi nosso e que jamais voltará a ser.
Desta vez foi. Desta vez foi de vez.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amor Doentio

Desejei-te ontem, demais, e hoje também. Todos os dias são o mesmo quando te desejo assim.
Só penso em ti.És inigualável. De olhos fechados consigo encontrar-te noutros corpos mas só o teu amo de olhos abertos.
Amo-te demais. Dormi agarrada á camisola que deixaste esquecida no quarto. Ainda tem o teu perfume. Vou guardá-la numa caixa para continuar perfumada. Não tenciono devolvê-la. Não peço o teu amo, de ti não exijo nada. Mas nunca me digas que o amor é impossível. Tu fazes-me viver e sonhar, acordar com pesadelos e adormecer com eles. Tu és o meu diamante solitário e entre nós não há qualquer contracto.
Quando te escrevo não foges das minhas páginas.
Acompanho o teu sorriso de longe e de perto, meu príncipe das trevas.
Guardo comigo o teu olhar e sei que te recordas do meu corpo a tentar provar-te que o amor é inteiro.
Por vezes é bom desconfiar do amor. Ele metamorfoseia-se de sentimentos reles. Foi isso que me disseste um dia. Escrevo-te mais com o que te desenho com receio de estragar algum dos traços perfeitos do teu rosto. Contudo, nunca saberei se algum dia saberei como escrever a doce melodia da tua voz em palavras. O amor é mesmo matreiro. Tem o poder de nos apaixonar e ao mesmo tempo o poder de nos prender a sete chaves nas duras grades do coração.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Talvez assim

Quando os nossos lábios se separaram desejei que fossemos felizes.
Vesti-me e saí do quarto deixando-te na cama fria e desfeita.
Os teus olhos pareciam duas pérolas da última vez que me olhaste. Depois fecharam-se levemente para que deixassem o sono apoderar-se desse teu corpo exausto. Ficas bem quando dormes. Noite após noite me questiono que sonhos habitarão a tua mente. Esses teus lábios de mel que me sorriem e me devoram segredos, essas palavras mudas e belas que escuto no silêncio do meu coração que te chama em segredo...
E estas palavras não bastam para dizer o que sinto de cada vez que entro nesse mesmo quarto e te vejo sorrires-me. Sim tu sorris-me! Tu tens esse dom de me fazer sentir diferente, especial.
E de cada vez que ousares perguntar o meu nome eu permanecerei naquele mesmo silêncio. Num silêncio de quem não sabe que sou. Talvez uma parte de ti, talvez uma parte que te ama ou talvez seja aquela palavra que um dia virá substituir o nome dado ao que os corações apaixonados sentem quando se unem, aquela nova palavra que sei que existe mas que jamais saberei como a pronunciar.
Quando me olhas posso jurar que somos de mundos diferentes.
Talvez seja isso o amor.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano Novo vida nova?

Nunca fui muito de levar esta frase a sério. Entrar num novo ano não quer dizer que tenhamos que  renovar a nossa vidinha toda. Muito pelo contrário. Continuará a ser sempre a mesma vida de sempre, pelo menos falo por mim.
Este ano foi muito bem passado. Passei-o junto da minha mana Gisela em Portimão. Qual Idolos qual quê! Eu já sabia quem iria ganhar by the way. Era a Sandra. Vi isso logo que ela entrou no casting e sinceramente achei justo ela ter ganho!
Eu não gosto de ir para o mesmo sitio muitos anos seguidos. Além do mais Albufeira nem tem nada de muito interessante para ver e eu queria um momento único. De facto foi mesmo único. Ficamos três dias num apartamento com uma vista maravilhosa e com grandes noitadas em cima.
Era mesmo disso que eu precisava. Apanhar grandes noitadas e sonhar com a minha cama em Madrid. Só na primeira noite, por mais que desejasse pregar olho nem conseguia. Havia uma barulho infernal nos meus arredores que vendo agora, depois de uma (finalmente) noite de sono puro consigo ver que foi divertida. E a noite que se seguiu a essa foi ainda melhor. Depois de um banho quentinho que me soube realmente bem, eu e a Gisela fomos para a cozinha fazer umas torradinhas para comer e tentamos fazer pouco barulho. Mas era impossível. De cada vez que trincavamos um bocado da torrada fazia eco pela casa toda. Era só rir. E filmamos esse momento. Mais tarde irei postar aqui para que possam ver como foi único!
Se é momento que jamais iremos esquecer foi a nossa passagem de ano. Irá ficar para o resto das nossas vidas gravado nas nossas memórias como um dos momentos mais divertidos de sempre. Vejam este mega momento e digam o que acham. Não é o máximo? É óptimo quando podemos fazer algo que, por mias que pareça estúpido, é das melhores coisas que podemos fazer.