Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vazio

Quando os nossos corpos se separaram, olhaste-me quase a desejar que ambos tivéssemos sido mais felizes. Tinhas o olhar vazio, pesado e cansado de outras vidas em que dormias com outras mulheres que não eu. Sentia-me uma estranha naquela cama, cujos lençóis estavam marcados pelo tempo e pelos corpos de outras mulheres que neles tiveram antes de mim.
Quando me sorriste fizeste-o de forma simples. Olhei-te por instantes e de seguida baixei o olhar com medo de ferir os teus sentimentos. Afinal poderia ser eu mais outra na tua vida, poderia ser breve ou eterno, poderia durar dias, meses ou acabar quando finalmente me visses sair pela porta do quarto.
Tinha receio de te ver desaparecer por entre as paredes quando por fim te levantaste.
Tinhas o corpo desnudo. Á luz da noite parecia feito de cera. Cada contorno esculpido de forma invulgar para que pudesse deixar os meus olhos prezos em beleza tão grande.
Esperei que me fosses dizer que era chegada a hora de seguirmos mundos diferentes. Tinha medo de escutar o que o meu coração tão docemente murmurava, mas ali estávamos nós. Dois seres de certa forma iguais, perdidos na noite em busca de sentimentos iguais, em busca de prazer e de alento nos braços do outro.
Quando disseste que me amavas senti que sonhava. Quando disseste que amanhã irias voltar senti dentro de mim o medo desse dia não chegar, da natureza não querer permitir que nossos corpos se voltassem a encontrar, a unir de forma perfeita e a celebrar a alegria que habitava em nossos corações. Era o vazio das incertezas, o vazio das loucuras, de tudo te ter dado sem nem me per apercebido. Medo de te perder sem saber ao certo o motivo, medo de perder tudo, de perder tudo o que tenho, de te perder a ti.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Together again


Quando cheguei sabia que já me esperavas. Não vim por motivo nenhum em especial. Não houve nada em particular que me fizesse voltar.
Voltei porque te amo, porque mesmo que tenha feito todos os esforços para ficar afastada não consegui e porque te amo demais para ter de viver sem ti.
Sabia que me irias esperar não porque me tivesses dito, mas porque o meu coração assim o disse. Estavas com aquele olhar radiante, cheio de luz e sorriso aberto e luminoso. Quando nos abraçamos parecia ser a primeira vez que o fazíamos, mas na verdade era mais uma vez, mais uma entre tantas e mais uma entre as muitas outras.
Ao fechar os olhos reconheci aquele calor característico dos teus braços, aquela fragrância tão tua, aquele cheiro que, por mais homens que tivesse, jamais se igualaria ao teu.
Olhar-te nos olhos mais uma vez foi como cair ao contrário, não se explica, não há palavras que sirvam para explicar sentimentos tão únicos como aqueles em que juntos caminhamos de mãos dadas pela partilha de um só sentimento. O amor por vezes tem coisas muito estranhas, e quando falo em coisas de amor perco-me outra vez. De repente é como se te visse entrar por entre as letras que escrevo. Como se de repente tu fosses mais uma das letras ou como se de repente tu tornasses as meras palavras que escrevo em algo mais subtil e incomum.
Amar-te para mim nunca foi uma obrigação. Sempre te amei com todo o meu coração, sempre soube disso com todas as certezas da minha vida, nunca tive tempo para me questionar, nem nunca tive tempo para saber como seria viver sem ti mais de que dois dias.
Foi algo de único este meu regresso. Tinhas os braços abertos para me receber. Sorrias e rias com vontade. Assim que os teus braços se uniram á minha volta formaram um circulo perfeito onde me deixei ficar sem medo. A tua respiração no meu ouvido lembraram-me aqueles tempos em que nos dávamos com tanta facilidade, que jamais acharei palavras devidamente certas para explicar.
O teu coração batia no meu ouvido. Deixei-me ficar assim sem temer o tempo que passava, sem temer sequer que a noite chegasse ou que o dia nos viesse uma vez mais esperar á mesma hora matinal de sempre. Afinal estávamos juntos de novo, estávamos ali os dois, juntos, unidos naquele momento só nosso que jamais algum dia alguém vai conseguir separar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mensagem


Pedes-me que fique, mas bem no fundo de mim sei que não poderei ficar, sei que dentro de poucos minutos terei de partir e ir para bem longe, para um lugar onde não me possas encontrar mesmo que tentes, um lugar que só eu sei onde fica, só eu sei como lá entrar e como de lá sair. Não sei ao certo como foi que aconteceu tudo, mas de um minuto para o outro estava assim num desses lugares que apenas eu e tu sabemos, estava encurralada entre quatro paredes e sabia que ali podia ficar sem medo, pois tu deste-me todo o espaço do mundo para que lá pudesse ficar. Deste-me o teu coração, a tua alma e ali estava eu, ali estava eu entre as quatro paredes do teu coração sem saber o que dizer. E depois o teu olhar, o mesmo olhar meigamente pousado sobre o meu como que a dizer "fica", como que a suplicar "não vás embora" e eu a saber que tinha que ir, que era chegada a hora, que não merecia pisar solo tão sagrado como esse que me concebeste de livre vontade. Eu a sentir-te inteiro contra mim e sem saber onde ir, eu a olhar-te sem saber que te dizer, porque quando se ama demais não se conseguem arranjar palavras para definir sentimentos, porque quando se ama de verdade não se conseguem arranjar argumentos para tão a tão pura patetice de estar ali, contigo, eu e tu naquele quarto, sentados naquela cama onde as nossas mãos passeavam por entre as ruas do lençóis, aqueles lençóis brancos em que tantas vezes nos perdemos também já sem saber onde nos encontrar.
Pediste para pousar a minha mão sobre a tua, para entrelaçar meus dedos aos teus como que duas fitas que juntas formam um laço perfeito. E ali estavam as nossas mãos, as nossas mãos de tamanhos distintos, de texturas distintas mas unidas de forma perfeita, tão perfeita que juntas pareciam apenas uma, já sem conseguirmos ao certo saber qual era a minha e qual era a tua.
Eu tinha de ir. Não podia mais ficar, não podia mais suportar tanto amor que sinto por ti, não podia mais manter aquela loucura dentro do meu peito, amar-te mais que a mim mesma, amar-te mais que o mundo, pois somente um louco sabe amar-te mais que o mundo e eu sabia que era esse louco, esse vagabundo que sozinho vagueia por entre as quatro paredes do teu coração.
Perdi-me no teu olhar, perdi-me no infinito do meu amor por ti, perdi-me de tal forma que jamais me conseguirei encontrar e é por isso que prefiro partir, é por isso que prefiro deixar-te antes que morra, antes que tudo acabe, antes que tudo deixe fazer parte deste todo que é o meu amor por ti, aquele que eu alimento sem querer, que eu deixo crescer, que eu não sei demonstrar mais do que nesta simples mensagem em que te digo em poucas palavras: AMO-TE DEMAIS PARA CONTINUAR, POIS SOMENTE QUEM AMA COMO EU TE AMO ENTENDE ESTAS MINHAS PALAVRAS, AS ÚLTIMAS QUE TE DIGO,AQUELAS QUE GUARDAREI SEMPRE COMIGO DENTRO DO PEITO A TEU LADO, DEITADAS JUNTO AO LUAR E Á BELEZA PURA E INFINITA DO TEU CORPO.

domingo, 20 de junho de 2010

P.s: AMO-TE!


Espanha, 20 de Junho de 2010

Querido John;
Hoje foi mais um dia em que estupidamente fiquei sem palavras para te dizer, quando já finalmente os teus olhos se encontravam em frente dos meus pela segunda vez depois de tantos anos.
Hoje acordei cedo, fiz os meus deveres e dei comigo perdida numa rua qualquer, sem já saber como sair dali, sem conhecer nenhuma cara a quem perguntar para onde ir e sem entender como ali fui parar.
Hoje escrevo para te dizer o que tão estupidamente escondi de ti sem ser capaz sequer de pronunciar uma única palavra que te fizesse entender o que de veras sinto.
Esta manhã despertei com o som dos pássaros e lembrei-me do teu sorriso.
Pensei ligar-te umas 4 vezes mas de todas elas detive-me com receio. Tentei pensar numa forma de te encontrar mas detive-me com medo. Levei todo o dia pensando numa forma de finalmente te dizer o que sinto sem que pudesses ver-me tropeçar nas palavras e cair. Cair por ver os teus olhos fixos nos meus e sentir que talvez não fossem estas as palavras adequadas.
Sinto a tua falta. De cada vez que não estás sinto-me vazia. Quero apenas que saibas que de todas as vezes que te vejo apetece-me gritar que te amo aos quatro ventos, olhar-te nos olhos e dizer que te amo mais uma vez e beijar-te seguido de um outro amo-te sem nunca me cansar de repetir a mesma palavra até que percebas que a sinto.
Fazes-me falta todos os dias. É quando não estás do meu lado que vejo o quanto és importante, o quanto preciso de ti do meu lado e o quanto me fazes feliz.
Hoje lembrei-me daquela noite em que juntos passeávamos de mãos dadas e me puxaste pela mão até junto de ti e me roubaste um beijo. Lembrei-me de quando estávamos estendidos no chão a ver as estrelas e me disseste que a mais bela de todas estava deitada junto de ti, lembrei-me de todas as vezes que me abraças e sinto cada prega da tua pele macia, do perfume doce dos teus cabelos, do teu perfume suave e de todas aquelas pequenas coisas que só duas pessoas que se amam conseguem entender tão bem como nós dois.
Quero que saibas que nunca fui tão feliz como agora, que nunca ninguém soube como o fazer melhor que tu e que junto de ti todos os meus problemas vão para trás das costas.
Preciso de ti junto de mim.
Embora pareça estúpido, não consigo deixar de dizer que te amo mais uma vez. Iluminaste a minha vida, deste-lhe um novo rumo, uma nova luz, um novo alento. Foi junto de ti que esqueci todas aquelas coisas chatas e sem graça, todas as pessoas que não souberam jamais valorizar o meu carinho, todos os problemas e todas as desventuras que injustamente de meteram no meu caminho. Eliminaste tudo com a mesma simplicidade e grandeza com que me ensinaste a ser, a mesma garra e determinação.
Quero agradecer-te por teres entrado na minha vida e quereres fazer parte dela. Quero agradecer-te por todas as coisas, por todas as palavras e por todos os gestos de amor que tens para comigo e sem sacrifícios,pois no amor até o maior dos sacrifícios é a maior das vontades.
És único, incomparável. Jamais alguém se conseguirá comparar a ti, á tua maneira de ser, á tua força e maturidade. Contigo aprendi muitas coisas. Uma delas foi a mostrar-te livremente aquilo que sou, a outra foi a dizer-te sem medos aquilo que sinto e a outra foi que o amor é o sentimento mais puro e bonito que um dia alguém pode sentir e só quem é tocado de alguma forma por algo tão puro e divino como nós fomos, conseguirá entender que linguagem se fala quando dois seres se unem pelo mesmo sentimento, pela mesma vontade e pela mesma força de desejo e graça.
Amo-te mais a cada dia que passa, pois só o que se planta com carinho cresce e fortalece.
P.S: AMO-TE

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nascer do sol

Não...hoje não estava nada inspirada para mais um post romântico. Com o stress desta última semana de aulas e o facto de pensar que não tardará nada e já estarei a gozar a vida em pleno deu-me inspiração para falar de outros assuntos.
Hoje vou falar dos privilégios de não ter mais aulas.
Estar de férias é algo verdadeiramente gratificante, a começar por nem ter que olhar para os livros, não ter de me levantar cedo todas as manhãs quando o que mais me apetecia era mesmo ficar na cama e fazer ronha por mais uma ou duas horas, poder sair á noite e estar mais tempo com a família e os amigos. Isso sim é valor!
Um dos maiores benefícios é precisamente não ter de aturar aquele ar autoritário de certos docentes e ainda não ter de ficar com a manhã estragada pela presença de "PERSONA NON GRATA" quando a manhã me estava a correr maravilhosamente até então.
Admito que estar em tempo de aulas tem o seu lado positivo visto que vês sempre os colegas, falas com os amigos que depois em férias não vês com tanta regularidade e todos temos aqueles momentos em que nos apetece pegar num livro e empenhar-nos um pouco mais não é? Embora por experiência própria eu saiba que isso é mais no início, quando pensamos sempre que este ano iremos estar super empenhados mas acaba por ser mais um ano banal onde nos baldamos sempre um bocado. Este ano, por acaso, fiz algo que não é muito da minha pessoa, baldei-me mais que o costume, nem tenho vergonha de o admitir, mas já se sabe...estudante que é estudante passa sempre por uma boa aventura destas.
Não faço um balanço positivo nem negativo da minha prestação académica, faço sim um balanço positivo da minha passagem pela universidade este ano...sim...este ano estive mais de passagem que outra coisa, mas não me arrependo, isso não é para mim.
Embora nem tudo tenha corrido sob rodas, até que gostei deste ano. Houveram aspectos negativos como por exemplo conhecer pessoas de duas caras ou até mesmo alguns problemas pessoais a querer atazanar a minha mente brilhante, mas os positivos é que me livrei de todos essas entraves e segui com o meu percurso.
Acho que estas férias me irão fazer muito bem, visto já estar com os olhos em bico com a universidade. Chegamos por vezes a um ponto em que já não podemos ver o sitio nem sequer pisar aquele terreno, mas com o tempo que irei estar de férias a saudade aperta e voltarei cheia de energia, que é assim que me defino sempre.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Juntos ao luar

Esta noite foi finalmente nossa.
Quando eu cheguei o teu olhar estudou-me atentamente. Depois sorriste para mim e por fim beijamos-nos.
Foi a nossa primeira noite juntos depois de tanto tempo. Parecia que nunca nos havíamos separado. Pude finalmente contemplar o teu sorriso, ver de perto cada prega da tua pele, sentir a fragrância única dos teus cabelos.
Já era tarde, mas não importava. Agora já nada importava. Estávamos juntos para todo o sempre, juntos toda a eternidade. Agora nada mais nos podia separar.
Quando te vi pela última vez tinhas os olhos cobertos de lágrimas e nem tu sabias o motivo. Parecia que adivinhavas o adeus cada vez mais próximo, cada vez mais perto de nós para nos atormentar durante milénios.
Foram séculos que esperei ansiosamente a tua chegada e agora, ali naquela noite estrelada, lá estávamos nós como que duas estátuas sem já saber quem via e quem era visto. Os olhos a verem e a serem vistos por ambos até nos perdermos nesse mistério de saber quem via e quem era visto.
Estavamos entregues, destinados a ficar juntos.
Os teus beijos eram mel, os teus lábios pareciam veludo, sedosos e tenros. O teu olhar era um novo mundo, cheio de mistérios e alegrias, cheio de certezas e segurança. A segurança de estar ali contigo de novo.
Dissemos tudo mas foi pouco, sabes que será sempre pouco enquanto houverem palavras a serem ditas. Os anos passaram e nem tu nem eu nos demos conta.
Amo-te! Tenho plena certeza disso. Amo-te com todas as letras da palavra amor, com todas as minhas forças, aquelas que guardei carinhosamente enquanto esperava a tua chegada.
Serás sempre aquele para mim, o único amor da minha vida, aquele que estava destinado a cruzar-se comigo e não se separar de mim nunca...nunca.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entre tu e eu


De cada vez que nos olhamos
De cada vez que nos tocamos
Felizes nós somos
Por ambos sabermos que nos amamos

Entre o teu olhar e o meu
Entre o nosso coração
Entre palavras e promessas
A certeza desta paixão

Cada palavra, cada gesto
Cada momento, cada sorriso
Faz-me viver num outro mundo
Ao qual chamo paraíso

Juro-te aqui amor infinito
E amar-te mais a cada momento
Afastar toda a tua dor
Todo o teu sofrimento

Amo-te com todas as letras da palavra amor
E foste o único a conseguir
Fazer-me sentir o que ninguém
Até hoje pode conseguir

O teu sorriso é o meu sol
O teu olhar o meu guia
Que enchem o meu coração de amor
E me dão tanta alegria

domingo, 6 de junho de 2010

Words


Sinto que entraste na minha vida com a mesma facilidade de alguém que entra pela porta e ali estava eu, naquele mesmo lugar, pronta para te receber, para te ver mais uma vez, para te dizer as mesmas palavras, aquelas que tu gostas sempre de ouvir e que nunca te cansas de me pedir que as pronuncie uma vez e outra, até te perderes por completo entre aquilo que ouves e o que sentes, aquilo que precisas de ouvir e de sentir e que apenas eu saberei como te dizer e como te dar.
Desde sempre que senti que te pertencia, que um dia ainda iríamos estar juntos e que aí, finalmente iríamos poder ser felizes.
Hoje vejo isso acontecer. Também hoje me perdi nas tuas palavras, também hoje me deixei levar pela doce melodia da tua voz enquanto me dizias aquilo que eu precisava ouvir de ti, aquilo que também eu te peço que me digas uma vez e outra até ao ponto em que também eu me perco, também eu me deixo embalar por essa doce melodia entre o ouvir e o sentir os sentimentos, viver as emoções e ficar estática, com receio de que o simples balançar de uma perna ou o simples mexer de um dedo possa estragar esse mágico momento em que tão subtilmente me dizes ao ouvido todas aquelas palavras vindas do dicionário do coração. Palavras que são ditas de boca em boca e para as quais não há significado sem ausência de sentimentos profundos, palavras que buscamos sempre dizer em momentos como este, em que sentimos nos nosso corações a plena certeza de que devem de ser empregues de forma terna e única como a que juntos fazemos cada vez que nos cruzamos, cada vez que nos deitamos lado a lado sob o olhar infinito mútuo e os mistérios do que se seguirá aquela palavra, aquele gesto tão unicamente relaxante e carregado de certezas, essas certezas são as de amarmos e sermos amados da forma como somos.

Olhar para o passado


É com enorme gratidão que passo hoje por ti e sei que não me dizes mais nada.
Dou por mim a pensar em como pude ser tão parva, perdendo tempo ao lado de alguém como tu, com esse ar de arrogante e mania de quem já nasceu com toda a sabedoria suprema.
Será algo que nunca conseguirei entender ou até tentar achar uma resposta. Embora ache que não perdi o meu tempo contigo, mas que foste um complemento de aprendizagem no meu caminho, sentir que um dia fizeste parte da minha vida dá-me nojo.
A parte mais infeliz do dia será eternamente aquela em que tenho que me cruzar contigo na rua por breves segundos. Um dia tentei reviver na minha memória cenas que juntos passamos e não faz sentido na minha cabeça pensar sequer que pude um dia dizer que te amei, que adorava estar contigo. Tiveste sim foi muita sorte em me teres tido do teu lado, em teres tido a rara oportunidade de na tua vida miserável te cruzares com uma mulher como eu, sorte em teres achado alguém capaz de tapar essa tua falta de nível e imagem ridícula de um ser a quem outrora chamei de "meu namorado".
Odeio saber que todas as manhãs terei de me cruzar contigo e que não poderei sequer ter a oportunidade de pagar para que tal não aconteça. Odeio esse teu ar de quem se julga mais que tudo e todos, esse ar de arrogante e insensível, pervertido e estúpido. Odeio a tua mania de que sabes tudo sobre tudo e todos, sobre todas as coisas, odeio essa mania de dono da verdade quando o que mais soubeste fazer do meu lado foi ser actor. Odeio a tua voz, as tuas conversas infelizes, o que escreves, o que dizes e o que pensas.
Devias ter mudado de planeta há séculos. É um alívio sentir que um dia passei por ti e não me disseste absolutamente nada. A coisa mais inteligente que fizeste na tua vida foi calares a boca perante a minha pessoa e teres-te assim poupado a mais uma critica, porque adoras criticar sempre, desde que nenhuma critica caia sobre ti, mas comigo não é bem assim. Irei dizer sempre o que penso de ti, sempre aquilo que me fazes lembrar cada vez que te vejo e porque quero que saibas que fui sempre demais para ti, fui sempre demasiado valor nas tuas mãos, demasiada areia na tua camioneta.
Obrigada por não me teres feito perder mais tempo, por me ajudares a entender que não prestas, que mulher nenhuma merece alguém assim na sua vida, por me fazeres entender que o maior erro que cometi em tempos foi ter-te conhecido, falado contigo e deixado que entrasses no meu caminho.
Não vales absolutamente nada, mas não precisei de muito tempo para o perceber.
Entendo hoje que todas as pessoas que comentavam a teu respeito tinham razão, algo de errado se passa contigo. Usas as mulheres como troféu para esconder aquilo que não queres que todo o mundo saiba e lamento que assim seja, mas por mais que tentes não conseguirás fazer com o que os olhares alheios caiam sobre ti e te dispam perante a verdade, perante aquilo que é óbvio, aquilo que receias, mas aquilo que és.

sábado, 5 de junho de 2010

Algo


Algo acontece quando os teus lábios me tocam, que é quando os meus olhos se fecham e sinto o mundo parar á minha volta.
Algo acontece quando te vejo, quando falamos e quando me dizes aquelas palavras.
Algo acontece quando sinto o teu perfume ao meu redor, quando nos abraçamos e consigo por fim sentir a fragrância perfumada dos teus cabelos, o sabor doce dos teus beijos e o teu olhar de encontro ao meu. Será isto um breve olá ou um eterno momento a que estamos destinados a viver?
O mundo muda quando estamos finalmente juntos. Tudo gira á minha volta ao ver-te finalmente vir na minha direcção, e quando chegas perto de mim, sinto que os meus braços estão preparados para te receber finalmente, para te acolher naquele ninho protector que durante todo este tempo eu aprendi a criar para que um dia pudesses caber nele.
Quando te vejo morro e ressuscito no mesmo instante, fico entre o sonho e a realidade, entre o que pensei que nunca existisse e o que de facto existe.
Amo-te mais a cada dia, a cada instante. És perfeito não apenas pelo que dizes ou fazes, mas pelo que eu sinto cada vez que estou perto de ti, cada vez que me dás a mão e me transportas mesmo que não saibas para um mundo totalmente diferente deste, de cada vez que dizes que me amas com todas as letras e que eu sei que não estás a brincar, que sabes usar essa palavra nos termos certos. Tudo o que me fazes sentir...é que estou viva, aqui e agora, pronta para ti, para nós.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tu


A noite caiu rápido. Lá do alto as estrelas brilhavam e dentro de mim havia aquele perfume da água da cascata misturada com o cheiro dos teus cabelos que lentamente roçava nas minhas narinas. Há muito que esperava por um momento assim, em que pudesse finalmente ter-te inteiro nos meus braços.
Senti os teus lábios tocarem os meus levemente. Fechei os meus olhos e vi dentro de mim a tua imagem. Quando os abri sorrias para mim, o teu olhar profundo misturado com aquele ar doce e maroto. Lembro-me de ver do alto uma chuva de estrelas cadentes e as leves e frescas gotas de água que caíam levemente sob as nossas cabeças. Mergulhamos num beijo apaixonado com mais sorrisos de cumplicidade.
Percebi que estava perdidamente apaixonada pelo homem que és, pelo homem que tenho nos meus braços noite após noite e que noite após noite venho buscar para mim, para o meu coração.
Perdi-me no universo do meu amor por ti, nas palavras que me encantam mais a casa momento que passa e aquela tua subtileza única e a tua maneira de ser.
Somos tudo e nada, mas tão poderosos quando os nossos corpos finalmente se fundem na gélida água da cascata, na penumbra da noite onde as estrelas são o tecto que nos cobre, onde as palavras de amor são pequenos lençóis de calor e onde os teus beijos são alimento á minha fome de viver.