Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vida de Pessoa Comum x Vida de Celebridade

Quem não gostaria de ter uma vida de luxo, ser vestido e calçado/a por esta marca e por aquela e ainda ir a um bom SPA sem pagar um tostão? Eu, logicamente, e todos vocês que me estão a ler.
Há já uns dias que andava com esta ideia de postar as diferenças entre uma vida de estrela e a vida de uma pessoa completamente comum e anónima, como eu.
Ora vejamos, ser anónimo, pelo menos para mim, tem muitas vantagens:
  • A vantagem de não se ser reconhecido
  • A vantagem de não dar autógrafos
  • A vantagem de não ter de se ser simpático quando não se quer
  • ECT, ECT
Ser anónimo é bom porque:
  • Podemos andar por onde bem nos der na real gana
  • Não temos de parar de 5 em 5 minutos para tirar fotografias com pessoas curiosas (sabe-se lá o que se faz hoje com uma fotografia)
  • Não precisamos de ser entrevistados
  • Não temos de levar com trabalhos impostos de forma pública
  • Não sabem nada da nossa vida pela internet, a menos que queiramos, claro.
  • Não temos de prestar declarações do que seja, desde rumores a novos projetos, passando pelo novo par de cuecas que compramos, ao que levamos dentro das malas, como já vi em certos programas e que me deixou...digamos, chocada. ( O que têm os outros a ver com o que levo ou não na minha mala?
Por outro lado, ser famoso é bom porque:
  • O salário é mais elevado
  • Para darmos a cara em qualquer lado recebemos uma nota preta
  • Podemos ir ao SPA sem pagar, a massagistas sem pagar, serem vestidos á borla só para ir a um programa e sem pagar...
  • Temos mais visibilidade e mais facilidade na busca dos nossos interesses
  • Temos boas ofertas, boas propostas e podemos comprar boas casas, ter 3 ou 4 carros como o Ronaldo ( este até carros para os amigos tem...tenho que ver se me torno amiga dele! MÉ MÉ)
  • Etc.
Eu sei que vida de celebridade não é fácil. Vejo por artistas como a Britney Spears que não é nada simples. Cada passo que damos é um fotógrafo para ver se nos apanha ao mínimo deslize, para mostrar como ficamos feias e inchadas, como temos uma banha a mais, como temos celulite e como as celebridades também têm acne...mas sejamos francos...é uma vida de luxo. Pelo menos, se eu fosse uma celebridade, a minha carteira não teria o síndrome do suicídio, porque a coitada está quase sempre vazia e quando não está, conta os cêntimos que lá moram.
Com um famoso, gastar não é problema. Para já a imagem hoje em dia vende mais que o produto. Basta-se ter uma carinha laroca e um bom par de pernas que já vale uma nota preta, sabe-se lá como. Nunca percebi muito bem esse conceito de imagem acima de todas as coisas, é algo que me dá nojo, mas temos que aceitar, não nos resta outra alternativa se não conviver com a mesquinhez mundial que se alastra a cada segundo que passa. Embora eu considere que não se deve julgar uma pessoa pela aparência, as pessoas são todos os dias julgadas pela aparência e isso vê-se quando vamos a qualquer sitio, desde lojas a bancos, ao que seja e que levemos vestidos uns ténis velhos com uma roupa completamente prática.
Para uma celebridade a roupa é essencial, a imagem é essencial, o cabelo é essencial, a unha do pé arranjada e pintada é essencial e além disso um vestido horroroso de uma estilista de alto gabarito também é essencial.
Enquanto que eu me levanto todos os dias ás 5/6 da manhã, vou tomar o meu banho e lavar os meus dentes, saio de casa para ir a pé para a baixa de faro ter com colegas e amigos para ir para a Universidade, um famoso levanta-se com calma, tolerância de 10 minutos para ganhar coragem e sair da cama, toma um BOM  banho de sais e só sai 3 horas mais tarde para ir para a massagista como a Carolina Patrocínio, que como o nome indica subiu de posto graças á morte de Francisco Adam e ainda lhe andou a cortar na casaca com a sua bela língua de 3 metros. E sim, eu também sei da vida dos famosos. Agora vocês perguntam-me porquê...e eu respondo: Porque sou todos os dias bombardeada por revistas cor de rosa de baixa cultura com a vida de fulano e Beltrano, que na verdade nem me interessa, mas que ocupa o meu tempo quando estou á espera para fazer qualquer coisa. E não, não leio revistas no cabeleireiro porque eu sei cortar o cabelo a mim mesma e nem preciso gastar dinheiro e além disso fica sempre original. Cada vez mais, cabeleireiro é coisa de celebridade e como eu bem dizia, depois da massagem, a celebridade vai ao cabeleireiro, isto porque não pode chegar ao trabalho com um cabelo no ar, se não acabará por sair nas capas das revistas e ser mal falada/o nos quatro cantos do planeta. Realmente, não havia necessidade de tanto, mas que se há-de fazer? Quem pode, pode e quem não pode fo**-se. Acho que não fui incorreta pois não?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Coisas que não entendo nas pessoas #2

Desculpas e mudanças de Opinião drásticas é o tipo de atitude que me faz afastar das pessoas em geral.
Todos nós temos o direito de ter uma opinião e de a mudarmos. O problema começa quando essa mudança de opinião consiciona a relação existente entre duas ou mais pessoas.
Quando uma pessoa diz uma coisa e depois faz precisamente o inverso e recorre a desculpas para se ver livre de uma dada situação, simplesmente não vale a pena perder o nosso tempo. Isso não irá mudar nunca.
Eu sou o tipo de pessoa que gosta de enfrentar situações. Qualquer tipo de situação e de qualquer natureza e não consigo simplesmente lidar com pessoas que tenham algum tipo de problema e não o digam pela frente.
Nunca consegui entender o porquê das pessoas fazerem isso.Quando falo das pessoas, não falo de todas as pessoas, se não apenas das pessoas que  têm este tipo de comportamento de forma persistente.
Regra geral, quanlquer que seja o problema que tenhamos, mais vale que seja resolvido um quanto antes mediante as nossas possibilidades. O diálogo ainda é gratuito e como tal eu aprecio que as pessoas me digam o que têm a dizer na hora certa, para depois se evitarem situações conflituosas em que andam a dizer pelas costas o que pode nem corresponder á verdade, que é o que acontece na maior parte dos casos.
Todas as histórias têm duas versões/ dois lados. Como tal acho relevante que seja resolvida de ambos os lados e com as pessoas que a geraram ( a história, claro).
Quando um assunto fica mal resolvido, pode gerar confusão e por sua vez a tipica palavra, muito portuguêsa, denominada de enleios e eu não tolero pessoas enliadeiras.
Uma pessoa enliadeira é uma pessoa que não tem a capacidade de dizer o que pensa frente a frente, se não aos seus amigos e conhecidos mais próximos. A conversa vai circulando e acaba por chegar aos ouvidos do outro, que por sua vez quer ver o assunto deslindado, isto se ainda der para o fazer. Os enleios são os maiores enimigos do diálogo.
Quando uma conversa não é bem interpretada, ela deve de ser de imediato exclarecida. Por isso já sabem, nunca usem os meios de comunicação virtuais como o msn ou o famoso Facebook para falar seja do que for. Embora a culpa não seja dos meios de comunicação mas sim das pessoas que os utilizam, são sempre uma boa ajuda para a má interpretação de uma mensagem que pode ser facilmente descodificada através do diálogo Face to Face.
Falar frente a frente é uma das melhores coisas que podemos fazer em tudo. Podem ter como exemplo o uso da internet para receção de faturas ou pagamentos e compras via internet, que na maior parte dos casos corre sempre mal, o que nos leva á nossa deslocação até ao local pretendido de forma a averiguar a situação. Não muito longe deste exemplo, estão as matriculas académicas de alunos Universitários.
Em inicios de Setembro, os alunos começam a efetuar as suas matriculas para mais um ano escolar, mas nem todas as cadeiras aparecem nas inscrições online, o que nos leva a gastar uns trocos para a dita deslocação aos Serviços Académicos com o propósito de completar a matrícula. Acho isso ridiculo, uma vez que se diz que as matrículas são feitas pela Internet. Mesmo assim ainda há casos de enganos.

Voltando ao assunto das desculpas esfarrapadas, nunca consegui entender muito bem o motivo pelo qual as pessoas as usam de forma a não enfrentar uma dada situação. É certo que todos nós nos servimos de uma desculpa de vez em quando para nos facilitar de alguma coisa, mas, na minha opinião, não enfrentar uma situação e usar uma desculpa para o caso é fugir com o rabo á seringa. Para mim, uma pessoa que inventa para se safar do que seja tem medo de ouvir que a verdade lhe seja dita. É como o caso do R. O R foi uma pessoa que conheci há cerca de dois anos e com quem tive uma afinidade. O R, aparentemente, tinha alguns problemas em dizer o que pensava frente a frente. Então gerava toda uma teia de conflitos via msn com piadas e afins, mas nunca, vez alguma, disse frente a frente o que pensava. Dois anos depois, o R resolveu fazer-se de vitima perante a sua fiel matilha de seguidores e escreveu não Um mas Dois postes a falar tudo o que pensava a meu respeito, sem mencionar o meu nome, mas falando precisamente do período em que nos conhecemos e dos acontecimentos que se geraram desde então. O que o R pretendeu fazer não foi mais que se gloriar por uma coisa que não tem pés nem cabeça. Um assunto mal resolvido acaba por se deslindar conversando e por várias vezes chamei a atenção do R, inclusive lhe cheguei a perguntar se, caso houvesse algo que o R me quisesse dizer, se o faria ou se deixava guardado, ao que me respondeu que me diria sempre o que pensava.
É fácil falar que se faz, mas há diversas diferenças entre a teórica e a prática. Só podemos dizer que conhecemos uma coisa que tenhamos experimentado por nós mesmos e logicamente que essa experiência não passou pelas mãos do R. No entanto o R afirma-se como uma pessoa hipercritica e altamente frontal a rossar o bruto e na verdade não passa de um latido de cão quando vê uma mota passar na rua. Ladra mas não se percebe o que diz, porque não é o mesmo calão.
Por estas e por outras é que gosto sempre de Re-dizer que nada melhor que se ser frontal. Nós só podemos dizer que somos honestos quando nos dispomos a ter uma conversa e deslindar uma dada situação, de forma a que essa página seja virada e faça parte de um curto cápítulo de um conto mais que terminado.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Cinema Redundante

O cinema é uma tecnologia e uma arte com alguns anos.
Foi no dia 28 de Dezembro de 1895 que os irmãos Lumier inventaram o cinematógrafo, um aparelho que projetava a imagem e funcionava á manivela.
O primeiro filme alguma vez visto foi em Paris, em finais do século XIX e tratava-se da chegada de um comboio a vapor, o que causou espanto e terror no rosto de todos os curiosos, que acabaram por sair da sala de cinema chocados e aterrorizados pela novidade com que se deparavam. O século XIX foi marcado por uma forte fase de mudança e avanço, pela novidade, pela fotografia e pelo consumo que surge precisamente com a revolução industrial.
Demorou muito para que o cinema fosse considerado como uma arte. No inicio o cinema era uma coisa do povo e era considerado uma vergonha um intelectual ir ao cinema.
Com o passar dos anos, chegamos a uma fase em que o cinema é uma coisa banal, assim como qualquer tipo de arte que seja feita. Entramos na fase da banalidade e redundância em que as modas do que foi voltam a dar nas vistas e a busca de algo novo parece ter estagnado. Até a música morreu, diga-se de passagem, pelo menos eu conto pelos dedos os bons cantores que temos.
Hoje em dia, uma nova estreia no cinema é, pelo menos para mim, uma coisa repetitiva do que já foi. Efeitos especiais com seres do outro mundo, viagens para novos planetas e casos policiais com seres paranormais dentro do panorama fantástico de Todorov que nos fazem prender ao ecrâ e acreditar que tudo aquilo é possível. Um filme nos dias de hoje já não é o mesmo que um filme há uns bons anos. Por mais avançada que esteja a tecnologia, acho que chegamos ao ponto de estagnação de ideias e a criação de enredos é já uma coisa batida.
No entanto, há bons filmes que captam a minha atenção e o meu interesse. Mas para mim o cinema perdeu quase todo o seu interesse. Para se ver um filme nos dias de hoje basta ir á internet e não há muito que pensar, basta descarregar o filme para o computador. E assim o cinema vai perdendo o seu encanto.
Faz algum tempo que não vou ao cinema e não tenho vergonha de admitir tal verdade. Não é isso que me torna mais caseira. Apenas acho que gastar quase dez euros num bilhete de cinema é um pouco mal gasto para aquilo que espero ver e aquilo que vejo.
Embora seja uma pessoa um pouco critica no que toca ao assunto dos filmes, sou de boa visão. Gosto de quase todos os filmes que vejo e costumo procurar sempre comprar um bom filme sempre que posso para ver quando estou mais desocupada e sem nada para fazer.
Além de um bom filme para adultos, também me deixo encantar por um bom filme animado, se bem que até nos filmes animados chegamos a um desgaste de ideias. A maior parte dos filmes que vejo atuais são computarizados e perdem metade da piada que os antigos filmes da walt Disney tinham com todas aquelas histórias fantásticas e que toda a gente conhece, como A Branca de Neve.
Embora assim seja, saiu em 2011 um filme que captou o meu interesse e que hoje é um dos meus filmes de eleição de animação.
O filme chama-se Rio e a personagem principal é uma arara azul chamada Blu, que é encontrada por uma menina que o adota e crescem juntos. No entanto Blu é o último macho da sua espécie e um cientista brasileiro encontra o seu paradeiro e tenta persuadir a sua dona para o levar para o Brasil, para que possa acasalar com uma fêmea da mesma espécie e salvar a espécie em vias de extinção. No entanto, o que parecia ser uma boa aventura onde tudo correria como o planeado, torna-se numa mega aventura com o rapto das duas araras por um grupo de traficantes da favela e pela busca desesperada da dona de Blu de reaver o seu bichano. Comédia de nos fazer rir ao extremo e cenas de nos fazerem ficar colados ao ecrã acompanhadas de uma deliciosa banda sonora são a minha recomendação para os que ainda não viram.

E vocês, caros leitores, o que acham do cinema do século XXI?

P.S: AMO-TE PAISAGEM

Há locais que nos acompanham a memória todos os dias da nossa vida e dos quais nos lembramos várias vezes ou mesmo a toda a hora. Por vezes dá-nos aquela vontade de voltar àquele sitio acolhedor ou àquele local especial e então nós pensamos: Bolas, mas porque é que não podemos levar a paisagem ou o local connosco no bolso/mala?
Pois é...
A mim também me acontece isso muitas vezes e com muitos sítios diferentes. Há locais que nos marcam pela sua grandiosidade, pela sua irreverência, pela sua importância ou mesmo pelo que vivemos lá. Seja o que for que nos mova, acabamos sempre por querer voltar ao local que tanto nos marca sempre que possível.
Neste Verão que passou descobri um local do qual não me importava nada de construir uma cabana e viver lá com o pouco que conseguisse. Afinal de contas, sou uma pessoa de poucos luxos. Gosto muito mais de viver o dia a dia, sentir emoções do que bens materiais. Afinal de contas os sentimentos são intemporais, transcendentes e fazem bem quando nos transmitem coisas boas.
Recordar um local ou uma paisagem que nos traga boas memórias é uma forma de nos sentirmos de novo nessa vivência.
Como eu costumo dizer, a saudade é puro sinal de que o passado valeu a pena.
Por vezes fico irritada por não conseguir a imagem perfeita do local que me marca, ou mesmo pegar na paisagem dos meus sonhos e levá-la comigo para casa e poder dizer que é apenas minha.
Sim, eu sou egoísta ao ponto de não querer partilhar a paisagem que tanto me trás boas memórias.
Embora não seja um sitio do qual eu não lá vá há anos, sinto sempre saudades e lembro-me de coisas que lá vivi. Por um lado faz-me sentir bem, mas por outro dá-me aquele aperto no coração saber que foram coisas que já passaram.
No entanto, a idade ensinou-me que o que vivemos e gostamos é realmente nosso e não nos pode ser tirado, porque experimentamos por nós, vivemos por nós e sentimos por nós.

Uns preferem a cidade, outros preferem o campo. Pessoalmente sou mais campesina, gosto mais do verde, do céu limpo e das plantas, de sentir a terra e ver os animais. Gosto muito mais do que é puro e que posso dizer que nos dá e que nos leva. Nada melhor que a terra pura para mim e sou daquelas pessoas que se deixa encantar com facilidade com uma simples paisagem. Simplesmente gosto do que vale a pena sentir na pele, que é a natureza, para mim, a mãe e Deusa de tudo e todos.
Por isso gosto de ir para o  campo, passar noitadas no campo, ver montanhas, cerros, árvores e isso é o que realmente me encanta. O resto não passa de uma criação auto destrutiva do homem como forma de vida e remodelação. Digamos que é o avanço ( ou direi retrocesso?) do homem.
Como sou de boa memória para as coisas que gosto e que valem a pena, deixo-vos com um fotografia de uma paisagem que me diz muito. Desculpem a qualidade fotográfica. A noite e a minha máquina fotográfica não são as melhores amigas, mas acreditem...vocês iriam gostar de ver isto de perto, tal como eu faço sempre que posso.
A sensação de me sentir isolada do mundo, poder agarrar o mundo com as mãos e sentir que sou maior que tudo e todos, pertence-me neste pequeno local...que não digo o nome...porque é MEU! :D

terça-feira, 3 de abril de 2012

Coisas que não entendo nas pessoas #1

Uma das coisas que não entendo nas pessoas é quando são realmente teimosas sem razão alguma.
Tudo bem que a razão é algo realmente bastante subjetivo e que está no lado de quem a vê como bem já referi, mas há situações que conseguem superar espetativas como esta que vos vou contar.
Todos nós temos problemas, uns maiores, outros menores, mas todos eles são problemas. No entanto, assim como todos nós temos problemas, todos nós temos diferentes formas de os resolver, consoante a nossa força interior e as nossas capacidades interiores. Nunca julguei ninguém por o que quer que seja no que toca a esse campo, dado que costumo sempre dizer que, só quando nos calha a nós, é que sabemos realmente dar ao valor, e não é mentira alguma.
Há pessoas que tendem a ficar depressivas, outras nem tanto, mas as que ficam, em alguns casos tendem a descarregar para cima das pessoas que não têm culpa, como já me aconteceu a mim ser julgada por algo que não fiz.
Como já falei em tempos, tenho um amigo que está a passar por uma situação bastante difícil de superar. ( não irei logicamente referir que situação é, mas digo que é uma situação delicada)
Essa situação em questão tem mexido bastante com ele e por isso é normal andar mais sensível ás coisas. No entanto, isso não quer dizer que nós tenhamos culpa pelo que se está a passar á sua volta ou que sejamos os responsáveis pelo seu problema porque não somos, ou melhor dizendo, não sou.
A vida encarrega-se de nos oferecer cuincidências e há relativamente pouco tempo perdi um parente chegado, pessoa essa por quem tenho muita estima e foi calhar na mesma altura em que esse meu amigo teve também o seu problema. Para o poupar não lhe disse nada de imediato, mas perguntei como é que ele estava e para me ir dando noticias, coisa que não aconteceu. Em vez disso, ele não quis entender. Há poucos dias falamos pelo telefone e quase que saltavam faiscas por algo que não passava de um mal entendido.
Saliento que, caso precisem de falar com uma pessoa, que o façam cara a cara, para que não hajam coisas do género. No entanto, depois de alguns desentendimentos, ele ligou-me e fomos tomar um café. Acabei por lhe explicar tudo. Perdi um parente, não é fácil e não poderia deixar de apoiar os meus familiares nessa altura, pelo que lhe pedia compreensão. Aparentemente ele entendeu e ficamos bem. Mas só ontem fiquei a saber que não.
Ao que tudo indica, esse meu amigo disse que sim só porque sim. Porque fica bem, porque não se quer chatear, porque tem mais que fazer...sei lá, pode ser por muita coisa, mas não entendeu. Despachou-me no facebook porque tinha que ir descansar. Não me liga, não me manda e-mails como eu tanto lhe pedi e ele disse que faria, não faz absolutamente nada porque espera que seja sempre eu a fazer.
Por mais que tente perceber os pontos de vista dele, há alturas em que temos que meter na nossa cabeça que não dá. Infelizmente, não poderia dar-lhe mais justificações do que aquelas que já lhe dei e fazer mais do que já fiz. Se lhe peço que me conte como ele está, é sinal que prezo bastante a amizade dele. Se ele não o faz é porque não preza a nossa amizade como eu.
Mesmo sabendo que a situação dele não é fácil, tenho consciência que não tenho culpa disso. São coisas da vida que temos que saber aceitar. Também eu tenho problemas e não culpo nenhum dos meus amigos por isso ou muito menos deixo de falar com eles só porque sim.

Com isto, o que me resta dizer é que as pessoas só podem ser tolerantes enquanto há razões para o serem.
Não fiquei chateada, mas esperava melhor da parte dele.
As pessoas têm que ter noção que a vida é complicada e que não podem simplesmente mandar assim os amigos embora. Nunca se sabe o que o futuro nos reserva e um dia podemos estar sozinhos e precisar do apoio dos amigos. No entanto, se o que fizemos foi só ver o nosso lado, não podemos esperar que os amigos estejam á espera de milagres, porque nos cabe a nós entender as coisas.
As pessoas não vão ficar sentadas de braços cruzados á espera que entendam que procederam mal. Na minha opinião isto é uma criancice enorme.
Eu valorizo o empenho do meu amigo para com o problema dele e jamais meterei isso em causa, mas esse meu amigo também tem que entender que há limites para aquele tipo de comportamentos. Com isto acabamos por ver que só é amigo quem está e não quem nos julga por erros que não cometemos.
Isto é uma das coisas que não percebo nas pessoas...sermos muitas vezes julgados por erros que não fomos nós que os cometemos. Nós não temos que resolver problemas que não nos cabe resolver. Podemos sim dar apoio, dar amparo, mas é o mínimo que podemos fazer perante uma situação complicada como esta.
O resto...cabe ao outro perceber.
Como é óbvio eu não dou o meu braço a torcer, porque tenho clara noção do rumo que as coisas levaram. Além do mais eu e esse meu amigo já falamos pessoalmente. Logo ele teve a chance dele para me dizer o que pensava. Se não o disse na altura, não me pode atirar em cara as coisas agora.
As pessoas têm que meter na cabeça que só fazemos o que podemos. Cabe a cada um entender isso.

Novidades- rúbrica no blog

Pessoal, a partir de agora vai abrir uma rubrica aqui no meu blog. A rubrica não tem dia para sair como nas revistas, nem hora muito menos. Apenas vou abrir um espaço para escrever os meus pensamentos e vou chamar a esta rubrica
Coisas que não entendo nas pessoas
Basicamente será um post alusivo a acontecimentos dos mais variados estilos e de natureza humana.
Curiosos?
Pois bem, dentro de alguns minutos terão o primeiro.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Coisas que retirava da minha vida se tivesse de viver sem elas

Ora vamos lá ver
Todos nós temos mais do que aquilo que precisamos e isso é mais do que óbvio para toda a gente, certo?
No entanto cada vez mais vou ouvindo as pessoas com quem convivo dizerem que hoje em dia só compram mesmo o que precisam. E eu concordo completamente.
Para quê gastar dinheiro em algo só para dizer que temos algo? Moda? Para não sermos excluídos? Ah pessoal...vamos lá usar a cabeça e sermos práticos. Estamos em tempo de crise e temos de pensar duas vezes onde vamos empenhar os nossos tostões se não queremos andar a pedir na rua um dia destes. Essa ideia de se ser excluído já passou há muito de moda, pelo menos para mim.
Já que esta crise veio aparentemente para ficar e que o nosso novo governo não a sabe resolver cortando sempre na carteira dos contribuentes, espero ao menos que esta má fase sirva para mudar a mentalidade de muitos de nós de forma a que aprendamos a saber viver com o pouco que temos sem ambicionarmos aquilo a que não podemos chegar, porque nós bem sabemos que é assim que se fica endividado em 50% dos casos.
Estado eu num desses estados em que não quero mais do que preciso, fiz uma arrumação geral nas minhas tralhas e dei algumas das coisas que não me faziam falta alguma ( mas pensei a quem as dar) e no fim meti-me a pensar e a pensar e fiz uma lista na minha cabeça de coisas que retirava da minha vida se tivesse de viver sem elas e aqui vão algumas:
  • Os filmes. Não preciso deles. Posso descarregar os que quiser para o computador porque não pago mais por isso e não preciso gastar dinheiro só porque sim, por causa de um filme que mais tarde fica só a encher-me a prateleira do quarto.
  • Bonecada e adereços de quarto só para enfeitar. Pode não se aplicar tanto aos homens, mas nós mulheres gostamos de enfeitar os nossos quartos com coisas decorativas bastante apelativas e os nossos quartos costumam ser uma enchente de vernizes, peluxes, guarda-jóias e caixas para toda a espécie de afins...pelo menos o meu é um pouco disso, dado que em tempos coleccionava uma enorme enchente de bijoteria e tenho tanta que nem uso metade. No entanto não me livro dela porque gosto e porque sei que há sempre uma ocasião para se usar alguma das peças compradas. No entanto se tivesse de viver sem isso tudo, eu vivia sem qualquer problema.
  • Tablet. Eu tenho um tablet, mas não pedi para o ter. No entanto acho-o prático e funcional, acho que acaba por ser mais prático ir com ele a algum lado em vez de levar o portátil que é mais pesado. Mas o tablet não tem as mesmas funcionalidades que o portátil, nem word, nem power point, nem dá para fazer metade das coisas...logo...comprar só para enfeitar? No way. Para ver filmes vejo no computador, para jogar jogos jogo computador, para ir á internet vou no computador...resumindo, faço mais no computador que no tablet, logo não precisava de um Tablet.
  • Roupa  para as traças. Toda a gente já comprou mais roupa com aquela que usa. Até eu, por sinal, para todas as ocasiões e mais algumas...mas no entanto damos sempre com uma pela guardada que nunca foi usada, certo? Chamo a isso ter fartura e sim já tive fartura. Não vo dizer que abro o meu guarda fato e que vejo meia dúzia de mudas de roupa porque está cheio, mas no entanto não uso metade do que ali tenho. Umas uso em casamentos, outras em datas especiais, outras ainda não são para já...e vão ficando por aí...No entanto ou engordamos ou emagrecemos e lá se vão as calças da Mango ou o top da Bershka e só se vestiu uma ou duas vezes. Não será um crime gastar tanto para tão pouco?
  • Bonecos da infância. Toda a gente os tem ou já teve. Mas ainda há quem os tenha e quem os guarde. Uns degradados, outros novinhos em folha pelo bom uso que lhes foi dado (no meu caso foi mesmo assim, não fui criança de estragar as minhas coisas) mas guardamos sempre porque nos faz lembrar e assim vamos enchendo a casa. As mães e pais de hoje deviam de ter em conta que as crianças precisam de brincar, mas não precisam de encher o quarto até ao ponto de não conseguirem entrar, afinal de contas não vão ser eternamente crianças e eu acho que gastar em demasiados bonecos é montante mal empregue. Não é por isso que se deixa de ser bom pai/ mãe não acham?
E vocês? Que coisas tiravam da vossa vida e que coisas podem muito bem viver sem elas?

Aventuras é comigo, mas limites também deveriam de ser comigo

Sempre fui uma jovem que gosta de se aventurar em coisas que realmente aprecia.
Uma das minhas mais recentes aventuras é passar a noite fora de casa e tendo como telhado...as estrelas.
Neste Verão que passou eu e a minha melhor amiga/irmã Gisela descobrimos um cerro para o qual gostamos de ir e de passar grandes e bons momentos juntas. Um dos melhores é mesmo apanharmos uma mega noitada e ficarmos á conversa horas a fio sem ter de pensar nas horas.
Gostamos tanto de ir para lá da primeira vez que começamos a repetir a proeza por várias vezes e digo-vos já que não te fim á vista nem nunca terá. Simplesmente adoramos a paisagem e as conversas que surgem ali e não surgem em mais altura nenhuma sem que seja ali.
Numa dessas nossas noites de aventura a céu aberto apanhamos o susto das nossas vidas.
Decidimos ir para o cerro de manhã e no dia anterior andamos a fazer compras para não termos lá em cima um belo ataque de fome. De malas feitas e bem abrigadas com roupa quente dentro das mochilas decidimos ir de manhã e ficarmos mais tempo do que das outras vezes.
O dia passou rápido e a noite chegou depressa. Comemos e ficamos á conversa como costumamos fazer sempre, mas...a dada altura apanhamos um susto enorme quando começamos ouvir rasmalhar nas árvores. Tanto eu como a Gisela levamos armas de defesa para o caso da coisa não correr assim tão bem e esperemos honestamente que nunca precisem de ser usadas, mas naquela noite dei por mim a tirar a minha faca de defesa da mochila e de ver a Gisela com a dela na mão. Dei por mim a rezar um pai nosso e uma ave Maria quase que em voz alta com o desespero, porque o som que vinha de longe começava agora a tornar-se mais perto, mais intenso e quase que conseguia ouvir o que tivesse por trás de nós duas, a respirar.
Lógico que não gritei com o desespero nem comecei a fazer xixi nas cuequinhas, mas admito que se alguém tivesse feito não me espantaria. O som era obviamente de alguma coisa que nos observava e só nos demos conta do que era mais tarde quando vimos o pobre animal correr para longe.
Aparentemente aquela zona está cheia de coelhos e cães que costumam ir para lá passar a noite, ou porque não têm dono ou porque os donos os soltam um bocado e eles vão para aquela zona do terreno. Facto dos factos é que nos assustou de tal forma que já pensávamos que tínhamos os segundos contados.
Mesmo assim , com vários sustos passados ali no local, nunca deixamos de ir para lá e vamos porque nos faz bem, porque vimos renovadas para casa, cheias de boa energia.
Não fazemos lixo, não deixamos porcarias espalhadas e ainda vivemos como duas sem teto.
E querem saber que mais? Eu gosto, faz bem e tenho muito gosto no que faço. Podem até chamar-me maluca, mas não me importo. Prefiro mil vezes ser maluca sem ter de fazer mal a ninguém que ser maluca e prejudicar os demais. Tenho plena noção que dormir ao relento pode não ser seguro, mas afinal de contas...nos dias que correm há alguma segurança? E vamos deixar de viver por causa disso? Claro que temos que nos prevenir, mas quem disse que já não o fiz? ;D

E vocês? Gostam de campo? Que tipo de aventuras gostam mais e quais os vossos limites?