Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Aventuras é comigo, mas limites também deveriam de ser comigo

Sempre fui uma jovem que gosta de se aventurar em coisas que realmente aprecia.
Uma das minhas mais recentes aventuras é passar a noite fora de casa e tendo como telhado...as estrelas.
Neste Verão que passou eu e a minha melhor amiga/irmã Gisela descobrimos um cerro para o qual gostamos de ir e de passar grandes e bons momentos juntas. Um dos melhores é mesmo apanharmos uma mega noitada e ficarmos á conversa horas a fio sem ter de pensar nas horas.
Gostamos tanto de ir para lá da primeira vez que começamos a repetir a proeza por várias vezes e digo-vos já que não te fim á vista nem nunca terá. Simplesmente adoramos a paisagem e as conversas que surgem ali e não surgem em mais altura nenhuma sem que seja ali.
Numa dessas nossas noites de aventura a céu aberto apanhamos o susto das nossas vidas.
Decidimos ir para o cerro de manhã e no dia anterior andamos a fazer compras para não termos lá em cima um belo ataque de fome. De malas feitas e bem abrigadas com roupa quente dentro das mochilas decidimos ir de manhã e ficarmos mais tempo do que das outras vezes.
O dia passou rápido e a noite chegou depressa. Comemos e ficamos á conversa como costumamos fazer sempre, mas...a dada altura apanhamos um susto enorme quando começamos ouvir rasmalhar nas árvores. Tanto eu como a Gisela levamos armas de defesa para o caso da coisa não correr assim tão bem e esperemos honestamente que nunca precisem de ser usadas, mas naquela noite dei por mim a tirar a minha faca de defesa da mochila e de ver a Gisela com a dela na mão. Dei por mim a rezar um pai nosso e uma ave Maria quase que em voz alta com o desespero, porque o som que vinha de longe começava agora a tornar-se mais perto, mais intenso e quase que conseguia ouvir o que tivesse por trás de nós duas, a respirar.
Lógico que não gritei com o desespero nem comecei a fazer xixi nas cuequinhas, mas admito que se alguém tivesse feito não me espantaria. O som era obviamente de alguma coisa que nos observava e só nos demos conta do que era mais tarde quando vimos o pobre animal correr para longe.
Aparentemente aquela zona está cheia de coelhos e cães que costumam ir para lá passar a noite, ou porque não têm dono ou porque os donos os soltam um bocado e eles vão para aquela zona do terreno. Facto dos factos é que nos assustou de tal forma que já pensávamos que tínhamos os segundos contados.
Mesmo assim , com vários sustos passados ali no local, nunca deixamos de ir para lá e vamos porque nos faz bem, porque vimos renovadas para casa, cheias de boa energia.
Não fazemos lixo, não deixamos porcarias espalhadas e ainda vivemos como duas sem teto.
E querem saber que mais? Eu gosto, faz bem e tenho muito gosto no que faço. Podem até chamar-me maluca, mas não me importo. Prefiro mil vezes ser maluca sem ter de fazer mal a ninguém que ser maluca e prejudicar os demais. Tenho plena noção que dormir ao relento pode não ser seguro, mas afinal de contas...nos dias que correm há alguma segurança? E vamos deixar de viver por causa disso? Claro que temos que nos prevenir, mas quem disse que já não o fiz? ;D

E vocês? Gostam de campo? Que tipo de aventuras gostam mais e quais os vossos limites?

1 comentário:

Unknown disse...

Uhm...isso faz-me lembrar alguma coisa. Eu também sou muito aventureiro e estás a ver-me com ar de ralado?
No way babe. I like it. Can i? sure i can.