Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

E ainda dizem que não há vampiros

Sinceramente eu não entendo a cabeça das pessoas!
Os vampiros existem!!! Sim, existem, estão em todo o lado, em qualquer lugar, quer seja de dia, quer seja de noite, e para os encontrarmos não precisamos de cortar os pulsos para que eles sintam o cheirinho ardente do sangue. Eles mesmos sentem quais os nossos pontos fracos e sabem como vir ao nosso encontro.
No entanto vocês sabem, nem toda a gente acredita em vampiros e a minha paciência esgotou-se nesse sentido, em tentar dizer a esta gente que não é verdade. Estão todos errados e já vão perceber o porquê.
Hoje mais do que nunca vampiros é coisa que não faltam.
Temos diferentes tipos de vampiros, ou diferentes clãs como preferirem chamar:

  • Há os vampiros que sugam a esperança
  • O vampiros que sugam o nosso tempo
  • O vampiros que sugam a nossa boa vontade
  • O que sugam a nossa boa educação
  • E os que sugam a nossa carteira, que são os mais ferozes e estão lado a lado com os já referidos.
Por isso minhas gentes, tenham muitos cuidado. Vocês são sabem com que vampiro vocês poderão estar a lidar no vosso dia a dia. Na prática são todos uns queridos, mas na hora da verdade, só não sugam as cuecas porque são alérgicos ao bacalhau.
Agora que já espero ter instruído a vossas mentes incultas e desatualizadas pelo tempo...aqui me despeço na esperança de pelo menos hoje não ser caçada por mais nenhuma dessas víboras impertinentes.

domingo, 15 de setembro de 2013

O vampiro

Chegou o mau tempo.
Uma enorme nuvem negra tapou o céu tingido de azul celeste logo pela manhã.
Soube de antemão que viria tempestade.
Decidi ir para casa, mas a necessidade de ir às compras venceu a minha vontade inquietante de ficar. Saio pela porta vestindo o casaco. O frio enchia as ruas desertas. Ouvia o seu chamamento por entre os phones que mantinha colocados como forma de me abstrair.
Cautelosamente entrei no supermercado mais próximo, como de costume. É curioso como a força do hábito me leve a conhecer de cor todas as ruas e todas as estradas que me levam até algum lugar que precise.
Só tinha falta de dois pacotes de leite e café.
Assim que paguei à mesma rapariga simpática de sempre, saí porta fora com alguma ansiedade.
Olhei o céu novamente.
Uma nova ameaça de chuva estava de chegada. Tapei-me com o saco das compras e tentei ir o mais rápido possível para casa. No entanto, e quase por instinto, naquele dia sombrio...algo me dizia que não estava só.
Do outro lado da rua, dois grandes olhos observavam os meus passos.
Sem querer pensar muito meti música. Andei o mais depressa que pude até onde me sentisse segura, embora eu nunca estivesse segura em lugar algum e eu sabia disso perfeitamente.
Quando cheguei à estrada que me levaria a casa, os meus sapatos escorregaram no solo húmido de outono.
Meti a chave na fechadura e tentei o mais discretamente possível acalmar a minha ansiedade, que começava a tomar conta de mim naquele preciso momento.
Era interessante como me sentia domada pelo medo.
Estava no meu sangue a razão desse pavor.
Ele estava de volta e eu sentia-o rondar entre as árvores, sondando cada movimento meu em busca de uma altura oportuna para me atacar. Rodei a chave duas vezes e esta não se movia. Era a primeira vez que tal acontecia.
Subitamente olhei para trás, para as grandes e densas árvores cobertas de um nevoeiro denso e azulado. Estava a fazer-se tarde e começavam a cair as primeiras gotas de chuva tardia.
Não podia esperar. Tinha urgentemente que entrar em casa. Tinha de me sentir minimamente a salvo.
Pousei o saco das compras no chão e forcei a fechadura mais uma vez, olhando sempre para trás, na expectativa de encarar alguma ameaça que fosse.
Nisto consegui abrir a porta.
Entro em casa e fecho a porta o mais rápido que consegui.
Fiquei encostada à porta por breves instantes tentando recuperar o fôlego.
Tranquei a porta e sentei-me no sofá um pouco assustada.
Coloco o saco das compras no chão e uma pontada de cansaço apodera-se do meu corpo. Fecho os olhos, sinto o ar entrar e sair pelo meu corpo com a mesma precisão. Relaxo. Estava calma, serena, completamente relaxada e atordoada pelo sono que me possuía. Nisto algo me desperta, um baque vindo da porta da cozinha que indicava que não estaria sozinha. Abro os olhos, observo atrás de mim, na direção da cozinha. Levanto-me sentindo que o meu coração me dera um aviso prévio de que alguma coisa se passava.
Avanço cautelosamente até ao wall de entrada. Deixo-me ficar alguns segundos e seguro a primeira coisa que me apareceu. Uma jarra com as respetivas flores. Caminho devagar, descalçando os ténis húmidos pela brisa da rua.
Avanço na direção da cozinha, junto ao breu que a moldava.
Sinto o coração bater-me nas costas, o corpo hirto pelo medo...e nisto uma mão que me agarra assim que coloco o pé no interior da negra cozinha.
Tento gritar, mas não consigo. No escuro vejo dois olhos que me fitam com demasiada precisão. Soa-me a aviso. Tento libertar-me e nisto caio. Deixo o peso do meu corpo cair comigo.
Desperto!
Abro os olhos e reparo que tudo aquilo não passava de um pesadelo. Eram três horas da manhã. Tinha o corpo suado e a tremer. Sentei-me na cama e bebi o meu copo de água que deixo sempre em cima da mesa de cabeceira.
Encosto-me, tento relaxar.
Olho as horas a passar pelo relógio e começo a fechar os olhos, deixando passar uma sombra que se move atrás de mim pela janela.

Coisas imbecis que se costuma ouvir em campanhas...e não só!

Fazer campanhas pode parecer super divertido, mas nem sempre o que parece é! Uma das mais preciosas regras das campanhas é que, se não viermos abordar o pessoal que passa na rua, ele não virá miraculosamente ter connosco. Embora eu já tenha tido a sorte de ver muitos casais ou pessoas curiosas virem perguntar para que é e o que se pretende, isso não é sempre e até levanto as mãos aos céus quando acontece e quando a pessoa contribui claro!

Embora as campanhas se resumam precisamente a abordar as pessoas que estão a circular pelas ruas, shoppings, farmácias e seus afins, o que até teoricamente falando parece tudo super fácil, a verdade é que aquilo que por vezes ouvimos consegue dar a volta ao estômago de qualquer promotor/voluntário...

A lista que se segue foi cuidadosamente escolhida e ironicamente publicada entre gargalhadas, ilustra algumas das frases mais típicas do que nós ouvimos diariamente à nossa volta.

Quando confrontadas com a pergunta: Bom dia/tarde/noite, podia dar-me um minuto da sua atenção pelo Instituto Português de Oncologia?

Respostas:

-Já fui contactada/o
-Já estou inscrito (em quê posso saber?)
-Estamos em viagem
-Só um minuto...
-Vou só ao multibanco e volto já
-Não estou interessado
-Não preciso do IPO
-Já conheço
-Já fui abordada/o no outro dia
-Já ouvi falar
-Ah sim...eu já sabia, obrigada
-Metam o IPO num sitio que eu cá sei...(só espero que não precise meu caro)
-IPO? O que é isso? Para animais? (and i was like: -uhm...no....)
-Já fiz
-Não quero
-Não estou prevenida (com o porta moedas na mão e as moedas a cantarolar lá dentro)
-Ai eu já...já...já.............(Pois já!)
Como podem ver, as frases tornam-se tão repetidas que eu já me cheguei a perguntar se as pessoas combinam umas com as outras em plena rua ou ao virar da esquina aquilo que vão dizer. Acho puramente deprimente quando alguém não quer simplesmente contribuir, inventar as desculpas mais descabidas à face da terra. Se não querem simplesmente digam que não querem.
Há uns tempos em pensava que as pessoas eram todas iguais pela roupa que vestiam, mas depois disto mudei a minha maneira de pensar e acho que o mal está mesmo no cérebro.
Tudo isto para saberdes vós que eu sofro...e não é pouco!

domingo, 1 de setembro de 2013

O Vazio

Existimos porque sonhamos e passamos o resto da nossa vida procurando uma forma de satisfazer os nossos sonhos.
Existimos de uma maneira subjetiva e nunca estamos satisfeitos, porque embora consigamos alcançar um objetivo qualquer na nossa vida, há sempre algo que nos falta. Dentro de nós nunca nos iremos conseguir sentir totalmente satisfeitos...e por isso existimos. Existimos porque a vida é a oportunidade que temos para conseguirmos satisfazer os nossos sonhos, ou pelo menos lutar por eles.
Lutamos e muitas vezes batemos com a cabeça. Porque nem sempre essa procura nos satisfaz e nos preenche.
Lutar nem sempre significa conseguir e conseguir nem sempre significa para durar.
Tudo depende de alguma coisa e nós dependemos precisamente desse vazio que persiste e que nunca iremos conseguir ocupar.

sábado, 31 de agosto de 2013

Situações que não acontecem só aos outros

Arranjar um trabalhinho, que seja de verão. quer seja permanente, pode trazer muitas coisas boas, como os conhecimentos que se travam, o salário que se ganha, mas também pode trazer dissabores, como pessoas que mostram ser precisamente o que não são.
Vou falar aqui de uma história verídica, que não foi passada diretamente comigo, mas que me chocou profundamente.
Uma das minhas colegas de trabalho conheceu um rapaz, também ele meu colega de trabalho, e que de tudo fazia para a conseguir conquistar. Ela, comprometida mas nem por isso num relacionamento feliz, acabou por ceder aos encantos de um jovem oito anos mais velho e que verdade seja dita, que a sabia toda.
No início tudo era cor de rosa, com montes de mensagens de amor em que constava que o jovem a adorava, que estava cheio de amor para lhe dar, que só pensava nela, no sorriso maroto dela e por aí adiante...
Depois veio a tempestade. Aparentemente a avó do coitado ficou doente e ele teria de partir para Abrantes, a terra natal, de forma a poder cuidar da avó e dos terrenos. No entanto a relação continuava até se saber como seria o final daquele filme, se o rapaz iria ou se ficaria, tudo dependendo do estado de saúde da avó.
Mais tarde já não era só o estado de saúde da avó, mas uma oferta de emprego que o faria ganhar dois mil euros numa empresa de alarmes. Mesmo assim lá continuavam como se nada fosse.
Ao fim de um tempo começam a surgir aquelas conversetas entre colegas onde constava que ele era um básico, que não prestava, que não era o que parecia ser, que mais tarde ou mais cedo lhe iria cair a máscara...e que ele tinha voltado para a ex mulher, mãe da filha dele. (Sim, o tipo era pai)
Já devem de estar a calcular mais ou menos que esta história tinha tudo para acabar mal, mas nunca pensei que fosse acabar assim tão mal
O que se passou foi que o jovem além de ter a mania que era um Don Juan, gostava de fazer sexo sem preservativo. E a jovem feita parva aceitava essa condição.
Resultado: Não ficou grávida, ao contrário do que vocês leitores já estariam possivelmente a prever, mas ficou a suspeitar dessa hipótese, além de poder ter ficado a suspeitar de ter contraído alguma DST.
No meio desta salganhada toda, a rapariga ficou a saber através de uma colega de trabalho que o tipo andou com ela e com uma outra tipa ao mesmo tempo, que tinha voltado para a ex mulher e que tinha divulgado a toda a gente com quem trabalhava sobre a relação deles os dois, sobre situações pessoais da jovem e mensagens particulares que ela lhe enviava.
Resultado desta salganhada: A rapariga falou com ele, o jovem dizia que não tinha tempo para conversar por causa do trabalho, mas na verdade havia sempre tempo...e no final a jovem fez um teste de gravidez que deu negativo, mas fez jogo dizendo que tinha acusado positivo e o rapaz não queria ouvir o que ela tinha para lhe dizer, inventando que estava com uma carrada de problemas e que só lhe apetecia desaparecer, tudo para fugir com o rabo à seringa, mas acabou queimado porque se tornou conhecido pela sua reputação no local de trabalho e perante os seus chefes.
A rapariga disse-lhe que estava grávida como forma de o assustar, ele disse que não iria assumir a criança, para ela abortar, ela disse que jamais o faria, ele voltou a dizer que não queria mais filhos e que ela bem podia ir à procura dele porque ela nem sabe onde ele mora.
Com isto tudo me resta dizer que foi bastante divertido ver a cara dele perante a notícia, porque por coisas como estas é que ficamos a conhecer o verdadeiro valor das pessoas.
Uma mulher grávida não fez o filho sozinha. Como tal uma criança tem de ser assumida, porque se soube bem fazê-la também tem de saber igual em se assumir.
Acho uma completa falta de caráter um homem que usa uma mulher só para se satisfazer, fingindo gostar dela só por desporto e pensando que iria sair muito bem no meio da história, mas acabou por ficar queimado quando uma rapariga oito anos mais nova lhe fez a folha com um golpe tão simples, mas que lhe deu um belo de um título perante as pessoas que o circundavam.
Como já dizia o velho ditado: O feitiço virou-se contra o feiticeiro...

sábado, 13 de julho de 2013

Ajudar quem mais precisa não custa, desde que seja de coração

Hoje vou abordar uma temática meio delicada.
Há coisa de uma semana atrás fui dar um passeio com a minha melhor amiga pelo Fórum Algarve e fomos abordadas por um rapaz super simpático que estava a fazer donativos para ajudar a equipar o IPO de forma a ajudar crianças com cancro. Como já era de esperar, senti um enorme nó na garganta. Primeiro porque passei pela situação aos 20 anos, depois porque são crianças e nem quero imaginar não só o sofrimento das mesmas, mas o que passam os pais para os conseguirem salvar de uma doença tão má e dolorosa.
A minha carteira estava vazia, não tinha nada lá dentro, mas o simpático rapaz, que dá pelo nome de Sérgio, disse que se estávamos procurando um trabalho, poderíamos dar os nossos nomes para fazer voluntariado.
Os meus olhos brilharam de emoção só de pensar na possibilidade de poder dar algo da minha parte para ajudar quem mais precisa e nem pensei duas vezes.
Hoje já lá vai uma semana e a cada segundo que passa mais me orgulho do trabalho que faço.
Embora não seja fácil porque nem todas as pessoas estão interessadas em colaborar na nossa campanha, há muitas pessoas que são elas próprias a virem falar connosco, simplesmente com o propósito de saber do que se trata e não pensam duas vezes antes de nos estenderem a mão. Afinal de contas nós nunca sabemos o dia de amanhã e vale sempre a pena dormir de consciência tranquila.
A minha primeira experiência começou na praia da Galé em Albufeira. Foi muito gratificante, mas a melhor parte foi mesmo em Monte Gordo, quando uma senhora de 5 tumores veio falar comigo e abraçar-se a mim, acabando por me fazer chorar. Só quem passa por estas coisas sabe o que isto realmente significa e a importância do nosso trabalho.
O cancro é uma doença muitas vezes silenciosa, que nos destrói a pouco e pouco, física e mentalmente.
Sei o que custa e também entendo que as coisas não estão fáceis para a carteira de ninguém, mas vale sempre a pena tentar.
Grande parte das pessoas que já falaram comigo foram pessoas que já passaram ou que ainda passam pela doença. Admiro-as pela coragem e pelo sorriso que nos oferecem e que claro, é sempre retribuído com o maior carinho e respeito.
Admiro-as porque sei o quanto sofrem e como a doença lhes ensinou uma outra forma de encarar a vida e aprender a viver um dia de cada vez. Admiro-as porque sei que nem sempre temos vontade de sorrir, se não chorar. Admiro-as e só peço a Deus que haja uma investigação que ajude essas pessoas a ultrapassar de forma eficaz essa terrível doença para que possam ser felizes de novo.
Por momentos como este é que penso como vale a pena passar tantas horas de pé a abordar rostos diferentes pela rua, a partilhar as minhas experiências com meros estranhos que sabem perfeitamente do que se trata, a travar novos conhecimentos e a levar para casa uma bagagem cheia de orgulho, aprendizagem e sensibilidade. Aprendemos todos os dias com o que fazemos para melhorar a vida de quem mais precisa.
Fazer coisas assim enchem-me de alegria. Adoro fazer o que faço. Faço-o de boa vontade, com todo o meu coração, pelos outros, por aqueles que passam todos os dias por mais um momento de luta, de forma a os poder ajudar a ter uma melhor qualidade e serviço de atendimento, por uma causa nobre, por uma vida.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Hoje está In vender o peixe sem revelar que é podre

Algo de estranho acontece com as pessoas, e cada vez mais, estarem distantes aos assuntos que realmente lhes deveria de dizer respeito e apenas prestarem atenção a coisas que não interessa.
Não sei se tem a ver com esta nova era, esta época de mudança e de viragem social, espiritual, ou se apenas as pessoas resolveram mudar a forma de pensar e agir só porque sim.
Hoje se te afogas não te estendem mais a mão. Limitam-se a pegar nos telemóveis e tirar-te uma fotografia.
Quando me refiro a afogamentos, não me refiro ao verdadeiro sentido da palavra. Quero dizer apenas que as pessoas acham mais divertido ver o sofrimento dos outros e fazerem disso um troféu, do que tentarem ajudar ou se não quiserem limitarem-se a ficarem ocupadas com os seus assuntos.
Sai muito mais divertido rir da vida do vizinho do lado só porque tem uma filha que se dá com meio mundo e já fez uns 30 abortos, do que pensar no que se irá fazer no momento seguinte, pensar no que falta ainda fazer e no que se pode fazer com o que se tem.
O melhor disto tudo, e digo melhor de forma abertamente sarcástica, é que esta tendência que não vem de agora está a começar a alastrar-se drasticamente.
Uns é porque acham divertido rir-se dos outros por desporto, outros simplesmente querem saber o que faz A, B ou C porque acham que isso pode eventualmente ser algo verdadeiramente produtivo e lhes poderá dar mais sabedoria e cultura quem sabe, outros tentam impor ao mundo a sua religião porque a sua religião é que é a boa, as demais são simplesmente porcaria e vivendo um pouco de cada peripécia destas todos os dias acabamos por ver que o mundo em que vivemos pura e simplesmente está a perder o seu interesse.
Se saímos à noite cada vez mais vemos adolescentes vestidas para matar, com as maiores minissaias possíveis ou calções que quase lhes mostra a abertura traseira por completo, com uma maquilhagem nada descontextualizada para não falar altamente berrante e de saltos altos porque está mais In.
Se saímos para a rua são aquelas senhoras da terceira idade ou até senhoras mais jovens a ofertar aqueles papelitos super simpáticos a falar do fim do mundo ou que Deus é a salvação do Universo, ou que a Bíblia é mais sábia que o Homem, quando a Bíblia foi simplesmente escrita por um Homem, não muito diferente de todos os homens neste mundo fora...
Não pretendo ofender ninguém com pontos de vista deste calibre, mas aborrece-me seriamente essas senhoras que são muito queridas mas que se metem a ler a Bíblia para nós e não nos deixam simplesmente seguir o nosso caminho. E se algum infeliz disser que não acredita em Deus, acho que a morta das senhoras é ali, naquele exato momento. Acho que cabe a cada um de nós procurar a religião com a qual nos identificamos. Todos nós já tivemos aquele momento em que nos questionamos sobre as coisas e precisamos de uma busca espiritual. Ninguém tem o direito de nos impor seja lá o que for. Já nos basta a Tróika que nos leva os troikos.
Conheço um senhor com quem costumo até ter conversas bastante agradáveis pela manhã mas acabo por levar com a palavra Deus ou Jesus 2838489758376294878 durante a conversa. E ai de mim se dissesse que não era evangélica. Imaginem só o que foi quando disse que tinha ido à festa Grande de Nossa Senhora da Piedade. Disse-me logo que imagens são ilusões. Só Deus é real. Cabe a cada um de vocês arranjar uma boa resposta para dar a este senhor.
Tenho também uma amiga bem mais velha que eu, que resolveu criar um perfil no facebook para poder vigiar a vida da filha e saber com quem se dá, com quem namora, se não namora, o que faz o suposto namorado, se não namora inventa que namora, se namora tem de revistar tudo ao pormenor...e eu acabo por não ficar de fora, porque eu mesma sei que o pedido que me foi enviado por tal personagem foi simplesmente para controlar as minhas conversas com as demais pessoas e pensar assim que sabe tudo a meu respeito. O que não faço eu pelos meus fãs...

Com todas estas pérolas acho que não preciso dizer mais nada. E até tenho medo, não vá aparecer alguém e ir contar a fulano que Beltrano disse a Sicrano que Jorge era Gay...se é que me entendem.

domingo, 23 de junho de 2013

Mentiras que não tolero, mas faço de conta que sim

Todos nós ouvimos umas mentirinhoas de vez em quando e todos nós já mentimos uma vez ou outra, quer para proteger um amigo, quer para outra situação qualquer que nos convenha de certa forma e que não venha a prejudicar ambas as partes.
No entanto há mentiras e mentiras e algumas delas acabam por me cair mesmo mal. Calo e como, fingindo que não sei de nada, que acredito em quem me mente, simplesmente porque não gosto de perder o meu tempo, ou porque sou mais inteligente em fingir que acredito do que quem pensa que me está a enganar.

Um dos meus ódios de estimação são aquelas pessoas com quem já não falamos há algum tempo e que subitamente nos perguntam como vamos e o que temos feito e no meio da conversa acabam por nos mentir à cara podre com coisas totalmente inúteis.
Tenho um "amigo" (nem sei se lhe chamo mais de amigo porque acho que amigo nenhum nos faz algo assim deste género) que havia uns bons tempos que estava desaparecido do mapa, mas que um dia se lembrou de perguntar como é que eu estava. Falamos normalmente e eu disse-lhe para ele me adicionar no facebook. Ele primeiro disse que estava com problemas no facebook e eu disse que tudo bem. Mais tarde encontrei-o por casualidade no facebook e mandei-lhe o pedido. Ele disse que me iria aceitar, mas ainda não o fez, já vai sei lá quanto tempo e claro...deve ter ocultado o perfil com medo que eu tente saber da vida dele, como se eu fosse alguma criminosa que me fosse intrometer para lhe fazer mal ou alguma coisa parecida. Eu só pensei para comigo: Não queres aceitar-me como amiga no facebook tudo bem, mas não me mandes mais mensagens a querer saber como estou porque eu também não perco mais do meu tempo com pessoas assim como tu, que só sabem dar o merecido valor aos amigos quando o rabo se entala. E o giro é que o rabo se entala mesmo, mais cedo ou mais tarde.

Outra das situações é a mãe de uma amiga minha, com quem eu tenho bastante contato e conheço bastante bem. Posso dizer que somos amigas, que nos ajudamos, que tem até bom coração mais para umas coisas que para outras e que já se entalou por ouvir umas quantas verdades.
Certa noite, estava eu a falar com essa senhora, quando me mostrou uma mala de cortiça, dessas que se costuma ver muito, mas que eu não tenho propriamente que gostar. Perguntou-me então a dita senhora o que eu achava e eu disse que se a senhora gostava tudo bem. Quando ela me diz algo como: Ofereceram-me por isso nem olhei se presta ou não. Algo assim do género. Acreditei, pensando que sim, que era verdade, afinal por que motivos haveria eu de pensar mal de uma conversa tão inocente?
Mais tarde vim a saber que era mentira, porque eu disse à minha amiga (filha dessa senhora) que a mala em questão não era nada o meu género mas que se tinha sido oferecida não se olha a nada, e a rapariga disse-me algo que me fez ficar de boca aberta, como isto: Oferecida??? E tu acreditaste nisso???? Foi ela que a comprou, ela é que já andava a falar nisso há que séculos, que eram giras, que gostava e que haveria de comprar uma...

Bem, poderia levar semanas aqui a contar pérolas destas, mas de que me serve, se só com isto já eu me estou a rir? Acho simplesmente engraçado e pergunto-me qual a necessidade de mentiras tão estúpidas, tão descabidas e que deixam o mentiroso tão mal visto. Cá me interessava que a mala fosse oferecida como comprada, não fui eu que dei o dinheiro por ela. E cá me interessava se a pessoa ia ou não aceitar o meu pedido de amizade. Se aceitasse é porque ainda se lembrava de mim, se não que diferença faz? Nós só nos devemos de lembrar de quem se lembra de nós, de quem faz por nós o que nós fazemos por elas. Nós nunca devemos esperar dos outros de acordo com as ações que fazemos, mas respeito, consideração e um pouco de boa educação nunca ficou mal a ninguém. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ah pois é bebé

Já é a segunda pessoa que me diz que vem ao meu blog para ouvir a música que nele meti e eu meto-me a pensar com os meus botões:
Ou não ouves mesmo nada que preste ou então não sabes ler :D

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mudanças

Tudo muda nesta vida, com o tempo. No entanto, só nos damos conta dessas mudanças um pouco mais à frente.
Este ano começou com muitas mudanças em todos os aspetos.
Começo com o famoso/antigo msn, ou messenger, como lhe queiram chamar.
Decidiram colocar o skype como forma de substituição do msn que ía perdendo utilizadores. Depois mudaram as contas de e-mail associadas. De hotmail passamos para Outlook.
Chegou o windows 8 e toda uma quantidade de novidades, desde a possibilidade de criação do grafeno, ou por outras palavras, um telemóvel transparente que se molda numa folha de papel ao que quisermos.
Comecei a ficar atenta ao que se passava à minha volta desde então.
Talvez essas mudanças tão radicais também fossem aplicadas às pessoas.
Quando me dei conta, reparei que muitos lugares onde costumava passar a minha infância, hoje são apenas uma recordação a um cantinho da minha memória. As antigas galerias da baixa de Faro onde havia o antigo cinema, nos dias de hoje não passam de um local fechado com apenas uma loja com revistas.
O restaurante onde os meus pais trabalharam um dia e onde eu cresci a brincar, porque era muito pequena para ficar sozinha fechada em casa, ardeu e hoje é apenas um lugar mergulhado na escuridão, com jornais e papéis de revistas a tapar.
Muitos dos lugares onde outrora passei grandes momentos deixaram pura e simplesmente de existir. Alguns desses sítios apenas têm como lembrança pequenos traços do que outrora foi o lugar onde fiz amigos, onde brinquei, onde corri e onde gostava de estar.
Parece ridículo, mas subitamente deu-me aquela nostalgia.
A pouco e pouco as coisas mudam, as pessoas mudam...e aquilo que um dia tivemos não passa de uma lembrança. Afinal, tanto nós como todas as outras coisas estão apenas de passagem connosco.
Muitas noites visito esses lugares onde um dia estive, onde passei bons momentos. Visito-os para me sentir de novo em casa e para pensar que nada mudou. Quando os visito parecem reais. Locais ainda existentes, cheios de vida, movimentação ou mesmo com aqueles cheiros de outrora.
Como eu gostava de ser criança de novo. Poder reviver todas essas coisas uma vez mais.
Lembro-me de brincar com o filho do patrão dos meus pais a uma mesa a um canto do restaurante para não perturbar ninguém. Brincávamos com carrinhos ou com o Game Boy. Riamos muito os dois e eu estava sempre a desejar que ele viesse todas as tardes. Não dávamos trabalho nenhum. Sabia tão bem ir brincar todos os dias nessa mesa a um canto de uma sala, ver pessoas entrar e sair, falar com algumas delas por serem conhecidas ou amigas de família e ter aquela inocência da idade que há muito que se foi.
Sabe bem lembrar coisas assim e saber que algures elas ainda existem na nossa memória, nem que seja enquanto cá estivermos, enquanto for possível recordar  tudo aquilo que um dia fomos.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mudanças fazem bem

Os estudos estão a acabar finalmente. Já deviam de ter terminado, mas nem sempre temos controle de todas as situações que nos circundam e das companhias que se atravessam no nosso caminho.
Eu entrei para a Universidade com o intuito de poder fazer tudo em três anos. No entanto passei por uma situação complicada em que me perdi um bocado do meu caminho graças a dois piolhos pegadiços que se meteram na minha vida e na vida da minha melhor amiga.
A situação parecia controlada, mas chegou a um ponto em que, tanto eu como ela já não sabíamos mais que fazer das nossas vidas. Estamos a falar de gente demente, maluca, sem nexo, que tudo o que faziam era meter o bedelho na vida de duas raparigas.
Como era previsto perdemos um pouco o rumo. No entanto não desistimos e a prova disso é estarmos finalmente a terminar tudo de vez.
Tentar recuperar o tempo perdido leva o seu tempo. Foram algumas coisas que ficaram para trás, mas não desanimamos. Afinal, sempre nos tivemos uma à outra para dar esse apoio e nunca nos deixarmos cair.
Felizmente nem tudo foi mau. Ao mesmo tempo que fui estudando na Universidade fui experimentando outros prazeres. Comecei a tocar guitarra e foi também esse lindo instrumento que me colocou para cima.
Colocou de tal forma que decidi experimentar colocar à prova os meus dotes em algum bares e locais públicos e tive os meus resultados.
Nunca desisti dos meus sonhos nem nunca desistirei. Sou demasiado determinada para tal. Nunca me deixo vencer pelo que seja. No fundo sei que esse sonho me pertence, que é meu e que, com muito trabalho, o consigo.
Não busco cunhas, nem ajudas de terceiros. Luto pelo meu sonho com as minhas ideias e com as minhas próprias mãos. Enquanto isso busco o que fazer, estudo, tento sair o mais que posso para me distrair e esquecer os problemas. Problemas todos nós temos. Uns mais, outros menos, nunca deixarão de ser problemas.
Busco sempre o que fazer relacionado com o meu sonho e assim vou mantendo a minha mente ocupada e sã.
Já falta muito pouco para a Universidade terminar de vez para mim e arranjar o que fazer da minha vida.
Recebi uma proposta para França de uma amiga de longa data que pondero aceitar. Talvez me faça bem mudar de ares. Pretendo que a minha melhor amiga venha comigo. Pretendo que, se eu me der bem na vida, que ela se dê tão bem como eu. Sempre quis fazer por ela o que ela faz por mim. Sempre tencionei fazer pelos meus o bem que me fazem e não desejo nada mais do que isso a toda a gente. Desejo sempre melhor do que aquilo que me desejam, pois cada um oferece o que tem.
Não sei explicar o que sinto, nem se estou contente com esta ideia, mas acho-a justa.
Mudanças são boas, fazem bem, fazem com que sintamos que estamos a caminhar na direção de alguma coisa. O mundo está em constante movimento. Nós nunca paramos. Estamos sempre em busca do que fazer e mesmo que não seja um emprego, pelo menos uma ocupação.
Passei por tanta coisa nestes últimos meses que penso que deixei de ter medo. Deixei de recear o que me espera. Simplesmente continuo e aguardo os resultados do que faço. Parei de pensar há muito no que não faz falta. Reciclei da minha vida os momentos inúteis e retive apenas a mensagem importante que os mesmos me deram. Aprendi, cresci mais uma vez. Faz bem sentir que crescemos a cada decisão que tomamos.
Faz bem sentir que somos fortes para tal, que temos capacidades suficientes para continuar sempre em frente.
Comecei mais uma batalha, assim como todas as pessoas que pensam dar um grande passo na vida delas.
Não sei o que me espera o amanhã, nem sei se quero saber, mas estou curiosa, expectante e ansiosa por desvendar.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Divagações

Sinto a tua falta, parece que enlouqueci
Como é possível gostar assim tanto de ti?
Diz-me, por favor
Qual é a razão
Qual o motivo que me levou a abrir meu coração

terça-feira, 9 de abril de 2013

Um homem inesperado

Parece que foi ontem.
Era apenas mais um dia como muitos outros. O sol brilhava mas o frio vencia.
Saí de casa para mais um dia. Não sabia exatamente o que me esperar. O imprevisto sempre me fascinou.
Tive um daqueles dias chatos em que o prazer de sair de casa se mistura com o tédio de mais um dia de aulas e trabalho.
Mais um dia passado.Incrível como passa tão rápido. E nisto um telefonema. O meu patrão outra vez. Julguei tratar-se de mais um assunto relacionado com o trabalho mas não. Para minha surpresa falou-me de ti.
Falou-me que já me tinhas visto trabalhar. Que desempenho bem a minha função. Disse-me que gostarias de combinar comigo um café. Algo pouco formal. Uma coisa perfeitamente natural para dois desconhecidos, ou um pretexto para que possamos ser apenas mais do que isso. Ri-me. Eu e tu nada tínhamos a ver um com o outro. Aceitei ao fim de algumas hesitações e ainda ponderei horas mais tarde em cancelar o que já havia sido combinado.
No entanto deixei-me levar pela ideia. Talvez fosse divertido.
Fui no carro do meu patrão no dia seguinte até ao teu encontro. Já estava cansada de tanta coisa que fiz ao longo do dia. No entanto havia sempre espaço para mais alguma coisa.
O dia tinha-se tornado nublado e choveu durante a tarde de forma moderada.
Entrei numa sala branca com um espelho enorme à minha frente e deixei-me absorver um daqueles sumos baratos que nos oferecem para nos fazer esperar. Subitamente senti-me patética. Eu à tua espera numa sala branca, bebendo sumo e lendo uma revista Maria. Haveria maior ironia que esta?
Foi nesse preciso instante que entraste.
Foi também, nesse preciso momento em que nos vimos pela primeira vez, frente a frente, olhos nos olhos, que percebi que estava errada. Que nada me dava o direito de julgar-te sem te ter visto antes, sem termos trocado uma palavra que fosse. Deixei-me encantar pela beleza dos teus olhos, pelo brilho do teu sorriso. Sorrias de forma perfeita e foi nesse instante que me dei conta de que nunca tinha reparado nisso antes.
Convidaste-me para sair. Demos um pequeno passeio pela zona. Falamos das mais variadas coisas e por fim convidaste-me para jantar. Não sei como pude dizer-te que sim a tudo, mas queria conhecer-te melhor.
Algo em ti me dizia que iria valer a pena.
Acho que me enganei a teu respeito. Digo, quando te julgava ser algo que nunca foste.
Nutri uma ideia errada a teu respeito e nunca tínhamos tido a oportunidade de estarmos juntos. E agora que estávamos...eu não tinha palavras para descrever-te.
Depois desse dia começamos a ver-nos regularmente.
Não sei como dizer-te, mas sempre que te vejo algo em ti faz com que eu estremeça.
Gosto de ouvir as tuas conversas, a forma como me tratas, a tua mania de estares sempre preocupado com todos os pormenores para que nunca me falte nada.
Pela primeira vez na vida dou por mim a pensar em ti da forma mais inesperada, nos locais menos adequados. Dou por mim a ouvir-te falar na minha mente, a ver o teu sorriso em todas as coisas, em todos os lugares. Talvez seja isto gostar de ti o suficiente.
Não sei o que seja, nem parei para pensar nisso atentamente. No entanto gosto da ideia de saber que te irei ver dia após dia. Motivas-me sempre naquilo que faço.
Por vezes penso que estou maluca. Que nem te devia ter conhecido. Que talvez tenha sido um erro.
E depois apareces tu para mostrar-me que estou errada. Que nunca poderia ter sido um erro, mas sim uma escolha.
Fomos escolhidos. Estava destinado, tinha que ser assim...ou era mais do que óbvio...pode ser qualquer uma destas teorias.
Tem alturas em que me apetece beijar-te. Dizer-te coisas que nem eu sei se alguma vez pensei nelas antes. Loucura completa, insanidade perfeita.
O certo é que me preenches. Deste um novo sentido aos meus dias, ocupaste um novo lugar no meu mundo.
Somos apenas dois estranhos, mas já sinto que te pertenço e nunca tive ainda a chance de dizer-te...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Divagações

Há pessoas que nos magoam e ignoram pura e simplesmente o que nos dizem ou o que nos fazem.
Quanto mais avanço na vida mais me vou dando conta de que, cada vez mais tenho de ser seletiva com as pessoas que me circundam e que nem toda a gente merece a minha atenção.
Por vezes sentimos que as pessoas só se lembram de nós quando a festa acabou e não há mais diversão.
Sei que nem sempre é assim. Tenho pessoas, mais concretamente amigos e amigas, que sei que estarão sempre lá para mim quando preciso e que não se lembram só de mim quando estão mal ou quando não têm uma ocupação maior.
No entanto há pessoas a quem chamei de amigos de sangue que hoje só mereciam um estalo na cara se os visse.
É triste e pensar nisto por vezes magoa um bocado, especialmente quando sentes que insististe tanto na amizade que depositas nessas pessoas e que por elas serias capaz de fazer tudo o que estivesse ao seu alcance, mas magoa-te saber que quando te toca a ti nunca é assim. As pessoas fogem, não querem saber. Arranjam companhia, entretenga e esquecem os amigos, deixam para trás uma história enorme cheia de bons e maus momentos, deixam de se importar e nunca mais se lembram do teu número de telefone para te dizer que se lembram de ti, que te querem dar um olá.
Não somos nós que temos de correr atrás dessas pessoas, são elas que têm de vir falar connosco. Foram elas que erraram, elas que disseram que depois dariam notícias ou que nos iriam ver um dia destes. Simplesmente morreram essas pessoas. Digo isto porque desapareceram, não quiseram saber.
É triste que seja assim, que sintamos dentro de nós que somos sempre nós que damos mais de nós mesmos aos outros e que em troca recebemos um pontapé no traseiro como recompensa. Talvez não nos devêssemos dar tanto ás pessoas ou talvez elas não se devessem aproveitar tanto de nós por sermos generosos.
Pensar assim até nos faz sentir usados de certa forma, mas a verdade é que o fomos. Alguém um dia nos disse que éramos o melhor amigo de alguém e do dia para a noite deixamos de ter a prova de que isso era verdade.
Quando tenho amigos gosto de saber como estão, de os acompanhar, de partilhar boas risadas e maus momentos se tiver de ser. Gosto de lhe mostrar que estou ali mesmo não tendo muito dinheiro no bolso nem grandes possibilidades, mas estou ali para eles. Não é bem receber em troca o desprezo que algumas pessoas quando não foi isso que fizemos por elas. Passei precisamente por essa situação, mas ao longo dos dias percebi uma coisa:
Ninguém disse que iria ser fácil passar por algo assim, mas passei. Custou, mas aprendi. Aprendi que não sou eu a ter de dizer olá quando me dizem adeus, quando só se lembram que existo porque a namorada arranjou outro ou porque o patrão disse bye bye...não sou também eu que perco com isso. Quando uma pessoa só está do nosso lado em ocasiões nunca teremos nada dela, embora ela tenha de nós, o que me faz perceber que não fui eu que perdi, mas sim quem decidiu ir. Percebi também que nunca podemos obrigar ninguém a ficar. Aporta está aberta para quem quiser partir. Basta olhar para dentro e perceber se vale a pena perder tudo por um momento, ou se podemos ter tudo num único momento.

terça-feira, 12 de março de 2013

O tempo passa, a escrita muda

É engraçado ver como o tempo passa e a escrita acompanha a par e passo essa mudança.
O que hoje escrevemos nada tem a ver com o que foi escrito outrora e isso fascina-me.
Fascina-me a ideia de me sentar diante do computador, abrir o blog e ler o que um dia escrevi e rir disso até.
Gosto da sensação de hoje saber que nada do que ontem escrevi faz neste preciso momento, no aqui e no agora, qualquer sentido.
A forma como escrevemos tem muito a ver com o nosso estado de espírito e reparo que isso se reflete muito na minha escrita.
Normalmente gosto de escrever as coisas como as sinto e embora as temáticas nem sempre sejam sobre mim, reparo que há muita coisa pessoal deixada nos meus textos e estranhamente isso não me incomoda.
Gosto que as pessoas leiam o que escrevo e, se possível, que sintam, cada uma à sua maneira as palavras que outrora foram escritas.
Hoje apeteceu-me simplesmente ler o que deixei para trás há três anos, desde que comecei a escrever neste blog. Houve um misto de sensações e emoções deixadas como que de herança de mim para mim ao ler tudo o que outrora sentia.
Não vou dizer que me identifico hoje com tudo o que ontem escrevi. Faz precisamente parte do meu processo de escrita, da forma como me sentia, das coisas que queria gritar ao mundo, de revoltas, de momentos de humor ou mesmo de sarcasmo no seu sentido mais puro.
Expresso-me muito melhor a escrever que muitas vezes a falar e reparei pelo que li, que houve muitas mais coisas que disse no blog do que as que disse a falar com quem quer que fosse.
Não pude deixar de me sentir nostálgica a ler tudo desde há três anos para cá, mas admito, foi uma lavagem cerebral muito grande ao ver que nada do que hoje sou tem a ver com o que fui ontem.
Os sentimentos mudaram, a maturidade mudou, a forma de ver as coisas e de pensar. E nessas alturas eu pergunto-me: Como pode haver tanta mudança ao longo de três anos? Afinal não sou eu a mesma pessoa?
Lógico que sim. Serei sempre a mesma pessoa. No entanto sinto que cresci emocionalmente. Aprendi com muitos dos meus erros, com muitos dos erros das outras pessoas e também com o percurso da vida, que nos leva precisamente a mudar a forma como vemos as coisas. Se calhar hoje não complico tanto as coisas como complicava há três anos, se calhar hoje não perco tanto tempo com disparates, mas não é isso que faz de mim mais ou menos criança. Simplesmente foi algo que sucedeu num determinado periodo da minha vida e que o tempo levou consigo e hoje apenas resta como prova do acontecimento aqueles textos antigos que, li e reli mais do que uma vez, e aos quais não pude deixar de sorrir, de rir, de pensar e refletir no quão bom foi para mim sentar-me todas as tardes e muitas das noites á frente do computador e enviar ao mundo mais uma mensagem, mais um sinal de vida que algures do outro lado é recebida, aceite ou revogada, tanto faz...desde que seja lida.
É bom saber que algures alguém nos lê e é isso que muitas vezes motiva a minha escrita, que se identifiquem ou não com ela.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fazer-se surdo e mudo ainda se entende...agora fingir-se cego...

Nota inicial: Para evitar confusões, todos os nomes das pessoas aqui descritas foram mudados. Trata-se apenas de uma história verídica sem segundas intenções.


Ora muito bem. 
Costuma-se dizer que nós mulheres nascemos todas (ou quase todas) com um sexto sentido, verdade? Pois eu de certa forma acredito nesse sentido ao qual chamo de instinto.
No nosso dia a dia, é normal vivermos rodeados de pessoas com os quais temos alguma afinidade, quer sejam colegas de trabalho, amigos, namorados ou até inimigos (não deixo de ter afinidade com inimigos, afinal de contas são os meus fãs xD) No entanto, temos sempre aquelas pessoas com as quais mantemos uma relação mais aberta aos quais chamamos de melhores amigos, aqueles que costumam estar sempre lá quando precisamos, que nos ouvem, que nos apoiam e com quem repartimos bons e maus momentos.
Quando sentimos que aquela pessoa merece a nossa amizade, o nosso apoio, a nossa atenção, sentimos aquela obrigaçãozinha de alertar para quando alguma coisa corre menos bem. Foi esse o caso com o meu amigo K.
O K é um amigo de longa data, com o qual já passei de tudo, desde discussões feias até momentos dignos de filme de comédia, a momentos do além, passando por todo o tipo de situações possíveis e imaginárias. O K, para mim, sempre foi uma pessoa digna do meu carinho e atenção, assim como do meu respeito.
No entanto o K tem um problema: O K costuma apaixonar-se SEMPRE, ou quase sempre desde que eu comecei a presenciar as suas relações, pela pessoa errada. Inicialmente,quando me comecei a dar conta de que o K andava com más escolhas e que o viriam a prejudicar, tentei alertá-lo, dizendo-lhe que tentasse sair disso o mais cedo possível a fim de não sair magoado. Nem sempre as coisas de que mais gostamos são as melhores para nós, como tal pensei em apoiá-lo dizendo-lhe há coisa de um ano, que a namorada do K não era o que parecia. O caricato da situação é que o K ouvia-me, mas nunca seguia o que lhe dizia. Por vezes o pior cego é aquele que não quer ver e o K pensava sempre em primeiro lugar no que sentia pela sua amada, acabando por se dar mal no fim e a muito custo lá terminou a relação. Acabando por me dar razão, o K acabou por me contar histórias póstumas sobre a personagem com quem namorou que acabaram por bater totalmente certo com o que eu já calculava séculos antes. Afinal, não precisamos de muito para identificar quando uma coisa não está certa, basta observar.
Uma semana depois, o K surpreendeu-me ao colocar no facebook que estava novamente numa relação. Note-se que foi uma semana depois, não um mes ou dois. O caricato da situação é que nesse curto espaço de tempo o K desapareceu do mapa: Não dava notícias, não se interessava em beber um café ou conversar nem enviava mensagens como habitualmente fazia. Preocupada, podendo ser uma coisa mais grave que se estivesse a passar com o K, lá tentei a todo o custo contatá-lo, vindo a saber da notícia que me levantou logo certas suspeitas tais como "isto ainda vai acabar mal". E mais uma vez não me enganei. O K todo feliz da sua vida, disse para eu não me preocupar porque esta nova amada era diferente, que sabia que terreno pisava e que agradecia a minha preocupação, mas que ele sabia o que fazia.
Resolvendo não criar confusão, deixei-o tentar, afinal não tenho o direito de me meter na vida de ninguém, mas tinha sempre comigo que uma relação tão repentina não iria dar em nada...e acertei. Duas semanas depois (mais ou menos), o K terminou com a jovem, que ao que vim a saber era mãe, maníaca por sexo e que não deixava o K respirar um segundo, provocando-o com amigos e com um suposto massagista. 
O K parecia ter aprendido a lição. Eu expliquei-lhe que ele não precisava ter pressa de se apaixonar e que mais valia ir vendo onde se metia, com toda a calma, para não acabar calejado de novo. Ele disse que já não o comem por parvo, que ele só se envolve quando tiver mesmo a certeza de quem é a pessoa, que aprendeu a lição e que já não lhe passam mais a perna.
Entretanto o tempo foi passando e tanto eu como o K tinhamos, até á data, o hábito de ir tomar um café casual ou uma saída de sexta-feira a um bar como dois amigos. Falávamos e riamos e as coisas corriam melhor na vida do K.
Entretanto o K, numa das vezes em que fomos beber café, começou a ser bombardeado por mensagens de uma amiga dele, em que se mostrava desesperada para ir com ele ao cinema. Perguntei-lhe se a rapariga em questão não gostaria dele, ao que ele me respondeu que não sabia nem lhe interessava e que não tinha muito dinheiro para andar aí a sair para longe com a jovem e que tinha mais em que pensar e inventou-lhe uma desculpa. O facto é que nessa mesma noite ele foi ter com ela e ao que parece a jovem gostava dele e pediu-o em namoro :D
Comecei a estranhar o silêncio do K...que só costuma desaparecer quando tem uma ocupação maior dentro destes padrões que já vos falei, e certo dia enviei-lhe uma mensagem contando-lhe umas novidades e perguntando como estava ele. Só me respondeu lá para as tantas da noite, dizendo que não dormiu em casa e que a sua nova princesa o pediu em namoro. E como de costume...dentro de mim o sinal de alerta (estilo sirene do Silent Hill) fez-se tocar. Não estaria ele a precipitar-se? Não seria melhor ele ir vendo e dando algum tempo para conhecer melhor a pessoa? O K não perde tempo com essas coisas. Em vez disso, desmarcou comigo um café que já tinhamos combinado na noite anterior dizendo que preferia conhecer melhor a jóia durante a semana que se seguia e que logo combinava ir ter comigo. Como eu não sou otária nenhuma, entendi de imediato que o K me estava a despachar, porque já tinha uma nova entretenga e ofendida com ele disse-lhe o que pensava a respeito. Da mesma forma disse-lhe que não me cheirava a pessoa com quem ele preferia passar a semana, trocando uma coisa já combinada com uma amiga de longa data, como se o mundo fosse acabar amanhã e ele nunca mais pudesse ver a pessoa. Ficou todo ofendido, dizendo que eu estava a julgar alguém que ainda não conhecia e blablabla...(como se ele soubesse muito mais do que eu) e a conversa foi pouco mais além disto. Mais tarde bebemos o café e eu perguntei se o K já namorava ao que não me quis responder. Comecei-me a rir por dentro, pensando em como o rapaz não as mede todas...e desde então nunca mais nos vimos, ficando mais uma vez um café pendente. Mais tarde, através do facebook, lá me contou por obra de um milagre que namorava a rapariga, que ela era 5 estrelas e todas essas coisas que me soaram irrelevantes e foi nesse momento que o K me disse algo que me deu um enorme ataque de riso. A frase foi algo como: "Quando estou a namorar só tomo café com amigos, não saio com amigas". Aquilo deu-me um alto ataque de riso, começando logo a questionar-me se o K regularia bem da cabeça. Onde já se viu só porque se tem uma relação deixar para trás os amigos? Além de claro...cancelar comigo um café N vezes e de me mentir que ficaria para X dia, passando para dia J e acabando por dizer que não iria. Logicamente fiquei chateada, porque o K já não tem 20 anos, deveria ter juízo naquela cabeça e rebentou uma discussão entre amigos (eu e ele) em que ele me disse tudo e mais alguma coisa, acabando subitamente por dizer que me adorava, que sou muito especial para ele e que sou parva ao pensar que ele se esqueceu de mim, que me está a deixar para trás e coisas do género. Digam lá se isto é normal...enfim, nem comento. Eu disse que ok, tudo bem, estava perdoado. Para quê perder tempo a meter ideias numa cabeça dura? Não valia a pena.
E o tempo passou...chegou o Carnaval, veio o dia dos Namorados e nada de K. Nem dizia um olá amiga, nem dizia vai á merda...simplesmente nada. O K mostrou finalmente que, com a atual namorada, arranjou juntamente o pack completo de felicidade, amizade e tudo numa só mulher, não precisando mais de amigos nem de cafés com os demais, porque a nova dama é que era.
Eu comecei a rir-me com a situação, porque chorar comigo não dava e chegou o dia em que o apanhei miraculosamente no facebook. Começamos a falar normalmente e eu lá lhe mandei para o alto a piada de que ele deveria de ter ficado milionário, dado que ele já me tinha dito que andava apertado com o dinheiro e por isso o meu presente de aniversário teria de esperar, mas que ele mo dava, mesmo quando eu lhe disse que não queria presentes e ele insistia. E acho que não falhei. De facto o K está mesmo rico, porque agora já tem dinheiro para se deslocar para longe, só para ver a sua princesa. Perguntei pelo nosso café rindo-me interiormente por saber o que viria e a resposta foi a esperada. A dada altura o K começou a gozar-me. Estavamos a falar de relações amorosas ao que ele me diz:
"Então já namoras..."
Quando eu lhe disse que amava o meu namorado mas queria ir vendo a pouco e pouco o evoluir da nossa relação o K surpreende-me com uma frase topo de gama como esta:" e amas a mim também? lool...tania, mas que raio de relação é essa...loooool" Algo assim desse estilo. Ao que eu me questionei se por acaso o K não estaria com a ideia de que eu estava apaixonada por ele, o que me provocou um enorme ataque de riso, porque parece que o ego lhe subiu ao cérebro e disse, como aliás é verdade, que amo todos os meus amigos, o que nada tem a ver que o ame para meu namorado, até porque o que sinto por ele está bem longe disso, mas sonhar não custa, para ele caso seja essa a ideia que tenha a meu respeito, e fiquei ofendida porque ele me perguntar que raio de relação era a minha só por ter falado que eu e o meu namorado nos estamos a conhecer, quando acho perfeitamente normal a relação fluir naturalmente e claro, dei o exemplo dele, falando que eu não vou logo envolver-me passandos 3 ou 4 dias de namorar nem viver para casa das namoradas. Ele chateado, mas não mais do que eu, disse que ía dormir e assim nos despedimos.
Estava eu ainda no facebook falando com alguns amigos, quando a minha melhor amiga Gisela me disse: "Kida, eu acho que conheço a namorada do K, mas deixa-me só mostrar a foto á minha mãe, porque a minha mãe também a deve conhecer". Não liguei muito a isso, afinal de contas que diferença faz se conhece ou não? O caricato da história, é que a minha melhor amiga conferiu que a nova musa do K se tratava de uma jovem que trabalha no mesmo local onde a mãe da minha melhor amiga trabalha, que é divorciada, mãe de 4 filhos (pelo menos até á data que se saiba) e que é uma mulher que praticamente mastiga tabaco e que, acompanhada de amigas ucranianas vai para a piscina que o pai da minha melhor amiga deixa limpa, sujando-a toda. A mãe da minha melhor amiga veio alertar-me, dizendo que a jovem em questão não é de confiar, não tem assunto nenhum e que se o K anda com ela, o melhor é tanto eu como a minha melhor amiga sairmos de cena, porque ele não sabe com quem lida. Fiquei alerta e resolvi avisar o K, afinal ele é meu amigo, mesmo que me faça o que me faz. Pensando eu que ele me diria que ficava atento, praticamente mandou-me pastar, pensando que eu agora não tenho mais nada que fazer do que investigar a desinteressante vidinha da mulher da vida dele e que ele não anda a investigar a minha vida e que o melhor é eu ver bem se ela é mãe de 4,5 ou 10 filhos. Comecei a rir-me, porque fosse ou não, não é um problema meu, apenas acho caricato que quando o K se apaixona tudo o que um amigo lhe queira dizer para ele é igual a merda, porque ele é que sabe e ele é que está certo. Seja lá feita a sua vontade assim na terra como no céu...o certo é que a jovem de facto é amiga de familiares da minha melhor amiga e tanto eu como a minha melhor amiga achamos piada porque o K cegou totalmente e nós agora somos vistas por ele como duas espias estilo CSI, pensando ele que a vida dele é alvo do nosso interesse, como se isso me metesse comida na mesa e me pagasse as contas no final do mês. Claro que escusado será dizer, que o K estava tão armado em esperto por ter uma nova jóia na mão, que começou a gozar com a minha pessoa sem antes olhar á volta dele. Caricato é também o facto do pobrezito se calhar ainda não saber que namora com uma mega mamã...e que o melhor é começar a preparar-se, porque qualquer dia como isto anda, acho que o novo emprego dele vai ser o de babysitter, já que é mais que certo e comprovado que além do K querer ser cego e não ligar aos amigos, prefere ser pai dos filhos dos outros e gastar dinheiro com mulheres que acabam por sair da vida dele de uma forma ou de outra...fazendo-o lembrar-se dos bons velhos tempos em que ía beber um café com a sua grande amiga que já não está para aí virada. É a vida. Claro que escusado será dizer que o K ainda me tentou enganar dizendo que a namorada não conhece a minha melhor amiga nem a mãe dela, mas giro seria o novo casal sensação encontrar-se num jantar desses que o patrão da jovem oferece aos seus empregados, com a minha melhor amiga e a respetiva mãe dela. 
Com isto resta dizer que não pretendo gozar com situação alguma, apenas acho caricata a forma como as pessoas mudam de acordo com a estupidez...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Coisas que eu não fazia

Hoje fui beber um café com uma amiga minha que conheço há cerca de um ano. Ela é uma rapariga super divertida e com muita garra.
No meio da conversa ela disse algo como: "ah, não sei o que faça...ele acabou comigo mas agora quer voltar...que farias tu na minha situação?"
E foi nesse preciso momento que dei comigo a pensar em várias coisas que eu não faria.
Ora vamos lá ver aqui umas quantas de coisas que eu não faria:

  • Aceitar de volta um rapaz que quis terminar uma relação-  Se a pessoa quis terminar a relação, o melhor mesmo é deixá-la ir e não pensar em recebê-la de volta. Uma mulher quando leva uma tampa e tempos depois o seu ex decide voltar, das duas uma: Ou ele não sabe o que quer, ou ela não sabe o que quer. Uma mulher com amor próprio sabe sempre o que quer e de certeza que não é um homem indeciso na sua vida.
  • Andar na droga só porque um grande amigo se meteu- Já passei pela situação de ter um amigo que se meteu com drogas e que me pediu para estar com ele só porque ele tinha medo de estar sozinho. Por mais difícil que seja a nossa escolha dado que ele é nosso amigo, uma pessoa quando se mete em drogas acaba sempre num buraco sem saída. Além do mais, não precisamos mostrar que somos amigos só por entrarmos na droga. Temos sim de mostrar que somos amigos em estender a mão para receber quem quer sair disso e não quem nos empurra para isso.
  • Seguir modas só porque se não seguirmos somos falados-  Ainda havemos de chagar a este ponto, em que nos irão apontar o dedo só porque andamos com as roupas que gostamos e não com as roupas que a sociedade nos impõe. Se estamos num país livre, provem onde há liberdade tentando impor á força ás pessoas aquilo que está mais in. Minhas lindas leitoras e leitores: sigam só o que realmente vos fizer sentir bem. Não usem sapatos agulha só porque está na moda usar. O que está mesmo fora de moda são as varizes á pala de tanta estupidez.
  • Namorar com o amado da minha melhor amiga-  Já tive uma amiga que me dizia: "se um dia gostasses da pessoa que gosto, nunca mais te falava". No entanto depois foi a própria a apaixonar-se pela pessoa com quem namorava. Triste não é? Para quê falar mais? Se somos amigos, acima de tudo temos de respeitar aqueles que estimamos. 
  • Desmarcar encontros com amigos só para estar com loucuras do momento-  Pode nem ser uma loucura. Pode até mesmo dar numa séria e duradoura relação. Pode dar em casamento e filhos e o espírito santo, amén. Mas seja como for, amigos são sempre amigos e não consigo desmarcar algo que tenho agendado com eles só porque subitamente fiquei in love por alguém. O mundo não vai acabar hoje, há muito tempo para se conhecer quem se gosta e não é preciso desapontar ninguém com faltas de educação. 
  • Inventar desculpas para não sair- Nem preciso comentar muito a respeito. Um pessoa que queira enganar o próximo com uma desculpa para não sair, só se engana a si mesmo. Quando não se quer sair, que se diga o motivo. Mais vale uma verdade que doa que uma mentira que deixe marca.
  • Ver alguém na rua sentir-se mal e não ajudar- Eu sei que isto anda perigoso. Mas verdade seja dita: se vocês estivessem mal na rua gostava que vos deixassem sozinhos? conviveriam com isso? Eu não. Nunca se sabe quando nos toca a nós.
  • Vender o corpo para pagar os estudos e dar de comer aos filhos- Não deixo de gabar quem o faça por uma causa justa, mas não considero digno uma mulher ir por esse caminho pensando ser a única saída. Sejam dignas: não entreguem o melhor de vocês ás mãos de qualquer homem só para vos garantir uns trocos. Muitas mulheres correm sérios riscos de serem mortas e atacadas e algumas fazem isso para ganhar algum e chegam a não ganhar mais que uma valente sova. Para quê correr esse risco? 
E com tanta coisa que me ocorreu...só quando a minha amiga me disse: "ei rapariga, estás neste mundo?" é que eu despertei para beber o café já frio e lhe explicar o que ela devia de fazer, segundo o meu ponto de vista. 
Atenção, eu com isto não pretendo que ninguém siga o que digo. Trata-se de um ponto de vista apenas. No entanto parece-me estar mais que correto. Cabe a cada um decidir o que fazer da sua vida.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Se for tudo à francesa é mais chique.

Provavelmente já devem de ter ouvido falar que os franceses são, na sua maioria, narizes empinados.
Embora eu não me pronuncie acerca desse assunto e também porque tenho amigos franceses, há coisas que não consigo ignorar e provavelmente vocês também já devem ter reparado.
Como eu não pretendo ficar aqui a criar um textos argumentativo extra grande, resolvi enumerar ou meter por tópicos aqueles assuntos á la francese que considero mais relevantes.

  • Um prato francês é a conta que Deus fez-  Sabem certamente ao que me refiro, ou não? Alguma vez foram a um restaurante ou alguém já vos contou que foi a um e todos os pratos cujos nomes estão em francês são mais caros? Se for um cozido á portuguesa possivelmente são 5 euros, mas se for um camarão a la Brochenne é cerca de 50 euros? É porque ser francês é très jollie. 
  • A melhor roupa é a francesa...- Possivelmente isto também já devem de ter ouvido. Há quatro anos mais ou menos, conheci uma rapariga francesa com quem tomei bastante afinidade. Um dia estávamos a almoçar juntas e a falar de roupa quando ela me disse algo que me deixou chocada como isto: " Quando cheguei de França para cá e vi que toda a gente usava calças de ganga fiquei espantada. As calças de ganga em Paris é aquele tipo de roupa que se usa para estar em casa ou fazer limpezas. E eu com uma expressão tipo: I mean...really? E a jovem continuava: "Os tecidos franceses são de alta qualidade." Moral da história: Nunca vistam calças de ganga diante de um francês para este não pensar que o foram visitar de roupão ou pijama.
  • Guarda-sol/Guarda-chuva- É algo puramente francês e que é chique...muito chique, as dondocas tocas bem vestidocas com uma sombrinha de renda branca para tapar o sol. Se há chuva temos de nos tapar da chuva...mas com o sol????For God sake. 
  • Literatura francesa e música francesa...do melhor- Nada contra. Sou pessoalmente apreciadora de algumas músicas francesas e alguns escritores também. No entanto não me venham com a ideia de que em França/Paris é que é porque as coisas não são bem assim. Querem agora ver que França foi abençoada por uma deusa que deu todo o requinte para um lado e nada para os restantes? Que eu me lembre o livro Terraço em Roma de Pascal Guignard foi a maior seca de sempre.
  • Alunas francesas em Portugal são mais espertas que alunos portugueses em França- Ora vamos lá a ver se me explico. Ninguém me contou, eu mesma vi, eu mesma presenciei essa situação e achei uma pena. Toda a aluna francesa que venha para Portugal em Erasmus é superior ao resto do pessoal que a circunda. Ela vem de um país mais á frente, cheio de coisas bué da loucas que não há em mais parte alguma e como tal não precisa perder tempo com coisas chatas destas da Universidade porque ela já nasceu ensinada e além disso não precisa pagar propinas porque a bolsa dela é três vezes superior á de um estudante português de Portugal. Ah pois é bebé...
Com estes tópicos podia eu levar o dia. Sei que há muitos mais tópicos que de momento não consigo recordar-me. No entanto meti os que achei mais relevantes. Caso se lembrem de mais alguns, por favor, comentai.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Carta de Tânia Dias ao seu eu interior

Querida Tânia;
Como vais? Já reparei que ultimamente andas com um temperamento vulcânico...vê lá se tens calma contigo.
Como deves saber, esta carta não vem datada, porque se trata de algo que vais ter de cumprir a longo prazo, por isso vê lá se tens juízo nessa cabeça e cumpres com as tuas obrigações.
Sê tolerante contigo e com os outros. Eu sei que nem sempre é fácil, mas tenta ignorar aquilo que não faz falta, especialmente coisas relacionadas com gente com duas caras.
Quando vires pessoas com duas caras, conversa apenas com uma das caras,deixa a outra. Bipolaridade é coisa que não falta por aí, especialmente por causa da crise, como tal não dês importância a quem diz hoje uma coisa e amanhã outra.
Quando receberes dinheiro, gasta-o em ti. Ele vai voar-te das mãos de qualquer das formas, por isso aproveita e desfruta e dá uma mimo a ti mesma.
Passa mais tempo com a família...andas a sair muito ultimamente. Precisas de um tempinho para os teus.
Dá o melhor de ti a quem te dá e vira as costas a quem te faz precisamente a mesma coisa...mas não te irrites tanto. Faz mal á saúde virares onça. Sabe melhor ver os outros virarem onça por não estares nem aí.

Agora um outro assunto um tanto relacionado com o anterior.
Que conversa é essa de andares aí a ligar ás parvoíces dos outros? Deixa-os serem parvos sozinhos e diverte-te com isso.
Já te disse para ignorares gente a quem dás conselhos e só te mandam pastar...tu sabes que quando ficam aflitos virão falar contigo. É sempre assim, nunca falha. E mesmo que não venham, não és tu quem fica com a consciência pesada.
Alimenta-te que acho que estás mais magra...come muita fruta e dorme mais horas porque tens algumas olheiras. Eu sei que os estudos dão cabo de uma pessoa, mas dá tu cabo deles...tira sempre férias depois das férias.
Se voltares a ver o J..não percas mais tempo, diz-lhe sempre o que sentes.Ele gosta tanto de ti e tu sabes que também gostas dele.
Não te metas a pensar que criaste uma barreira á tua volta. A maior barreira que tens é que não és acessível a todos e és seletiva no que escolhes. No entanto cuidado para não te calhar um cromanhómmmmm!!!
Dedica-te á guitarra. Tu tens talento para isso e já sabes, sempre que precisares eu estou aqui...na tua cabeça.

Porta-te bem jovem.