Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 12 de março de 2013

O tempo passa, a escrita muda

É engraçado ver como o tempo passa e a escrita acompanha a par e passo essa mudança.
O que hoje escrevemos nada tem a ver com o que foi escrito outrora e isso fascina-me.
Fascina-me a ideia de me sentar diante do computador, abrir o blog e ler o que um dia escrevi e rir disso até.
Gosto da sensação de hoje saber que nada do que ontem escrevi faz neste preciso momento, no aqui e no agora, qualquer sentido.
A forma como escrevemos tem muito a ver com o nosso estado de espírito e reparo que isso se reflete muito na minha escrita.
Normalmente gosto de escrever as coisas como as sinto e embora as temáticas nem sempre sejam sobre mim, reparo que há muita coisa pessoal deixada nos meus textos e estranhamente isso não me incomoda.
Gosto que as pessoas leiam o que escrevo e, se possível, que sintam, cada uma à sua maneira as palavras que outrora foram escritas.
Hoje apeteceu-me simplesmente ler o que deixei para trás há três anos, desde que comecei a escrever neste blog. Houve um misto de sensações e emoções deixadas como que de herança de mim para mim ao ler tudo o que outrora sentia.
Não vou dizer que me identifico hoje com tudo o que ontem escrevi. Faz precisamente parte do meu processo de escrita, da forma como me sentia, das coisas que queria gritar ao mundo, de revoltas, de momentos de humor ou mesmo de sarcasmo no seu sentido mais puro.
Expresso-me muito melhor a escrever que muitas vezes a falar e reparei pelo que li, que houve muitas mais coisas que disse no blog do que as que disse a falar com quem quer que fosse.
Não pude deixar de me sentir nostálgica a ler tudo desde há três anos para cá, mas admito, foi uma lavagem cerebral muito grande ao ver que nada do que hoje sou tem a ver com o que fui ontem.
Os sentimentos mudaram, a maturidade mudou, a forma de ver as coisas e de pensar. E nessas alturas eu pergunto-me: Como pode haver tanta mudança ao longo de três anos? Afinal não sou eu a mesma pessoa?
Lógico que sim. Serei sempre a mesma pessoa. No entanto sinto que cresci emocionalmente. Aprendi com muitos dos meus erros, com muitos dos erros das outras pessoas e também com o percurso da vida, que nos leva precisamente a mudar a forma como vemos as coisas. Se calhar hoje não complico tanto as coisas como complicava há três anos, se calhar hoje não perco tanto tempo com disparates, mas não é isso que faz de mim mais ou menos criança. Simplesmente foi algo que sucedeu num determinado periodo da minha vida e que o tempo levou consigo e hoje apenas resta como prova do acontecimento aqueles textos antigos que, li e reli mais do que uma vez, e aos quais não pude deixar de sorrir, de rir, de pensar e refletir no quão bom foi para mim sentar-me todas as tardes e muitas das noites á frente do computador e enviar ao mundo mais uma mensagem, mais um sinal de vida que algures do outro lado é recebida, aceite ou revogada, tanto faz...desde que seja lida.
É bom saber que algures alguém nos lê e é isso que muitas vezes motiva a minha escrita, que se identifiquem ou não com ela.

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