Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 31 de janeiro de 2017

7 anos de Blogue

Meu Deus...
Este blogue tem sete anos!!!
Há sete anos atrás, talvez por estas horas, estava eu não muito bem e com um receio qualquer a apertar o meu coração. Sentia que o fim da minha relação da época se aproximava e não entendia o porquê. E assim nasceu este blogue.
Depois de alguns textos mais românticos, veio o tão temível término e este blogue virou uma onde de negatividade e repleta de textos de rancor e ódio absolutos, que até gerou alguma polémica e perda de tempo a algumas pessoas queridas a inventar o que comentar.
Mais tarde a poeira da minha alma assentou e com ela a minha escrita também.
O meu ex dessa altura, a dado momento, de tanto tempo perder a ler aquilo a que ele chamava "perda de tempo", disse-me que mais depressa duraria o blogue dele que o meu.
Até acreditei nisso. Realmente era por ele que tudo isto tinha começado.
No entanto, os anos passaram. Sete anos depois, o blogue do meu ex estagnou, sem nunca mais os seus leitores terem acesso às suas sábias hipercríticas non sense.
E eu continuo a escrever no blogue.
O meu blogue tornou-se um lugar único para mim.
Se estou fula, eu venho ao blogue.
Se me passei da mona, eu venho ao blogue.
Se estou stressada, eu venho ao blogue.
Se estou feliz, eu venho ao blogue.
Se estou encurralada corro para o blogue.
Sim. Eu amo o meu blogue.
De uma forma ou de outra eu sei que estou a escrever para alguém que poderá descobrir este espaço por acaso. Pode não ter nada de interessante até, mas eu gosto. É meu.
Fui eu que o criei e que fui imaginando, desabafando e dando vida a uma coisa que nem eu esperava durar tanto tempo.
Passem que anos passarem, eu irei querer vir sempre ao blogue. Há sempre alguma coisa para contar, uma raiva para descarregar, uma coisa boa para dizer e alguém para ler. Porque não?
Quem gostar ótimo. Quem não gostar pode sempre mudar de página, buscar algo mais ao seu estilo. Who cares?
Not me.
Parabéns blogue. Há sete anos a cantar de galo comigo!!! wohoooooo!!!

Ser tolerante

Eu não gosto de pessoas que têm a mania que já nasceram com a licenciatura.

Gosto muito de socializar, de conhecer rostos novos, falar de mim e do mundo a toda a gente. No entanto, com o tempo e a sabedoria, vamos aprendendo a escolher o que dizer.
Quando dizemos muito e escutamos menos do que aquilo que dizemos, normalmente somos sempre julgados de uma forma ou de outra. Mesmo que esse julgamento seja uma coisa inofensiva aparentemente e a pessoa que nos aponta o dedo não tenha verdadeiramente a intenção de nos julgar, apontar o dedo a alguém com um argumento qualquer é já em si um tipo de julgamento.
Por isso, com o passar dos anos e com a aprendizagem, fui sendo mais seletiva nas coisas que digo, mais cuidadosa também. Mesmo assim, há sempre aquele engraçadinho ou engraçadinha que pensa saber um pouco mais do que eu.
Chamo a isso pessoas com mania.
Chamem-lhe o que quiserem, mas eu não suporto quando digo que a cor da minha blusa é branca e me dizem que afinal eu não estou a ver bem e é creme. Detesto. Não há nada a fazer.
Sei que pontos de vista são simplesmente pontos de vista, opiniões chegam consoante os pontos de vista de cada um. Mesmo assim, ainda aprendo a ganhar um pouco mais de paciência com pessoas que julgam saber mais do que eu.
Não digo que eu também saiba mais do que elas. Mas uma coisa eu digo:
Eu não vivi vida alguma além da minha. Logo trago comigo as minhas experiências de vida, assim como cada pessoa trás as suas. Ninguém pode querer viver a vida de outra pessoa, logo cada experiência é uma forma diferente de ver a vida.
Devemos ser tolerantes e saber aceitar os diversos pontos de vida para que haja pelo menos bom ambiente e possamos saber até que ponto somos tolerantes. No entanto, por mais calma e tolerante que eu tenha sido ao longo dos anos, ainda não consegui passar a etapa de ser tolerante com alguém, quando esse alguém não tem modos corretos para se dirigir a mim.
Seja qual for o discurso, a retórica, o argumento, a intenção dessa pessoa. Eu sou tolerante a qualquer coisa, menos quando tentam falar por cima de mim, mais alto que eu, não me deixando acabar de falar e ainda repetindo vezes e vezes sem conta que aquela blusa não é branca e sim creme.
Ok...
Respiro fundo. Dependendo da idade e da proximidade que essa pessoa possa ter comigo eu adequo o meu discurso. No entanto, dentro de mim há uma onda enorme muito próximo de chegar ao limite da costa da minha paciência. Raras são as vezes em que perco as estribeiras, embora eu reconheça que isso já aconteceu uma vez ou outra, e quase sempre engulo grande parte do que escuto, ficando depois como que espinha entalada na minha garganta.
Não sou rancorosa, mas também não sofro de amnésia. Consigo fazer uma lista negra de coisas negativamente marcantes que vou ouvindo. Depois há sempre aquela altura em que essas coisas saem para fora.
Afinal de contas, eu disse que devemos ser tolerantes com os outros, saber respeitar os pontos de vista e as opiniões que nos são dadas. No entanto, isso não invalida que tenhamos que nos deixar espezinhar e humilhar perante o outro. Porque afinal de contas, permitir isso é dar carta branca para que haja uma próxima vez. Podemos ser educados, escolher as palavras e o tom com que as dizemos. Podemos engolir em seco e inspirar profundamente antes de dizer o que seja. Mas não precisamos deixar que alguém nos cale com a sua falta de paciência e venha falar por cima de nós. Costuma-se dizer que quando dois falam ao mesmo tempo ninguém se entende e não posso estar mais de acordo.
Sou apologista da boa educação. E a boa educação não é toda a gente que a tem. Sei sempre respeitar os outros, por isso não devo esperar menos daqueles com quem me relaciono no meu dia a dia.
Já deixei em tempos muitos me dizerem o que queriam e bem entendiam com medo de responder. Ficava nervosa. Tinha medo de dizer o que ia dentro de mim. Isso durou anos e anos, até eu aprender por mim mesma que ninguém deve calar o que seja dentro de si. Nascemos para ser livres com aquilo que dizemos. Pensamentos são apenas ideias e pontos de vista. Não precisamos de guardar tanta coisa desnecessária na nossa cabeça. Também não precisamos de nos magoar a nós mesmos com o silêncio. O silêncio é bom, é essencial, mas também tem de haver algum ruído.
Saber impor é saber afirmar a nossa posição. É saber dizer até que ponto queremos ser respeitados pelo outro. Como tal, se soubermos como nos afirmar sem magoar ninguém, também não precisamos de aturar ao nosso redor o que não achamos saudável para nós.
Isto foi apenas um desabafo meu. Um ponto de vista sobre o qual me apeteceu escrever porque sim, aconteceu-me recentemente.
Eu odeio quando as pessoas me insultam sem me deixar argumentar. Simplesmente porque eu não fui educada assim, para falar por cima de alguém como se fosse membro de uma autoridade qualquer.
Há que haver limites para tudo. Se não houver limites ninguém se respeita, somos todos abusados e todos abusamos de alguém. Limite é a palavra que define a minha posição perante pessoas que sentem necessidade de chegar ao pé de mim e falar como se soubessem mais de mim do que eu.
Limite.
Como eu disse, detesto pessoas que julgam terem nascido licenciadas. Seja como for, diploma algum serve de lápide em tempos vindouros.
As pessoas deveriam de ser mais pessoas, e não ideias e títulos, com manias de sábias e saber escutar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Magoar

Por vezes há coisas que nos magoam.
Podem ser coisas simples ou situações mais complexas que se vivem e pelas quais passamos com outras pessoas.
Magoar pode ser ou não intencional. Muitas das vezes a intenção de uma pessoa para connosco pode nem ser a de despertar sentimentos menos positivos dentro de nós. Tudo depende da forma como encaramos as coisas.
Nem sempre aquilo que magoa uma pessoa tem forçosamente que magoar outra. Depende da pessoa e da circunstância.
No entanto, há situações que podemos logo à partida dizer que nos podem ou não ferir e evitar situações menos boas.
Uma das situações que a mim me magoa profundamente é quando me prometem algo que não sabem se podem ou não cumprir.
No início é tudo muito bonito, cor de rosa e com borboletas cintilantes, a maré a favor e boa para a pesca. Nada pode atrapalhar os planos.
Mais tarde surge uma incerteza face a uma situação relacionada com o que havia ficado prometido.
Já não se sabe se pode ou não ser, se fará sol ou chuva, se fica perto ou longe se é branco ou se é preto.
Detesto incertezas quando numa conversa inicial qualquer a premissa era um sim ou um sem dúvida alguma.
Para muitos de vocês pode soar a infantilidade, mas não. Faz muitos anos que deixei as fraldas e por incrível que possa parecer, nunca frequentei uma cresce.
Para mim as coisas ou são ou não são. Quando não temos a certeza de algo, pura e simplesmente não nos precisamos comprometer com o que quer que seja. Podemos simplesmente dizer que não temos certeza. Não precisamos entrar a matar com grandes discursos típicos dos políticos de Portugal e no final não se ver nada acontecer.
Magoam-me atitudes assim porque simplesmente não as faço e como tal não gosto que mas façam a mim, assim sendo, porque haveria de as fazer aos outros?
Esta conversa toda também depende muito da pessoa com a qual nos relacionamos. Depende também do grau de importância que essa pessoa tem na nossa vida. Depende de muita coisa.
Magoar com coisas inúteis pode ser algo a evitar.
Geralmente sou pessoa de guardar uma lista negra das peripécias que as pessoas me fazem. Não vou a lado nenhum com isso e na verdade nunca emoldurei peripécia alguma, porque não considero nenhum objeto decorativo, mas bem podia, quando não tenho mais nada para fazer e não sei exatamente como ocupar o tempo.
Não sou má pessoa. Dou-me muito bem com toda a gente e as coisas que me fazem, embora não me esqueça, costumam ficar atrás das costas, mesmo que me possa eventualmente lembrar delas num momento ou outro, mas cá está, depende da importância que essa pessoa tem para mim, ou a importância que lhe dou.
Não gosto que me prometam nada do que não me podem dar, ou que me digam algo que não sabem se podem fazer. Pura e simplesmente, um simples sim ou um claro pode alterar automaticamente a minha mente, planeando logo antecipadamente algumas coisas na minha vida para depois levar uma chapada de luva branca com um não sei. Para se abrir a boca e dizer merda, muitas vezes mais vale a manter fechada que o resultado pode ser até bem melhor.
E digo a palavra merda porque este texto da treta não teria piada alguma sem um pequeno palavrão misturado para apimentar mais a noite de segunda.
Aliás, nada melhor do que começar a semana com um texto da treta.