Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 28 de fevereiro de 2010

Questões

Será que já alguma vez sentiste estares rodeado de gente mas sentes-te apenas só?
Já alguma vez te empenhaste a fundo numa coisa e viste que simplesmente não resultou?
Já sentiste estares junto de alguém de quem gostas mas apenas tu lutavas para que tudo desse certo?
Alguma vez te perguntaste qual a razão de aqui estares? E acreditas que tens uma missão neste mundo? Vais em busca dela?
Alguma vez sentiste o tempo andar muito depressa e outras vezes simplesmente queres que o tempo avance e ele teima em não querer passar? E algum tempo depois...já te deste conta que querias voltar atrás no tempo e sentir tudo isso outra vez?
Alguma vez foste atrás de um impulso e saiste magoado? Alguma vez magoaste a fundo por ires atrás desse mesmo impulso?
Já pensaste em seguir o coração? Ou segues apenas a razão e vives muitas vezes segundo aquilo que consideras melhor deixando atrás o que te poderia fazer mesmo feliz?
Alguma vez venceste o teu medo e fizeste frente? Já foste em busca de um prazer que nunca encontraste?
Passaste alguma vez pela dor de sentir que perdeste tudo? Já te sentiste alguma vez com falta de chão?
Já te sentiste humilhado por alguém? E nesse tempo paraste e pensaste se também não humilharias?
Já paraste para pensar que só não erra quem não é humano e mesmo assim até quem não é humano já erra?
Tanta pergunta...tanta suposição...
Já pensaste?

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tenho medo

Apaixone-me
Mas tenho medo!
O mesmo medo que senti quando te vi
O mesmo medo que senti quando te conheci
O mesmo medo que sinto ao ter-me apaixonado por ti
Quero-te
mas tenho medo!
Medo de arriscar e perder
medo de tentar e o azar vencer
medo de te tocar e desaparecer
é um medo de amor
medo de sentir dor
Dor de te perder
Dor de não vencer
De hoje te ter comigo e amanhã
quando acordar
De não te ter!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mais uma vez

Mais um dia se passa, mais um pensamento e uma ideia que vem e que logo se afasta
Mais um momento e mais uma hora, mais um olá e mais um até logo
Mais um talvez entre muitos já ditos
Mais uma noite sem dormir como muitas outras
Mais um texto
Mais uma palavra escrita sem nada querer dizer
Mais uma lágrima que cai do meu rosto
Mais um sorriso forçado
Mais um telefonema ou mais uma mensagem
Mais uma vez que nos cruzamos
Mais uma vez que nos afastamos
Mais uma vez
Mais outra
Mais um medo
Mais um receio
Mais um passo na direcção do nada
Mais uma rajada de vento
Mais um pingo de chuva
Mais uma manhã cinzenta e fria
Mais um olhar teu
Mais um até breve
Mais uma certeza...
Mais e menos
Mais...sempre mais...sempre demais...
Mais uma vês tu que me lês
Mais uma vez eu que te escrevo
Mais uma vez que pensas
Mais uma vez que passou

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Olhar

Mais uma tentativa e nada! Estou farta desta minha teimosia de tentar debater-me contra mim mesma, de ir contra todas as razões que vivem dentro de mim, farta de me enganar dia após dia com mais uma ilusão de que está tudo indo normalmente.
Hoje decidi enfrentar o teu olhar de uma vez, não ter de me esconder por entre as folhas dos cadernos, por entre a tela de um computador, por entre um ecrã de telemóvel. Hoje fui buscar-te sem que soubesses. Irei fazer sempre isso. No fundo nem eu mesma sei ao certo porque o faço, mas sei o que me leva a fazer tal barbaridade. A resposta são os teus olhos, são eles que me dizem o que fazer, são eles que me dizem onde ir e se devo ou não enfrentá-los. Não temi desta vez. Ali estavas tu. A inicio, a fingir que eu nem ali estava, mas depois, bem lentamente, olhando fixamente nos meu olhos, ambos os olhares a completar o espaço onde antes moravam as dúvidas. Percebi tudo. Percebi tudo de vez! Não precisarei mais ter medo de te buscar. Não precisarei ter mais medo de me iludir, de ir em busca de mais um sonho que outrora já foi realidade, não preciso de ir atrás de ilusões onde me deste certezas, mesmo que na realidade não mas quisesses dar. O teu olhar é a certeza de todas as certezas.
Ali, diante um do outro, frente a frente o meu olhar gritou ao teu: -Porque teimas em fugir-me? Silêncio. Não respondeste com o olhar. Sorrias, fazias gestos constantes como que a impedir que eu podesse vislumbrar tal beleza de sentimentos. Porque os escondes então?
Depois,bem lentamente olhaste, deixaste que eu entendesse tudo de uma vez, deixaste que o nosso olhar se cruzasse, que aquele silêncio falasse, que tudo fosse claro, mais claro que o céu numa manhã de verão, mais quente que o sol, mais verdadeiro que a própria verdade.
Julgas-te perdido algures? Não estás...eu achei-te e um dia tu virás a ti. Eu desejo que assim o seja, que seja como antes, que eras tu, apenas tu...e a verdade dos teus olhos

Será?

Será?
Será a tua voz que chama por mim?
Será essa mesma voz que me faz continuar?
Será o amor que me negas mas que sentes?
Será o amor que eu guardo no peito?
Será a solidão a palavra ideal?
Será a tristeza a dona da minha vida?
Será esta nova etapa a prova pela qual temso que passar?
Será o teu sorriso um elo?
Ssrá a nossa distância mais uma prova de amor?
Será aquele último beijo um aviso a muitos outros?
Será que terei de te mostrar quem sou?
Será que desejas saber?
Será que me darias a mão?
Será que não darias?
Será que estou a arriscar demais?
Será que não?
Será que vamos conseguir?
Será que só vou apenas eu?
Será que finges?
Será que não notas?
Será que não entendes?
Será que não consegues ver?
Será...será...
Serás tu e eu...seremos nós os dois...será assim?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Filosofando

Foi mais um dia passado entre pingos de chuva e brilho de sol, mais um dia entre muitos outros dias frios de inverno, mais um dia em que tedemos a misturar-nos com todos os outros para não nos sentirmos sós.
Reparo que as pessoas têm essa necessidade. As pessoas sentem necessidade de se misturar umas com as outras para fugir á solidão. Ninguém suporta sentir-se só.
É algo caricato isto. Por momentos penso que nascemos com um manual de instruções. Há coisas que parecem programadas. É como se nós estivessemos a ser controlados por telecomandos. Pergunto-me quem poderia ter tal capacidade de gerir todas as mentes deste planeta, controla-las a todas de forma quase perfeita e idiota ao mesmo tempo para fazer com que os seres humanos que nós somos tenham comportamentos tão estranhos por vezes.
Tendemos constantemente a procurar outros seres humanos para satisfazer as nossas necessidades constantes de ser humano,quer sejam boas, quer sejam más, mas nunca deixam de ser necessidades. A solidão é uma palavra muito temida por todos, mas por mais pessoas que passem por nós, por mais gente que conheçamos ou que tenhamso do nosso lado nós estamso sempre sozinhos. Nascemos para estar sozinhos e iremos morrer sozinhos, ou será que não? Já pensaram na possibilidade de não morrermos sozinhos? Na possibilidade de não nascermos sozinhos?
Infeliz daquele que pensa que tem tudo, daquele que julga ter mais que outro, daquele que julga que já sabe tudo. No fundo não passamos de mais uma criação sem explicação e dizer-se que se sabe tudo é precisamente não se saber nada, ou não será assim?

É Mais Fácil

É muito mais fácil
Tudo é muito mais fácil quando é feito de coração.
É muito mais fácil acreditar naquilo que se vê com os olhos mesmo sem se saber se corresponde mesmo á verdade
É muito mais fácil ouvir apenas um dos lados sem querer sequer ouvir o outro
É muito mais fácil fingir que está tudo bem
É muito mais fácil tentar ignorar quando não se tem coragem para fazer frente
É muito mais fácil falar pelas costas o que não se tem coragem de dizer pela frente
É muito mais fácil sorrir desta forma e da outra, mas nunca de forma verdadeira
É muito mais fácil acabar tudo
É muito mais fácil ser assim por teimosia e orgulho
É muito mais fácil fingir para ocultar o que se sente
É muito mais fácil sair de casa pela manhã só para aliviar o que não tem alivio
É muito mais fácil enganar a nós mesmos
É muito mais fácil afastar
Tudo é muito mais fácil desta forma
Tudo é muito mais fácil desde que seja consciente
Tudo é muito mais fácil quando se teima que é mais fácil
Tudo é muito mais fácil sendo mais dificil
Tudo nesta vida é mais fácil quando se fecha os olhos ao coração, quando fechamos os olhos ao que sentimos...e mais tarde nos arrependemos

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quase

Reparo que neste mundo existe uma palavra única para defenir tudo quanto somos e tudo quanto nso rodeia, essa palavra é Quanse. Ele é quase perfeito, estava quase lá...
Um amor quase perfeito, um número quase redondo, um tiro quase certeiro. Tudo tem quase. Se uma mulher é bonita, mas não é perfeita, então ela é quase perfeita. Se um homem é um cavalheiro mas não sabe ler ele é quase ideal e neste mundo ficamos sem saber onde haverá espaço para a palavra exactidão. Algo de concreto que nos faça ter certezas de alguma coisa, se é que neste mundo existe verdadeiramente alguma coisa.
Todos deveriamso ter quase no nome, todas as coisas são quase mas nunca são exactamente. Nada é certo, nada nos pertence verdadeiramente.
Fui comprar no outro dia um casaco que tive sempre em mente, mas na hora de o comprar já havia sido vendido...pode-se dizer que ele foi quase meu. Ainda na semana passada a minha amiga bebeu demais mesmo depois de tanto lhe ter dito que poderia ficar em coma, felizmente ficou tudo bem,não esteve em coma mas esteve quase também.
Já depois de muito ter pensado a respeito vim para casa no meio da noite e ao chegar sentei-me de fronte á janela da sala a observar o céu tingido de negro. Era quase uma hora da manhã e embora eu soubesse que estava quase na hora de me ir deitar fiquei a pensar numa serie de coisas não muito importantes que envolviam toda esta filosofia de quase tudo ser sem que fosse realmente. Posso dizer que quase que foste meu,quase que fomos felizes,quase que acreditei em tudo quanto me fizeste acreditar. No entanto quase me perdi a pensar e dei por mim quase exausta mas nunca totalmente. Nada do que seja quase é tudo na totalidade, por isso parei de pensar em quase tudo e tentar fazer tudo...ou quase nada

Aflição

"Sobre o colchão pousado no chão, um lençol branco a cobrir-lhe o corpo nu, fumava lentamente, a cabeça de lado, repousando sobre a almofada.

As coisas não iam bem, as coisas não iam bem há muito tempo, e agora era pior ainda. Porque ele tinha-se esforçado para que fosse de outra maneira, tanto quanto lhe tinha parecido possível, mas, tarde ou cedo, acabara por desistir. Ficaria para a próxima.

Só que agora não haveria outra vez. Ele tinha tentado mas não conseguira, de nada valia continuar a mentir-se. Nem encontrar um qualquer sentido que unisse todo o tempo desperdiçado conseguia. Talvez bastasse, mas não conseguia.

Como é que de um momento para o outro deixara de haver tempo a mais para deixar de haver tempo? Perguntava e não respondia. Continuava a fumar.

Seria a mentira? Talvez. Talvez fosse a mentira que o tinha levado até ali. Ninguém nasce mentiroso, uma pessoa aprende a mentir. Desde novo sentira uma irresistível atracção por essa possibilidade reservada aos humanos. Nada de mais simples e difícil. Mentir é um jogo da imaginação e ele lembrava-se do orgulho que tinha em se esconder nesse labirinto, como quem sente o prazer de uma vitória sobre si próprio."
Pedro Paixão

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Não tarda...querido

Há uma coisa que o tempo nos ensina, querido...e chama-se olhar. Olha o outro sem ser pelos olhos de outrem, olhar o outro com os seus olhos...saber olhar por trás de tudo o que os outros sabem ser capazes de ver.
O que os outros sabem ver, querido, não sou eu. O que os outros sabem ver é a imagem que têm deles mesmos, aquilo que eles souberam plantar de mais tarde colher.
Soubeste tu mesmo olhar-me algum dia com os teus olhos querido? Dizes que sim, recuas pela sala e olhas mais uma vez para mim. Fico parada, não sei ao certo ler os teus olhos, sabere se me dizes a verdade, se me falas que realmente sabes como ler-me na tua mente. Permaneço calada, não digo nada. Não há palavras que saiba dizer-te, nem as direi. Cabe a ti mesmo saber o que me dizer. Eu não terei nunca nada para te dizer. Nem saberei o que te dizer.
Meu querido, não tarda o mundo irá ensinar-te a veres como os outros estavam errados. Eu nunca irei dizer-te, nunca poderei dizer-te o quão certa estou do que te digo. Deixo contigo, com o teu coração e com esse gostar que ainda dizes sentir por mim. Deixo-te ver por ti, deixo-te ver-me sem medos, porque não há nada que eu possa esconder-te me querido, nada que eu possa negar-te.
Tarda sempre a vermos o que devemos, mas acabamos sempre por ver.

Hoje não

Hoe não te amo mais do que ontem. Não, hoje não te amo como te amei ontem. Ontem, quando te conheci amei-te, mas não como te amo hoje.
Ontem foi o dia em que te conheci. Foi o dia em que os nossos olhos lentamente, e quase sem querer, se cruzaram, fazendo florescer o amor em gestos de ternura. Os olhos cruzaram-se, o olhar, a emoção quase a desejar ser tocada pelo outro. Tudo naquele instante se cruzou, fundiu!
Os teus olhos eram os meus olhos, foi o que eu pensei, porque só os teus podia caber dentro dos meus, olhar dentro dos meus! Tu...eu...e o cruzar dos nossos olhares, a inocência de duas pessoas jovens fixas uma diante da outra, quase que a perfurar o coração da outra com momentos de amor. A linguagem dos olhos, o sorriso, tudo a desejar ser tocado sem toque, apenas com uma leve brisa de suspiros vindos do coração. É engraçado como tu foste eu naquele momento. Tu e eu a sermos um e o outro naquele momento.
E foi assim que te amei ontem, porque hoje, a leve brisa do entardecer trouxe-me de novo á memória o acumular desses dias em que te amei como já não te amo.Hoje, o amor brotou, cresceu assim como cresce uma criança aconchegada no leito materno.
Cresceu e continua a crescer e a espalhar-se, a percorrer cada artéria, cada veia, cada parte do meu corpo.Cresceu e chegou aos meus pulmões retirando-lhes o oxigénio, o ar e fazendo com que desejar viver seja um sentimento horrivelmente insuportável, em que se vive mas se deseja morrer. É assim que te amo hoje, nestas frases e letras tão confusas e sem sentido.
No fundo, isso é o amor:um sentido sem sentido, e amar-te é a procura desse mesmo sentido na inexistêmcia de sentido algum.

El amor

Qué cosa es el amor. medio pariente del dolor, que a ti y a mi nos tocó
que no ha sabido ni ha querido ni ha podido.
Por eso no estás conmigo...
Porque no nos conocimos y en el tiempo que perdimos cada quien vivió su parte pero cada quien aparte.
Porque no puede apagarse lo que nunca se ha encendido, porque no se puede ser sano lo que nunca se ha podrido.
Porque nunca entendrias mis cancacios,, mis manias, porque a ti te digo lo mismo que cayera en el abismo.
Este amor que despreciaste porque nunca me buscaste
donde yo no hubiera estado
ni me hubiera enamorado.
-Por eso no estás conmigo
-Por eso no estoy contigo!

O nosso Amor Matemático

Vamos amar
Somar os nossos desejos
Bubtrair os nossos carinhos
Dividir o nosso amor
Depois
De toda esta operação fraccionária
Vamos igualar
Os nosso destinos
Tirar
uma raiz quadrada
das nossas vidas
Fazer uma média ponderosa
Da nossas solidão

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

vida

Passam, passo a passo, histórias na nossa vida.
Passam e trespassam pela pele, deixando marcas,cicatrizes e por vezes só pequenas lembranças que marcam.
Histórias,fragmentos, no centro da sala e cada vidro perdido, despido ao olhar alheio...
e no meio disto tudo, deixamso escapar o mais importante, não muito distante.
Mas pensamos sempre:" E se não tivessemos deixado escapar?"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Não sabes

Magoaste-me! Arrastaste isto tempo demais, enganaste-me e mais que isso, enganaste-nos. Temeste enfrentar-me com medo que eu podesse sofrer e não pensaste na dor que causaria saber de tudo mais tarde, um tarde que agora se tornou presente, o nosso presente que agora também é passado e passado esse que ue terei de aprender a viver neste meu presente.
Quero que saibas da verdade, nunca poderei esconder-te isso, pois isso seria esconder-me a mim e não tenho porque o fazer. Uma parte de mim morreu, uma parte de mim deixou de existir, mas não porque tenhas decidido dizer adeus ao que fomos, apenas porque não soubeste dizer-me a mim que não sabes o que é o amor.
Perdoa-me. Talvez eu tenha falhado, não te culpes apenas a ti. Falhamos. Quero que saibas que não se ama uma ideia, ama-se uma pessoa, ama-se quando se sabe o que é isso da palavra amor, quando se entende o que é isso de chamar amor a alguém.
O que tu não soubeste foi que no amor, quando existe amor, aprende-se a lidar com o que se chama ser a realidade, quando duas cabeças e dois corações se cruzam com sentimentos comuns. Não aprendi a amar em part-time, não aprendi a amar por umas horas nem aprendi a amar por dois meses. Eu aprendi a amar simplesmente. E quando se ama, ama-se simplesmente. Não podemos amar uma ideia. Nem podemos ter a ideia de amar assim como tu me mostraste que me amas.
Sim, nunca me amarás como um dia te amei. Nunca saberás o que é isso da palavra amor. Eu entendo que sejamos diferentes. Entendo e entendi tudo em ti desde sempre. Eu soube entender-te desde sempre mais com o que soubeste tu entender-me. Eu soube porque neste sentimento a que um dia foi a nossa relação um de nós sabia o que queria desde logo e hoje tu sabes que não eras tu essa pessoa, aquela que dizia que me amava todos os dias, aquela que me dizia aquelas coisas de amor inesperadas, aquela que usava a palavra "amor" para dizer amo-te todos os dias...dia após dia até eu mesma acreditar que era de facto isso que sentias por mim.
Aprendi a amar-te todos os dias e aprendi a estimar-te todos os dias. Será que te deste conta disso algum momento da tua vida, da vida que partilhamos juntos?
Eu fui os teu olhos. Será que consegues agora ser os meus? Conseguirás tu perceber o que sinto? Perdoa-me se te magoei, nunca tive essa intenção para contigo. Perdoa-me se escrevo o que sinto. Mas não tenho outra alternativa se não explodir, dizer-te que mesmo sem saberes me magoaste dia após dia com o teu silêncio, com a forma como começaste a ser para mim.
Não irei iludir-me, jamais irei criar fantasias ao meu redor. Irei adorar-te todos os dias. Não tenho por que te odiar, não há forma melhor de seguir que esta...adorar-te todos os dias a ti, a mim e a tudo o que deixei para trás e que busco agora antes que seja tarde, antes que me perca e não mais me encontre que não sozinha

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Porquê?

Esta foi a pergunta que muitas vezes me acompanhou ao longo da minha vida e para a qual nunca soube responder. Porquê?
Porquê que a vida corre tão rápido?
Porquê que tendemos sempre a repetir os mesmos erros?
Porquê que mesmo rodeados de tanta gente continuamos a sentir isolados?
Porquê que...
Cheguei a um ponto que nem eu mesma sabia o que dizer, o que pensar.
Esta manhã aconteceu de novo, uma vez mais. Abri a porta do quarto devagar, peguei nas chaves, saí de casa. Estava uma linda manhã de Inverno. As árvores quase nem se mechiam, o vento soprava lentamente. Lá fora o mundo continuava mas cá dentro, dentro de mim mais uma vez a pergunta mantinha-se: Porquê?
Tentei desviar o pensamento, ocupar-me com coisas mais úteis, ir de encontro a algo que, por momentos, soubesse ocupar o meu pensamento e a minha alma. Nada...silêncio total. Apenas a mesma questão: Porquê?
Talvez esta seja a pergunta a que ninguém saberá responder, talvez a resposta seja até bem simples, talvez tudo não passe de um sonho, um sonho que no final me dará todas as respostas de que preciso.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Memórias

Escrevo,escrevo e torno a escrever. São histórias de uma vida que me vão sendo roubadas e que preciso imortalizá-las, antes que não mais as escreva, que não mais as possa contar que não seja dizendo, com visões já meio distorcidas com o tempo e a idade, onde outras histórias vão apagando as mais antigas como pequenos caracteres escritos á beira-mar já meio apagados pelas ondas...e a vida não volta não!
São histórias do que um dia fomos, pequenas manchas meio distorcidas da nossa identidade como pegadas na areia. Isso somos nós.
Escrevo para deixar para trás mais uma história do que fui e cuja idade não mais recupera. Escrevo para dizer que todos roubamos algo de alguém, mas há algo nos rouba a todos e esse alguém é vida.
Sim, é ela que passa po nós como uma rajada de vento e nos rouba tudo aquilo que fomos e somos, que todos os dias nos rouba mais um pedaço e que nos torna mais fortes para o juizo final de que ninguém entre os mortais se livra.
É por isso qu escrevo, para me imortalizar, para fazer passar de geração em geração essas quimeras do nosso passado, da nossa existência breve neste mundo,a nossa história. São poucos os que conseguem imortalizar-se em formas como esta. Poucos os que ficam reduzidos a uma simples folha de papel meio rasgada ou uma tela que retrata a nossa alma com breves pinceladas e cores, mas não são os que conseguem e que se afirmam que fogem da dura realidade, a de não mais poder ficar se não assim...
mais uma peça do puzzle da espécie humana em vias de extinsão.

Estou cansada

Estou cansada de tudo e de nada
Estou cansada de correr sempre pela mesma estrada
Cansada de ser enganada
Cansada do meu cansaço
De nunca darem valor ao que faço!
Estou cansada deste prazer sem prazer
cansada de nada conseguir fazer
e de ninguém ter nada para me dizer
Estou cansada de ter que dever
e nem poder desaparecer
Estou cansada da noite e do dia
cansada do que agora faço do que antes fazia
Estou cansada da dor que agora sinto e que antes nem existia
cansada de sofrer, de querer e não poder!
Estou cansada deste amar sem amor,
cansada da dor e de todas as feridas que causam ardor
Estou cansada de temer
De ter medo de morrer
De hoje fechar os olhos e de amanhã os querer abrir e nem poder
Estou cansada de tanto lutar sem nada conquistar
Estou cansada!!!
Cansada desta vida desgraçada
De ontem ter sido tudo e de hoje não poder ser mais nada
Mas mais do que tudo
Estou cansada de andar parada!

Estudos

Quiseste ausentar-te por uns tempos. Não pude negar-te esse espaço. Andavas inquito. Algo em ti me deixava na dúvida. Estaria o nosso amor a esvaziar? Estariamos também nós a cair pelo abismo? Deixei que fosses. Disseste que tinhas que ir estudar. Que precisavas de aprender coisas novas. Disseste que havia muita matéria em atraso, que precisavas de adientar-te, nunca deixar que fossem melhores que tu. Sempre foste assim desde que me lembro. Tinhas a mania de querer sempre mais. Para ti aprender era uma necessidade, nunca te fartavas de buscar livros novos e de reler os mesmos. Para ti os mesmos tinham sempre algo de novo embora já os tivesses lido. Para ti o velho tem sempre algo de novo, mas diante de um repentino afastamento, como poderia eu acreditar que haveria algo de novo na nossa relação?
Esperei. Os dias passavam. Tu não dizias nada. Seria normal numa relação não haver palavras? Terias tu gasto já as tuas? Voltei a esperar.
Esperei da mesma forma dias a fio, olhando para o telefone, verificando o correio, lendo a caixa de e-mail e nada. Um dia, já sem esperança alguma de que me podesses dizer alguma coisa tu ligaste: "Querida, desculpa o meu atraso, só para te dizer que voltarei em breve, já sei toda a matéria. Espero ter boa nota no exame".
Fiquei em silêncio. Nunca poderei compreender de que exame se tratava, nunca cheguei a saber que matéria havias estudado.Nunca mais partilhaste nada, nunca mais disseste nada. Pensei mesmo que estava tudo a cair do abismo.
Quando voltaste na noite seguinte eu já dormia. Abriste suavemente espaço por entre os cobertores, foste entrando devagar, até eu sentir o teu cheiro por perto. Eras mesmo tu. Não era mais um sonho como tantos outros que me despertavam de noite, não era mais uma mentira ou até mesmo uma tentativa de me enganar a mim mesma. Eras tu, diante de mim, no escuro da noite a sorrir.
Mesmo no escuro pude ver o teu sorriso, pude ver a cor dos teus olhos azuis celestes a brilhar por me rever. Pude sentir a sinceridade de um sentimento que eu já temia esquecido. Pude sentir que estavas comigo mais uma vez.
"Querida, perdoa-me por tudo. Precisei destes dias para pensar, para me organizar e para poder entender qual o sentido da nossa relação. Durante estes dias senti a tua falta todos eles, senti falta dos teus beijos, do teu calor junto de mim, senti falta da tua honestidade e do teu suporte. Nestes dias que se passaram estudei-te na minha mente. Estudei cada centimetro, cada pedacinho, cada fio de cabelo teu, e percebi que no mundo não há mulher como tu, que seja tão interira como tu, tão completa como tu. Estudei o aroma das tuas mãos, esse aroma fresco e perfumado que tesn sempre nas mãos de quando vais colher flores ao jardim. Estudei o sabor dos teus beijos, o sabor caracteristico e indiscritivel que eu sei, com todas as certezas, não achar em mais boca alguma. Estudei as tuas formas perfeitas, essas formas únicas que tu tens, que depois de unidas ás minhas se tornam numa apenas, uma forma perfeita, a forma do nosso amor, a forma que me fez entender que o nosso amor é perfeito"
Quando o disseste permaneci em silêncio. As lágrimas caiam-me dos olhos, o corpo tremia. Não havia necessidade de palavras. Foram todas ditas.
O tempo,amor, é o melhor aliado do amor quando este é verdadeiro, quando nasce saudável como o nosso, quando vive saudável dentro do nosso peito. Um amor assim como o nosso não haverá nunca não é verdade amor? Um amor assim que se colha ao acaso, mas que se plante com todo o cuidado, porque embora seja delicado, é o interior dele que conta.

Eu

Pediste para que eu me sentasse e te ouvisse. Tinhas os olhos cheios de lágrimas e ficaste por momentos olhando-me num silêncio que eu nunca conseguirei ao certo saber o que escondia. Tentaste por várias vezes pronunciar palavras ao acaso para que eu as podesses descodificar, mas limitaste-te a perguntar: -" Ainda me amas?"
Fiquei em silêncio, um silêncio que falou mais alto que todas as vozes do mundo. Um silêncio que só eu conseguirei pronunciar diante dos teus olhos. -"Não, eu não te amo". Disse finalmente conseguindo por fim calar o silêncio, fazer-me ouvir perante o homem que és, dizer o que sinto para que podesses entender porque motivo eu deixo o silêncio falar por vezes mais do que eu.
Agora vai, tu não mereces. Podes ir, vai buscar alguém que saiba amar-te mais do que eu. Tenho demasiado amor a mim mesma para poder dizer que algum dia te amei de verdade. A ideia de te amar sufoca-me, mata-me por dentro. Custa crer que te amo a sério, isso implica que te dei uma parte de mim e eu amo-me demais para ceder de mim seja o que for. Amo-me demais para me querer partilhar, para poder sequer imaginar uma vida a dois.
Esta é a triste e cruel realidade que todos teimamos em esconder, que amamos muito mais a nós mesmos, que somos demasiado egoistas para saber amar de verdade. Foi o que eu quiz que tu soubesses. É triste olhares-te num espelho e não conseguires ver muito além de ti mesmo, não poderes e não quereres entender que além de ti há um outro universo. Eu não busco esse universo. Eu guardo-me no meu...aquele mundo fechado que é só meu onde eu possa ficar comigo mesma, amando-me a mim mesma até me odiar, até não conseguir mais coviver comigo. Toda eu sou uma mentira, toda eu não sou nada daquilo que aparento ser, por isso não te mereço. Não mereço o teu perdão, não mereço nada do que venha de ti porque nunca irei saber como amar-te, nunca irei saber como ser para ti tudo o que soube desde sempre ser para mim.
No fim de contas percebo que não há nada que me sirva, nada que eu seja algum dia capaz de partilhar com quem quer que seja, mas no fundo algo me diz que tudo poderá mudar, ou que talvez até já tenha mudando e isso gela-me o sangue...faz-me pensar em ti mais uma vez para além de mim e constatar que no fim de contas, meu querido, talvez não te ame assim tão pouco