Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Não tarda...querido

Há uma coisa que o tempo nos ensina, querido...e chama-se olhar. Olha o outro sem ser pelos olhos de outrem, olhar o outro com os seus olhos...saber olhar por trás de tudo o que os outros sabem ser capazes de ver.
O que os outros sabem ver, querido, não sou eu. O que os outros sabem ver é a imagem que têm deles mesmos, aquilo que eles souberam plantar de mais tarde colher.
Soubeste tu mesmo olhar-me algum dia com os teus olhos querido? Dizes que sim, recuas pela sala e olhas mais uma vez para mim. Fico parada, não sei ao certo ler os teus olhos, sabere se me dizes a verdade, se me falas que realmente sabes como ler-me na tua mente. Permaneço calada, não digo nada. Não há palavras que saiba dizer-te, nem as direi. Cabe a ti mesmo saber o que me dizer. Eu não terei nunca nada para te dizer. Nem saberei o que te dizer.
Meu querido, não tarda o mundo irá ensinar-te a veres como os outros estavam errados. Eu nunca irei dizer-te, nunca poderei dizer-te o quão certa estou do que te digo. Deixo contigo, com o teu coração e com esse gostar que ainda dizes sentir por mim. Deixo-te ver por ti, deixo-te ver-me sem medos, porque não há nada que eu possa esconder-te me querido, nada que eu possa negar-te.
Tarda sempre a vermos o que devemos, mas acabamos sempre por ver.

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