Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Olhar

Mais uma tentativa e nada! Estou farta desta minha teimosia de tentar debater-me contra mim mesma, de ir contra todas as razões que vivem dentro de mim, farta de me enganar dia após dia com mais uma ilusão de que está tudo indo normalmente.
Hoje decidi enfrentar o teu olhar de uma vez, não ter de me esconder por entre as folhas dos cadernos, por entre a tela de um computador, por entre um ecrã de telemóvel. Hoje fui buscar-te sem que soubesses. Irei fazer sempre isso. No fundo nem eu mesma sei ao certo porque o faço, mas sei o que me leva a fazer tal barbaridade. A resposta são os teus olhos, são eles que me dizem o que fazer, são eles que me dizem onde ir e se devo ou não enfrentá-los. Não temi desta vez. Ali estavas tu. A inicio, a fingir que eu nem ali estava, mas depois, bem lentamente, olhando fixamente nos meu olhos, ambos os olhares a completar o espaço onde antes moravam as dúvidas. Percebi tudo. Percebi tudo de vez! Não precisarei mais ter medo de te buscar. Não precisarei ter mais medo de me iludir, de ir em busca de mais um sonho que outrora já foi realidade, não preciso de ir atrás de ilusões onde me deste certezas, mesmo que na realidade não mas quisesses dar. O teu olhar é a certeza de todas as certezas.
Ali, diante um do outro, frente a frente o meu olhar gritou ao teu: -Porque teimas em fugir-me? Silêncio. Não respondeste com o olhar. Sorrias, fazias gestos constantes como que a impedir que eu podesse vislumbrar tal beleza de sentimentos. Porque os escondes então?
Depois,bem lentamente olhaste, deixaste que eu entendesse tudo de uma vez, deixaste que o nosso olhar se cruzasse, que aquele silêncio falasse, que tudo fosse claro, mais claro que o céu numa manhã de verão, mais quente que o sol, mais verdadeiro que a própria verdade.
Julgas-te perdido algures? Não estás...eu achei-te e um dia tu virás a ti. Eu desejo que assim o seja, que seja como antes, que eras tu, apenas tu...e a verdade dos teus olhos

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