Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

E ainda dizem que não há vampiros

Sinceramente eu não entendo a cabeça das pessoas!
Os vampiros existem!!! Sim, existem, estão em todo o lado, em qualquer lugar, quer seja de dia, quer seja de noite, e para os encontrarmos não precisamos de cortar os pulsos para que eles sintam o cheirinho ardente do sangue. Eles mesmos sentem quais os nossos pontos fracos e sabem como vir ao nosso encontro.
No entanto vocês sabem, nem toda a gente acredita em vampiros e a minha paciência esgotou-se nesse sentido, em tentar dizer a esta gente que não é verdade. Estão todos errados e já vão perceber o porquê.
Hoje mais do que nunca vampiros é coisa que não faltam.
Temos diferentes tipos de vampiros, ou diferentes clãs como preferirem chamar:

  • Há os vampiros que sugam a esperança
  • O vampiros que sugam o nosso tempo
  • O vampiros que sugam a nossa boa vontade
  • O que sugam a nossa boa educação
  • E os que sugam a nossa carteira, que são os mais ferozes e estão lado a lado com os já referidos.
Por isso minhas gentes, tenham muitos cuidado. Vocês são sabem com que vampiro vocês poderão estar a lidar no vosso dia a dia. Na prática são todos uns queridos, mas na hora da verdade, só não sugam as cuecas porque são alérgicos ao bacalhau.
Agora que já espero ter instruído a vossas mentes incultas e desatualizadas pelo tempo...aqui me despeço na esperança de pelo menos hoje não ser caçada por mais nenhuma dessas víboras impertinentes.

domingo, 15 de setembro de 2013

O vampiro

Chegou o mau tempo.
Uma enorme nuvem negra tapou o céu tingido de azul celeste logo pela manhã.
Soube de antemão que viria tempestade.
Decidi ir para casa, mas a necessidade de ir às compras venceu a minha vontade inquietante de ficar. Saio pela porta vestindo o casaco. O frio enchia as ruas desertas. Ouvia o seu chamamento por entre os phones que mantinha colocados como forma de me abstrair.
Cautelosamente entrei no supermercado mais próximo, como de costume. É curioso como a força do hábito me leve a conhecer de cor todas as ruas e todas as estradas que me levam até algum lugar que precise.
Só tinha falta de dois pacotes de leite e café.
Assim que paguei à mesma rapariga simpática de sempre, saí porta fora com alguma ansiedade.
Olhei o céu novamente.
Uma nova ameaça de chuva estava de chegada. Tapei-me com o saco das compras e tentei ir o mais rápido possível para casa. No entanto, e quase por instinto, naquele dia sombrio...algo me dizia que não estava só.
Do outro lado da rua, dois grandes olhos observavam os meus passos.
Sem querer pensar muito meti música. Andei o mais depressa que pude até onde me sentisse segura, embora eu nunca estivesse segura em lugar algum e eu sabia disso perfeitamente.
Quando cheguei à estrada que me levaria a casa, os meus sapatos escorregaram no solo húmido de outono.
Meti a chave na fechadura e tentei o mais discretamente possível acalmar a minha ansiedade, que começava a tomar conta de mim naquele preciso momento.
Era interessante como me sentia domada pelo medo.
Estava no meu sangue a razão desse pavor.
Ele estava de volta e eu sentia-o rondar entre as árvores, sondando cada movimento meu em busca de uma altura oportuna para me atacar. Rodei a chave duas vezes e esta não se movia. Era a primeira vez que tal acontecia.
Subitamente olhei para trás, para as grandes e densas árvores cobertas de um nevoeiro denso e azulado. Estava a fazer-se tarde e começavam a cair as primeiras gotas de chuva tardia.
Não podia esperar. Tinha urgentemente que entrar em casa. Tinha de me sentir minimamente a salvo.
Pousei o saco das compras no chão e forcei a fechadura mais uma vez, olhando sempre para trás, na expectativa de encarar alguma ameaça que fosse.
Nisto consegui abrir a porta.
Entro em casa e fecho a porta o mais rápido que consegui.
Fiquei encostada à porta por breves instantes tentando recuperar o fôlego.
Tranquei a porta e sentei-me no sofá um pouco assustada.
Coloco o saco das compras no chão e uma pontada de cansaço apodera-se do meu corpo. Fecho os olhos, sinto o ar entrar e sair pelo meu corpo com a mesma precisão. Relaxo. Estava calma, serena, completamente relaxada e atordoada pelo sono que me possuía. Nisto algo me desperta, um baque vindo da porta da cozinha que indicava que não estaria sozinha. Abro os olhos, observo atrás de mim, na direção da cozinha. Levanto-me sentindo que o meu coração me dera um aviso prévio de que alguma coisa se passava.
Avanço cautelosamente até ao wall de entrada. Deixo-me ficar alguns segundos e seguro a primeira coisa que me apareceu. Uma jarra com as respetivas flores. Caminho devagar, descalçando os ténis húmidos pela brisa da rua.
Avanço na direção da cozinha, junto ao breu que a moldava.
Sinto o coração bater-me nas costas, o corpo hirto pelo medo...e nisto uma mão que me agarra assim que coloco o pé no interior da negra cozinha.
Tento gritar, mas não consigo. No escuro vejo dois olhos que me fitam com demasiada precisão. Soa-me a aviso. Tento libertar-me e nisto caio. Deixo o peso do meu corpo cair comigo.
Desperto!
Abro os olhos e reparo que tudo aquilo não passava de um pesadelo. Eram três horas da manhã. Tinha o corpo suado e a tremer. Sentei-me na cama e bebi o meu copo de água que deixo sempre em cima da mesa de cabeceira.
Encosto-me, tento relaxar.
Olho as horas a passar pelo relógio e começo a fechar os olhos, deixando passar uma sombra que se move atrás de mim pela janela.

Coisas imbecis que se costuma ouvir em campanhas...e não só!

Fazer campanhas pode parecer super divertido, mas nem sempre o que parece é! Uma das mais preciosas regras das campanhas é que, se não viermos abordar o pessoal que passa na rua, ele não virá miraculosamente ter connosco. Embora eu já tenha tido a sorte de ver muitos casais ou pessoas curiosas virem perguntar para que é e o que se pretende, isso não é sempre e até levanto as mãos aos céus quando acontece e quando a pessoa contribui claro!

Embora as campanhas se resumam precisamente a abordar as pessoas que estão a circular pelas ruas, shoppings, farmácias e seus afins, o que até teoricamente falando parece tudo super fácil, a verdade é que aquilo que por vezes ouvimos consegue dar a volta ao estômago de qualquer promotor/voluntário...

A lista que se segue foi cuidadosamente escolhida e ironicamente publicada entre gargalhadas, ilustra algumas das frases mais típicas do que nós ouvimos diariamente à nossa volta.

Quando confrontadas com a pergunta: Bom dia/tarde/noite, podia dar-me um minuto da sua atenção pelo Instituto Português de Oncologia?

Respostas:

-Já fui contactada/o
-Já estou inscrito (em quê posso saber?)
-Estamos em viagem
-Só um minuto...
-Vou só ao multibanco e volto já
-Não estou interessado
-Não preciso do IPO
-Já conheço
-Já fui abordada/o no outro dia
-Já ouvi falar
-Ah sim...eu já sabia, obrigada
-Metam o IPO num sitio que eu cá sei...(só espero que não precise meu caro)
-IPO? O que é isso? Para animais? (and i was like: -uhm...no....)
-Já fiz
-Não quero
-Não estou prevenida (com o porta moedas na mão e as moedas a cantarolar lá dentro)
-Ai eu já...já...já.............(Pois já!)
Como podem ver, as frases tornam-se tão repetidas que eu já me cheguei a perguntar se as pessoas combinam umas com as outras em plena rua ou ao virar da esquina aquilo que vão dizer. Acho puramente deprimente quando alguém não quer simplesmente contribuir, inventar as desculpas mais descabidas à face da terra. Se não querem simplesmente digam que não querem.
Há uns tempos em pensava que as pessoas eram todas iguais pela roupa que vestiam, mas depois disto mudei a minha maneira de pensar e acho que o mal está mesmo no cérebro.
Tudo isto para saberdes vós que eu sofro...e não é pouco!

domingo, 1 de setembro de 2013

O Vazio

Existimos porque sonhamos e passamos o resto da nossa vida procurando uma forma de satisfazer os nossos sonhos.
Existimos de uma maneira subjetiva e nunca estamos satisfeitos, porque embora consigamos alcançar um objetivo qualquer na nossa vida, há sempre algo que nos falta. Dentro de nós nunca nos iremos conseguir sentir totalmente satisfeitos...e por isso existimos. Existimos porque a vida é a oportunidade que temos para conseguirmos satisfazer os nossos sonhos, ou pelo menos lutar por eles.
Lutamos e muitas vezes batemos com a cabeça. Porque nem sempre essa procura nos satisfaz e nos preenche.
Lutar nem sempre significa conseguir e conseguir nem sempre significa para durar.
Tudo depende de alguma coisa e nós dependemos precisamente desse vazio que persiste e que nunca iremos conseguir ocupar.