Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Simplesmente te amo

Amo-te!
Simplesmente te amo e é assim que te descrevo. Se me olhas nos olhos fico presa e estremeço.
Viver longe de ti não consigo nem mereço.
Simplesmente te amo. Nada mais posso dizer, volta rápido, sinto a tua falta. Sem ti não posso viver!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Para o novo ano...

Acreditem em mim. Durante as férias de Natal há sempre coisas na nossa vida que mudam radicalmente.
O ano passado aconteceu-me isso e este ano não foi excepção.
Este Natal foi maravilhoso. Um dos melhores que tive e porquê? Porque o vivi com alma, como se fosse a última vez que passava um Natal nesta vida. E é assim que o Natal deve de ser vivido. No seu pleno!
Por outro lado, depois do Natal começam a vir as ideias para uma passagem de ano em grande junto dos amigos. E no meio de tanto pensamento ocorre-nos aquela frase já tão batida nas nossas mentes: O que desejo eu para o ano 2011?
Na realidade já nem penso muito nisso.
Venha o que vier. Eu não poderei desejar uma coisa a que não me proponha trabalhar para conseguir.
Se eu quero muito uma coisa não poderei ficar á espera que ela se realize por ela mesma assim por obra e Graça do Espírito Santo. Eu acredito em Deus e em verdadeiros milagres. Acredito porque sei que existem, porque já passei por um milagre, porque já vi acontecer a membros da minha família, ou até porque amigos meus me falaram. Acredito porque tenho o meu coração aberto e apto a acreditar que nesta vida já tudo é possível. Com tanta coisa absurda que tenho visto á minha volta já nada me surpreende.
No entanto já não me passa um único desejo para este 2011. As coisas só serão concretizadas com a nossa vontade que transcede o nosso querer. Paz no mundo só será possível se fizermos por isso.
Acabar a crise só é possível se um político muito querido parar de pregar tantas mentiras e fizer mesmo alguma coisa pelo país.
Um dia gostaria de falar com um político para lhe poder dizer o que penso. Nós nunca poderemos gastar mais com o que recebemos. Portugal deveria produzir mais e gastar menos. Não deveríamos comprar alimentos de outros países só por serem mais baratos. É assim que outros países ficam mais ricos que o nosso. Só deveríamos abastecer os carros com gasolina e gasóleo português e comprar carros em Portugal.
Só assim isto andaria para a frente. Mas Portugal está á espera que Deus faça um milagre e não esperem sentados por esse milagre. O nosso Sócrates não irá poupar nas nossas carteiras na hora de pensar meter mais um amiguinho dos seus em Portugal por uma noite, dado que compra carros de prestígio e depois anda a lamentar-se que temos que apertar os cintos.
Como poderei eu fazer a diferença sozinha se ninguém deseja estar do meu lado nesta batalha? Já pensaram assim como eu?
Para este 2011 apenas desejo ter forças suficientes para conseguir trabalhar arduamente e realizar o que desejo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Lábios de Mel

De mel são esses teus lábios
Que matam quem for beijada
Mas desde logo desejei morrer
Por esses lábios de mel envenenada
Porque não há lábios mais doces
Que esses doces lábios teus
E por eles não há ninguém
Com tanta fome como os meus
E quando beijo esses lábios de mel
Vejo O teu olhar fechado
Esse olhar lindo e florestal
Com que sempre tenho sonhado
Esse olhar lindo e verdejante
Que meus sonhos tem realizado
Com essa tua boca de mel
Que meu coração tem conquistado

Serra Deserta

Despertei de madrugada no aconchego da minha cama. Olhei para o relógio, ainda era de madrugada. Um som qualquer tinha-me despertado.
Resolvi sair da cama, ir beber um copo de água. Desci as escadas e fui até á cozinha descalça, deixando atrás de mim a marca das minhas pegadas marcadas no chão pelo calor do meu corpo quente.
Abri a torneira e enchi um copo de água que logo devorei com a imensa sede. Nisto uma sombra passa por trás de mim. Consegui sentir que alguma coisa me rodeava. Que havia ali alguém além de mim.
Subi ao quarto olhando em redor. O peso do ar envolveu os meus braços e a minha espinha dormente.
Vesti o meu roupão e calcei os meus sapatos de quarto e segui a voz que agora me chamava.
Saí de casa com uma lanterna pequena para o caso de ser preciso. Olhei em volta para a imensa serra deserta, coberta de densas árvores e arbustos, de longas estradas onde raparamente passava um carro. Fiz-me á estrada a pé com os braços em volta do meu ventre, para me proteger do frio.
Percorri a passo curto a longa estrada, perto das árvores altas, perto de flores de gelo que o frio formava ao longo da serra.
Ouvi de novo o meu nome dito por aquela voz seca e tirei do bolso a pequena lanterna e tentei acender por três vezes, mas que não tinha pilhas. Fiquei alerta. Corri. Comecei a correr. Dentro de mim algo me disse para correr dali. Estava agora muito longe de casa e corri, corria para mais longe ainda, para onde ninguém me pudesse encontrar.
Olhei para trás, parei! Nisto, no meio do nevoeiro que se formava atrás de mim, eu vi um homem. Um ser estranho que caminhava na minha direcção. Ouvia-o rir para mim. Corri. Não ousei gritar. Corri apenas para longe. Para onde ele não me pudesse encontrar. Corri para depois me esconder, para no meio de arbustos me cobrir, onde ele não me pudesse ver, onde eu pudesse ficar, até ao dia cair, até o amanhecer voltar.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Reflexos na noite

De novo! Despertei de mais um pesadelo esta noite.
Eu havia apanhado o autocarro, mas pela primeira vez eu era a única pessoa no seu interior.
Subitamente o autocarro pára num local desconhecido. Era de noite, as ruas estavam desertas. Do lado de fora do vidro podia ver a rua deserta, coberta por um denso nevoeiro que banhava o chão e os seus arredores.
O motorista fez-me sinal para sair com o braço a apontar para a porta e eu estremeci. Era a primeira vez que comunicavam comigo desta forma mas saí.
Já na rua olhei em meu redor. Nem uma pessoa, nem um animal vadio. Os meus olhos contemplaram o estado em que as ruas estavam. A estrada tinha um aspecto antigo. Perto das casas haviam contentores de lixo de lata amolgados, lixo no chão, folhas de papel que com o vento faziam a sua dança em meu redor, como que a dar-me as boas vindas.
De súbito uma voz chama-me. Parecia a voz de uma criança aflita. Fui na direcção do som, que parecia vir do lado de lá de uma casa abandonada, mesmo ao alcance dos meus olhos turvos pelo frio.
Ao virar aquela casa uma enorme mão apanha-me pelo pescoço e encosta-me contra a parede. Era ele de novo. O estranho ser de chapéu com gabardina negra, que me sorria com malícia e me passava a fina navalha pelo pescoço.
 Ele disse-me que há muito que me queria apanhar. Que eu lhe fugia sempre mas que um dia me apanharia a valer. Tentei uma vez mais gritar sem êxito. O seu hálito banhava a minha pele humedecida pela noite.
Podia sentir o seu cheiro horrível contra mim. Nisto libertei-me e corri. Corri pela rua fora em busca de socorro, gritava, mas em todas as janelas que batia não havia uma luz que se acendesse em meu auxilio.
Ele começava a ganhar terreno. Mas eu não me deixava ficar. Eu sabia que tinha que lhe escapar ou ele acabaria comigo de uma vez.
Fiz força para não gritar e á primeira curva que vi meti-me debaixo de um carro velho e esperei ofegante e em silêncio absoluto.
Pensava que já o havia despistado mas de súbito a sua mão gelada agarra-me pelo tornozelo trazendo-me de volta. Gritei, gritei muito quando vi a lâmina afiada contra o meu pescoço.
Nisto acordei e não havia ali nada a não ser a noite chuvosa e a lembrança terrorífica de um ser que me persegue noite após noite.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sangue fresco

Ele sentia-me perto.
Á medida que eu caminhava sentia que não estava só, que o poderia encontrar, mas eu não queria. Eu não queria sentir as suas mãos frias de novo no meu peito, os seus lábios carnudos de encontro ao meu pescoço quente, com aquela água que ele bebe, aquele perfume que ele prefere.
Tentei caminhar numa outra direcção, mas ele estava demasiado perto para lhe fugir.
De súbito os nossos olhares foram de encontro um ao outro. Mesmo contra minha vontade fitei-o fixamente. Sabia que o amava, mas não podia. Era proibido amar alguém assim.
Sempre fui uma mulher calma, ciente das minhas escolhas, mas quando o conheci na escola o meu ser mudou. Naquela noite fria eu caminhava sozinha pelas ruas desertas em busca de espaço e solidão. Ele fitava-me no cimo de uma árvore e quando passei por ela saltou ao meu encontro. O meu coração disparou com a sua beleza. O seu olhar profundo, o seu modo de me fitar tão eterno.
Não demorei muito a cair nas suas garras manhosas que me possuiram juntamente com os seus lábios e dentes, que envolveram a minha débil garganta como se fosse um nó. Sugou-me ferozmente como um animal e tomou-me sua. Assim foi. E sou sua, mas temo que o seja.
É um amor demasiado forte, um amor que não consigo controlar dentro de mim. Não suporto sentir os seus dedos frios nos meus, os seus lábios sedosos de encontro aos meus ouvidos, a sussurrar-me palavras que não ouso dizer, a trincar-me levemente como que uma presa fácil...
e perco os meus sentidos quando sinto os seus braços fortes. Aquelas tatuagens que me são tão familiares, braços frios e quentes ao mesmo tempo. E sou sua de cada vez que ele me busca. Ele jurou-me amor eterno e e cedi aos seus caprichos. É fácil ceder-se por amor.
É fácil perder-se a razão e a noção da própria existência por amor.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pesadelo

A noite estava a chegar. Do outro lado da estação o céu escurecia. Em poucos minutos todo o céu ficou tingido de negro. Estremeci. O ar estava pesado. Tentei abstrair-me um pouco e ouvir música, escrever um pouco e esperar pelo comboio que por fim me levaria a casa. O ar estava gelado, o vapor saía pela minha boca como um fantasma deixando um rasto duvidoso.
O comboio não chegava e fui perguntar na bilheteira qual o horário previsto para a sua chegada. Estava atrasado meia hora. Fui á casa de banho.
No interior estava escuro, não havia luz. Entrei no compartimento dos fundos e tentei aliviar um pouco. Mas do outro lado algo me dizia que aquela noite iria ser diferente. Senti passos que se aproximavam lentamente, cada vez mais próximos do sitio onde eu estava. Gelei! Vesti-me rapidamente e sustive a respiração para que não fosse ouvida naquele espaço apertado.
Subitamente o som parou. Supostamente quem quer que tivesse lá entrado já tinha saído. Respirei fundo. Reparei que tinha sustido a respiração mais tempo com o que deveria.
Saí do compartimento e foi então que ele me apanhou. Um estranho de chapéu que lhe cobria todo o rosto, uma gabardina preta até aos pés. Envolveu o meu pescoço fino com as suas mãos de navalhas. Encostou o seu nariz no meu queijo e pude sentir o seu bafo fétido nas narinas.
Tentei gritar, mas não consegui emitir som algum. Parei no tempo. Não queria pensar em quanto tempo mais ficaríamos ali os dois, eu...aquele ser que nem conhecia e aquelas horripilantes navalhas no meu pescoço. Tentaria ele matar-me? Mantive a calma, pelo menos tentei. Assim que ele largou o meu pescoço precipitei-me para a saída o mais rápido que pude. Agarrei na porta e quando ele ia tentar alcançar-me bati-lhe com ela na cara.
Mas quando fui fugir para longe algo cortou a minha mão esquerda. Berrei de dor mas continuei a correr. Corri para fora daquela estação deserta até a um cerro bem próximo. Subi ofegante e escondi-me por entre arbustos densos que haviam á minha passagem. Tinha a garganta arranhada e seca, as pupilas dilatadas com o medo e o terror. Estava sozinha ali, ninguém a quem pedir ajuda,  sem bateria no telemóvel. Nisto acalmei. Dei-me conta de que o tinha deixado para trás e sorri. Estava livre dele agora.

Suspirei e nisto, ao sair do arbusto, ele apanhou-me de surpresa.
Foi assim que despertei.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vampira

E foi assim que os teus olhos me mataram.
De um momento para o outro vi-me no meio de uma guerra sangrenta entre a minha luta pelo amor e pela minha vingança.
Ele tinha voltado para me atormentar. Depois de tudo o que nos aconteceu, depois de tudo o que ele me disse e me fez ele voltou para tentar uma vez mais a sua sorte.
Eu estava contigo e feliz, mas ele...com os seus olhos malignos empurrou-me contra a parede e tentou uma vez mais colocar as suas mãos gélidas na minha garganta. Olhou para mim com um olhar firme e tentou morder-me. Tentei fugir, tentei gritar mas ele tapou-me a boca com uma das suas mãos enormes para abafar o grito que a pouco e pouco se prendeu na minha garganta.
Não sei como o fiz, mas consegui fugir-lhe desta vez. Fugi para longe e gritei por ti.
Tu não estavas agora, mas eu gritava. Gritava até que me pudesses ouvir e acolher-me nos teus braços firmes.
Quando te encontrei não me esperavas. Tinhas os olhos cobertos de lágrimas pelo medo de me deixar levar na conversa dele. O teu corpo tremia. Dentro de ti reinava a incerteza e eu sabia. Eu sempre soube mesmo nos momentos em que juntos partilhávamos o nosso amor com a mesma alegria de outros tempos. Tempos que nos fugiram pelas mãos.
Abracei-te. Quis dizer que te amo loucamente, que és tu o homem da minha vida e não ele, que morro com medo de te perder, um medo que me mata a cada segundo que não estou contigo.
E disse-to.
Disse-o com os meus olhos diferentes, com os meus olhos de outro ser que em mim se esconde, mas que te ama com todas as suas forças.
Amo-te, amo-te meticulosamente.
Amo-te como só um ser como eu poderá algum dia amar alguém. Tenho orgulho em te poder amar assim.
Porque só um ser como eu poderá amar-te como te amo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Campanhas de Natal

O Natal está á porta e as campanhas de Natal ouvem-se por tudo o que é sitio.
Para a Ajuda de Berço estão neste preciso momento a fazer a campanha Arredondar nas lojas da Worten.
Por cada compra que se faça numa loja destas pode-se contribuir com mais 1 euros, 10 cêntimos, o que se quiser. Parece pouco, mas vendo bem não é. Por cada 10 cêntimos que uma pessoa dê está a dar uma ajuda enorme. O mesmo se passa no Facebook. Já sabem pessoal, não custa nada ajudar. Basta irem ao Facebook e adicionar Ajuda de Berço como amigo e por cada amigo novo que a Ajuda de Berço receba são 25 cêntimos a contar para ajudar os que mais precisam.
Embora  estas campanhas sejam muito bonitas, a verdade é que só se lembram delas no natal e isso assim não pode ser. Então um pobre só recebe um pratinho de sopa na altura de Natal? Só no Natal é que se dão conta de que as pessoas desfavorecidas precisam de comer e de se vestir, fazer a sua higiene pessoal e ter onde dormir? Quer dizer, acaba o Natal e lá vão as pessoas voltar a dormir na rua.
Eu acho isto tudo muito bonito na altura de Natal haverem as campanhas de sensibilização, mas quem precisa não precisa apenas no Natal. Vamos lá pessoal, olhar por quem precisa não é algo que roube demais o nosso tempo. Todos nós temos em casa roupa que já não usamos, sapatos que já não calçamos mas que estão em bom estado, um pretinho de sopa para oferecer. Não precisa de ser com dinheiro.
Basta que tenhamos todos vontade de ajudar os outros e verão que um sorriso, um obrigado, nos fará sentir úteis neste mundo. Ajudar o próximo faz de nós pessoas melhores, pessoas humanas. Eu já cheguei a dar dinheiro a uma senhora que tinha o filho dela muito doente de coração. Há muitas pessoas que choram com pena mas não abrem a carteira. Eu já dei dinheiro para ajudar crianças com cancro. Eu não sou rica, tenho pouco e contado para as minhas despesas mínimas, mas tenho coração, vejo a situação que o país atravessa, vejo as lágrimas nos olhos das pessoas e a fome que sentem. Para essas pessoas até um preto de sopa lhes sabe a um banquete e não é nada demais. Ajudem por favor.
Pensem que amanhã poderemos ser nós a precisar de ajuda. Todos nós temos os nossos momentos de aflição em que precisamos de uma mão amiga e é engraçado como em cada um desses momentos os amigos evaporam-se. Não sei como é que acontece, mas vão-se embora.
É muito bonito falar, mas na prática as coisas não são bem iguais.
Muitas vezes uma palavrinha amiga vale mais que um olá amarelo.
Ajudem a ajudar. Vamos fazer de Portugal um país unido nem que seja na desgraça.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Casar tem um peso enorme na sociedade não é?

O casamento sempre foi um tema muito presente na minha vida por vários motivos:
Hoje casava-se um primo meu, amanhã uma amiga da minha tia, no outro dia uma amiga minha...e de facto eu acho o casamento um acto muito bonito. Porém não acho que o casamento seja hoje em dia considerado como um acto bem pensado.
Para falar verdade, pelo menos na minha opinião, eu não sou aquele tipo de mulher que sempre sonhou com um casamento, aquela ideia do vestido de noiva, do dizer aquela palavra mágica perante um padre, uma enorme boda e depois uma bela Lua de Mel. Acho tudo lindo sim, mas nunca foi algo com que sempre sonhasse e com a idade a avançar, as ideias começam a definir-se na nossa cabeça, até poderia ser que tivesse alterado esta minha opinião, mas não.
Na minha opinião, há-de haver um dia em que é chegado aquele momento em que duas pessoas decidem finalmente dar um passo em frente e viver juntas. Porém, e embora eu seja a favor que assim seja, nem todas as pessoas acham uma coisa bonita de se ver.
Já repararam naquela tendência para se dizer: Olha a Carla juntou-se com o Daniel. Olha a Filipa é junta com B, a Mónica diz que se vai juntar...
Porque não dizer-se simplesmente que duas pessoas querem compartilhar o mesmo espaço, serem felizes juntas? ( Ou pelo menos tentar...)
Para muitos, uma pessoa que não se case não é bem vista pela nossa sociedade. Isso sempre me fez muita confusão. Que raio tem um simples papel de tão importante e soberano que muda a forma como as pessoas são vistas? Já me parece o tema do post anterior que fiz em que as pessoas adequam o seu discurso consoante a estatura social do outro. Acho isso tudo uma palermice de todo o tamanho.
Não sou contra o casamento e para ser honesta em tempos estive quase a dar esse passo. O amor é de facto uma coisa que nos faz tomar decisões e jamais direi que desta água não beberei. Mas o que me faz confusão é a importância atribuída a uma folha de papel com uns rabiscos ali e a bênção do Senhor ser a prova de que duas pessoas de facto se amam.
Para mim, o amor não está numa folha de papel e no dinheiro que se gasta num casamento. O amor é a celebração de um sentimento reciproco entre dois seres de sexos opostos, ou até do mesmo sexo numa causa comum. Nada mais simples que isso. Não são precisas provas para se provar o que se sente. O facto de se dizer que se ama é já sinal de que há sentimento. Embora a palavra "Amo-te" esteja já tão banalizada e toda a gente a use por todos os motivos possíveis, até para iludir o outro, não podemos sempre julgar as pessoas assim.
Hoje eu vejo o casamento como uma festa. Passo a explicar:
As pessoas hoje casam na sua maioria por se dizer que é bonito, por quererem fazer a vontade á mãe, por se dizer que fica bem, por se fazer uma grande festa e esta é a causa principal. Vão logo procurar o melhor vestido, o melhor local para a boda, tudo do bom e do melhor e mais tarde, depois da tão linda jura do Aceito amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, em todos os dias das nossas vidas acontece um imprevisto e acabam por se separar. Claro que não temos que ver as coisas logo de forma trágica. Não podemos pensar que nos vamos casar e mais tarde nos vamos divorciar, isso seria um perfeito disparate, mas para se celebrar um evento há diversas festas que se podem fazer e que não implicam dar um passo tão sério. Casar não é só meter um anel no dedo. Tem que ser muito bem pensado, saber-se mesmo se é isso que se pretende.
Estará errado o meu ponto de vista?
Encarem o casamento como um dos passos mais importantes que já alguma vez deram. Não banalizem esse acto, não façam de um casamento um momento de party. Amem com o coração.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Hoje só te dão um prato de sopa de virem bem os teus sapatos

É caricato este título não é verdade? Mas é uma grande verdade.
A mentalidade do homem tem sofrido uma grande revolução nestes últimos tempos e a desculpa é a crise.
Por motivos de crise não se compra mais, por motivos de crise não se oferece mais, por motivos de crise temos que poupar. Tudo muito bonito, mas se formos a ver também é nos motivos de crise que mais se gasta e vai-se lá saber porquê. Por exemplo, no Domingo passado vi os ídolos e um dos concorrentes, o Alexandre Diouf, tem um mega fã que lhe escreveu no Facebook que só para votar nele gastou todo o seu salário. E agora eu pergunto a vocês: Esta pessoa tem falta de dinheiro? NÃO!
Para onde quer que eu vá, o cenário com que me tenho deparado é o seguinte: Olham-te sempre para os sapatos em primeiro lugar, antes de te olharem para todo o resto.
As pessoas SEMPRE foram julgadas pela sua aparência, sempre. É uma característica comum no homem é olhar sempre o próximo pelo que ele trás vestido. E dito isto lembrei-me de uma frase do famoso Schiller que vem mesmo em boa hora, vejam só:
"Todos julgam segundo a aparência, ninguém sobre a essência".
E é uma grande verdade. Até para aquelas pessoas mais carenciadas que procuram Institutos de caridade como a Cruz Vermelha ou as Cáritas, para te darem alimentação primeiro terão de ver bem o que levas vestido. E as pessoas que merecem um prato de sopa lá têm que dormir na rua, caso não durmam têm dinheiro. A segurança Social antes estendia a mão a pessoas que não tinham o que comer, dando-lhe um cheque que depois era entregue num supermercado e se levantava em bens alimentícios e hoje onde paira essa ajuda? Não há! Até cortam nos rendimentos de pessoas que necessitam verdadeiramente de ajuda, de pessoas doentes que eles dizem não estarem doentes o suficiente para serem merecedoras de uma esmola e as mandam trabalhar com graves problemas de saúde. Fico revoltadíssima com essa situação e muitas outras que nem valem a pena ser faladas, dado que todos vocês têm consciência, ou pelo menos deveriam de ter, que o nosso país está mesmo nas últimas e se vai levantar uma guerra enorme um dia destes.
As pessoas, hoje em dia mais do que nunca, olham sempre ao que levas vestido, ao que calças, a tudo. Se tens um bom casaco, nem interessa se te foi oferecido, é bom, logo tens dinheiro. Toda a gente já reparou na diferença discursiva que há entre a forma como se trata um advogado e um trolha. É porque o advogado tem uma profissão de maior mérito perante a sociedade que o trolha. Mas no fundo tudo isto não passa de um trabalho comum para bem de todos nós. Todos precisamos de ganhar para as nossas despesas e hoje cada vez mais precisamos e temos de apertar os cintos.
Outro factor que se passa muito á nossa volta é termos sempre a mania de olhar um ser humano carenciado e termos o chamado sentimento de pena mas não fazermos nada para o ajudar.
Nas escolas era muito comum os professores (e ainda é) terem sempre aquela expressão de pena pela Madalena não ter casa e viver numa tenda. Por isso olhavam sempre para ela com aquela expressão diferente da forma como olhavam  a Rute por exemplo. Porque a Rute era filha de uma juíza e de um vendedor de automóveis que andam sempre vestidos com aquelas farpelas e engravatados. Logo faz toda a diferença.
O que acham disto? Podem comentar honestamente que eu não ficaria nada espantada se visse algum comentário com uma opinião mesmo distinta.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Maus tratos deveriam de ser punidos

E digam lá que eu não tenho razão nas coisas que digo? Tenho, eu sei que tenho.
Uma prática muito comum por parte de grande parte dos homens para com as suas mulheres são precisamente os maus tratos físicos. Mas quem fala dos físicos fala também dos psicológicos.
Para já, uma mulher, antes de se olhar para ela e se dizer que é uma mulher, tem de ser vista como um ser humano comum e como tal deveria de ser tratada com todo o respeito. Eu sei que também há muito boas senhoras que tratam mal os seus homens, mas regra geral vejo mais o contrário acontecer e questiono-me sempre o que leva um homem a mostrar o seu lado mais agressivo e animal para com o ser delicado que é a mulher.
Em países como Marrocos, por exemplo, vejo muitos casos de mulheres a terem de se sujeitar ás regras do seu homem, o que me faz uma confusão tremenda. Para eles, a mulher é mais uma máquina de fazer filhos e uma peça de lavandaria que propriamente um ser humano com quem possam compartilhar as tarefas.
Na verdade, os maus tratos a mim metem-me nojo.
Deveríamos todos de ter o direito de poder usufruir da nossa liberdade, mas lá não funciona assim. Um homem em Marrocos anda com quem bem entende e faz o que bem entende. As mulheres não. Uma mulher que decida divorciar-se do marido em Marrocos fica sempre mal vista perante todas as pessoas que conhecem a família do seu pai. Não consigo perceber que tipo de mentalidade há na cabeça daquelas pessoas por não conseguirem perceber que está no direito de uma mulher divorciar-se se assim tiver de ser.
Não podemos ficar presas a uma relação que está mais que acabada só para causar bom aspecto do lado de quem vê, do lado de fora. Em casa não é igual ao que o que as pessoas vêm por fora.
Dar a imagem de bom marido é sempre uma técnica muito usada pelos homens e começo a achar que se tornou um vício querer mostrar que se é bom numa coisa que nem sequer têm a capacidade de o ser.
Um bom homem é aquele que se preocupa com a mulher que tem em casa, aquele que dá dinheiro para a ajudar a sustentar os filhos, dado que os filhos não foram só feitos por ela. É muito giro meter lá o coisito de passados nove meses toma lá e atura-o tu que eu sou o patrão da casa.
Acho uma falta de dignidade tremenda aos homens que mal tratam as suas mulheres desta forma e ainda lhes batem. E quando não lhes batem há sempre uma palavra sábia que vale mais que mil bofetadas. Ninguém merece viver numa situação assim.
Essa mentalidade deveria de ser abatida de uma vez por todas.
O mal é que essas leis, se é que poderei considerar aquilo de lei, não terminam só por obra de graça do Espírito Santo. Acreditar em Deus nestes casos só não basta. É necessário que se faça alguma coisa para reverter toda esta situação vergonhosa que se passa no nosso mundo.
Uma grande amiga minha passa precisamente por esta situação. O caricato desta história é que o marido dela, além de a ter como mulher ainda queria ver se arranjava uma segunda mulher, de forma a obter a legalização em Portugal. Claro está que depois disso a segunda mulher seria lixo na vida dele.
Já pararam para pensar neste assunto um minuto que fosse? O que vos parece?
Quem cala, muitas vezes não consente. Apenas não sabe o que dizer.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Hoje em dia é moda dizer que sim só porque sim

Até eu mesma fiquei baralhada com o título do post, mas é mesmo uma grande realidade.
Hoje é uma moda as pessoas dizerem que sim a tudo e não há nenhuma razão aparente, apenas porque a amiga disse que sim, porque a mãe quer que se diga sim ou porque o papagaio disse sim e pronto, foi sim.
Parece que neste mundo aparentemente tão liberal há alguma coisa que não está bem. E na minha opinião, efectivamente não está bem em muita coisa. Ele é política, ele é financeiramente ( então neste campo nem sei que mais vos diga, estamos de facto a cair) e ele é na maneira de pensar e agir. E não me venham dizer que não repararam que também o pensamento do homem alterou porque alterou sim e muito. Parece que com toda esta crise mundial o homem resolveu tomar um analgésico altamente forte e apagou por completo. De outra forma nem tenho grandes argumentos para vos dar sobre esta mudança de comportamento.

Hoje em dia, não ter uma opinião formada sobre um determinado tópico, pelo menos a mim, parece-me um erro gravíssimo. Muitas pessoas correm atrás do que outras pessoas lhes dizem e acabam por correr o risco de não tomarem a escolha certa. Muitos dos erros que se cometem nesta vida são por conta de opiniões alheia e não me digam que não são porque são sim.
Por exemplo, se eu vou comprar uma peça de roupa a uma loja e a senhora da loja me mete diante dos olhos algo que não gosto, porque raio eu teria de dizer que gosto? Só para ser simpática? Não precisamos de ser desagradáveis com as pessoas só por não concordarmos com o que elas pensam ou nos mostram. Temos é que ser honestos com elas e mais do que isso, verdadeiros connosco próprios.
Mas há muito boa gente que resolve comprar a tal peça de roupa só mesmo por não conseguir dizer a palavra não e isso faz-me mesmo confusão.
A mesma coisa se pode aplicar ás relações sexuais. Foco este assunto porque me faz mesmo confusão isto, se querem saber. Uma rapariga está com um rapaz ( por gostar dele, note-se logo) e a dada altura ele pergunta-lhe se ela quer dar um passo em frente. Ela gosta mesmo muito dele, mas isso bastará para dar esse passo se ela ainda não se sentir pronta? Francamente NÃO
É um erro que muita gente comete e que não entendo porque não disseram não. É tão simples como dizer uma simples palavra e ficarão os dois mais felizes da vida. Sério, e ninguém se magoa. Porque aceitar só para não magoar o próximo acabará por magoar mais a própria pessoa e diga-se de passagem que em assuntos de sexualidade a mulher sofre sempre muito mais que um homem com essa coisa do que fica bem e mal, mas isso é uma questão de valores e não vem ao caso. Poderei falar deles num outro post.
Ninguém é obrigado a dizer que sim só para parecer bem ou mesmo para não adiantar o rumo da conversa.
Pode-se muito bem dizer que sim ou que não, mas de acordo com o que realmente achamos que esteja certo para nós. Eu não apanharia uma buba tremenda só porque me dava trabalho negar, porque depois iria ficar a servir de vela no meio do pessoal bêbado e tal. Eu não tenho que o fazer só para me integrar e simplesmente não o faço e já passei por essa situação e não o fiz só para mostrar que me integro. Uma pessoa pode integrar-se de mil e uma formas diferentes sem fazer asneiras ou seguir o que o outro faz ou diz ou pensa.
Metam uma coisa nas vossas cabeças, o que vai na nossa cabeça tem muito mais valor do que o que é seguido da cabeça de outra pessoa. E se deixamos de dar ouvidos ao nosso intelecto para ouvir o de outra pessoa, esquecemos de quem somos para seguir o outro e isso para mim não é correcto. Sejamos originais, nós mesmos e façamos as coisas que achemos correctas. A mim isto parece-me um bom apelo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Linguagem da alma

Não somos do mesmo mundo. Somos de mundos diferentes. Somos dois seres que vivem isolados, distintos, separados e acolhidos nos braços da escuridão.
A escuridão, essa mãe soberana de todos os nossos maiores pesadelos, aquele que me esconde de ti.
Vivo nesse mundo totalmente aparte do teu. Nesse mundo sujo em que livremente me depositaste para não mais me encontrar.
Hoje busco a verdade das tuas palavras. A verdade que outrora se pode dizer que esteve escrita nos teus olhos. Esses olhos grandes que hoje choram sem perceber ao certo o motivo. Olhos infelizes que vivem de encenações e sorrisos forçados para tapar toda a verdade.
Vivo nesta amargura constante de te buscar sem te encontrar. Mas mesmo assim não desisto. Não desistirei de te buscar no mais escuro de ti, desse lado negro que te agarra pelos braços de cada vez que sonhas em fugir. E mesmo que quisesses não poderias. Mesmo que tentasses essa escuridão iria seguir-te até te alcançar para depois de amarrar com mais força contra o seu leito negro.
Falamos a mesma linguagem, mas não conseguimos nunca entender o que o outro diz.
Passas por mim, finges não me conhecer e é o melhor.
Por vezes sinto que me queres dizer algo, que me queres falar, escapar dessa mentira inútil onde te meteste e falar-me essas palavras vindas do coração. Mas calas-te. Tens medo que a verdade te surpreenda. Sonhas com um mundo livre para te poderes pronunciar, mas ambos sabemos que esse mundo que idealizas não existe.
Foge!
Corre para longe de ti mesmo. Espanta essa escuridão que te consome, deixa as palavras saírem dessa alma presa, desse ser jovem que veste a capa de ladrão de sonhos. Vive. Não temas em viver por ti, segue os teus sonhos e luta por aquilo que vale realmente a pena. Deixa o meu coração bater livremente. Sem ti, ele pode bater livremente.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cega

Ceguei, não consigo ver nada.
Tentei procurar um sitio onde me agarrar, uma mão que pudesse por momentos segurar a minha para não me fazer cair.
Depois de tanto buscar no escuro por entre o frio das minhas mãos gélidas uma mão fria segurou a minha.
Perguntei quem era, mas não obtive resposta.
Aos poucos a minha visão começou a voltar ao normal. Os meus olhos que até então cegaram começavam agora ver com toda a clareza e tu, esse ser que tão firmemente me segurava, olhava-me fixamente.
Fiquei espantada. Tu, aquele que outrora me havia afungentado da sua vida, de novo no meu caminho.
Tentei falar, mas ficara com as palavras presas nesta boca seca. As palavras presas como réus, a debaterem-se fortemente nas grades das minha cordas vocais, a implorar por liberdade, para que pudesses entender que não preciso mais da tua mão.

Eu posso não ver com clareza, mas a mão que me segura  não é mais a mesma.
Outrora tu foste aquele por quem eu tantas vezes me debati para sentir a tua mão. Hoje não. Hoje é  diferente.
Hoje tu procuraste a minha mão, olhaste-me fixamente, como que esperando um perdão. Mas não há nada.
De mim para ti não existe mais nada. Apenas o meu olhar cego, que teima em cegar, para não te ver passar por mim.