Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Hoje só te dão um prato de sopa de virem bem os teus sapatos

É caricato este título não é verdade? Mas é uma grande verdade.
A mentalidade do homem tem sofrido uma grande revolução nestes últimos tempos e a desculpa é a crise.
Por motivos de crise não se compra mais, por motivos de crise não se oferece mais, por motivos de crise temos que poupar. Tudo muito bonito, mas se formos a ver também é nos motivos de crise que mais se gasta e vai-se lá saber porquê. Por exemplo, no Domingo passado vi os ídolos e um dos concorrentes, o Alexandre Diouf, tem um mega fã que lhe escreveu no Facebook que só para votar nele gastou todo o seu salário. E agora eu pergunto a vocês: Esta pessoa tem falta de dinheiro? NÃO!
Para onde quer que eu vá, o cenário com que me tenho deparado é o seguinte: Olham-te sempre para os sapatos em primeiro lugar, antes de te olharem para todo o resto.
As pessoas SEMPRE foram julgadas pela sua aparência, sempre. É uma característica comum no homem é olhar sempre o próximo pelo que ele trás vestido. E dito isto lembrei-me de uma frase do famoso Schiller que vem mesmo em boa hora, vejam só:
"Todos julgam segundo a aparência, ninguém sobre a essência".
E é uma grande verdade. Até para aquelas pessoas mais carenciadas que procuram Institutos de caridade como a Cruz Vermelha ou as Cáritas, para te darem alimentação primeiro terão de ver bem o que levas vestido. E as pessoas que merecem um prato de sopa lá têm que dormir na rua, caso não durmam têm dinheiro. A segurança Social antes estendia a mão a pessoas que não tinham o que comer, dando-lhe um cheque que depois era entregue num supermercado e se levantava em bens alimentícios e hoje onde paira essa ajuda? Não há! Até cortam nos rendimentos de pessoas que necessitam verdadeiramente de ajuda, de pessoas doentes que eles dizem não estarem doentes o suficiente para serem merecedoras de uma esmola e as mandam trabalhar com graves problemas de saúde. Fico revoltadíssima com essa situação e muitas outras que nem valem a pena ser faladas, dado que todos vocês têm consciência, ou pelo menos deveriam de ter, que o nosso país está mesmo nas últimas e se vai levantar uma guerra enorme um dia destes.
As pessoas, hoje em dia mais do que nunca, olham sempre ao que levas vestido, ao que calças, a tudo. Se tens um bom casaco, nem interessa se te foi oferecido, é bom, logo tens dinheiro. Toda a gente já reparou na diferença discursiva que há entre a forma como se trata um advogado e um trolha. É porque o advogado tem uma profissão de maior mérito perante a sociedade que o trolha. Mas no fundo tudo isto não passa de um trabalho comum para bem de todos nós. Todos precisamos de ganhar para as nossas despesas e hoje cada vez mais precisamos e temos de apertar os cintos.
Outro factor que se passa muito á nossa volta é termos sempre a mania de olhar um ser humano carenciado e termos o chamado sentimento de pena mas não fazermos nada para o ajudar.
Nas escolas era muito comum os professores (e ainda é) terem sempre aquela expressão de pena pela Madalena não ter casa e viver numa tenda. Por isso olhavam sempre para ela com aquela expressão diferente da forma como olhavam  a Rute por exemplo. Porque a Rute era filha de uma juíza e de um vendedor de automóveis que andam sempre vestidos com aquelas farpelas e engravatados. Logo faz toda a diferença.
O que acham disto? Podem comentar honestamente que eu não ficaria nada espantada se visse algum comentário com uma opinião mesmo distinta.

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