Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Para além da verdade

É verdade. Há coisas que nos estão prometidas e tu sabias.
Mas por mais que soubesses nunca conseguiste contar-me toda a verdade. A verdade que nos fez afastar, que nos fez seguir mundos separados, longe de toda a realidade que nos cercava.
Disseste que era diferente. Que nada se igualava ao teu pensamento e eu tive de aceitar.
Foste embora.
Fiquei sem saber o que fazer. Sabes, o coração tem destas coisas.  Questionei-me várias vezes qual seria o verdadeiro motivo que forçava o teu coração a ir.
Mas hoje sei e não te censuro por isso.
A verdade por vezes dói mais que uma boa mentira. Há mentiras que nos cobrem com o seu manto negro e nos tapam de saber aqueles momentos mais dolorosos. Mas eu nunca entendi que afinal tu querias proteger-me.
Não te agradeço por isso, mas não te recrimino. A vida tem coisas assim. Há caminhos que por mais cruzados que estejam terão de se alongar em estradas distintas.
Há momentos que por mais distantes que já estejam não conseguem ser apagados da memória. Há memórias que perduram mais na alma que no coração.
E tu não sabes as vezes que chorei, as vezes que pensei que me usaras para matar essa tua sede de viver.
Nunca chegaste verdadeiramente a saber daquilo que senti ou da dor que me causaste no peito com esse teu modo de me querer tão docemente proteger de um mal que nunca dormia.
Saber de tudo matou-me. Muita coisa se fez entender na minha cabeça. Éramos afinal mais próximos com o que julgávamos ser ainda antes de nos conhecermos.
Disse Os teus olhos recordam-me uma alma não muito distante. Mas nunca pensei que essa alma fosses tu. Alma da minha alma, dentro do seio do meu coração. Sangue do meu sangue e de todas as coisas que mais nos juntam e nos separam.
Somos dois abismos impenetráveis. Dois abismos que se juntaram para depois se separar, como dois culpados, como dois réus de uma pena que não era nossa, a de amar além dos laços que nos unem por de trás do de trás, por detrás da nossa história.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Liberta-me

Chove! Chove dentro de mim. É engraçado como só hoje me dei conta de que dentro de mim cai uma enorme tempestade.
O teu coração partiu para longe.
Vejo as tuas pegadas na areia, pegadas distantes, já meio apagadas pelas gotas de chuva que são hoje as portas da tua alma vazia e sem rumo.
És um vagabundo. Um ladrão de almas que se alimenta dessa mesma sede de viver e dorme distante, longe deste meu coração, que é a cama dura do teu desespero.
Vivo triste por saber que dentro de mim chove muito de cada vez que nos encontramos. É duro ter a certeza de que, estas pingas de chuva que caem ainda são réstias de lágrimas que por ti tenho chorado.
Não te amo, mas é isso que me dói, não te amar mas ver-te como te via. Não te querer mas ver-te como te via. Não estares mais ali mas ainda te sentir do meu lado, terrivelmente presente nestes meus olhos cegos pela dor.
Tu és um ladrão de corações, um ladrão que tentou por duas vezes roubar-me aquilo que já não tenho.
Vai! Peço-te, vai embora! Abandona este barco que se afunda, deixa-me ir com ele, morrer com ele. Parte para onde os meus olhos não possam mais ver os teus.
Foge para um lugar onde não mais possa pensar que existes e liberta-me, sim, liberta-me a alma que te segura as mão frias e deixa-me voar.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Há momentos em que...

Há momentos em que é preciso parar de pensar para esquecer, momentos esses em que nada pode ocupar o teu pensamento.
Há momentos que por mais que os queiras jamais os poderás ter, como nos filmes.
Há momentos em que por mais que tu penses não chegas a conclusão alguma.
Outros momentos em que queres pensar e não consegues.
Há momentos em que por mais pessoas que estejam á tua volta te sentes sempre só.
Outros momentos em que por mais que te queiras sentir só não consegues.
Há momentos que precisas de te libertar, outros apenas te libertas sem querer.
Há momentos em que amas demais, outros simplesmente amaste sem querer
E há ainda aqueles momentos em que foges de te apaixonar, mas o amor acaba por acontecer.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Portugal no topo da imitação

Já toda a gente sabe o que é imitar algo ou alguém certo? Logo acho que poderei começar por saltear essa vertente muito usada por quase todos. Na verdade toda a gente imita toda a gente. Calças de ganga quem as usa não é apenas a minha vizinha, sou eu também e provavelmente quem está a ler o meu post tem também umas calças de ganga vestidas.
Quem gosta de usar t-shirts está tratado porque, por mais variada que seja a estampagem, não passa de uma t-shirt. Quem usa um cachecol esqueça que é original, existem mil e um cachecóis diferentes pelo mundo e eu também os uso. ( Porque não um par de ténis pendurados ao pescoço pelos cordões? Eu vi uma vez isso na Springfield e embora achasse horrível pensei para comigo: Pelo menos é algo que ninguém se atreve a fazer, seria giro ver alguém aqui a passear com os ténis ao pescoço.)
Mas a imitação não está apenas nas vestimentas que usamos. Sempre achei que o nosso rico país ( mais podre que rico mas enfim, perceberam a ideia) gosta muito de seguir as tendências mundiais e resolvi fazer uma listinha colorida das imitações que nós portugueses sofremos na televisão, dado que hoje em dia, não há canal português ( SIC, RTP, TVI ETC...) que não tenha a brilhante ideia de imitar alguma coisa internacional e dizer que fez algo de original. No fundo essa imitaçãozeca, não passa de uma cópia barata do original e pouco ou nada criativa.
Ora vejam só:
  • Morangos com açúcar/ malhação ou new wave: Vamos lá começar. Toda a gente sabe do que falo. A morangomania veio para ficar até irritar e cada vez que se compra uma revista não há como escapar a uma cara dos morangos que, por si só, se tornam logo famosos e grandes actores vejam só. E de onde veio a ideia dos morangos? Muito bem, da new wave, uma novela super polémica ( que eu pouco ou nada via por acaso) mas que soube que estava muito bem montada e até gostava.
  • Rex/ max: Aí há uns tempos houve uma série muito badalada na nossa SIC que era o Rex, o cão polícia. Era super gira e era e continuará a ser a série que mais cativou a minha atenção até hoje. E como não podia deixar de ser, deu origem a uma outra série portuguesa, imaginem só, chamada de max. Não me perguntem se deu na TVI ou SIC mas foi num desses canais e diga-se: versão barata.
  • Britans got talent/ Portugueses têm talento: Sério, ainda não chegou á televisão, mas já há as inscrições. Haverá coisa mais parecida?
  • El hormiguero/ O formigueiro: Esta meteu-me um vómito danado! O programa em espanhol, diga-se, estava super engraçado, mas na nossa querida versão é melhor fugir e para quem viu que me diga: acharam alguma piada? Eu não.
  • Big Brother: Não pessoal, o Big Brother não foi estreia em Portugal, enganam-se. Pesquisem onde foi se estiverem mesmo interessados em saber, mas Portugal apenas seguiu a ideia e tentou fazer algo de "original" e único. Cute ahm?
Bom, existem "n" coisas que nós fazemos só mesmo porque queremos seguir as ideias de fora. Já para não falar nos nomes das novelas portuguesas que são de meter nojo. Se houver uma música portuguesa, a TVI pega no nome dessa música e faz o nome de uma novela. Nada mais simples.
E sim, eu entendo perfeitamente porque raio não vejo televisão e querem saber que mais? Sinto-me orgulhosa disso.

domingo, 21 de novembro de 2010

A mente humana

Não sei se já repararam, mas eu hoje estou numa de postar coisas sobre o ser humano. Não tem nenhuma razão de ser, não comecem com ideias. E para aquele menino ou menina que pensar que o post é sobre si, repouse já os miolos.
Simplesmente acho que as pessoas no geral tendem sempre a complicar tudo e todas as coisas. Se há um problema, em vez de parar, resfriar as ideias e tentar achar uma solução, as pessoas ( eu incluindo) tendem a fazer uma tempestade num copo de água. Eu mesma tenho por vezes essa tendência e embora já a tenha melhorado e muito de acordo com as experiências que a vida me ofereceu, ainda há aqueles momentos em que a vida nos deita ao chão ou nos oferece provas de nos deixar entre a espada e a parede. Não é que enfrente uma dessas provas agora, não enfrento, mas recordo-me de coisas que passei que agora dão origem a este post.
Uma das coisas que os seres humanos costumam fazer é falar de outras pessoas. Esta é uma das fortes características de todo o ser humano. Está nos genes e nem vale a pena virem dizer que nunca falaram mal de ninguém e que não são pessoas criticas que o são sempre, mesmo que não muito. A quantidade já varia de pessoa para pessoa, mas o hábito é de todos e toda a gente, eu incluindo porque não me admito santa, também o faço, mas há algo que nem toda a gente faz, eu pelo menos não o faço, e que me deixa furiosa nas pessoas. Essa coisa tem um nome dado por mim e é nada mais nada menos do que Pessoas que querem ser adivinhas. Esta característica humana pura e simplesmente não cola comigo.
Sabem aquelas pessoas que têm a mania que sabem ou que querem saber tudo o que uma dada pessoa faz ou para onde essa pessoa vai?
É sobre esse assunto que me irei debruçar. É totalmente detestável aquele tipo de pessoas que fazem de tudo para se meter na nossa vida privada e dizerem a meio mundo que sabem tudo o que fazemos. Já conheci duas pessoas assim do sexo masculino e sei bem do que falo. Embora as pessoas que tenha conhecido sejam jovens, na minha mente, cada vez que penso nisto, lembro-me de duas velhotas regateiras que antes tinha no meu prédio e que passavam a vida a falar mal de tudo e de todos, a lavar roupa suja. Por isso apenas tiro a cabeça das velhotas mas deixo o cérebro lá na mesma. Esses dois jovenzitos são a cópia perfeita das duas velhotas.
Era quase impossível respirar sob a presença desses dois diabinhos e porquê? Porque exteriormente demonstravam que nem queriam saber do que fazia ou dizia, mas nas costas faziam uma pesquisar permenorizada da minha vida pensando eles, coitados, que se tratava da minha vida pessoal. E nem sou famosa imaginem só se eu fosse. Uma das respostas que tenho sempre na ponta da língua para este tipo de pessoas é que não dou autógrafos.
O mesmo que falo de mim, falo de outras pessoas que passaram pelo mesmo. Parece que as pessoas criam uma espécie de obsessão por outras pessoas e fazem de tudo para entrar na vida delas e elas repararem assim na sua presença deslavada.
Falar mal sempre foi um assunto que esteve em voga, sempre. Nem há como lhe fugir. " Olha já viste o rapaz que passou agora por ti? que calças tão feias e pirosas. Já viste o cabelo dele? Será que tem piolhos?" É típico das pessoas, dos jovens, dos idosos, de toda a gente.
Pessoalmente considero isto um defeito de toda a espécie humana. Defeito de fábrica, mas não atribuo a culpa ao papá e á mamã, mas sim ao que existe de maior e grandioso e que tenha assim dado origem ás nossas pessoas imperfeitas.
Não existem coisas perfeitas, embora haja por aí muita gente que diz que o homem perfeito está algures á nossa espera e que conheceu uma pessoa perfeita mas que ela infelizmente morreu porque o carro a passou a ferro. Não. O que existe é uma pessoa ideal para cada ser humano e ponto final. Não há pessoas perfeitas em lado nenhum, apenas pessoas com as características em doses recomendadas ás nossas necessidades. Ponto final, nada mais que isto.
Continuando o assunto anterior, dado que me estava já a afastar da temática, uma pessoa que não faça mais nada do que bisbilhotar a vida de outra é pura e simplesmente uma pessoa com falta de ou um bom emprego ou um curso suficientemente trabalhoso para fazer o seu cérebro ocupar-se com coisas verdadeiramente importantes.
Agora uma mensagem importante que deixo:
A minha vida privada não é aquilo que como, as pessoas com quem estou, aquilo que faço ou aquilo que digo. A minha vida privada não são os namorados nem os amigos, nem os familiares, nem como tenho o quarto organizado nem a minha roupa interior. Para todos os que tantas vezes quiseram chegar ao mundo privado mas coitados, nem conseguiram, a minha vida privada é o que se passa no meu coração e na minha cabeça e aí meus caros amigos, ninguém consegue chegar. Embora eu tenha tido muitas vezes dois meninos pequenos á perna ( digo pequenos porque não sei que nome se dá a comportamentos infantis) para tentar saber de tudo o que fazia, onde escrevia e onde ía com a minha melhor amiga, queridos, nunca e jamais poderiam entrar no meu mundo provado. O que se passa dentro da minha cabeça, embora possam tentar fazer uma raspadinha, metam na vossa cabeça: Teriam mais probabilidades de ganhar o euromilhões que acertar no que se passa no meu ego, no meu interior e isso sim é coisa onde ainda ninguém conseguiu chegar e porquê? Não porque eu jamais o queira, mas porque mundo nosso é sempre e apenas nosso.

O pior das pessoas

Toda a gente é livre de ter a sua opinião e os seus gostos pessoais em relação a coisas que possamos possuir. Refiro-me concretamente a objectos, roupas, assessórios, tudo o que é considerado um bem pessoal e que terá por fim uma relação com os gostos pessoais de cada ser humano.
Mas nem tudo o que é bom ou mau pode ser referente a objectos ou assessórios. Muitas vezes o mal está mesmo nas pessoas que os buscam. Tal como podemos ter opiniões e gostos em relação a um determinado objecto acabamos também por o ter em relação ás pessoas que estão á nossa volta e isso nem é mau nem é bom. Não é defeito nem virtude. Apenas é uma característica própria do ser humano, programada nos genes do mesmo para se comportar e agir de acordo com essas mesmas regras numa determinada sociedade, neste caso, na nossa sociedade.
Há determinadas coisas que não consigo tolerar numa pessoa, assim como há também outras características que me podem fazer adorar uma determinada pessoa. Daí o nosso adorar e detestar pessoais. Agora já sabem de onde eles surgem.
Pessoalmente há características numa pessoa que simplesmente não engulo, consoante os meus valores morais e pessoais e que me fazem defini-las e moldá-las na minha mente. Como estamos já todos fartos de ouvir falar de pessoas boas e com boas qualidades, irei ficar as pessoas com péssimo feitio, ou as pessoas que simplesmente não poderia ver pela frente, ou até mesmo aquelas pessoas que até as tenha tido pela frente, mas que tenha conseguido uma forma de as ver pelas costas, pois estamos todos fartos de saber que quem tem costas largas nada passa pelos lados não é?
Mas afinal quais as características que me fazem desejar fugir de uma pessoa a sete pés? Vejam os exemplos que se seguem. De todos estes exemplos não há um único que eu tolere numa pessoa e não me perguntem o motivo, simplesmente não suporto:
  • Pessoas com a mania que já nasceram a falar e a andar: Diga-se de passagem. Este tipo de pessoas é muito comum. Quem já não teve o prazer ou a infelicidade de se cruzar com uma pessoa que diz sempre saber de tudo sobre todas as coisas? Já tive a oportunidade de farejar um terrenos destes e digo-vos. Fujam se poderem. Normalmente o que têm para nos oferecer é mais outra coisa que propriamente instrução e estamos russos de saber que, se desejarmos mesmo muito aprender temos as escolas e universidades não é?
  • Pessoas com a mania da exclusividade: Este é outro tipo de pessoa que não tolero. Conhecem aquelas pessoas que estão muito bem do nosso lado, mas se por infortúnio aparece um infeliz com a mesma peça de roupa essa pessoa que nos acompanha até a despe porque há fulano A com uma pela de roupa igual? Aprendam uma coisa criaturas de Deus. Quando foram comprar essa peça de roupa já sabiam que não era exclusiva, haviam muitas mais e se não estavam na prateleira é porque já haviam sido compradas. Outra coisinha: Somos todos seres de pernas e braços, com peças de roupa e comemos e pensamos. Logo não somos assim tão diferentes.
  • Pessoas com a mania que têm sempre razão: Para mim estas são das piores. Uma pessoa assim tem sempre, mas SEMPRE a mania que tem razão. Provavelmente já estavam na barriga da mãe a avaliar a comida e a dizer tratar-se de caviar quando na verdade era apenas um pedaço de pizza. Uma pessoa que tem sempre a mania de querer ter razão em tudo o que diz não tem grande valor aos meus olhos. São pessoas muito complicadas de lidar e eu gosto de tudo simples e preto no branco.
  • Pessoas com a mania da perseguição: Estas pessoas são muito engraçadas. São aquele tipo de gente que pensa que tudo o que se passa no mundo gira em torno do seu umbigo. Já lidaram com alguém assim? Eu já tive a pouca sorte de ter conhecido alguém assim.
  • Pessoas com a mania da superioridade: Tenho uma vizinha assim além de que já conheci alguém assim onde menos esperava e digo-vos: se gostam muito da pessoa mas esta caracteristica não vos agrada, simplesmente não escutem quando ela fala que a roupa que tem é de marca e custou os olhos da cara, que tem tudo de marcas únicas, que tem mais que o amigo do irmão e que pode porque tem sempre uma nota preta na carteira. Esqueçam. Comigo simplesmente isso não vai.
  • Pessoas que ignoram mas não ignoram ( duas caras): Não achei melhor termos para definir estas criaturas adoráveis existentes no planeta terra. São aquelas pessoas que são capazes de dizer mil e uma vezes que desprezam fulano A mas na verdade não páram de focar sempre o mesmo assunto. I really don't like that kind of person.
  • Pessoas com mau humor matinal: Eu considero-me uma rapariga cheia de boa energia, sempre a rir até das minhas piadas e posso muito bem rir sozinha delas que não me envergonho. Eu gosto de ser natural, eu mesma e nada melhor que uma pessoa á altura, que me faça pregar uma boa gargalhada logo pela manhã. Mas há sempre alguém neste mundo pequeno e quadrado que não goste de ver gente feliz e de bom humor pela manhã. Pelo que eu apenas digo: ESTÁ MAL? MUDE-SE.
Bom, estes são apenas alguns exemplos de pessoas que pura e simplesmente eu não quero voltar a cruzar no meu caminho e aviso-vos já a todos: se algum de vós se enquadra a 100% na lista referida eu ando prevenida com uma arma de balas bem fortes no seu interior.
Ainda me faltou uma pessoa a referir, vejam se alguma vez viram alguém com esta característica:
  • Pessoas que tudo fazem para chamar a atenção: Sim eu já e não gostei lá muito. São aquelas pessoas que nos podem dar algum dado relevante sobre elas, como por exemplo nos dizerem algo sobre o seu estado de saúde e ficarmos a pensar ser algo de muito grave e perguntarmos o que se passa ao que essa pessoa apenas nos é capaz de dizer: " Não quero falar sobre isso, não me preciones que não vai resultar." Para além de mesquinhas eu chamo a isto pura e simplesmente chamar a atenção para se sentirem bem com elas mesmas. Acho muito bem quando se preocupam com algum dos vossos amigos, mas se alguém tem este feitio, simplesmente ignorem isso. Toda a gente gosta de chamar a atenção uma vez pelas outras, mas há pessoas que o adoram fazer tipo desporto. Don't do it.
E vós meus amigos e leitores queridos? Alguém passou por alguma situação assim ou conheceu alguém com alguma destas caraterísticas? Comentários aceites.

sábado, 20 de novembro de 2010

A moda

Esta pergunta tem estado na minha cabeça desde que me lembro. Estar na moda muitas vezes significa seguir as tendências afincadamente ou pelo menos grande parte dessas mesmas tendências. Mas se formos a ver bem, a moda não é um mundo assim tão vasto quanto isso.
A meu bem ver, isto falando de mim porque é precisamente o que eu penso, a moda é um processo puramente redundante, o que se usa agora chegou a ser moda no tempo dos nossos queridos paizinhos. Muitas das roupas que hoje procuro, ou que gosto, não por estarem na moda mas sim por gosto pessoal ( não vou atrás do que se usa mas sim do que gosto e me fica bem), foram roupas que nos anos 80 a minha mãe chegou a usar. E se querem saber, sim, a minha mãe era um mulher moderna, chegou a ganhar como Miss Portugal e as fotos dela, só de olhar para elas, fico com os olhos a brilhar com o orgulho. Tenho que admitir que a minha mãe sempre foi uma mulher de bom gosto em tudo.
A moda é também uma coisa efémera, para além de redundante. O que se usou ontem, ontem não está mais em voga e isso é uma chatice para aquelas meninas pop star que tendem a seguir á risca os passos da moda e passam a gastar todas as semanas ou meses uma nota preta por um par de calças prada. Diga-se de passagem, não é por ser prada ou outra marca qualquer, mas há roupa bem mais barata e bonita noutros lados, se bem que o facto de ter uma etiqueta com uma marca qualquer as dondocas vão tocas atrás feitas doidas e eu fico sempre espantada em como uma pessoa pode ser tão materialista. Não é que eu não o seja, também o sou e admito-o perfeitamente, mas se formos a ver bem, somos todos um pouco não acham? Todos temos necessidades de consumo nem que seja o consumo essencial, como por exemplo, mudar de ténis porque os dedos dos pés já estão a sair para fora, mas todos precisamos de alterar ou fazer alguma coisa por nós mesmos.
Eu em termos de roupa nem sou muito consumista, mas por vezes gosto de sair e comprar uma peça de roupa bonita e que me fique a matar. Especialmente se não tiver sido uma coisa planeada, se estiver com a minha mãe por exemplo, e ela, tal como eu gostar muito de algum modelito e me quiser oferecer, eu aproveito sempre as ofertas que me fazem não por ser interesseira, mas dado que não foi oferecido alguma coisa, isso quer dizer que a pessoa que nos quer ofertar algo o faz de boa vontade. Quer dizer, eu mesma já ofereci algo a alguém sem na verdade ter muita vontade, só mesmo pelo simples facto de saber que a pessoa a quem iria dar o presente não me estava a tratar em conformidade e com o mesmo empenho que eu estava a dar nessa mesma pessoa, mas nem me importo com o facto de lhe ter oferecido o presente. Significou que eu ainda fui capaz de fazer alguma coisa por ela e que sou menos egocêntrica.
Acho que as mulheres de hoje em dia, mas mais as jovens da mesma faixa etária que a minha, são muito consumidoras. Cada vez que vou passear a uma loja de roupa e olho ao meu redor, o que vejo sempre são jovens da minha idade ou um pouco mais novas ás compras e muitas delas a esfolarem-se por uma saia que quando a vejo nem que tivesse milhões no meu bolso a comprava, mas isso também depende muito do gosto de cada pessoa e eu não sou pessoa que discute gostos pessoais, cada um com os seus. E quem fala em gostos pessoais fala de imitações, que se forem a ver bem, são cada vez maiores. Se uma determinada marca de roupa lança um modelo original no mercado, não precisam de contar os meses ou os anos para verem cópias no mercado. A lacoste por exemplo, adidas, tudo marcas que são vistas em grande abundância de imitações nas barracas e feiras, mas que muita gente compra e porquê? Porque muitas vezes são bem mais giras ou baratas que as originais e em tempo de crise é isso mesmo que devemos fazer. Eu prefiro mil vezes comprar com uma nota de 50 euros uma peça de roupa e me sobrar para mais 3 ou 4 do que gastar os mesmos 50 euros em apenas uma peça de roupa e sentir-me vazia por não ter comprado tudo o que me fazia falta.
Tudo isto para dizer que não sigo modas, não sigo nada nem ninguém a não ser que goste de alguma coisa e a ache original. Eu apenas busco o que gosto e me fica bem. E já agora, invejas não são para mim. Felizmente nunca tive que passar por uma invejite aguda.
E os meus caros seguidores? O que acham das modas de hoje em dia?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inverno

O Inverno chagou. Embora toda a gente saiba que ainda estamos no outono, eu considero isto tempo de Inverno, só pelo simples facto das baixas temperaturas matinais.
O Inverno nunca foi a estação do ano que mais me agradou durante séculos porque eu e o frio nunca tivemos uma boa relação. Admito-me bastante friorenta e tem temperaturas que as minhas mãos e pés não suportam. Mas desde o Inverno passado que criei um laço curioso com o Inverno e dei-me conta de que gosto muito mias deste tempo que do Verão.
Ao contrário do Verão, se sentes frio, podes vestir sempre mais uma peça de roupa. No Verão não podes despir mais do que já tens.
O Inverno é uma boa estação para a concentração. Eu gosto muito mais de me deitar na cama enroscada a ler um livro, ou melhor, a devorar um livro do que no Verão, simplesmente porque o calor não me deixa absorver o conteúdo do livro e acabo sempre por me perder um pouco.
O Inverno é a época das torradinhas, do chá quente, do café com uma bela fatia dourada, de casacos abrigados, de chuva e eu adoro chuva. Não há nada que mais me alegre numa noite de Inverno que ouvir a chuva lá fora e no exterior, se nem estiver a chover a potes sabe bem andar á chuva. Desde que, claro, não leve comigo o telemóvel. Gosto da sensação de sair de casa pela manhã e sentir aquele frio a espreitar pela gola da blusa e eu procurar logo uma forma de me abrigar.
Gosto das noites de Inverno passadas a ler e a escrever. Eu sou daquelas pessoas que escreve mil vezes mais no Inverno que no Verão. Gosto de sentir preguiça de sair da cama pela manhã, uma vez que estava tão quentinha, mas dado que o despertador tocou lá terá de ser... Gosto de desenhar paisagens no Inverno também. Esta é uma mania que poucos devem saber que tenho.
Adoro comidas quentes e aconchegantes.
O que mais gosto é sobretudo meter-me na cama a ver um filme e adormecer com o calor do edredon.
E embora esta não seja a melhor altura para fazer cortes radicais, eu decidi variar e meter mãos á obra. Agora tenho mais um motivo para me abrigar, dado que o frio no pescoço logo pela manhã á saída de casa me faz gelar até ao osso.
Mas eu adoro gelar até ao osso, tremelicar toda e queixar-me de dois em dois segundos que tenho frio. Enfim...já tinha saudades deste tempinho assim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pesadelo

Tempo que voas tão devagar
Horas tão longas não querem passar
meu corpo pesado deitado no ar
Sinto a alma parada não quer respirar
Dias tão tensos que custam a passar
Noites geladas que me amam esperar
Cubro-me com o manto da noite
para não ver esse mesmo pesar
sinto as tuas mãos frias
Que me cortam assim devagar

domingo, 14 de novembro de 2010

Música actual é boa música?

Olá a todos. Desde já quero dizer que já andava com este post planeado há bastante tempo, mas não me apetecia muito falar nele, pelo menos até ao momento, dado que ando super ocupada com o monte de coisas que agora tenho para fazer. Mas resolvi falar disto agora dado que, cada vez mais penso sobre este assunto.
Para já coloco uma questão muito importante para dar início ao post. A questão é a seguinte:
Gostam da música actual?
Como viram é uma pergunta simples, mas que me levanta muitas questões.
Na minha opinião, cada vez mais os cantores da actualidade vão matando a música de qualidade.
Cada vez que ligo a rádio das duas uma: Ou escuto a mesma música ser tocada umas 30 mil vezes no mesmo dia ou escuto aquelas versões baratas com refrões dos anos oitenta, o que na verdade considero super deprimente, dado que há tanta coisa que pode ser feita na música, tanta aresta a ser limada, tanta imaginação que o ser humano tem e não a utiliza a não ser para vender. Mas isto é o que acho. Não quer dizer que todos vocês tenham forçosamente que pensar o mesmo que eu.
Acho cansativo ligar a rádio porque acabo por ouvir a mesma música sempre, de dois em dois minutos e mesmo sendo uma música da qual eu até seja apreciadora, acabo por desligar a rádio mal ela comece. Este é um dos motivos que me faz querer poupar a rádio da cozinha de cada vez que vou cozinhar alguma coisa.
Embora sejam muitos temas musicais actuais até bastante interessantes, acabo por me fartar de ouvir coisas ás quais hoje em dia chamamos de remixes, se é que eu considero isto um remix.
Um remix na minha opinião poderia ser chamado de uma segunda versão da música mãe, ou a música que deu origem a esse remix, mas no mercado da música chamamos remix a um som do Tupac, por exemplo, misturado com o refrão da música In the Air Tonight do Phill Collins. Não sei se já ouviram o tema, acho-o super criativo e até mesmo original, mas todo o rapper tende a fazer a mesma coisa. Always. Nunca quebra a regra. Parece que se trata de uma comunidade em que uma das regras impostas pelo chefe foi a seguinte:
TODO O RAPPER TEM DE PEGAR NUM CANTOR FAMOSO E TIRAR OU O REFRÃO OU O SOM MATRIZ DA MÚSICA E COLAR NO SEU TEMA.
Sim soa bem, mas enjoa. Parece que falta originalidade. E verdade seja dita, sou muito mais adepta da música dos anos oitenta que da actual pelo simples motivo de que antigamente as pessoas faziam música por gosto. Actualmente não se passa o mesmo. Actualmente faz-se música para vender e essa é a verdade. O que acaba por ser uma pena.
Uma das coisas que me fez também pensar neste tema e o postar foi um grupinho de jovens espanholas e portuguesas que caminhavam nas ruas de Madrid a ouvir uma música cujo o nome eu penso ser: Unts unts unts! Sim, porque a música hoje é isso mesmo também. É tudo unts unts unts. A meu bem ver parece um apelo indirecto para que uma determinada pessoa se unte em alguma coisa. Não acham? Unts!
Penso que na actualidade qualquer pessoa pode lançar um disco com meia dúzia de temas e ter uma legião de fãs. Eu mesma consigo fazer isso com a maior das facilidades. Eu trabalho com um programa que se chama Ableton 8. Para quem não sabe o que é, basta procurar no google. O Ableton é um excelente programa para dj's e músicos montarem os seus instrumentos e alterarem músicas, poderes recriar, brincar com a música e até mesmo fazerem mega êxitos. Eu poderia pegar numa quantidade de samples e montar uma carrada de instrumentos virtuais no Ableton e fazer um mega som ao estilo Unts e gravar para mandar a várias editoras do país. Sinto-me um pouco deprimida com a situação musical em que nos encontramos. Toda a gente canta temas de toda a gente. Liguem as rádios e tirem a prova dos 9. Isso é uma moda e veio para ficar. Há versões do Truly Madly Deeply dos Savage Garden cantados pela Cascada, ou outros tantos que nem me apetece referir ou até mesmo não me ocorrem de inúmeros que são.
Embora goste de ouvir várias coisas diferentes e possa até gostar mais de uma versão do que propriamente de um original, fico sempre a pensar se na cabeça daquele cantor ou cantora não ocorreu uma ideia melhor, como por exemplo, fazer uma música por si. Uhm?

E vocês leitores, que acham da situação musical em que nos encontramos?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Planos

Toda a gente já deve ter pronunciado esta palavra nem que fosse uma vez por dia.
Os planos estão presentes em tudo o que fazemos desde que nos levantamos até que nos deitamos. É algo que faz parte do nosso quotidiano. Mesmo sem nos darmos conta estamos sempre a fazer planos ou até mesmo a imaginar como será o dia de amanhã e como gostaríamos que fosse o dia de amanhã, coisas por vezes involuntárias que acontecem e quando damos por nós estamos ali sentados no sofá, a fazer zapping com o comando da televisão e a imaginar coisas para fazer melhores que, obviamente, fazer zapping.
Normalmente não costumo por regra ser uma pessoa de grandes planos, mas algo que já toda a gente se deve ter dado conta é que toda a gente, mas mesmo TODA a gente tem essa tendência de fazer um plano mesmo que seja algo pensado e não seja feito. Toda a gente faz planos e existem vários tipos de planos encaixados em dois tipos de planos distintos:
  • Planos a longo prazo
  • Planos a curto prazo
Os planos a longo prazo aplicam-se muitas vezes a situações das quais tenhamos em mente ou idealizemos cumprir um ideal por um longo espaço de tempo.
Por outro lado os planos a curto prazo são aquele tipo de planos que fazemos para alcançar objectivos não muito distantes, como o caso de ter de ir ás compras buscar pão.
Eis alguns dos planos a longo prazo mais comuns:
  • Fazer uma viagem nas férias de Verão. Este é um dos planos mais comuns na juventude. E mesmo nos mais crescidinhos. Toda a gente quer ou gosta de fazer uma viagem. Eu por exemplo, fartei-me de fazer bastantes viagens para fora do meu país este ano e não planeadas.
  • Comprar um carro. Muita gente pensa nisso e vai logo começando a fazer um pezinho de meia para conseguir um bom carrinho com alguma comodidade, logo isto é um plano a longo prazo, a não ser que tenha logo o dinheiro na mão para entregar.
  • Passar de ano na universidade. Ou melhor dizendo, fazer a licenciatura. Se formos analisar bem a situação, passar de ano na universidade implica uma coisa a um nível mais presente que a licenciatura, dado que se nos estamos a referir a passar de ano, é passar ESTE ANO. O ano presente. Melhor será mesmo dizer fazer a licenciatura.
Agora vamos dar alguns exemplos de planos a curto prazo muito comuns:
  • Ir almoçar fora amanhã com os amigos. Este exemplo é muito corrente. Toda a gente combina um almoço ou jantar em grupo, turma ou mesmo família. É escusado dizer que não se gosta de fazer planos porque se acaba sempre por fazer.
  • Ir para a universidade amanhã. Este é certamente um plano corrente e que está sempre no topo da lista. Se te propões passar de ano, tens que estudar, logo tens que ir para a universidade todos os dias, ou mesmo que não fossem todos os dias, ao menos grande parte deles. Isto é um plano de que pouca gente se deu conta. Por outras palavras, na primeira pessoa do singular: Eu proponho-me a  ir para a universidade amanhã a fim de actualizar a minha matéria e estorricar os fusíveis a estudar.
Embora os planos a curto prazo costumem ser na sua grande maioria bem sucedidos, o mesmo poderá não acontecer com os planos a longo prazo dado que se trata de uma acção não sofrida pelo sujeito e muito distante. Muitas das coisas a longo prazo que idealizo acabo por não cumprir, a não ser que me determine de veras a cumpri-las. Cheguei a gastar dinheiro para um concerto do qual nem cheguei a ir, por exemplo. Mas eu tive consciência de que corria esse risco, da mesma forma que saberia que se não comprasse o bilhete ele esgotaria e não poderia ficar na plateia em pé com boa vista para desfrutar. Foi dinheiro jogado ao vento de facto, mas eu tive consciência de que assim seria se houvesse algo que me impedisse. O mesmo se passa com todas as outras pessoas porque se formos a ver bem ninguém diverge muito do próximo.
Uma boa solução para se cumprirem muitos dos planos a longo prazo é a vontade.
Toda a gente sabe, ou deveria de saber, que na mente humana há duas vertentes distintas que são O querer e A vontade. Todos nós queremos uma coisa, seja ela uma casa, uma boa nota num exame, um presente dado com muito carinho ou uma palavra amiga. Mas há querer de outras formas, referindo-me precisamente a objectivos a que me proponha por exemplo. Eu quero passar de ano. Querer é um bom começo mas só poderei conseguir com a vontade suficiente para tal. A vontade transcede o querer em todas as formas possíveis e imagináveis. Logo é bom querer uma coisa, mas apenas se conquista com vontade inteira.

Agora para terminar, aguardo que me passem alguns dos vossos planos a curto ou longo prazo. Já cumpriram algum plano a longo prazo? Fico á espera de respostas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lar a dois

Viver com outra pessoa pareceu-me sempre ser uma tarefa bastante fácil e muito divertida dado que estamos juntos do lado da pessoa de quem gostamos e, como seres maduros que somos, podemos levar sempre as coisas com calma, mas isso é teoricamente falando, porque na prática as coisas não funcionam bem assim.
Ter um lar conjunto com outra pessoa envolve muitas outras coisas entre as quais as que irei referir mais em baixo. Uma coisa de que me dei conta é que viver com alguém altera o nosso modo de ver as coisas e as pessoas. Mas para que se tenha consciência das coisas, viver junto não é apenas juntar os trapinhos, é muito mais do que isso. Vejam aqui:
  • Viver com outra pessoa implica que tenham que dividir os pensamentos mais vezes que com um namorado comum em que termina o dia de aulas e cada um vai para a sua casa.
  • Viver com uma pessoa implica a criação de determinadas regras importantes para se manter o lar com apresentação decente e organizada. Não é nada boa ideia pensar num casal a beber Red Bull para poder voar por cima das coisas espalhadas pelo chão só por não as querer arrumar ou é?
  • Viver em conjunto implica ajudar um ao outro mutuamente e sempre sem quebrar esta regra, porque se um dos membros falha uma vez, falha sempre. Logo há que dividir as tarefas como a limpeza, cozinhar, mudar a cama e fazer uma boa lista das coisas que fazem falta na dispensa.
  • Viver em conjunto significa repartires o teu tempo mais afincadamente com essa pessoa. Nunca tive a oportunidade de perceber isso até agora. Torna, obviamente, a relação muito mais sólida e consciente. Logo tens que ser uma super mulher ou super homem, pois tens que saber dividir o teu tempo.
  • Dividir o tempo é algo que tens que ter noção sempre. É importante nunca se perder a vida social que sempre se teve e nunca deixar os hábitos saudáveis que se tinham até á fase em que se decide viver junto. Perder bons hábitos só porque sim nunca foi algo que achasse realmente bom e além disso viver com alguém pode até ser algo bem simples se decidires que assim seja.
  • Viver em conjunto significa também despesas conjuntas, ideias conjuntas como referi, parceria e claro, bons momentos.
  • Não se devem também esquecer os maus momentos, ou momentos menos bons, dado que viver junto implica ao mesmo tempo um choque de ideias. Não fomos viver juntos para encontrar o clone que há em nós se não para nos conhecermos, logo considerando a parte diferente da nossa a melhor, há que ter noção de que nem sempre as ideias coincidem, por isso viver junto é também chegar a um meio termo.
Agora é a vossa vez. Digam das vossas. Contem-me como acham que será a sensação de viver junto para os que não passam pela experiência e para os que passam digam: Qual a melhor e a pior parte de viver junto?

Esquecer-me talvez

Disseste que eu não era mais nada. Fechaste a tua porta e seguiste em frente. Agora eu estava de fora. Completamente despida. Disseste Amanhã não lembrarei mais o teu rosto e eu fui embora.
Os dias que se passaram foram longos e frios. O Inverno cobria as minhas lágrimas com um manto de cuidados. As nossas vidas eram agora distantes e distintas. Nada mais tínhamos a ver um com o outro.
Pensei teres-me esquecido e tratei de fazer o mesmo contigo. Descobri que não te amava pouco depois.
Deixei de lado o mundo dos sonhos e enganos, corri atrás do tempo que poderia ter perdido se te tivesse seguido.
Falavas que eu não prestava, que eu não era mais nada, que eu não servia para ti, mas na verdade de cada vez que me vias tu pensavas. Pensavas nas coisas que me tinhas dito. Naquelas palavras que disseste tantas vezes serem verdadeiras, dos enganos que se mascaravam leais e fortes nesta tua luta desonesta por uma libertação inexistente. Descobri que te desinteressas facilmente por qualquer coisa e perdeste todo o valor.
Mais tarde foi o oposto. De cada vez que me vias, de cada vez que nos cruzávamos, tu fingias não ser nada. De facto nunca chegou a ser nada. Tu e eu seguíamos os nossos caminhos. Mas depois descarregavas...
Descarregavas os teus desabafos em forma de suaves textos, de forma a mostrares que não te interessavas, quando na verdade não conseguias esquecer. Quando o que mais fazias era não esquecer.
É importante dizer-te que hoje olho para ti e não vejo nada. Olhei-te pela última vez e nem tentei perder um segundo que fosse a mais na minha vida com os meus olhos postos em ti. Porque a indiferença é a melhor das curas. Porque é a melhor chapada que te posso dar depois de tantas que em tempos sonhava dar-te.
Preocupas-te demais em pensar que ainda te amo, em que ainda te espero e mostrares isso ocultando que ver-me, para ti, ainda é um acto de recordar que um dia me mandaste embora. Sabe bem recordar esses tempos hoje e pensar que o que fizeste foi apenas conceber-me a liberdade de não viver mais nas tuas mentiras absurdas, desse teu modo de ser e agir estranho, desse ser que jamais pretenderia colocar no meu caminho.
Esquecer-me talvez, se um dia conseguires dialogar sem me colocar nos teus exemplos, nas tuas experiências, nas tuas lembranças. Sem me tirares da tua mente, porque pensas em mim, porque tudo te leva a esse tempo e por mais que ocultes ele está lá. Lamento não poder ter esse duque que possuis para te tirar essas imagens da mente. Somos seres diferentes que vivem duas vidas distintas.
Tu podes enganar-te, mentir a tudo e todos dizendo que já foi, que acabou, que não servia para ti. De facto não servia. Somos pessoas diferentes, de perfis diferentes e mentalidades diferentes.
O único problema é que a forma que usas para esquecer-me é a maneira que tens para imortalizar-me e eu não quero ficar presa a ti, dentro do teu pensamento.

Aqueles dias que parecem que vão correr bem mas podiam ter corrido melhor

Toda a gente já teve este pensamento bizarro não é verdade?
Quem já não acordou cedinho pela manhã, olhou pela janela, viu um belo dia de chuva e pensou: Hoje o dia vai correr bem.
Pois é, eu sou dessas pessoas que quando acorda pela manhã faz uma rápida estimativa de como será o dia. E não chamo a isto pensar a longo prazo. Simplesmente penso para comigo que me parece que o dia vai mesmo correr bem. De facto, nunca me enganei muito a respeito das minhas estimativas, salvo naqueles dias em que tudo está a correr bem quando....
Quem já não passou por algo semelhante?
Neste post irei dar vários tópicos de coisas que poderão ser altamente nocivas para um dia perfeito. Ora vejam se alguma destas vos serve.
  • Um teste surpresa. Eu admito que, como estamos quase no Natal, sabe bem receber surpresas, mas falo de boas e agradáveis surpresas. Imaginem o que é entrarem na sala de aula e o professor vos meter um teste ou até mesmo um outro elemento que sirva para vos avaliar. E só por acaso ainda não se tinha estudado bem a matéria. Deprimente? Completamente.
  • Ver uma pessoa que seria melhor mudar de planeta. Sim esta situação acontece a qualquer pessoa e não é lá muito motivante. Imagina o que é estares na rua, num supermercado, num shopping, ou até mesmo no elevador e passar por ti aquela pessoa com quem não tens afinidade alguma ( e não me digam que não têm nada assim na vossa vida). Pensem só no que é essa pessoa ter de vos ver. Já nem falo do martírio que é termos de ser nós a queimar os olhos.
  • O almoço cair mal. Deve de ser realmente giro estares a comer, a comida aparentemente estar a cair-te bem, mas subitamente...o que é que se passa aqui? Sinto-me mesmo mal disposto. Não? Nunca vos aconteceu? A mim já há uns belos anos mas digo-vos, é terrível.
  • Uma forte chuvada que leva até as tuas cuecas. Consegues descrever a sensação que é estares em plena rua, começar a chover muito e a isso juntar-se uma bela ventania e ficares simplesmente ensopado?  Eu detesto sentir-me um alimento como o caso das sopas. Sinto-me como um bocado de pão totalmente demolhado no caldo.
  • Perderes o telemóvel. A sério. De todas esta é a pior para mim. Nunca me aconteceu, mas não poderia dizer que desta água não beberei. Sabes o que é andares que nem um doido em busca do teu telemóvel e  não o encontrares? Terrível. Especialmente se houver algo mais pessoal no seu interior. Terrível.
E vocês? Têm alguma dica que me possa dar sobre mais alguma coisinha que pudesse fazer um potencial dia magnífico converter-se num dia terrível? Ver o Bin Laden é aceitável.

O achado

Era um novo dia de chuva.
Os ventos agitavam-se fortemente por entre as árvores altas. Ela caminhava sozinha sem guarda-chuva.
Os gotas de chuva cobriam-lhe o cabelo negro.
Os seus olhos estavam baixos, via-se que pensava em algo.
Subitamente deteve-se. Diante dela estava uma casa de madeira abandonada. A jovem rapariga entrou lá.
A porta rangia á medida que esta se abria.
A jovem rapariga olhou para o seu interior mas tudo o que via era uma enorme mancha negra. Embora sentisse medo ela penetrou totalmente no escuro. Deixou-se fica no mesmo sitio até que os seus olhos se acostumavam á escuridão.
Assim que vislumbrou um pequeno clarão no fundo de um corredor, entrou por uma sala que a iria conduzir por fim á fraca e única luz que via.
A porta estava encostada. O olhar da jovem percorreu atentamente todo o espaço á medida que o desvendava. Neste momento a sua curiosidade era maior.
Dentro da sala de onde avistara o clarão, estava uma pequena mesa com uma vela acesa. Nada mais havia para além dessa mesa com a enorme vela branca.
Alguém estivera ali antes dela e disso ela certeza. Aproximou-se cuidadosamente. Seria aquilo uma cilada? Estaria  alguém do outro lado pronto para a atacar?
Não.
A sala estava vazia. No seu interior não havia frio. Do outro lado da mesa havia uma gaveta pequena que a rapariga abriu devagar, com medo que se pudesse partir, pois estava empenada. No seu interior estava um colar. Era um colar de ouro com uma medalha que continha uma fotografia. No verso da medalha estava escrito louise. Tratava-se do rosto de uma jovem mulher de cabelos pretos muito compridos, rosto pálido e um olhar penetrante que chamou a atenção da jovem rapariga.
Nisto ouve-se ranger a mobília. A porta da sala abre-se devagar e Louise entra na sala onde a jovem se encontrava. Ficaram as duas espantadas, assustadas pelo facto de se terem achado.
- Vim buscar-te. Disse Louise.
A jovem rapariga nada mais disse. Meteu o fim ao pescoço, estendeu-lhe a sua mão gelada e voou tão alto quanto a eternidade lhe permitia.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Veneno de ti

Não tenho como te fugir. Tu está aqui, dentro da minha cabeça. Habitas o meu cérebro nos momentos mais oportunos.
Tento correr, ser mais rápida, esconder-me por entre os espaços dos teus dedos, deixar por momentos de deixar de vislumbrar na minha mente esse teu verde olhar profundo.
Deixas-me sem fôlego e reacção. Matas-me a cada olhar, a cada toque. Fazes-me subir paredes e desejar que tudo isto acabe, que possa finalmente abrir os meus olhos e voltar a ser eu mesma sem medos.
Perco-me em ti. Mergulho em ti por mais que me retenha, por mais que me esconda ou tente andar pela sombra, tu és o sol que me ilumina, que me dá vida e me faz sonhar.
És alimento que dá vida ao meu coração, fonte de vitalidade da minha alma.
És riqueza do meu espírito, fortaleza suprema de todas as cavidades deste meu corpo débil, que outrora tentaram roubar para depois abandonar.
És tu, esse ser que vem, que entra nessa mesma sala, que marca esse mesmo ritmo, que ousa cravar-me palavras na pele, perto do ouvido, perto do coração, com pequeno sussurros vindos da alma, directos para o canto mais sombrio do meu ser, dos meus pecados, de todas as minhas tentações.
Matas-me, roubas-me a alma! És forte demais para te conseguir combater.
Por te amar assim, morro.

domingo, 7 de novembro de 2010

Coisas de Mulher

Há uma coisa que quero que toda a gente saiba. Eu gosto de ser mulher, tenho grande orgulho nisso.
Embora goste de ser mulher, não basta dizer que o sou. Tenho que agir em conformidade com determinadas regras que me moldam perante uma sociedade como individuo do sexo feminino certo?
Embora seja muito bonito aparentemente ser mulher, a verdade é que não é nada fácil e ás vezes dou comigo a desejar ser homem nem que fosse por um dia.
Uma grande verdade é que a mulher tem o dobro dos cuidados em comparação com um homem.
Quando fazemos uma visitinha a um supermercado temos logo em conta de que há uma vasta gama de produtos femininos muito mais vasta que a dos homens. (TOMA TOMA)
É um facto que cada vez mais os chamados metrosexuais estão em voga, mas cuidados de mulher são sempre cuidados de mulher.
Tomem nota das coisas assustadoras que uma mulher faz...
  • Uma mulher tem de ter sempre mais atenção com o que veste, ter o cuidado de verificar se os assessórios que usa estão a condizer com a roupa que levam
  • Uma mulher nunca sai de casa sem meter o seu creme de dia para o rosto
  • Uma mulher tem sempre uma mala cheia de coisas como cadernos, estojo de maquilhagem básica, telemóvel, carteira fashion, perfume de bolso, caneta, espelho e um monte de papéis que só mesmo uma mulher consegue acumular dentro de um espaço tão limitado (por isso é que inventaram as mega malas)
  • Uma mulher tem sempre o cuidado de verificar se o cabelo está bem penteado, se o baton não esborratou, se as calças estão bem...enfim...coisas de mulher
  • Uma mulher tem sempre uma listinha na mala das coisas que tem para fazer. Por isso é que andam sempre com agenda. Acabam por ser menos esquecidas que os homens.
  • Uma mulher gosta sempre de meter a conversa em dia com as amigas, ou para falar do que fizeram no fim-de-semana, ou falar sobre o namorado maravilhoso.
  • Uma mulher adora ir ás compras, mas ADORA MESMO. Mulher que é mulher sabe vestir bem e nem precisa gastar muito. Simplesmente mulher tem bom olho para escolher.
  • Mulher gosta de combinar verniz com baton ou a cor das malas e sapatos.
  • Mulher gosta de muitas malas e sapatos.
  • Uma mulher adora manter a linha e fazer exercício físico. ( Embora agora ande no ginásio, preocupo-me pouco com o que como e não ligo á linha).
  • Mulher gosta de roupa feminina e bonita, que faça sobressair as suas curvas.
Enfim...poderia estar aqui o dia todo a fazer uma listinha de coisas que uma mulher faz ou gosta, que jamais estaria completa. O que é facto é que as mulheres são mais desconfiadas que os homens, mais atentas e mais sonhadoras. Por isso também fiz uma listinha de coisas que uma grande mulher não deve fazer, segundo a minha experiência.
  • Regra número um: Uma mulher inteligente NUNCA deve arranjar um namorado mais novo que ela. Só trás dores de cabeça e chatices. Porque para uma MULHER ser mãe, tem tempo quando casar e tiver filhos. E mesmo que não case, rapazolas indecisos não fazem falta na bagagem. E fazem rugas.
  • Uma mulher que se preze não deve de apanhar grandes bebedeiras até ficar em coma. Fica mal numa mulher. Já o fiz, admito, mas não o repito. Valeu a experiência.
  • Uma mulher sexy não precisa ser uma mulher com uma saia com ar condicionado para se ver a parte traseira nem um top onde se notam os mamilos. Uma mulher sexy é aquela que anda discreta, sem manias e sem esperar que agrade a A,B,ou C, porque sendo bonita, tudo lhe fica bem.
  • Uma mulher tem sempre de ter opinião e nunca mudar a mesma só porque arranjou namorado ou porque a sua amiga tem um melhor discurso argumentativo. Há argumentos fracos mais válidos que outros menos honestos.
  • Uma mulher deve sempre andar confortável. É lindo usar uns belos saltos agulha, mas ninguém gosta de sofrer de coluna nem ter varizes nas pernas. Não dá muito boa imagem. Na quantia certa é sempre melhor.
  • Uma mulher não precisa de andar com a casa atrás para mostrar ao mundo o que tem. O interior tem sempre maior conteúdo que uma carteira recheada.
  • Uma mulher deve sempre seguir em frente sem olhar para trás. Tristezas não pagam dívidas, se ele não a quis das duas uma: OU É BURRO OU CEGO. E uma grande mulher arranja sempre melhor.
  • Uma grande mulher mostra sempre um grande sorriso. Mesmo nos momentos difíceis que é quando custa mais a mostrá-lo.
  • Uma grande mulher sabe jogar. Não falo nos casinos, mas jogar na vida. Há que saber ajustar o teu comportamento com o do vizinho, mas se o teu comportamento é mais digno que o do vizinho, encontra um vizinho melhor.
  • Uma mulher digna não gosta de homens perversos. É horrível estares sentada á mesa com um homem que até num batata frita que comas vê um pénis. É lamentável mas aconteceu-me. Sinceramente não aconselho a ninguém. Das duas uma: Ou é gay, ou tem falta de mulher.
  • Uma mulher NUNCA deve deixar o que tem para fazer para estar com um homem. Há que saber gerir o tempo. Um tempo para ele, outro para si mesma. Mas mais para si mesma. É contigo que passas a maior parte do tempo e a ti que tens que amar mais que a ele.
Bom, e vocês mulheres que acham? Concordam com as minhas ideias ?
A vossa opinião conta.

sábado, 6 de novembro de 2010

Um novo dia

Deitada sob a tua pele macia, a manhã nasce devagar. Sob a cama os lençóis vazios, que jazem nesse mesmo pesar e as nossas sombras nas paredes que cobrem os nossos corpos escondidos num mundo fechado só nosso.
Os teus olhos fechados repousando levemente, as tuas mãos ao meu redor e depois a doce brisa do teu cheiro que me cobre como um manto de seda.
Deixo-me deslumbrar pela doce corrente de ar que entra sorrateiramente pela janela do quarto e envolve numa doce melodia as ondas suaves dos teus cabelos.
Deixo-me contemplar essa tua beleza desigual, fortemente adornada por essa pele macia e perfumada, em contraste com as cores matinais que anunciavam a chegada de um novo dia, inevitável e esperado.
As ondas suaves da tua silhueta envolvem o meu coração num turbilhão de pensamentos.
Respiras levemente e pausadamente sob o meu regaço ao mesmo tempo que marcas o ritmo de um sono leve de descanso.
Não ouso despertar essa beleza adormecida, nem perturbar esse teu doce olhar encantado que tão delicadamente se mantém fechado, onde no seu interior estão dois olhos de porcelana brilhantes e únicos, que são teus por certo, mas que ocupam um espaço inegável no meu coração.
Em contraste com toda essa beleza estão os teus lábios, duas fontes entreabertas que cobrem a fonte soberana dos meus desejos. Permaneço imóvel contemplando-te sem querer jamais quebrar esse encanto de ver-te ao anunciar de uma manhã fria de inverno. Doce melodia essa de ver-te sem confessar-te.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Essa estrada

Quando os teus braços me envolveram e os nossos olhos se cruzaram percebi que uma parte de mim havia morrido.
Respirei fundo, baixei o olhar. Eras tu quem me tocava, o homem por quem esperei, o homem com quem tantas noites sonhei, por quem esperei sem nunca ver chegar. Agora ali estavas tu, diante dos meus olhos, ao alcance da minha mão e eu...
VAZIA. Se qualquer emoção, sem qualquer tipo de sentimento para te dar. Morreste-me.
Baixei os braços e olhei numa outra direcção, onde os vales se estende densos e verdejantes, onde o sol brilha alto pela manhã, onde sei que poderei despertar rodeada desse amor que me mataste, onde sei que me posso encontrar de cada vez que o vejo.
Ele, o outro homem que hoje dorme na mesma cama, o homem que hoje me faz feliz, o homem que hoje me faz sonhar.
Não aceitas, recusas ouvir as minhas palavras. Recusas fechar os olhos á verdade que te envolve.
Queres-me como quem quer um objecto, como uma criança que quer um brinquedo. E eu sabendo que não serei esse boneco que procuras. Porque tal como todas as crianças do mundo, um dia sabes que irás crescer, caminhar sem ajuda, deixar de brincar com todos esses bonecos que um dia tanto choraste para ter, olhar para eles e pensar em como foi bom quando os tinhas, em como era bom ser criança.
Não ouso olhar para trás, para esse abismo onde um dia ousaste meter-me.
Diante de mim um novo sol brilha. Sigo em frente. Tu sopras no meu ouvido um melodia desconhecida. Não temo ouvi-la. É o som do adeus, o adeus que te digo não com palavras, mas com as pegadas da minha ausência pela estrada em que hoje caminhas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Na medida certa

Eu acredito muito no Karma. Penso que toda a gente saiba do que se trata. O Karma é precisamente fazeres mal a alguém e receberes em troca o mesmo mal que desejaste ou fizeste a essa pessoa.
Calculo agora que esteja tudo a pensar que sou uma pessoa vingativa, horrível, mas não se trata de nada disso.
Para ser honesta até fico satisfeita que assim seja mas não por ser vingativa, apenas porque acho que as pessoas devem de sentir na pele um pouco do que lhes é feito na medida certa, para saberem valorizar um pouco mais a vida e se darem ao trabalho de seguir com as suas vidas antes de pensar andar a planear uma mega pesquisa á vida de alguém para a tentar tramar. É pura perda de tempo.
Eu já passei por aquela situação de não ser lá muito bem sucedida em assuntos amorosos e resolvi fazer uma revisão mental de todos esses acontecimentos e tenho noção de ter sido vítima de grandes injustiças, mas não sou pessoa de ficar que seria uma óptima ideia fulano partir uma perna. A lei da vida funciona por si só e quem foi injustiçado acaba sempre por ser recompensado mais cedo ou mais tarde, assim como quem faz a maldade também acaba por levar com os efeitos mais cedo ou mais tarde.
Hoje posso dizer que sou uma mulher bem sucedida nestes assuntos e bastante satisfeita com a minha vida pessoal e social, estou feliz sim, ultrapassei situações mais difíceis, orientei-me nos estudos, conheci as pessoas certas, pessoas educadas e á minha altura, com conversas decentes e sem perversidades tal como eu gosto. Por outro lado soube das vicissitudes da vida de quem muito mal me quis e pensei seriamente sobre esse assunto e concluí que é mesmo assim. Não adianta fazer-se mal a alguém. Acabamos sempre por levar com os efeitos em cima e isso não é nada bom.
Sempre soube que assim seria desde o início, como tal nem me dei ao trabalho de mexer um dedo que fosse em relação a pessoas que não merecem o nosso tempo perdido. Temos sempre desses casos.
A verdade é que ninguém gosta de ser gozado ou usado, há ainda quem admita que odeia ser usado mas que goste de usar. Conhecer a minha pessoa para tal efeito foi muito mal pensado. Sou uma mulher que gosta de honrar compromissos e não procuro alguém para a minha vida para vagabundear comigo.
Todo o ser humano gosta de ser tratado em conformidade com os seus actos. Eu digo o mesmo. Gosto de ser tratada com respeito, tal como trato as pessoas. Gosto de respeito ( que é uma palavra em que metade das pessoas não sabe para que serve), gosto de honestidade, e gosto de jogar limpo em tudo. A vida é um jogo, mas quem faz batota é penalizado sempre. É uma das mais importantes regras aplicadas a um bom jogador. Para se triunfar na vida basta vivê-la no seu pleno sem ligar a mediocridades.
Quando não fazemos uma escolha, acabamos sempre por ser escolhidos.