Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Essa estrada

Quando os teus braços me envolveram e os nossos olhos se cruzaram percebi que uma parte de mim havia morrido.
Respirei fundo, baixei o olhar. Eras tu quem me tocava, o homem por quem esperei, o homem com quem tantas noites sonhei, por quem esperei sem nunca ver chegar. Agora ali estavas tu, diante dos meus olhos, ao alcance da minha mão e eu...
VAZIA. Se qualquer emoção, sem qualquer tipo de sentimento para te dar. Morreste-me.
Baixei os braços e olhei numa outra direcção, onde os vales se estende densos e verdejantes, onde o sol brilha alto pela manhã, onde sei que poderei despertar rodeada desse amor que me mataste, onde sei que me posso encontrar de cada vez que o vejo.
Ele, o outro homem que hoje dorme na mesma cama, o homem que hoje me faz feliz, o homem que hoje me faz sonhar.
Não aceitas, recusas ouvir as minhas palavras. Recusas fechar os olhos á verdade que te envolve.
Queres-me como quem quer um objecto, como uma criança que quer um brinquedo. E eu sabendo que não serei esse boneco que procuras. Porque tal como todas as crianças do mundo, um dia sabes que irás crescer, caminhar sem ajuda, deixar de brincar com todos esses bonecos que um dia tanto choraste para ter, olhar para eles e pensar em como foi bom quando os tinhas, em como era bom ser criança.
Não ouso olhar para trás, para esse abismo onde um dia ousaste meter-me.
Diante de mim um novo sol brilha. Sigo em frente. Tu sopras no meu ouvido um melodia desconhecida. Não temo ouvi-la. É o som do adeus, o adeus que te digo não com palavras, mas com as pegadas da minha ausência pela estrada em que hoje caminhas.

1 comentário:

Gisela disse...

Tu seguiste por uma outra estrada. A tua é feita de amor e de respeito, a dele é feita pela ausência de uma pessoa muito especial, que ele se deu ao trabalho de usar e jogar fora.
Tu hoje demonstraste todo o amor e carinho que tens por ele.
A tua palavra foi conclusiva.