Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 25 de março de 2013

Divagações

Há pessoas que nos magoam e ignoram pura e simplesmente o que nos dizem ou o que nos fazem.
Quanto mais avanço na vida mais me vou dando conta de que, cada vez mais tenho de ser seletiva com as pessoas que me circundam e que nem toda a gente merece a minha atenção.
Por vezes sentimos que as pessoas só se lembram de nós quando a festa acabou e não há mais diversão.
Sei que nem sempre é assim. Tenho pessoas, mais concretamente amigos e amigas, que sei que estarão sempre lá para mim quando preciso e que não se lembram só de mim quando estão mal ou quando não têm uma ocupação maior.
No entanto há pessoas a quem chamei de amigos de sangue que hoje só mereciam um estalo na cara se os visse.
É triste e pensar nisto por vezes magoa um bocado, especialmente quando sentes que insististe tanto na amizade que depositas nessas pessoas e que por elas serias capaz de fazer tudo o que estivesse ao seu alcance, mas magoa-te saber que quando te toca a ti nunca é assim. As pessoas fogem, não querem saber. Arranjam companhia, entretenga e esquecem os amigos, deixam para trás uma história enorme cheia de bons e maus momentos, deixam de se importar e nunca mais se lembram do teu número de telefone para te dizer que se lembram de ti, que te querem dar um olá.
Não somos nós que temos de correr atrás dessas pessoas, são elas que têm de vir falar connosco. Foram elas que erraram, elas que disseram que depois dariam notícias ou que nos iriam ver um dia destes. Simplesmente morreram essas pessoas. Digo isto porque desapareceram, não quiseram saber.
É triste que seja assim, que sintamos dentro de nós que somos sempre nós que damos mais de nós mesmos aos outros e que em troca recebemos um pontapé no traseiro como recompensa. Talvez não nos devêssemos dar tanto ás pessoas ou talvez elas não se devessem aproveitar tanto de nós por sermos generosos.
Pensar assim até nos faz sentir usados de certa forma, mas a verdade é que o fomos. Alguém um dia nos disse que éramos o melhor amigo de alguém e do dia para a noite deixamos de ter a prova de que isso era verdade.
Quando tenho amigos gosto de saber como estão, de os acompanhar, de partilhar boas risadas e maus momentos se tiver de ser. Gosto de lhe mostrar que estou ali mesmo não tendo muito dinheiro no bolso nem grandes possibilidades, mas estou ali para eles. Não é bem receber em troca o desprezo que algumas pessoas quando não foi isso que fizemos por elas. Passei precisamente por essa situação, mas ao longo dos dias percebi uma coisa:
Ninguém disse que iria ser fácil passar por algo assim, mas passei. Custou, mas aprendi. Aprendi que não sou eu a ter de dizer olá quando me dizem adeus, quando só se lembram que existo porque a namorada arranjou outro ou porque o patrão disse bye bye...não sou também eu que perco com isso. Quando uma pessoa só está do nosso lado em ocasiões nunca teremos nada dela, embora ela tenha de nós, o que me faz perceber que não fui eu que perdi, mas sim quem decidiu ir. Percebi também que nunca podemos obrigar ninguém a ficar. Aporta está aberta para quem quiser partir. Basta olhar para dentro e perceber se vale a pena perder tudo por um momento, ou se podemos ter tudo num único momento.

terça-feira, 12 de março de 2013

O tempo passa, a escrita muda

É engraçado ver como o tempo passa e a escrita acompanha a par e passo essa mudança.
O que hoje escrevemos nada tem a ver com o que foi escrito outrora e isso fascina-me.
Fascina-me a ideia de me sentar diante do computador, abrir o blog e ler o que um dia escrevi e rir disso até.
Gosto da sensação de hoje saber que nada do que ontem escrevi faz neste preciso momento, no aqui e no agora, qualquer sentido.
A forma como escrevemos tem muito a ver com o nosso estado de espírito e reparo que isso se reflete muito na minha escrita.
Normalmente gosto de escrever as coisas como as sinto e embora as temáticas nem sempre sejam sobre mim, reparo que há muita coisa pessoal deixada nos meus textos e estranhamente isso não me incomoda.
Gosto que as pessoas leiam o que escrevo e, se possível, que sintam, cada uma à sua maneira as palavras que outrora foram escritas.
Hoje apeteceu-me simplesmente ler o que deixei para trás há três anos, desde que comecei a escrever neste blog. Houve um misto de sensações e emoções deixadas como que de herança de mim para mim ao ler tudo o que outrora sentia.
Não vou dizer que me identifico hoje com tudo o que ontem escrevi. Faz precisamente parte do meu processo de escrita, da forma como me sentia, das coisas que queria gritar ao mundo, de revoltas, de momentos de humor ou mesmo de sarcasmo no seu sentido mais puro.
Expresso-me muito melhor a escrever que muitas vezes a falar e reparei pelo que li, que houve muitas mais coisas que disse no blog do que as que disse a falar com quem quer que fosse.
Não pude deixar de me sentir nostálgica a ler tudo desde há três anos para cá, mas admito, foi uma lavagem cerebral muito grande ao ver que nada do que hoje sou tem a ver com o que fui ontem.
Os sentimentos mudaram, a maturidade mudou, a forma de ver as coisas e de pensar. E nessas alturas eu pergunto-me: Como pode haver tanta mudança ao longo de três anos? Afinal não sou eu a mesma pessoa?
Lógico que sim. Serei sempre a mesma pessoa. No entanto sinto que cresci emocionalmente. Aprendi com muitos dos meus erros, com muitos dos erros das outras pessoas e também com o percurso da vida, que nos leva precisamente a mudar a forma como vemos as coisas. Se calhar hoje não complico tanto as coisas como complicava há três anos, se calhar hoje não perco tanto tempo com disparates, mas não é isso que faz de mim mais ou menos criança. Simplesmente foi algo que sucedeu num determinado periodo da minha vida e que o tempo levou consigo e hoje apenas resta como prova do acontecimento aqueles textos antigos que, li e reli mais do que uma vez, e aos quais não pude deixar de sorrir, de rir, de pensar e refletir no quão bom foi para mim sentar-me todas as tardes e muitas das noites á frente do computador e enviar ao mundo mais uma mensagem, mais um sinal de vida que algures do outro lado é recebida, aceite ou revogada, tanto faz...desde que seja lida.
É bom saber que algures alguém nos lê e é isso que muitas vezes motiva a minha escrita, que se identifiquem ou não com ela.