Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aquele dia em que Tânia Dias ficou trancada no w.c da Universidade acompanhada por monstros

Eu sei que o título dá logo que pensar coisas do género Mas que é que andaste a beber miúda? Mas acreditem ou não, foi mesmo verdade.
Tudo começou hoje mesmo logo de manhã. A minha primeira aula era Conceção e Gestão de Recursos Linguísticos e Comunicativos ( nice name uhm?) e era dia de frequência. Na verdade não tinha estudado o suficiente para uma cadeira tão complexa. Digamos que é linguagem computadorizada só para não ficarem todos á nora. Como calculam o teste correu-me horrivelmente mal. Olhei o enunciado e havia uma questão que dizia que o programa usava o singular com o termo Stroumph e se passasse para o plural seria stroumphs e por aí fora. A única coisa que soube dizer ao professor naquele momento foi que estava STROUMPHFACTA com o enunciado. Terminei bem antes de hora e resolvi ir apanhar um pouco de ar. O Céu azul cintilante e o ar fresco outonal sabia-me tão bem, mas senti uma vontadinha de me ir aliviar á casa de banho da minha faculdade e não pensei duas vezes. Entro e reparo ao fechar a porta que a fechadura custou ligeiramente a fechar, mas não dei muita relevância. Fiz o que tinha a fazer e...ao sair...meto a mão na maçaneta, giro-a normalmente...e NADA! Volto a tentar, quem sabe fosse algum mau geito e com um pouco mais de força ela abrisse...e NADA! Meto a mala no chão e tento mais duas vezes, mais quatro, mais seis...e NADA! Absolutamente nada. Era oficial. Estava trancada no w.c e não conseguia sair de lá.
Primeira reação: Deu-me um enorme ataque de riso. Subitamente comecei a imaginar-me a contar isto á malta, tudo a rir e eu sabendo que teria mais uma história caricata na minha vida ( como se eu tivesse poucas)
Segunda reação: Mandei uma sms á minha melhor amiga. Ela era a minha única esperança. Além disso ninguém vinha ao w.c. Estava completamente abandonada, eu e a sanita de boca aberta a olhar para mim. A dada altura dei-lhe com a tampa.
A minha melhor amiga Gisela ainda estava a fazer o teste e para a aula acabar ainda faltava meia hora. Claro, eu calculei que ela ficasse na aula até ao limite de tempo, como já é costume...e começo então a desesperar, a dar valor á vida de preso, a sentir-me ridícula e essas coisas todas muito pouco católicas. Sento-me na sanita, com a tampa fechada lógico, e começo a passar o tempo a mexer no meu telemóvel XPTO, a ver mensagens de há um ano atrás, a apagar aqui e a meter isto e aquilo ali...quando vejo uma sombra perto da porta do w.c.
Primeira reação: AAAAAAAHHH que bom, alguém vem á casa de banho e posso pedir ajuda para me virem abrir a porta.
Segunda reação: Que coisas pretas são aquelas a entrar pela porta?
Perto dos meus ténis surge uma aranha enorme preta, a andar super devagar e a fazer a inspeção do meu calçado. Nunca imaginei que as aranhas invejavam ténis das Adidas, mas verdade seja dita...tive uma enorme vontade de gritar e a primeira coisa que fiz foi pular para cima da sanita, que já não lhe bastava ter levado com a tampa, mas também levou com os pés. Reprimi o meu grito histérico, pensei em ser uma linda menina grande, pensar como gente adulta, respirar fundo e não soltar nenhum traque de pânico. A dada altura a aranha cercou a minha mala que estava ainda no chão e foi quando Tânia Dias  fez contra-ataque. Claro está, ganhei. Derrotei a enorme aranha negra. Fiz golo e não sou o Cristiano Ronaldo. Foi só então que fiquei ao corrente que a minha melhor amiga tinha finalmente saído do teste e ali estava ela, do lado de fora, a saltar risadinhas e eu a morrer de tédio e nervos, a sentir-me poluída e uma aracno-assassina, acabando de cometer inseticidio com a própria mochila.
Lá foi pedida ajuda e uma senhora muito querida foi abrir-me a porta com uma chave que nem era daquela porta, mas que abriu as portas do purgatório.

Agora em casa, livre de odores peidolentos e monstros horripilantes, só me resta agradecer a Nosso Senhor e a todos os santos pela bênção divina de ter sobrevivido meia hora fechada dentro de uma casa de banho acompanhada de uma sanita faminta.

domingo, 27 de novembro de 2011

Decidir

É bom quando tomamos decisões. Tomar decisões faz bem, é sinal de que queremos procurar o melhor para nós, para o nosso bem- estar, para nosso enriquecimento pessoal.
Por vezes há decisões mais complicadas que outras, que poderão demorar algum tempo a acontecer, que poderão ponderadas com calma, o que leva algum tempo a decidir.
Quando o que fazemos não nos realiza totalmente, então o melhor que temos que fazer é procurar de acordo com os nossos requisitos, com as nossas condições e claro, algo que gostamos.
Fazer algo por questões de imagem ou por se dizer que fazemos mas já não nos dá qualquer alento, de pouco ou nada serve. É bom que aprendamos a fazer as nossas escolhas de forma acertada. Para isso temos que arriscar, errar se preciso for, tropeçar e cair umas quantas de vezes até nos conseguirmos levantar. Temos que saber admitir que erramos, saber que aquele caminho fora uma escolha errada e temos que saber ponderar uma vez mais e olhar á nossa volta com cautela, para não decidirmos mais uma vez de cabeça quente.
Já deixei para trás uma quantidade de coisas que poderia ter feito, já fiz uma quantidade de coisas que mas valia terem ficado apenas na minha cabeça e nunca saírem de lá, mas o que me vale é que todas essas decisões me levaram até aqui, para poder dizer que errei, que quero passar por cima, fazer mais e melhor e aprender com aquilo que fiz mal no passado. Afinal, reconhecer que errei só me dá muito mais a ganhar do que meter apenas as culpas no próximo.
Não precisamos tentar corrigir o que ficou feito no passado, quando, na verdade, não há muito mais a fazer. Temos sim que olhar em frente, que ponderar com base no que ficou para trás. Afinal, não somos mais nenhumas crianças, crescemos todos os dias e aprendemos todos os dias mais alguma coisa que nos garante melhores decisões. Porque não tentar de novo? Vale sempre a pena.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Falando-te de mim

Sinto a tua falta.
Sim, tu fazes-me falta. Sei que não partiste, nem foste embora sequer. A tua mala continua guardada e as roupas no armário.
Vejo a tua silhueta deitada na cama. Adoraria saber que sonhos habitam a tua mente agora, que vontades te movem mais além, que segredos escondem o teu coração quando fechas docemente os teus enormes olhos de um castanho avelã tão maravilhoso.
Gosto de ver-te chegar a casa e sentir os teus braços quentes á minha volta. Ver-te sorrir é ainda a melhor coisa que posso ganhar de cada dia que passa sobre nós dois. O tempo tem passado rápido desde que chegaste. Subitamente passaste a ser a coisa mais importante da minha vida, aquela pela qual eu luto sem nunca me cansar, sabendo que a cada luta venço sempre por te ter do meu lado.
Não preciso dizer-te que te amo todos os dias. Tu mesmo o sabes.
Tu sabes de tudo, tu sabes de mim, de nós e do mundo. Só tu podes saber de mim.
Não trago dinheiro nos bolsos. A carteira está vazia. Esqueci-me do cheiro do dinheiro, da textura suja de uma nota de cinco euros, do perfume amargo de uma moeda ferrojenta de dois cêntimos. Eu trago muito mais do que dinheiro para te ofertar e tu sabes que nunca ficas a perder. Comigo trago todos os dias amor puro no coração, que reparto contigo sabendo que ficará guardado em segurança.
Quando sais sei sempre que vais voltar, que nunca será um adeus, mas sim um até já.
Gosto de saber que me pertences, que és feito da mesma massa que eu, que dentro de mim circula sangue do teu. Sangue esse que me aquece todas as veias, todas as cavidades do corpo mal entras pela porta, mal escuto a tua voz suave chamar pelo meu nome dizendo que voltaste. E depois aquele teu sorriso genuíno, como se nenhum mal te pudesse acontecer na vida, como se não houvessem mais problemas para te poderes preocupar. Mesmo quando os há, tu fazes com que eles desapareçam. Os meus problemas...
deixam de ser os meus problemas quando chegas, quando me chamas de irmã, quando me dizes que vieste para irmos sair, para partilhares comigo mais um dia que passaste.
Á noite gosto de ver-te dormir. Pareces um anjo de olhos fechados. Julgo que és um anjo também de olhos abertos. As tuas enormes pestanas e o sorriso apagado, escondido detrás desses lábios que repousam de um dia longo.


 Por vezes fico angustiada de não poder ouvir-te falar. Deito-me a pensar em ti, preocupada de estarás bem enquanto dormes. Deixei outra vez aquele copo com água, fechei as cortinas para a luz do sol não ferir os teus olhos lindos.
Dentro de mim está tudo bem quando sei que estás feliz.
Sabes...há palavras que não precisam de ser usadas. O silêncio é a melhor das palavras, o silêncio que te diz quem sou e o que faço aqui.
Dorme bem meu querido irmão. Sonha com os anjos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Perseguida

O meu passado persegue-me.
Uma voz...

Todas as noites desperto do mesmo sonho. Uma voz que me chama no átrio da minha casa. Uma voz seca que implora que eu ganhe coragem de sair da toca, revelar-me, enfrentar o medo que aos poucos se estende na dura cama do meu desespero.
Tento fugir-lhe. Dizer que irei conseguir, mas mais tarde, mas é impossível. Cada diz que passa, cada vez que adormeço, o mesmo sonho me persegue.

Um estranho. Sim, ele é um estranho que entrou na minha memória, que roubou os meus sonhos e a minha sede de viver. Sempre que adormeço ele ganha-me. Tento tirar isso da cabeça, distrair-me, conviver talvez.
Estou farta disto. Desço as escadas e vou até um bar. Talvez isto passe.
Dizem que fugir para longe é um solução. Uma viagem talvez. Fugir para longe afasta os problemas, é o que dizem. Mas eu prefiro enfrentá-los, ou neste caso, esquecê-los.
Calcei os meus sapatos e saí para a noite fria que me recebeu de braços abertos.
Entrei no carro e gelei.
No espelho retrovisor dois olhos me fitavam atentamente. Era ele, eu sabia que era ele. Fechei então os meus olhos na tentativa de o mandar embora da minha mente. Eu sabia que no fundo não passava de uma ilusão que tive naqueles poucos segundos em que quase deixei a insanidade bater-me de frente.
Meti a chave no carro e arranquei.
Talvez esta noite tudo passe.
Afinal, quem disse que os sonhos podem ser reais?

domingo, 13 de novembro de 2011

Coisas triviais que me fartam na blogosfera

Podia fazer um post bem mais elaborado, podia dizer um monte de babozeiras e até fazer um daqueles textos que alguns dos meus seguidores gostam. Mas resolvi falar do que me enjoa ver cada vez que abro um blog, ou quando descubro um blog novo...ou até mesmo quando dou uma olhadela em blogs mais antigos.

  • Diário- Não acham demasiado pessoal escrevermos a nossa vida em formato diário digital onde qualquer pessoa lá pode ir e saber da nossa vida ao detalhe? Um texto auto biográfico nada tem a ver com o típico diário e ninguém precisa perceber a quem se destina.
  • Visual inconstante- Não me levem a mal caros leitores, mas se é coisa que não percebo muito bem é a constante mudança de visual que há por aí em alguns blogs. Sim, concordo que o look seja mudado por vezes para não enjoar, mas será preciso mudar de imagem a cada estação, a cada dia da semana ou a cada dois dias? Quando mudamos muito a imagem é porque o conteúdo não é lá grande coisa...um blog com bom conteúdo não precisa de nada tão chamativo.
  • Troca de discussões- Hoje em dia os blogs funcionam muito a este estilo. Muita gente usa o próprio espaço criativo para uma troca constante de chapadas na cara do outro, coisa que não concordo. Acho que já todos crescemos um bocadinho.
  • Falar do namorado/a- "O meu namorado é a pessoa mais fantástica á face da terra e estou loucamente apaixonada/o por ele/a" Ok, nada contra, mas para quê tanta lamechice quando se pode simplesmente deixar isso para nós? No fim de contas esses blogs nunca duram mais que duas semanas. Em tempos fiz um blog para fotografias minhas com alguém com quem partilhava uma relação e se fosse hoje já teria pensado duas vezes antes de abrir uma conta só porque sim. As fotografias podem ser partilhadas em sites mais específicos como o Fotolog, como as redes sociais que são mais destinadas a esse tipo de fins. Na minha opinião atual, o blog é um espaço criativo onde metemos o que entendemos, mas devemos dar mais aso á nossa criatividade pessoal que intima. Coisa que na minha opinião não deve ser tão abertamente partilhada.
  • Blogs para Vampiros- Gosto de livros de vampiros, gosto de filmes com vampiros, adoro temáticas relacionadas e não sei explicar muito bem o motivo. Já adorava bem antes de sair esta praga de vampiros com porpurinas e que podem sair á luz do sol, Edward Cullen e seus derivados. Uma coisa é eu gostar da temática e até poder fazer uns posts alusivos aos vampiros, mas criar um blog só para dentinhos que sugam o sangue dos inocentes? Não obrigada. Toda a gente sabe que os vampiros são maus, mordem e matam, transformam e depois conhecem uma frágil alminha indefesa pela qual se apaixonam e ficam juntos no final. Para quê desenvolver algo que toda a gente sabe o final?
E vocês? Que fariam vocês leitores se tivessem que opinar sobre algum tópico que gostassem menos na rede da blogger?
Comentem e partilhem as vossas opiniões.

sábado, 12 de novembro de 2011

Sombra Negra

Não sei porque me persegues ou o que me queres.
Não sei o que faça para te mandar embora. Farejas o meu rasto como um animal faminto e consegues sempre achar-me, por mais que me esconda.
Nos teus ideais consta que eu serei tua por qualquer preço.
Corro. Sinto-te atrás de mim. Sei que mais tarde ou mais cedo conseguirás ganhar vantagem sobre mim, que segurarás a minha cintura e me farás parar para te encarar diretamente. Gostas de jogos perigosos, sem qualquer tabu. Gostas de sentir que os meus olhos são duas presas fáceis aos teus, mas eu não cedo. Eu insisto e não cedo aos teus caprichos. Prossigo, corro até onde a fadiga adormecida me deixa, até onde o meu corpo exausto me permite, mas sinto-te sempre atrás.
Umas vezes sinto-te escondido. Olho-me no espelho sabendo que, mesmo que o teu reflexo não se mostre, tu lá estás, sempre presente preparado para o próximo golpe.
Tu bem sabes que me atormentas a mente, que me desequilibras, que me tiras toda a concentração no que faço, mas nada te faz parar. Para ti todas as coisas parecem fáceis. Não te deixas ficar de nada e o medo não te faz frente, pois tu já és o próprio medo.
Enfrentar-te cara a cara é encarar esse mesmo medo sem receio de ceder-lhe.
Tento afastar-te. Não me serves, não me dizes nada. Tento mandar-te embora, gritar que não vales nada, que não passas de um animal faminto pronto para a próxima caçada e tu sempre ali parado, sem fazer qualquer movimento, completamente inerte com esse sorriso trocista e poderoso.
É inútil tentar fazer-te frente.
Para mim és um animal feroz.Para ti sou simples presa. Mandar-te embora seria inútil. Desisto. Ganhaste mais uma vez... Ganharás sempre!

domingo, 6 de novembro de 2011

Não temo a morte

Não tenho medo da morte.
Sinto-a perseguir-me para onde quer que vou. Consigo ver-lhe a sombra mesmo nas minhas costas. Cada dia que passa, cada hora, cada segundo, ela ganha balanço sobre mim, ficando mais poderosa, até que me consiga vencer por completo.
Escuto-a falar comigo, sussurrar-me que não terei escapatória e mais tarde ou mais cedo terei de entrar nesse seu mundo misterioso, que todos desconhecem.
Não temo ceder aos seus caprichos.
Queria morrer, desaparecer por completo. Ser devorada por essa sombra negra e desconhecida, essa porta para outra vida.
Queria acabar comigo, mas não acho que seja justo ser eu mesma a fazê-lo. Queria então que alguém acabasse comigo. Desejava que não fosse do meu conhecimento, que fosse apanhada de surpresa para não ter de pensar duas vezes sobre o assunto.
Quero que seja já, agora que me encontro distraída, a ler, a escrever, que entre a morte pela sala, com a arma do crime que me levará a outro patamar num outro lugar que não aqui. Que avance sempre pelas minhas costas para me dar coragem. Não desejo ouvi-la segredar-me, nem pedir-me que reflita no que acabo de tão gentilmente pedir. Apenas que o faça rapidamente para que eu não sinta nada.
Morrer não deve ser difícil, apenas viver o é.