Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fazer-se surdo e mudo ainda se entende...agora fingir-se cego...

Nota inicial: Para evitar confusões, todos os nomes das pessoas aqui descritas foram mudados. Trata-se apenas de uma história verídica sem segundas intenções.


Ora muito bem. 
Costuma-se dizer que nós mulheres nascemos todas (ou quase todas) com um sexto sentido, verdade? Pois eu de certa forma acredito nesse sentido ao qual chamo de instinto.
No nosso dia a dia, é normal vivermos rodeados de pessoas com os quais temos alguma afinidade, quer sejam colegas de trabalho, amigos, namorados ou até inimigos (não deixo de ter afinidade com inimigos, afinal de contas são os meus fãs xD) No entanto, temos sempre aquelas pessoas com as quais mantemos uma relação mais aberta aos quais chamamos de melhores amigos, aqueles que costumam estar sempre lá quando precisamos, que nos ouvem, que nos apoiam e com quem repartimos bons e maus momentos.
Quando sentimos que aquela pessoa merece a nossa amizade, o nosso apoio, a nossa atenção, sentimos aquela obrigaçãozinha de alertar para quando alguma coisa corre menos bem. Foi esse o caso com o meu amigo K.
O K é um amigo de longa data, com o qual já passei de tudo, desde discussões feias até momentos dignos de filme de comédia, a momentos do além, passando por todo o tipo de situações possíveis e imaginárias. O K, para mim, sempre foi uma pessoa digna do meu carinho e atenção, assim como do meu respeito.
No entanto o K tem um problema: O K costuma apaixonar-se SEMPRE, ou quase sempre desde que eu comecei a presenciar as suas relações, pela pessoa errada. Inicialmente,quando me comecei a dar conta de que o K andava com más escolhas e que o viriam a prejudicar, tentei alertá-lo, dizendo-lhe que tentasse sair disso o mais cedo possível a fim de não sair magoado. Nem sempre as coisas de que mais gostamos são as melhores para nós, como tal pensei em apoiá-lo dizendo-lhe há coisa de um ano, que a namorada do K não era o que parecia. O caricato da situação é que o K ouvia-me, mas nunca seguia o que lhe dizia. Por vezes o pior cego é aquele que não quer ver e o K pensava sempre em primeiro lugar no que sentia pela sua amada, acabando por se dar mal no fim e a muito custo lá terminou a relação. Acabando por me dar razão, o K acabou por me contar histórias póstumas sobre a personagem com quem namorou que acabaram por bater totalmente certo com o que eu já calculava séculos antes. Afinal, não precisamos de muito para identificar quando uma coisa não está certa, basta observar.
Uma semana depois, o K surpreendeu-me ao colocar no facebook que estava novamente numa relação. Note-se que foi uma semana depois, não um mes ou dois. O caricato da situação é que nesse curto espaço de tempo o K desapareceu do mapa: Não dava notícias, não se interessava em beber um café ou conversar nem enviava mensagens como habitualmente fazia. Preocupada, podendo ser uma coisa mais grave que se estivesse a passar com o K, lá tentei a todo o custo contatá-lo, vindo a saber da notícia que me levantou logo certas suspeitas tais como "isto ainda vai acabar mal". E mais uma vez não me enganei. O K todo feliz da sua vida, disse para eu não me preocupar porque esta nova amada era diferente, que sabia que terreno pisava e que agradecia a minha preocupação, mas que ele sabia o que fazia.
Resolvendo não criar confusão, deixei-o tentar, afinal não tenho o direito de me meter na vida de ninguém, mas tinha sempre comigo que uma relação tão repentina não iria dar em nada...e acertei. Duas semanas depois (mais ou menos), o K terminou com a jovem, que ao que vim a saber era mãe, maníaca por sexo e que não deixava o K respirar um segundo, provocando-o com amigos e com um suposto massagista. 
O K parecia ter aprendido a lição. Eu expliquei-lhe que ele não precisava ter pressa de se apaixonar e que mais valia ir vendo onde se metia, com toda a calma, para não acabar calejado de novo. Ele disse que já não o comem por parvo, que ele só se envolve quando tiver mesmo a certeza de quem é a pessoa, que aprendeu a lição e que já não lhe passam mais a perna.
Entretanto o tempo foi passando e tanto eu como o K tinhamos, até á data, o hábito de ir tomar um café casual ou uma saída de sexta-feira a um bar como dois amigos. Falávamos e riamos e as coisas corriam melhor na vida do K.
Entretanto o K, numa das vezes em que fomos beber café, começou a ser bombardeado por mensagens de uma amiga dele, em que se mostrava desesperada para ir com ele ao cinema. Perguntei-lhe se a rapariga em questão não gostaria dele, ao que ele me respondeu que não sabia nem lhe interessava e que não tinha muito dinheiro para andar aí a sair para longe com a jovem e que tinha mais em que pensar e inventou-lhe uma desculpa. O facto é que nessa mesma noite ele foi ter com ela e ao que parece a jovem gostava dele e pediu-o em namoro :D
Comecei a estranhar o silêncio do K...que só costuma desaparecer quando tem uma ocupação maior dentro destes padrões que já vos falei, e certo dia enviei-lhe uma mensagem contando-lhe umas novidades e perguntando como estava ele. Só me respondeu lá para as tantas da noite, dizendo que não dormiu em casa e que a sua nova princesa o pediu em namoro. E como de costume...dentro de mim o sinal de alerta (estilo sirene do Silent Hill) fez-se tocar. Não estaria ele a precipitar-se? Não seria melhor ele ir vendo e dando algum tempo para conhecer melhor a pessoa? O K não perde tempo com essas coisas. Em vez disso, desmarcou comigo um café que já tinhamos combinado na noite anterior dizendo que preferia conhecer melhor a jóia durante a semana que se seguia e que logo combinava ir ter comigo. Como eu não sou otária nenhuma, entendi de imediato que o K me estava a despachar, porque já tinha uma nova entretenga e ofendida com ele disse-lhe o que pensava a respeito. Da mesma forma disse-lhe que não me cheirava a pessoa com quem ele preferia passar a semana, trocando uma coisa já combinada com uma amiga de longa data, como se o mundo fosse acabar amanhã e ele nunca mais pudesse ver a pessoa. Ficou todo ofendido, dizendo que eu estava a julgar alguém que ainda não conhecia e blablabla...(como se ele soubesse muito mais do que eu) e a conversa foi pouco mais além disto. Mais tarde bebemos o café e eu perguntei se o K já namorava ao que não me quis responder. Comecei-me a rir por dentro, pensando em como o rapaz não as mede todas...e desde então nunca mais nos vimos, ficando mais uma vez um café pendente. Mais tarde, através do facebook, lá me contou por obra de um milagre que namorava a rapariga, que ela era 5 estrelas e todas essas coisas que me soaram irrelevantes e foi nesse momento que o K me disse algo que me deu um enorme ataque de riso. A frase foi algo como: "Quando estou a namorar só tomo café com amigos, não saio com amigas". Aquilo deu-me um alto ataque de riso, começando logo a questionar-me se o K regularia bem da cabeça. Onde já se viu só porque se tem uma relação deixar para trás os amigos? Além de claro...cancelar comigo um café N vezes e de me mentir que ficaria para X dia, passando para dia J e acabando por dizer que não iria. Logicamente fiquei chateada, porque o K já não tem 20 anos, deveria ter juízo naquela cabeça e rebentou uma discussão entre amigos (eu e ele) em que ele me disse tudo e mais alguma coisa, acabando subitamente por dizer que me adorava, que sou muito especial para ele e que sou parva ao pensar que ele se esqueceu de mim, que me está a deixar para trás e coisas do género. Digam lá se isto é normal...enfim, nem comento. Eu disse que ok, tudo bem, estava perdoado. Para quê perder tempo a meter ideias numa cabeça dura? Não valia a pena.
E o tempo passou...chegou o Carnaval, veio o dia dos Namorados e nada de K. Nem dizia um olá amiga, nem dizia vai á merda...simplesmente nada. O K mostrou finalmente que, com a atual namorada, arranjou juntamente o pack completo de felicidade, amizade e tudo numa só mulher, não precisando mais de amigos nem de cafés com os demais, porque a nova dama é que era.
Eu comecei a rir-me com a situação, porque chorar comigo não dava e chegou o dia em que o apanhei miraculosamente no facebook. Começamos a falar normalmente e eu lá lhe mandei para o alto a piada de que ele deveria de ter ficado milionário, dado que ele já me tinha dito que andava apertado com o dinheiro e por isso o meu presente de aniversário teria de esperar, mas que ele mo dava, mesmo quando eu lhe disse que não queria presentes e ele insistia. E acho que não falhei. De facto o K está mesmo rico, porque agora já tem dinheiro para se deslocar para longe, só para ver a sua princesa. Perguntei pelo nosso café rindo-me interiormente por saber o que viria e a resposta foi a esperada. A dada altura o K começou a gozar-me. Estavamos a falar de relações amorosas ao que ele me diz:
"Então já namoras..."
Quando eu lhe disse que amava o meu namorado mas queria ir vendo a pouco e pouco o evoluir da nossa relação o K surpreende-me com uma frase topo de gama como esta:" e amas a mim também? lool...tania, mas que raio de relação é essa...loooool" Algo assim desse estilo. Ao que eu me questionei se por acaso o K não estaria com a ideia de que eu estava apaixonada por ele, o que me provocou um enorme ataque de riso, porque parece que o ego lhe subiu ao cérebro e disse, como aliás é verdade, que amo todos os meus amigos, o que nada tem a ver que o ame para meu namorado, até porque o que sinto por ele está bem longe disso, mas sonhar não custa, para ele caso seja essa a ideia que tenha a meu respeito, e fiquei ofendida porque ele me perguntar que raio de relação era a minha só por ter falado que eu e o meu namorado nos estamos a conhecer, quando acho perfeitamente normal a relação fluir naturalmente e claro, dei o exemplo dele, falando que eu não vou logo envolver-me passandos 3 ou 4 dias de namorar nem viver para casa das namoradas. Ele chateado, mas não mais do que eu, disse que ía dormir e assim nos despedimos.
Estava eu ainda no facebook falando com alguns amigos, quando a minha melhor amiga Gisela me disse: "Kida, eu acho que conheço a namorada do K, mas deixa-me só mostrar a foto á minha mãe, porque a minha mãe também a deve conhecer". Não liguei muito a isso, afinal de contas que diferença faz se conhece ou não? O caricato da história, é que a minha melhor amiga conferiu que a nova musa do K se tratava de uma jovem que trabalha no mesmo local onde a mãe da minha melhor amiga trabalha, que é divorciada, mãe de 4 filhos (pelo menos até á data que se saiba) e que é uma mulher que praticamente mastiga tabaco e que, acompanhada de amigas ucranianas vai para a piscina que o pai da minha melhor amiga deixa limpa, sujando-a toda. A mãe da minha melhor amiga veio alertar-me, dizendo que a jovem em questão não é de confiar, não tem assunto nenhum e que se o K anda com ela, o melhor é tanto eu como a minha melhor amiga sairmos de cena, porque ele não sabe com quem lida. Fiquei alerta e resolvi avisar o K, afinal ele é meu amigo, mesmo que me faça o que me faz. Pensando eu que ele me diria que ficava atento, praticamente mandou-me pastar, pensando que eu agora não tenho mais nada que fazer do que investigar a desinteressante vidinha da mulher da vida dele e que ele não anda a investigar a minha vida e que o melhor é eu ver bem se ela é mãe de 4,5 ou 10 filhos. Comecei a rir-me, porque fosse ou não, não é um problema meu, apenas acho caricato que quando o K se apaixona tudo o que um amigo lhe queira dizer para ele é igual a merda, porque ele é que sabe e ele é que está certo. Seja lá feita a sua vontade assim na terra como no céu...o certo é que a jovem de facto é amiga de familiares da minha melhor amiga e tanto eu como a minha melhor amiga achamos piada porque o K cegou totalmente e nós agora somos vistas por ele como duas espias estilo CSI, pensando ele que a vida dele é alvo do nosso interesse, como se isso me metesse comida na mesa e me pagasse as contas no final do mês. Claro que escusado será dizer, que o K estava tão armado em esperto por ter uma nova jóia na mão, que começou a gozar com a minha pessoa sem antes olhar á volta dele. Caricato é também o facto do pobrezito se calhar ainda não saber que namora com uma mega mamã...e que o melhor é começar a preparar-se, porque qualquer dia como isto anda, acho que o novo emprego dele vai ser o de babysitter, já que é mais que certo e comprovado que além do K querer ser cego e não ligar aos amigos, prefere ser pai dos filhos dos outros e gastar dinheiro com mulheres que acabam por sair da vida dele de uma forma ou de outra...fazendo-o lembrar-se dos bons velhos tempos em que ía beber um café com a sua grande amiga que já não está para aí virada. É a vida. Claro que escusado será dizer que o K ainda me tentou enganar dizendo que a namorada não conhece a minha melhor amiga nem a mãe dela, mas giro seria o novo casal sensação encontrar-se num jantar desses que o patrão da jovem oferece aos seus empregados, com a minha melhor amiga e a respetiva mãe dela. 
Com isto resta dizer que não pretendo gozar com situação alguma, apenas acho caricata a forma como as pessoas mudam de acordo com a estupidez...