Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quarta-feira, 26 de junho de 2013

Hoje está In vender o peixe sem revelar que é podre

Algo de estranho acontece com as pessoas, e cada vez mais, estarem distantes aos assuntos que realmente lhes deveria de dizer respeito e apenas prestarem atenção a coisas que não interessa.
Não sei se tem a ver com esta nova era, esta época de mudança e de viragem social, espiritual, ou se apenas as pessoas resolveram mudar a forma de pensar e agir só porque sim.
Hoje se te afogas não te estendem mais a mão. Limitam-se a pegar nos telemóveis e tirar-te uma fotografia.
Quando me refiro a afogamentos, não me refiro ao verdadeiro sentido da palavra. Quero dizer apenas que as pessoas acham mais divertido ver o sofrimento dos outros e fazerem disso um troféu, do que tentarem ajudar ou se não quiserem limitarem-se a ficarem ocupadas com os seus assuntos.
Sai muito mais divertido rir da vida do vizinho do lado só porque tem uma filha que se dá com meio mundo e já fez uns 30 abortos, do que pensar no que se irá fazer no momento seguinte, pensar no que falta ainda fazer e no que se pode fazer com o que se tem.
O melhor disto tudo, e digo melhor de forma abertamente sarcástica, é que esta tendência que não vem de agora está a começar a alastrar-se drasticamente.
Uns é porque acham divertido rir-se dos outros por desporto, outros simplesmente querem saber o que faz A, B ou C porque acham que isso pode eventualmente ser algo verdadeiramente produtivo e lhes poderá dar mais sabedoria e cultura quem sabe, outros tentam impor ao mundo a sua religião porque a sua religião é que é a boa, as demais são simplesmente porcaria e vivendo um pouco de cada peripécia destas todos os dias acabamos por ver que o mundo em que vivemos pura e simplesmente está a perder o seu interesse.
Se saímos à noite cada vez mais vemos adolescentes vestidas para matar, com as maiores minissaias possíveis ou calções que quase lhes mostra a abertura traseira por completo, com uma maquilhagem nada descontextualizada para não falar altamente berrante e de saltos altos porque está mais In.
Se saímos para a rua são aquelas senhoras da terceira idade ou até senhoras mais jovens a ofertar aqueles papelitos super simpáticos a falar do fim do mundo ou que Deus é a salvação do Universo, ou que a Bíblia é mais sábia que o Homem, quando a Bíblia foi simplesmente escrita por um Homem, não muito diferente de todos os homens neste mundo fora...
Não pretendo ofender ninguém com pontos de vista deste calibre, mas aborrece-me seriamente essas senhoras que são muito queridas mas que se metem a ler a Bíblia para nós e não nos deixam simplesmente seguir o nosso caminho. E se algum infeliz disser que não acredita em Deus, acho que a morta das senhoras é ali, naquele exato momento. Acho que cabe a cada um de nós procurar a religião com a qual nos identificamos. Todos nós já tivemos aquele momento em que nos questionamos sobre as coisas e precisamos de uma busca espiritual. Ninguém tem o direito de nos impor seja lá o que for. Já nos basta a Tróika que nos leva os troikos.
Conheço um senhor com quem costumo até ter conversas bastante agradáveis pela manhã mas acabo por levar com a palavra Deus ou Jesus 2838489758376294878 durante a conversa. E ai de mim se dissesse que não era evangélica. Imaginem só o que foi quando disse que tinha ido à festa Grande de Nossa Senhora da Piedade. Disse-me logo que imagens são ilusões. Só Deus é real. Cabe a cada um de vocês arranjar uma boa resposta para dar a este senhor.
Tenho também uma amiga bem mais velha que eu, que resolveu criar um perfil no facebook para poder vigiar a vida da filha e saber com quem se dá, com quem namora, se não namora, o que faz o suposto namorado, se não namora inventa que namora, se namora tem de revistar tudo ao pormenor...e eu acabo por não ficar de fora, porque eu mesma sei que o pedido que me foi enviado por tal personagem foi simplesmente para controlar as minhas conversas com as demais pessoas e pensar assim que sabe tudo a meu respeito. O que não faço eu pelos meus fãs...

Com todas estas pérolas acho que não preciso dizer mais nada. E até tenho medo, não vá aparecer alguém e ir contar a fulano que Beltrano disse a Sicrano que Jorge era Gay...se é que me entendem.

domingo, 23 de junho de 2013

Mentiras que não tolero, mas faço de conta que sim

Todos nós ouvimos umas mentirinhoas de vez em quando e todos nós já mentimos uma vez ou outra, quer para proteger um amigo, quer para outra situação qualquer que nos convenha de certa forma e que não venha a prejudicar ambas as partes.
No entanto há mentiras e mentiras e algumas delas acabam por me cair mesmo mal. Calo e como, fingindo que não sei de nada, que acredito em quem me mente, simplesmente porque não gosto de perder o meu tempo, ou porque sou mais inteligente em fingir que acredito do que quem pensa que me está a enganar.

Um dos meus ódios de estimação são aquelas pessoas com quem já não falamos há algum tempo e que subitamente nos perguntam como vamos e o que temos feito e no meio da conversa acabam por nos mentir à cara podre com coisas totalmente inúteis.
Tenho um "amigo" (nem sei se lhe chamo mais de amigo porque acho que amigo nenhum nos faz algo assim deste género) que havia uns bons tempos que estava desaparecido do mapa, mas que um dia se lembrou de perguntar como é que eu estava. Falamos normalmente e eu disse-lhe para ele me adicionar no facebook. Ele primeiro disse que estava com problemas no facebook e eu disse que tudo bem. Mais tarde encontrei-o por casualidade no facebook e mandei-lhe o pedido. Ele disse que me iria aceitar, mas ainda não o fez, já vai sei lá quanto tempo e claro...deve ter ocultado o perfil com medo que eu tente saber da vida dele, como se eu fosse alguma criminosa que me fosse intrometer para lhe fazer mal ou alguma coisa parecida. Eu só pensei para comigo: Não queres aceitar-me como amiga no facebook tudo bem, mas não me mandes mais mensagens a querer saber como estou porque eu também não perco mais do meu tempo com pessoas assim como tu, que só sabem dar o merecido valor aos amigos quando o rabo se entala. E o giro é que o rabo se entala mesmo, mais cedo ou mais tarde.

Outra das situações é a mãe de uma amiga minha, com quem eu tenho bastante contato e conheço bastante bem. Posso dizer que somos amigas, que nos ajudamos, que tem até bom coração mais para umas coisas que para outras e que já se entalou por ouvir umas quantas verdades.
Certa noite, estava eu a falar com essa senhora, quando me mostrou uma mala de cortiça, dessas que se costuma ver muito, mas que eu não tenho propriamente que gostar. Perguntou-me então a dita senhora o que eu achava e eu disse que se a senhora gostava tudo bem. Quando ela me diz algo como: Ofereceram-me por isso nem olhei se presta ou não. Algo assim do género. Acreditei, pensando que sim, que era verdade, afinal por que motivos haveria eu de pensar mal de uma conversa tão inocente?
Mais tarde vim a saber que era mentira, porque eu disse à minha amiga (filha dessa senhora) que a mala em questão não era nada o meu género mas que se tinha sido oferecida não se olha a nada, e a rapariga disse-me algo que me fez ficar de boca aberta, como isto: Oferecida??? E tu acreditaste nisso???? Foi ela que a comprou, ela é que já andava a falar nisso há que séculos, que eram giras, que gostava e que haveria de comprar uma...

Bem, poderia levar semanas aqui a contar pérolas destas, mas de que me serve, se só com isto já eu me estou a rir? Acho simplesmente engraçado e pergunto-me qual a necessidade de mentiras tão estúpidas, tão descabidas e que deixam o mentiroso tão mal visto. Cá me interessava que a mala fosse oferecida como comprada, não fui eu que dei o dinheiro por ela. E cá me interessava se a pessoa ia ou não aceitar o meu pedido de amizade. Se aceitasse é porque ainda se lembrava de mim, se não que diferença faz? Nós só nos devemos de lembrar de quem se lembra de nós, de quem faz por nós o que nós fazemos por elas. Nós nunca devemos esperar dos outros de acordo com as ações que fazemos, mas respeito, consideração e um pouco de boa educação nunca ficou mal a ninguém. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ah pois é bebé

Já é a segunda pessoa que me diz que vem ao meu blog para ouvir a música que nele meti e eu meto-me a pensar com os meus botões:
Ou não ouves mesmo nada que preste ou então não sabes ler :D

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mudanças

Tudo muda nesta vida, com o tempo. No entanto, só nos damos conta dessas mudanças um pouco mais à frente.
Este ano começou com muitas mudanças em todos os aspetos.
Começo com o famoso/antigo msn, ou messenger, como lhe queiram chamar.
Decidiram colocar o skype como forma de substituição do msn que ía perdendo utilizadores. Depois mudaram as contas de e-mail associadas. De hotmail passamos para Outlook.
Chegou o windows 8 e toda uma quantidade de novidades, desde a possibilidade de criação do grafeno, ou por outras palavras, um telemóvel transparente que se molda numa folha de papel ao que quisermos.
Comecei a ficar atenta ao que se passava à minha volta desde então.
Talvez essas mudanças tão radicais também fossem aplicadas às pessoas.
Quando me dei conta, reparei que muitos lugares onde costumava passar a minha infância, hoje são apenas uma recordação a um cantinho da minha memória. As antigas galerias da baixa de Faro onde havia o antigo cinema, nos dias de hoje não passam de um local fechado com apenas uma loja com revistas.
O restaurante onde os meus pais trabalharam um dia e onde eu cresci a brincar, porque era muito pequena para ficar sozinha fechada em casa, ardeu e hoje é apenas um lugar mergulhado na escuridão, com jornais e papéis de revistas a tapar.
Muitos dos lugares onde outrora passei grandes momentos deixaram pura e simplesmente de existir. Alguns desses sítios apenas têm como lembrança pequenos traços do que outrora foi o lugar onde fiz amigos, onde brinquei, onde corri e onde gostava de estar.
Parece ridículo, mas subitamente deu-me aquela nostalgia.
A pouco e pouco as coisas mudam, as pessoas mudam...e aquilo que um dia tivemos não passa de uma lembrança. Afinal, tanto nós como todas as outras coisas estão apenas de passagem connosco.
Muitas noites visito esses lugares onde um dia estive, onde passei bons momentos. Visito-os para me sentir de novo em casa e para pensar que nada mudou. Quando os visito parecem reais. Locais ainda existentes, cheios de vida, movimentação ou mesmo com aqueles cheiros de outrora.
Como eu gostava de ser criança de novo. Poder reviver todas essas coisas uma vez mais.
Lembro-me de brincar com o filho do patrão dos meus pais a uma mesa a um canto do restaurante para não perturbar ninguém. Brincávamos com carrinhos ou com o Game Boy. Riamos muito os dois e eu estava sempre a desejar que ele viesse todas as tardes. Não dávamos trabalho nenhum. Sabia tão bem ir brincar todos os dias nessa mesa a um canto de uma sala, ver pessoas entrar e sair, falar com algumas delas por serem conhecidas ou amigas de família e ter aquela inocência da idade que há muito que se foi.
Sabe bem lembrar coisas assim e saber que algures elas ainda existem na nossa memória, nem que seja enquanto cá estivermos, enquanto for possível recordar  tudo aquilo que um dia fomos.