Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sim, eu sou má língua, mas tu gostas porque vieste ler

De má língua todos temos um pouco. Nem vale a pena me virem com aquelas conversetas de que não foram educados assim, porque até mesmo a minha mãe não me preparou para interagir na sociedade em tais circunstâncias, mas eu cá me virei.
No que se toca a fofocas, admito não ser muito aderente, e até mesmo espanto da minha mãe do quarto quando me vem com histórias acerca da conversa da vizinhança.
Mesmo assim, há sempre uma cusquice ou outra que não consigo resistir.

Uma das temáticas mais badaladas é a entrada dos refugiados no nosso país. Eu própria não faria melhor. Se o meu país estivesse em guerra e eu tivesse a oportunidade, lógico que me virava e nem pensaria duas vezes. O mal é que "isto está mau" (Mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior) e não há fundos para auxiliar cinco mil pessoas em Portugal. Fiquei bem mais aliviada quando soube que afinal sempre havia outra ( mas não é música pimba) alternativa. A União Europeia lá criou o seu fundo de garantia para que os nossos refugiados possam ganhar acima do nosso salário mínimo, com direito a um T4, sistema de saúde e de educação...e blablabla.
 Que bom que assim seja. Pena que a União Europeia não teve essa mesma ideia para os pobres mendigos que proliferam o nosso país, que hoje não são nada, eu sei, mas já foram alguma coisa, certamente o estado já lucrou mais deles do que dos nossos novos visitantes. Nada contra virem para o nosso país, simplesmente na época dos retornados, não me lembro de haverem T4, mas sim alfarrobeiras para o pobre dormir.



Outro assunto que está muito a dar que falar, é a maternidade. Ora pois...como "isto está mau" (mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior), nos dias de hoje torna-se mais complicado aos casais jovens sair da casa dos pais e constituir família. No entanto la se vão fazendo uns milagres e as coisas acontecem. Só que o nosso país, não é um país de certezas e as nossas videntes estão cada vez mais com as dioptrias alteradas e não fazem bater a bota com a perdigota.  É nestas alturas que sinto falta das profecias de Bandarra. Mas pronto, não se pode ter tudo. Não é que me queixe. Pelo menos não sou como um velho conhecido meu, que se lamentava sempre que andavam todas atrás dele. Depois de muito se vangloriar, lá decidia escolher a donzela que tivesse um filho para ele adotar como seu. No final de contas, separava-se porque eram todas meninas da vida e recentemente tornou-se o criador. A última das suas paixões não era mãe, por isso ele teve de se encarregar de fabricar a peça que faltava para a dama ser perfeita. Bom...pelo menos sabe que o filho é dele, assim espero.


Assuntos polémicos é o que não falta, incluindo as praxes académicas que dão tanto nas vistas. Acho que agora está na moda morrer alla Meco. Então a juventude reúne-se para enterrar alguém predisposto a esse feito, fica com a areia pelo pescoço, metem-lhe a bebidazeca pela goela abaixo, fazem a malta ficar bêbada e depois rebolar ( e não me refiro a sambar) pela areia até à rebentação das ondas. As pobres bestas, quando se dão conta que a situação está a dar para o torto, resolvem usar o plano B que é, "Fazer que fui uma vítima obrigada a fazer isto só porque sim" e lamentam-se que as praxes são agressivas. Pois são, e continuarão a sê-lo enquanto a malta só se divertir de copo na mão. Se querem tanto morrer alla Meco, metam a cabeça na sanita, puxem o autoclismo e ninguém dá por nada. Bebem a mesma quantidade de líquidos, mas mas inofensivos. Desculpem o meu sarcasmo, mas eu sofro abertamente de uma sarcastiquice agúdérrima.

Lamento que este mundo esteja pedido. Não fui eu que decidi. No entanto criei um espaço assim como este, para ser mais 1% na contagem de borricadas mundiais. No entanto eu gosto, e agora? Não gostas? Não metas like.

Religiões Organizadas

Tudo o que seja religião organizada, só serve para uma coisa: Conflitos.
Chama-se de religião organizada a grandes grupos religiosos, em especial os conhecidos como organizações, segmentos ou até seitas e governos em que nos podemos legalizar ou oficializar, ou não. A religião organizada é caracterizada por uma doutrina funcionar, o chamado dogma ou lei, um sistema hierárquico ou burocrático de estrutura de liderança, uma codificação de regras e práticas.
Já o termo religião deve significar para nós os sentimentos, atos e experiências de homens individuais na sua solidão, em relação a tudo o que possam eventualmente considerar de divino.

Não me querendo prolongar muito sobre a sua definição e sem querer ferir qualquer tipo de susceptibilidade, venho expressar a minha opinião face a esta realidade tão nítida como muitas outras, mas que ninguém parece prestar grande atenção.
Salientando e partilhando com os meus leitores que eu mesma tenho a minha religião na qual acredito, admito que tais dogmas ou leis que nós mortais decidimos por meio da nossa fé respeitar ou seguir, e pela falta de respeito pelo próximo, sinto, tal como qualquer outra sensação abstrata que me toca, a constante intolerância das pessoas.
Considero portanto de mau gosto, todas aquelas pessoas que tentem impingir a sua religião a outrem, que façam alguém forçosamente entrar na sua religião ou ainda, e não melhor do que as outras coisas já ditas, viver em função da religião e se privem de viver o mundo que as circunda.
Digamos que, o facto de eu acreditar em Deus, não faça de mim uma cristã. Além disso, a minha crença em Deus, não me obrigaria sobre qualquer pena, a entrar numa igreja. Por si só, o facto de eu não entrar numa igreja, não faria de mim uma pessoa impura. É tudo uma questão de pontos de vista, lá está, mas não de realidade. Acho que, uma pessoa que viva intensamente uma religião, e pouco mais faça além de louvar a que entidade for, se está a privar de viver o real, o aqui e o agora.
Também acho tremendamente incorreto quando ouço falar que famílias se separam em prol da religião que veneram. No meu ponto de vista, acho que nenhum vínculo de sangue deveria de ser separado por uma religião. Devemos saber respeitar o próximo, mas ao mesmo tempo, saber respeitar a nós mesmos. Cada vez menos vejo isso e tudo no sentido da religião.
Falando em organizações mais fechadas, eu jamais seria capaz de deixar um filho meu morrer por falta de transplante de medula ou doação de sangue. Da mesma forma, jamais seria capaz de abdicar de uma vida académica e fazer uma licenciatura só porque certa religião considera perda de tempo. Dizem que o mundo vai acabar, mas ainda não acabou e enquanto estiver em pé, eu como bolo de aniversário, festejo o Natal e a Páscoa, não porque seja religiosa, mas porque amo ver a minha família reunida. Enquanto o mundo estiver em pé eu irei cantar Os parabéns a você aos meus amigos e familiares e até a mim mesma, irei ler O Senhor dos Anéis ou o Harry Potter e sim, irei fazer o que gosto, porque jamais conseguiria consentir que me fizessem uma lavagem cerebral. Não importa qual julgamento tenhamos no mundo eterno, se é no paraíso ou não. Importa sim, que acreditemos naquilo que acreditemos, Deus nunca obrigou nem forçou ninguém a seguir o que quer que seja. O importante é que nos respeitemos, amemos, e toleremos quem quer que seja, sem racismos, sem impedimentos. A música foi feita para ser ouvida e não porque algo maléfico nela se esconde. Os livros são ideias prontas a ser partilhadas e lidas em qualquer prateleira de livraria e seja lá qual for a nossa crença, não deveria de existir infeliz nenhum, que decidisse uma regra em que tais prazeres inúteis fossem proibidos. Amén.