Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sim, eu sou má língua, mas tu gostas porque vieste ler

De má língua todos temos um pouco. Nem vale a pena me virem com aquelas conversetas de que não foram educados assim, porque até mesmo a minha mãe não me preparou para interagir na sociedade em tais circunstâncias, mas eu cá me virei.
No que se toca a fofocas, admito não ser muito aderente, e até mesmo espanto da minha mãe do quarto quando me vem com histórias acerca da conversa da vizinhança.
Mesmo assim, há sempre uma cusquice ou outra que não consigo resistir.

Uma das temáticas mais badaladas é a entrada dos refugiados no nosso país. Eu própria não faria melhor. Se o meu país estivesse em guerra e eu tivesse a oportunidade, lógico que me virava e nem pensaria duas vezes. O mal é que "isto está mau" (Mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior) e não há fundos para auxiliar cinco mil pessoas em Portugal. Fiquei bem mais aliviada quando soube que afinal sempre havia outra ( mas não é música pimba) alternativa. A União Europeia lá criou o seu fundo de garantia para que os nossos refugiados possam ganhar acima do nosso salário mínimo, com direito a um T4, sistema de saúde e de educação...e blablabla.
 Que bom que assim seja. Pena que a União Europeia não teve essa mesma ideia para os pobres mendigos que proliferam o nosso país, que hoje não são nada, eu sei, mas já foram alguma coisa, certamente o estado já lucrou mais deles do que dos nossos novos visitantes. Nada contra virem para o nosso país, simplesmente na época dos retornados, não me lembro de haverem T4, mas sim alfarrobeiras para o pobre dormir.



Outro assunto que está muito a dar que falar, é a maternidade. Ora pois...como "isto está mau" (mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior), nos dias de hoje torna-se mais complicado aos casais jovens sair da casa dos pais e constituir família. No entanto la se vão fazendo uns milagres e as coisas acontecem. Só que o nosso país, não é um país de certezas e as nossas videntes estão cada vez mais com as dioptrias alteradas e não fazem bater a bota com a perdigota.  É nestas alturas que sinto falta das profecias de Bandarra. Mas pronto, não se pode ter tudo. Não é que me queixe. Pelo menos não sou como um velho conhecido meu, que se lamentava sempre que andavam todas atrás dele. Depois de muito se vangloriar, lá decidia escolher a donzela que tivesse um filho para ele adotar como seu. No final de contas, separava-se porque eram todas meninas da vida e recentemente tornou-se o criador. A última das suas paixões não era mãe, por isso ele teve de se encarregar de fabricar a peça que faltava para a dama ser perfeita. Bom...pelo menos sabe que o filho é dele, assim espero.


Assuntos polémicos é o que não falta, incluindo as praxes académicas que dão tanto nas vistas. Acho que agora está na moda morrer alla Meco. Então a juventude reúne-se para enterrar alguém predisposto a esse feito, fica com a areia pelo pescoço, metem-lhe a bebidazeca pela goela abaixo, fazem a malta ficar bêbada e depois rebolar ( e não me refiro a sambar) pela areia até à rebentação das ondas. As pobres bestas, quando se dão conta que a situação está a dar para o torto, resolvem usar o plano B que é, "Fazer que fui uma vítima obrigada a fazer isto só porque sim" e lamentam-se que as praxes são agressivas. Pois são, e continuarão a sê-lo enquanto a malta só se divertir de copo na mão. Se querem tanto morrer alla Meco, metam a cabeça na sanita, puxem o autoclismo e ninguém dá por nada. Bebem a mesma quantidade de líquidos, mas mas inofensivos. Desculpem o meu sarcasmo, mas eu sofro abertamente de uma sarcastiquice agúdérrima.

Lamento que este mundo esteja pedido. Não fui eu que decidi. No entanto criei um espaço assim como este, para ser mais 1% na contagem de borricadas mundiais. No entanto eu gosto, e agora? Não gostas? Não metas like.

Religiões Organizadas

Tudo o que seja religião organizada, só serve para uma coisa: Conflitos.
Chama-se de religião organizada a grandes grupos religiosos, em especial os conhecidos como organizações, segmentos ou até seitas e governos em que nos podemos legalizar ou oficializar, ou não. A religião organizada é caracterizada por uma doutrina funcionar, o chamado dogma ou lei, um sistema hierárquico ou burocrático de estrutura de liderança, uma codificação de regras e práticas.
Já o termo religião deve significar para nós os sentimentos, atos e experiências de homens individuais na sua solidão, em relação a tudo o que possam eventualmente considerar de divino.

Não me querendo prolongar muito sobre a sua definição e sem querer ferir qualquer tipo de susceptibilidade, venho expressar a minha opinião face a esta realidade tão nítida como muitas outras, mas que ninguém parece prestar grande atenção.
Salientando e partilhando com os meus leitores que eu mesma tenho a minha religião na qual acredito, admito que tais dogmas ou leis que nós mortais decidimos por meio da nossa fé respeitar ou seguir, e pela falta de respeito pelo próximo, sinto, tal como qualquer outra sensação abstrata que me toca, a constante intolerância das pessoas.
Considero portanto de mau gosto, todas aquelas pessoas que tentem impingir a sua religião a outrem, que façam alguém forçosamente entrar na sua religião ou ainda, e não melhor do que as outras coisas já ditas, viver em função da religião e se privem de viver o mundo que as circunda.
Digamos que, o facto de eu acreditar em Deus, não faça de mim uma cristã. Além disso, a minha crença em Deus, não me obrigaria sobre qualquer pena, a entrar numa igreja. Por si só, o facto de eu não entrar numa igreja, não faria de mim uma pessoa impura. É tudo uma questão de pontos de vista, lá está, mas não de realidade. Acho que, uma pessoa que viva intensamente uma religião, e pouco mais faça além de louvar a que entidade for, se está a privar de viver o real, o aqui e o agora.
Também acho tremendamente incorreto quando ouço falar que famílias se separam em prol da religião que veneram. No meu ponto de vista, acho que nenhum vínculo de sangue deveria de ser separado por uma religião. Devemos saber respeitar o próximo, mas ao mesmo tempo, saber respeitar a nós mesmos. Cada vez menos vejo isso e tudo no sentido da religião.
Falando em organizações mais fechadas, eu jamais seria capaz de deixar um filho meu morrer por falta de transplante de medula ou doação de sangue. Da mesma forma, jamais seria capaz de abdicar de uma vida académica e fazer uma licenciatura só porque certa religião considera perda de tempo. Dizem que o mundo vai acabar, mas ainda não acabou e enquanto estiver em pé, eu como bolo de aniversário, festejo o Natal e a Páscoa, não porque seja religiosa, mas porque amo ver a minha família reunida. Enquanto o mundo estiver em pé eu irei cantar Os parabéns a você aos meus amigos e familiares e até a mim mesma, irei ler O Senhor dos Anéis ou o Harry Potter e sim, irei fazer o que gosto, porque jamais conseguiria consentir que me fizessem uma lavagem cerebral. Não importa qual julgamento tenhamos no mundo eterno, se é no paraíso ou não. Importa sim, que acreditemos naquilo que acreditemos, Deus nunca obrigou nem forçou ninguém a seguir o que quer que seja. O importante é que nos respeitemos, amemos, e toleremos quem quer que seja, sem racismos, sem impedimentos. A música foi feita para ser ouvida e não porque algo maléfico nela se esconde. Os livros são ideias prontas a ser partilhadas e lidas em qualquer prateleira de livraria e seja lá qual for a nossa crença, não deveria de existir infeliz nenhum, que decidisse uma regra em que tais prazeres inúteis fossem proibidos. Amén.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Socorro, eu tenho um fã!

Recentemente descobri que não preciso de ser Lady Gaga ou Madonna para ter um fã ou admirador.
Por mais incrível que pareça, poderei até partilhar deste caricato momento nest blog, mas não resisti em agradecer ao meu fã número 1 que tanto tentou fazer para me impressionar, e que conseguiu, mas não da melhor maneira claro. Pelo menos valeu o esforço.
Tudo começou num belo dia de Março em que o tempo estava nublado e ainda fazia frio, quando eu conheci, o meu pretendente a fã algures num café.
Aparentemente tudo bem. Rapaz simpático, mais novo que eu mas super curioso e com bom diálogo...tudo parecia correr lindamente.
A diferença de idades parecia não fazer diferença e a simpatia era tanta, que resolvi querer conhecer melhor o personagem.
Começamos por combinar algumas saídas, trocas de experiências, convívio e risadas em grupo. Depois, começou o tormento.
Ele tinha namorada, pensava eu. Na verdade ele admitia que tinha, mas nunca me dei ao trabalho de processar muito bem como se gerem relacionamentos à distância, embora respeitasse a situação.
Os problemas constantes com a namorada começaram a surgir e foi aí que a Tânia, a psicóloga de serviço, entrou em ação. Sim, eu admito que erro sempre em fazer o mesmo, mas não posso ver ninguém mal à minha volta que tento sempre ajudar, ainda mais aquilo que me parecia começar a ser um grande amigo meu.
Tudo lindamente decorria no seu ritmo slow motion e eu nem dava pelas coisas a acontecer. Ao mesmo tempo que amavelmente dispunha do meu tempo para ajudar o sensível rapaz que sofria de inseguranças e amores, ia deixando que, a pouco e pouco, o dito fosse conquistando caminho e eu nem desse por nada. Ele dizia-se fiel e que mulher nenhuma lhe provocava o desejo, e eu acreditava. Tudo nele era perfeito ao ponto de eu chegar a imaginar que a namorada platónica estava a ser uma completa idiota em não ser mais meiguinha com a pobre criatura, afinal ele mostrava-se louco por ela...até ao dia em que fomos os dois ver um filme.
Tudo aconteceu como de costume, um convite para ficar na sua companhia à conversa e a ver um filme com pipocas. O filme era dececionante, as pipocas nem por isso eram as mais doces mas a companhia deve ter começado a ferver enquanto magicava as suas ideias e começou por me pedir massagens, que amavelmente lhe dei sem qualquer problema. Massagem atrás de massagem eram mãos dadas, eram abraços, eram carinhos sem nunca ir muito além disso e eu fazendo-me de parva e assistindo a dois filmes em simultâneo. Nunca deixei o assunto passar muito desse nível, embora me começasse a intrigar o nível de lealdade que tal personagem tanto se gabava ter pela sua amada.
(Lindo, esta frase teve o seu lado poético não?)
Comecei também a questionar-me o motivo que o levava a nunca contar à namorada que saía na companhia de amigas e que apanhava noitadas com amigas. Comecei a colocar-me inclusive na pele dessa tal namorada e a pensar no quanto eu gostaria de ser informada se eu fosse a donzela desse rapaz...e não gostei da sensação. Não gostei mesmo nada.
Além de o dito ter tomado a atitude que tomou, ainda bebia até quase cair para  lado e fumava coisas menos ortodoxas, se me faço entender. Alguns anos mais novo que eu, o suficiente para me questionar se os pais não o souberam meter na linha, comecei a questionar-me que tipo de pessoa era eu a desgastar-me com alguém assim.
Entretanto os episódios pararam, o Romeu foi morrer longe e aqui eu, coitada de mim (ironicamente falando, claro) estou a morrer de desgosto pelo seu afastamento. Eu entendo que não lhe pude dar o que pretendia, mas ele também nunca me pediu nada...embora eu não lhe desse mesmo pedindo.
Bem...é a vida, resta-me chorar pelo desgosto de amor tão grande que levei e comprar uma cueca preta para consolo. So sad.

domingo, 3 de maio de 2015

Dizer amo-te não chega

Amo-te
Mas dizer esta palavra já não chega.
Porque não há palavras suficientes.
Por isso agarra-me, cala os meus medos com a tua boca sobre a minha.
Manda para fora os meus receios, não digas nada.
Olha-me simplesmente nos olhos.
Faz-me desaparecer.

Kizombas

Olá, o meu nome é Jajão. Sim, o Jajão...não me digas que ainda não ouviste falar de mim...
Não?
A sério? Nunca me ouviste dizer: "Era só jajão, quando me dizias que sou o teu único amor baby..."
Não?
Ok, eu apresento-me. Eu sou o Jajão, aquela Kizomba irritante e sem classe alguma que passa na rádio e que os demais costumam ouvir porque ouvem tudo igual, andam todos de igual. E fui criado para divertir. Toda a gente abana o rabo ao som da minha música e há quem seja fã dela.
Para falar verdade, eu sei que não presta para nada. Uma das piores Kizombas jamais conseguidas, mas sabes como é. A malta só dança e curte o que tem menos classe, e por isso mesmo vendo muitos cds e estou na moda. Sim, eu estou na moda. Nunca chegaste a saber que o Jajão é que está a dar? Pois devias saber, informa-te.
Se queres estar na moda, o melhor mesmo é tratares de me conhecer, se não eu vou ficar muito triste.
Um beijo muito sexy do teu querido
Jajão.

terça-feira, 21 de abril de 2015

O amor

Hoje tenho plena certeza da forma como gosto de ti.
Bastou-me ver-te partir, ir embora sem saber se irias voltar...e não gostei. Não gostei nada. Aquela sensação de ausência e medo apoderou-se de mim, tomou conta de cada particula do meu sistema nervoso e fez com que ansiasse voltar a ver-te.
Tudo isso aconteceu num daqueles momentos em que me questionava se tudo o que eu sentia por ti era apenas uma simples atração dessas que acontecem sem querer, ou se pretendia dividir cada momento da minha vida contigo. Imaginei como seria cada momento da minha vida sem ver o teu sorriso, sem ouvir aquela gargalhada estridente ecoar na minha cabeça e o brilho dos teus olhos seguido de todas essas emoções. Imaginei a ausência de cada um desses momentos e digo-te, não gostei. Veio de novo aquela sensação de vazio, onde façamos o que fizermos, nada consegue preencher.
Por isso decidi valorizar cada momento contigo, sem me questionar muito sobre isso. Não pretendo mais ter de passar por aquele sentimento amargo de saudade, aquele momento em que sentes que darias tudo para ter o que outrora não soubeste valorizar.
Decidi então para mim mesma que não quero mais fazer-me sofrer, não pretendo mais ter de lutar contra todas as minhas forças e sim saber que não terei do que me arrepender, fazendo sempre de tudo para te fazer ficar.
Sendo que cada dia que eu passava sem ti uma autêntica porcaria, comecei a dar-me conta de como é bom aquela hora em que estamos juntos e em que tudo e nada acontece. Dei por mim a pensar cuidadosamente sobre isso e constatei:
"Eu quero muito mais momentos como este".
Depois vinha o teu sorriso e mais uma vez eu pensava:
"Eu quero ver mais momentos como este"
E quando te rias a minha alma gritava:
"Sim, eu quero ouvi mais, muito mais risadas assim."
Depois, chegando a casa, pouso a mala e fico sentada olhando o vazio e pensando. Todos os dias planeamos momentos melhores que os anteriores. Constatei que se trata de um sentimento crescente, o de querer melhorar a qualidade dos momentos que temos. Dou-me conta que, quando estamos a planear tais momentos, tudo o que é ruim fica para trás, bem lá esquecido no fundo da memória, uma pequena miragem.
É por isso que pretendo sempre mais e mais, porque tu não sabes o bem que me fazes. Por isso cabe-me a mim levantar as mãos ao céu e agradecer-te por fazeres a minha vida parecer tão simples, por ainda haver alguém neste mundo como tu.

Foi pensando nestas coisas todas que me dei conta. Isto é muito mais que amor. Não se trata de ter alguém para a intimidade, mas sim ter alguém que nos aponte o dedo e nos corrija e estivermos errados, que nos dê na cabeça quando não estamos certos. É sobre ter alguém com quem nos sentamos e um problema maior se torna numa nuvem passageira. É sobre podermos dizer "vamos" e não simplesmente "vai".
O amor é simplesmente um rótulo atribuído a um sentimento que nem sempre sabemos ao certo o que significa. Amor sozinho não é amor, amor sofrido não é amor. Não temos que sofrer quando alguém nos faz bem por dentro.
Dizer "eu também" seguido de um "amo-te" de forma infinita nem garante nem comprova qualquer tipo de amor. O amor é o todo dentro de tudo o que se pode viver junto de alguém, com alguém, perto de alguém. Isso é o amor. O amor é a troca de olhares, a risada estridente depois de um momento de alegria, da lágrima amparada depois de um momento de angústia.
No fim de contas, não procuro muito para ser feliz. Apenas gosto de ir traçando contigo novos planos, ir rindo e fazendo-te rir a cada esquina, partilhando ideias, fazendo experiências e valorizar todos os momentos que passamos sem perder tempo a pensar que só se sabe dar ao valor o que se tem quando se perde. Não pretendo apenas te valorizar só depois de teres partido, não. Quero sempre que, ao longo de tudo o que vivemos, possa sempre dar-te um motivo mais para ficar.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Todas as coisas nascem livres

Tudo na vida tem uma data de validade, menos uma verdadeira amizade.
Eu que o diga ontem, quando finalmente pude aproveitar de um daqueles deliciosos momentos de passeio com amigos de longa data, em que há risadas, anedotas, partilhas de experiências e um jantar de tostas de comer e chorar por mais bem juntinho da praia. Ser feliz com pouco é a coisa mais saborosa.
Na vida tudo deveria de ser assim e ai daquilo que assim não o fosse...
Seria logo aniquilado e sugado para o fundo da terra, para ser absorvido pelas larvas e minhocas.
No meio de tanta brincadeira e resumindo o meu dia, dei comigo pensando em como as coisas são todas tão simples, mas tendemos sempre a complicá-las.
Todas as coisas nascem livres e podem todas elas tomar a direção que melhor se adequar à nossa vontade.
A amizade é um sentimento puro de partilha e de carinho, respeito e compaixão pelo próximo. No entanto, nem todas as amizades são assim, por isso mesmo deixam de ser amizades.
Não encontro termo para lhes chamar, por isso vão para a lixeira da minha memória reciclável, aquela que apaga o que não interessa.
Com um momento tão bom como este, vivido entre gargalhadas e momentos de partilha, dei por mim a chegar a casa completamente exausta, mas a pensar na maior das verdades, a que nos leva precisamente a excluir da nossa vida tudo aquilo que não interessa.
Nós nunca devemos mendigar pela atenção de ninguém. Quer na amizade, quer no amor, no que for.
Mas falando eu de amizade, refiro-me concretamente a este laço. Na nossa vida devemos respeitar, acarinhar, amar e honrar quem simplesmente quer ficar do nosso lado.
Com o passar dos anos, fui conhecendo algumas pessoas, fui-me despedindo de outras, umas chegavam já com bilhete de partida, outras permaneceram alguns anos, mas partiram também. Fazer o quê? Nada! Não mandamos nas pessoas. Aceitar, isso sim, palavra que nos dias que correm sem o quanto significa. Aceitar que essas pessoas que querem partir, devem efetivamente partir. Se não nos respeitarem também não são dignas do nosso respeito e sobretudo, falando de respeito, quando não há respeito naquilo a que se deveria de chamar amizade, pura e simplesmente não há retorno. Chama-se a isso amor próprio? Não só...chama-se respeito a nós mesmos. Principio.
A amizade é também isso. Termos respeito por nós, para saber respeitar o próximo. E foi isso que vi hoje lá no Forte, o rei das tostas gigantes de muitas variedades. Para mim, meia tosta bastou para ficar de barriga cheia, a outra metade, não tinha que ser com tosta, mas sim com coração cheio, e assim foi.

domingo, 1 de março de 2015

Escreve-me

Um dia, escreve-me uma carta. Gostaria de receber notícias tuas.
Escreve-me quando quiseres, com palavras bonitas e cheias de ternura que só tu sabes ter. Deixa que eu sinta que me abraças de longe, que a tua fragrância voa até mim, com simples palavras.
No fundo, o que importa mesmo nem é o que está escrito, mas sim a forma como dizemos "gosto de ti". É o estar perto mesmo estando longe, o sentir que nem o vento, nem a água, nem a longitude que nos separa, te pode afastar de mim.

Quem me dera ser criança

Um dia chamaram-me de criança, disseram-me para ter juízo entre muitas outras coisas.
Que pena que tenho de não poder voltar a ser criança, aquela altura em que, se calhar, ainda poderia escrever Juízo com um S, tal como a pessoa em questão escreveu. Gostava tanto de voltar atrás no tempo e poder brincar com as minhas bonecas. Pelo menos eu brincava com bonecas. Cada criança tem uma diferente maneira de brincar, uns com bonecos e outros tentando decifrar piadas e indiretas em todos os cantos alheios. Mas isto, claro, para as crianças que já sabem ler. Mais ler do que escrever e que depois sentem a necessidade de responder a tudo o que lhes é dito, como forma de passarem por cima de qualquer um, uma forma que só as crianças têm de poderem dizer: Eu sou maior que tu.
Agora vocês perguntam: Mas isto é alguma piada?
E eu respondo: Claro que sim, porque não? Não terei eu a liberdade de escrever o que me apetece num blogue que fui eu que criei? Claro que sim.
Como eu sempre digo, a carapuça só serve a quem a quer vestir.Mesmo assim não consigo deixar de pensar nos meus tempos de criança. Como eu adorava ver os desenhos animados da Disney e como eu gostava de campo, como aliás, ainda gosto. Fui muito feliz nesses tempos. São alturas em que sentimos que não precisamos de nos preocupar com nada, porque estão ali os adultos ao nosso redor, que tomam conta de tudo. Sabe tão bem não termos preocupações. Sabe bem procurar nas ruas outras crianças e jogar à bola, ou correr nos verdes campos.
Quando eu era criança, adorava rebolar na relva fina e verdejante. Depois ria e procurava a minha sombra no chão, correndo numa tentativa de a apanhar, sem nunca conseguir. Gostava de ver televisão, mas também gostava de brincar com animais, ou de desenhar paisagens, lindas modelos e de escrever no diário. Sempre me disseram que tinha talento para desenhar.
Na verdade, todos nós temos algum talento dentro de nós. Uns descobre-nos cedo, outros passam a vida em busca do que possa ser. No fundo faz parte da batalha de cada um.
Tudo isto para dizer que, quando me chamaram de criança, eu não me importei nada com isso. Gostei até. Com tanto nome que me poderiam ter chamado, foram logo escolher um dos que mais gosto, que me trás tantas lembranças. É nessas alturas que podemos partir a loiça toda, dizer o que queremos ser sem pensar que possa ser tão difícil. Uma boa altura para perdermos o Juízo, com Z.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Desabafando alto

Um dia perguntaram-me porque motivo eu não concorria a um programa de televisão ao estilo Secret Story.
A minha resposta é breve:
Jamais irei querer retirar a reputação ao José Castelo Branco e deixar que a Sofia perca a oportunidade de duplicar as mamas, estão muito pequenas!

Bocas fortes

Tive um amigo que diz que passo a vida a mandar-lhe indiretas no facebook, porque ele está numa relação e eu tenho dor de cotovelo.
Fica a dica para futuras consultas:
Se eu quisesse carne batida, comprava no talho. 
E falo muito a sério, melhor no talho que comprar embalado. Nunca se sabe os problemas que pode trazer para a saúde. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A mania de se querer ter tudo

O que muitas vezes acontece com aquelas pessoas que têm que ter tudo o que existe, é muito simples.
Costuma-se dizer que, quanto maior a subida, maior é a queda e acho que é uma frase bem verdadeira.
Uma mulher que pense demasiado no visual 24h/dia, na certa sai à rua com mais elementos do que deveria, estilo árvore de Natal. A única coisa positiva que vejo é que essas pessoas não se devem esquecer de levar nada importante.
O mesmo, ou muito parecido, se passa com a teoria de ter um blog. "Ah eu tenho um blog, escrevo nele todos os dias e agora vou personalizar o meu blog, fazer uma página no facebook e tudo".
Já para não falar que ao fim de uns tempos, lá se vai o blog. Caso para dizer "ah, coiso e tal, lá se foi".
Não muito longe disso está ainda o caso dos indecisos. "Não sei se levo este ou aquele. Não sei se como isto ou aquilo"...
Tenho uma vizinha que é a indecisão pura. Quando o assunto era bolas de gelado, tinha que provar os de toda a gente e no fim, ainda ficava a olhar para os gelados das pessoas ao seu redor. Não sei se a isto se deve chamar de inveja, mas também tem um pouco de indecisão. Seja como for, se me aparecer algo assim por acaso na vida, cuja indecisão seja não saber o que vestir, eu visto-a com tudo o que tiver no armário. Mas se o assunto for mais comida, também lhe arranjo espaço no estômago para comer de tudo. :D
Se o assunto for não saber que mala levar, eu tenho a solução perfeita: Leve uma em cada braço e se for mais do que duas, leve duas em cada braço.
Só espero que o mesmo não aconteça na hora de escolher um partido, porque nesses casos, não sei que solução se arranje de melhor, sem ser a de levar também um em cada braço ou então, um para cada dia da semana.
Enfim...é a vida.

Zapiando na televisão acaba nisto

Lá fora chove. Estamos em Fevereiro, mês de frio e chuva, mas não é só na rua que chove.
Cá dentro, na minha cabeça, chovem mil e uma ideias para transmitir a quem as quiser ler, só não me saem da melhor maneira. O que é uma pena.

Ora vamos a isso.
Passando lentamente os meus finos dedos pelo comando e vendo canal após canal, todos eles com a mesma pobreza de informação. Nos canais de música, a mesma música repete uma vez e outra. Na sic mulher, um programa para mulheres desesperadas por um companheiro. ALTO!!!!
Era mesmo o Dr. Phill?
Sim, porque não? Vamos falar sobre o assunto.
Uma mulher, quando confia em si mesma e se sabe valorizar o suficiente, precisa realmente de recorrer aos livros e programas do Dr Phill?
Se não está contente, mude.
Se não arranjou homem, calma, tem ainda muito tempo para encontrar o seu sapo, sim...leu bem.
Porque os príncipes só aparecem na Disney e por acaso, enquanto mudava de canal e passando pelo Disney chanel, não vi príncipe algum por aquelas bandas. Deviam de estar todos a jantar em grupo, tramando o golpe à próxima princesa que apanharem. São uns maus, tal como o John Smith, que no primeiro filme amava a sua linda Pocahontas, mas no segundo filme se afastou completamente.
E não precisamos de filmes cor de rosa para nos depararmos com o mesmo cenário mesmo diante das nossas barbas ( caso ainda algumas meninas e senhoras não tenham feito o buço).
Fujam um quanto antes quando virem que o vosso sapo de sonho saltita sempre da mesma forma e cai sempre no mesmo buraco. Tenham em atenção que um sapo não é perfeito, mas isso não lhe dá o direito de vos destroçar, dizendo que vos ama perdidamente e uns dias depois anda colado a uma râ comum. Não lhe apertem o pescoço. Os sapos gostam de dizer que sabem muito bem o que fazem, especialmente quando o assunto é o amorz.
Deixem-se envolver no ardente filme do sapo e da rã, em que o sapo se apaixona mas no fim se decepciona. Vejam e comam pipocas, vão às compras e riam disso. Telefonem a todas as vossas amigas a contar a novidade ou partilhem no mural do facebook algo como "caíste no buraco errado". Afinal de contas, mais um buraco menos um, sapo escaldado, em qualquer buraco cai.
Como podem ver, não precisam de ir ao Dr. Phill, porque a teoria é sempre a mesma. Valorizem-se, estimem-se, amem-se...coisas assim muito lindas e que qualquer mulher desesperada precisa de ouvir para cantar de galo.
Por fim e não menos importante, se ainda não têm um sapo, não tenham pressa de ter um. Antes sós, lindas e perfumadas, emproadas esperando o dito, que caindo de sapo em sapo, tal como sapo cai de rã em rã.
Pois bem, lá vou eu fazer as minhas coisinhas, que não sejam relacionadas com sapos, como vós bem podeis calcular.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Sentido de preservação é bom e faz bem

Hoje acordei com uma enorme vontade de ler revistas. Sim, isso mesmo. Revistas que falem sobre os mais diversos artigos e por isso decidi ler a Cosmopolitan do mês, onde há de tudo um pouco, desde moda, sexualidade, testes e muitas outras coisas.
No meio da minha leitura deparei-me com um artigo onde se fazia uma pergunta mais ou menos do género: Até onde se poderá ser uma mulher fácil? Qualquer coisa assim parecida e que despertou a minha curiosidade. No artigo em si, falava que reprimir sentimentos não nos liberta, não nos faz viver a vida, não nos torna mais femininas. O simples fator de estarmos a pensar que poderemos ser fáceis, é tudo coisa da nossa cabeça. O sexo é bom e faz bem. Devemos de nos libertar de sentimentos que nos aprisionam e nos impedem de viver.
Concordo e não concordo.
Se eu tiver uma opinião a dar e a der estou a reprimir-me de viver? Claro que não. A mesma coisa se passa se eu quiser ir ao Mcdonalds e comer um menu de cada. Estarei a reprimir-me? Nem por isso. Vestir o que quero e bem me apetece também não considero que me esteja a aprisionar a mim mesma e no que toca ao sexo, sim, é saudável e toda a gente gosta. (Ou quase toda a gente). No entanto, há que haver um certo sentido de preservação.
Isto significa que, se eu o quiser fazer, poderei ir com o primeiro que me aparecer só para deixar os tabus de lado? Claro que não, e aqui é que entra o cerne da questão. Toda a mulher tem o direito a ir em busca do seu prazer, de realizar as suas fantasias, de cometer os seus pecados. No entanto, isso não quer dizer que tenha hoje que estar com um e amanhã com outro. Se estiver numa relação, ótimo, faça-o. Se não estiver, a meu ver, espere pelo momento...ou estão assim tão aflitas e seja esse o sentido de reprimir algo? Uma mulher não tem de ter necessáriamente sexo 24h/ dia para se dizer que é mais solta ou mais desinibida. A ideia de reprimir algo é simplesmente tolice.
A meu ver, uma mulher que correu meio mundo numa tentativa de "viver a vida", quando chegar o momento de "ter alguém na sua vida" já não vai haver quem a queira. Não tem interesse a meu ver, a mulher que já provou meio mundo só porque sim. O sexo não deveria de ser encarado só porque sim e ser feito só porque sim. O sexo é um ato íntimo e sagrado, que deve de ser respeitado.
Há um momento certo para tudo na vida e um momento em que sentimos que devemos dar um pouco de nós a quem merece a nossa atenção. Infelizmente, nos tempos que correm, a palavra amor deixou de ter sentido e passou simplesmente a existir a palavra sexo ou "One night stand". Por isso mesmo é que penso nessa ideia de se saber onde metemos os pés, para depois, em prol de nos sentirmos reprimidas, podemos sentir pior que isso, arrependidas.