Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 26 de maio de 2015

Socorro, eu tenho um fã!

Recentemente descobri que não preciso de ser Lady Gaga ou Madonna para ter um fã ou admirador.
Por mais incrível que pareça, poderei até partilhar deste caricato momento nest blog, mas não resisti em agradecer ao meu fã número 1 que tanto tentou fazer para me impressionar, e que conseguiu, mas não da melhor maneira claro. Pelo menos valeu o esforço.
Tudo começou num belo dia de Março em que o tempo estava nublado e ainda fazia frio, quando eu conheci, o meu pretendente a fã algures num café.
Aparentemente tudo bem. Rapaz simpático, mais novo que eu mas super curioso e com bom diálogo...tudo parecia correr lindamente.
A diferença de idades parecia não fazer diferença e a simpatia era tanta, que resolvi querer conhecer melhor o personagem.
Começamos por combinar algumas saídas, trocas de experiências, convívio e risadas em grupo. Depois, começou o tormento.
Ele tinha namorada, pensava eu. Na verdade ele admitia que tinha, mas nunca me dei ao trabalho de processar muito bem como se gerem relacionamentos à distância, embora respeitasse a situação.
Os problemas constantes com a namorada começaram a surgir e foi aí que a Tânia, a psicóloga de serviço, entrou em ação. Sim, eu admito que erro sempre em fazer o mesmo, mas não posso ver ninguém mal à minha volta que tento sempre ajudar, ainda mais aquilo que me parecia começar a ser um grande amigo meu.
Tudo lindamente decorria no seu ritmo slow motion e eu nem dava pelas coisas a acontecer. Ao mesmo tempo que amavelmente dispunha do meu tempo para ajudar o sensível rapaz que sofria de inseguranças e amores, ia deixando que, a pouco e pouco, o dito fosse conquistando caminho e eu nem desse por nada. Ele dizia-se fiel e que mulher nenhuma lhe provocava o desejo, e eu acreditava. Tudo nele era perfeito ao ponto de eu chegar a imaginar que a namorada platónica estava a ser uma completa idiota em não ser mais meiguinha com a pobre criatura, afinal ele mostrava-se louco por ela...até ao dia em que fomos os dois ver um filme.
Tudo aconteceu como de costume, um convite para ficar na sua companhia à conversa e a ver um filme com pipocas. O filme era dececionante, as pipocas nem por isso eram as mais doces mas a companhia deve ter começado a ferver enquanto magicava as suas ideias e começou por me pedir massagens, que amavelmente lhe dei sem qualquer problema. Massagem atrás de massagem eram mãos dadas, eram abraços, eram carinhos sem nunca ir muito além disso e eu fazendo-me de parva e assistindo a dois filmes em simultâneo. Nunca deixei o assunto passar muito desse nível, embora me começasse a intrigar o nível de lealdade que tal personagem tanto se gabava ter pela sua amada.
(Lindo, esta frase teve o seu lado poético não?)
Comecei também a questionar-me o motivo que o levava a nunca contar à namorada que saía na companhia de amigas e que apanhava noitadas com amigas. Comecei a colocar-me inclusive na pele dessa tal namorada e a pensar no quanto eu gostaria de ser informada se eu fosse a donzela desse rapaz...e não gostei da sensação. Não gostei mesmo nada.
Além de o dito ter tomado a atitude que tomou, ainda bebia até quase cair para  lado e fumava coisas menos ortodoxas, se me faço entender. Alguns anos mais novo que eu, o suficiente para me questionar se os pais não o souberam meter na linha, comecei a questionar-me que tipo de pessoa era eu a desgastar-me com alguém assim.
Entretanto os episódios pararam, o Romeu foi morrer longe e aqui eu, coitada de mim (ironicamente falando, claro) estou a morrer de desgosto pelo seu afastamento. Eu entendo que não lhe pude dar o que pretendia, mas ele também nunca me pediu nada...embora eu não lhe desse mesmo pedindo.
Bem...é a vida, resta-me chorar pelo desgosto de amor tão grande que levei e comprar uma cueca preta para consolo. So sad.

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