Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ventos de outro século


É tão engraçado como o tempo passa.
Por vezes questiono-me como foi possível as nossas vidas terem tomado rumos tão distintos e só agora, depois de tanto tempo, nos voltarmos a cruzar.
Durante todo este tempo em que por ti esperei, não fiz nada de especial, nunca me apaixonei de verdade, nunca me entreguei, nunca busquei no escuro com medo de nunca mais poder voltar a ver-te. Subitamente voltamos a falar. Um acaso levou-nos a tal. Foram trocas de palavras, nada mais que isso, mas com a certeza de que um dia poderia voltar a existir em nós tudo o que a vida nos roubou.
Não te forçarei a nada. Não te pedirei nada mais que essas palavras que me dás.
Sinto-te triste, sei que sentes a minha falta da mesma forma que sinto a tua. Sinto que o tempo não passou por nós dois e que nada do que passamos se apagou das nossas memórias. Recordo ainda o teu sorriso enquanto jantávamos na serra, vejo a tua mão e a minha unidas, o teu olhar sempre verdadeiro, o medo de poder acordar no dia seguinte e nunca mais voltarmos a falar, a olhar como antes, a brilhar como só duas estrelas cadentes fazem no momento em que aparecem no céu.
Recordo a tua mão amiga, a tua atenção e todos aqueles momentos em que estávamos juntos a rir. Cada gargalhada dada de coração, cada piada e história que juntos criávamos dita com alma.
O que foi que nos aconteceu? Que rumos levamos nós que o destino nos tenha tão tristemente afastado por várias vezes? Diz-me como posso eu mostrar-te que nada do que nos aconteceu foi o fim de tudo o que juntos criamos. Como posso eu recuperar-te?
Ainda guardo comigo aquele último momento em que juntos rimos a ver o pôr do sol cair sob a serra. Ainda me recordo da noite em que dancei para ti enquanto me filmavas e rias para mim, ainda me recordo das tuas doces palavras.
Perdoa-me em ter chagado tão tarde.

domingo, 30 de maio de 2010


Não me lembro de como foi, apenas sei que tudo á minha volta estava escuro e eu caía por entre toda essa escuridão. Parecia estar dentro de um poço enorme e sem fundo e continuava a cair. Subitamente aterro no paraíso. Á minha volta tudo era verde. Haviam árvores cintilantes e o arco-íris ao fundo. Havia uma cascata enorme cuja água pareciam finos cristais. A relva parecia veludo e no céu haviam pássaros azuis e borboletas de várias cores. Só então é que te vi.
Deixei-me ficar presa no teu olhar castanho da cor da terra. Deixei-me ficar presa nos teus cabelos ondulados e nos teus lábios que timidamente me sorriam.
Momentos depois estávamos um em frente ao outro. Diante de mim pequenas memórias de outras vidas passavam diante dos meus olhos quando estes estavam fixos nos teus.
A tua voz ecoava na minha cabeça como uma melodia doce, as tuas mãos rodeavam-me levemente como o vento e o teu cheiro parecia delicado, doce como a pele de um bebé. Há quantas vidas te espero. Há quantas encarnações procurava eu por ti. Quantos dias sonhei eu com o teu rosto. Quantas noites te vi nas estrelas...
Percebi que sempre nos pertencemos, que estávamos juntos agora e sempre e que nada nos poderia separar. Então, ao som da melodia da cascata e do entardecer beijámos-nos.
Nunca conseguirei perceber como foi que nos encontramos.
Haverá em mim sempre a certeza de que não foi o acaso que nos levou até este mágico momento em que finalmente, depois de tantos e tanto anos nos tenhamos finalmente fundido. Nada é por acaso.
Depois deste momento tive plena certeza de que eras tu e não outro qualquer o grande amor da minha vida.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Porque tiveste que partir?

Era 8h30 quando fechaste os teus olhos. Não estavas a dormir e eu sabia. Não estavas a descansar e eu sabia. Dentro de ti tudo se apagou de repente, tudo deixou de existir e tu ali, aquilo que restava de ti, aquilo que ainda era possível vislumbrar por momentos, antes de desaarecer com o tempo, em questão de horas. A contagem decrescente para tudo quanto um dia foste deixares de ser tu e passar a ser mais nada.
A tua mão e a minha cada vez mais distante e o som da tua voz totalmente inaudível, mudo e sem ruído algum. A tua voz que me pertence e que deixou de me pertencer para sempre.
E assim foi o fim de todas as coisas que até então existiam entre nós. Assim foi o fim de tudo quanto um dia foste capaz de construír para me dar a mim e a todos os que te rodeavam. A notícia a espalhar-se em poucas horas e eu a ouvir sem conseguir acreditar. Sem conseguir acreditar mas no fundo de mim a saber que era verdade, que eras tu quem tinha ído embora, que eras tu quem tinha partido e deixado para trás aquele mundo de sonhos que para ti ainda era possível.
Queria ter tido tempo de te ter dito adeus, de ter segurado a tua mão ainda com vida e ter ouvido a tua doce voz pela última vez.
Não pudemos fazer mais nada- disseram os médicos, e eu sentindo que ainda havia muito que podia ser feito, que ainda havia muito que podia ser reposto, mas sabendo também que era demasiado tarde para te trazer de volta, que tinhas mesmo ido embora, mesmo que eu ainda não conseguisse acreditar.
Partiste de repente, sem aviso, e eu nem pude dizer-te adeus, nem pude salvar-te nem dizer que és importante, que jamais te irei esquecer e que estarás para sempre no meu coração. No coração de todos.

domingo, 23 de maio de 2010

Rock In Rio...EU FUI!!!!!!!!

O festival mais aguardado do ano teve inicio na passada sexta-feira, dia 21 e eu marquei presença com a minha mana do coração a fim de ver a tão aguardada estreia do (na minha opinião) melhor músico blues John Mayer. Marcaram ainda presença a columbiana Skakira, a mega fã de lanny Kravitz Ivete Sangalo (preferia dizer Ivete sem galo) e a nossa fadista Marisa que deram igualmente um belo show, mas na minha opinião John Mayer foi o momento alto da noite!
Foi um super momento e muito bem passado. Chegamos a lisboa eram 17:58 da tarde e seguimos directas para a cidade do rock de malinha na mão visto termos passado a manhã na universidade e só depois termos seguido rumo a Lisboa.
O melhor de tudo foi não termos gasto dinheiro em bilhetes, uma vez que a minha querida prima do coração me conseguiu arranjar duas passagens, mas como ela não podia ir nesse dia ofereceu-mas, por isso imaginem só o dinheiro que não poupamos. Ainda por cima somos estudantes, tivemos desconto nos bilhetes de comboio.
Foi um grande momento passado em muito boa companhia e claro, com grandes estrelas.
Quem não foi...tivesse ido porque valeu muito a pena.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Se eu podia ter um feitio melhor? Poder, podia...mas não era a mesma coisa!

Quem já não pensou desta forma? É óbvio que não era a mesma coisa!!! Para quê mudar?
É precisamente assim que penso. A partir do momento em que tencionamos mudar algo em nós seja lá por que motivo for, deixamos de ser nós mesmos. Quando somos adolescentes ou mesmo até na nossa fase jovem, sentimos uma grande necessidade de sermos integrados num grupo, como tal, damos por nós muitas vezes a tentar mudar algumas características nossas para tentarmos ir de encontro aos padrões desse mesmo grupo e nos sintamos mais confiantes e melhores connosco mesmos. Agora pergunto:
Para quê?
É totalmente compreensível que possamos de alguma forma nos sentirmos um pouco ressentidos com determinadas críticas que levemos por parte de outras pessoas, mas com a idade vamos ganhando consciência do efeito que isso surte em nós e é então que colocamos a questão? Vale mesmo a pena mudar?
Resposta: É CLARO QUE NÃO!!!
Sermos como somos faz parte de nós, é o que nos define como indivíduos e o que faz com que hajam pessoas que se identifiquem connosco ou não, mas lá por haverem pessoas que nos excluam do seu grupo não quer dizer que tenhamos que mostrar que estamos diferentes num determinado aspecto só para tentar agradar mais ao outro, até porque em 90% dos casos a mudança nunca é total, não se realiza do dia para a noite e nunca, mas mesmo nunca é total. Quando damos por nós acabamos por agir da forma como agíamos em tempos e volta tudo ao mesmo. Então paramos para nos questionarmos: Porque raio não consigo eu mudar isto ou aquilo em mim? É simples, porque faz parte de nós, é reflexo do que somos e temos que nos aceitar assim como somos. O maior compromisso que temos é connosco mesmos, por isso temos que gostar de nós mesmos e aceitar não só as qualidades mas também os defeitos.
Quem não gostar tem bom remédio, busque noutra freguesia que aqui o que se busca é genuinidade e nada mais que isso.
Ser eu mesma e aceitar-me assim mesmo como sou, faz-me sentir bem comigo mesma e gosto quando alguém se identifica de alguma forma com a minha maneira de ser, mas admito que também gosto quando alguém pura e simplesmente não gosta, faz parte e além do mais também eu sou selectiva com os conhecimentos que travo. Como tal já sabem...não mudem nada em vocês!!! Sejam vocês mesmos sempre!

domingo, 9 de maio de 2010

Apetecia-me


Apetecia-me pintar-te com as cores do crepúsculo, fazer-te voar entre os meus dedos, sentir a doce leveza dos teus cabelos e poder fechar por instantes os meus olhos para aspirar a leve fragrância do mar junto da beleza esculpida do teu corpo.
Apetecia-me escrever-te, assim como um pintor que pinta a sua tela, apetecia-me gravar-te na memória do meu coração enquanto este se julgar eterno, ter-te entre os meus braços e depois libertar-te para te ver partir com a brisa do amanhecer.
Queria dizer-te coisas inexistentes, ouvir coisas diferentes e por fim rebolar entre a relva e a areia sem nunca me cansar de o fazer, porque quem busca sonhos...sabe viver.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Gosto ou nem por isso?

Hoje foi um dia daqueles cheio de compras para remodelar o guarda-roupa e dei por mim a pensar: "Gosto disto, mas gosto mais daquilo...uhm, deixa cá ver, não gosto muito disso..."
É curioso como os nossos gostos pessoais são constantemente testados diariamente. Estamos sempre a focá-los e esse vai ser o tema do novo post, porque estou num daqueles dias em que me apetece dizer tudo o que penso sem ter de pensar duas vezes. Porque não elaborar uma lista de coisas que gosto e que não gosto mesmo nada?
Ora cá vai:

Gosto de:

Rir. Para mim nada melhor que uma boa risada e se for de uma piada sem piada alguma tanto melhor! Gosto de me rir de mim, das situações, das piadas, de todas as coisas que me provoquem uma boa gargalhada.

Chocolate: Sinceramente, eu tento evitá-lo, mandá-lo embora e dizer que já não o quero ver mais á minha frente mas ele volta sempre e em maior quantidade, mais delicioso e cada vez melhor. Eu sei que parecia outra coisa, mas não. Falo mesmo de chocolate. É algo que simplesmente adoro, amo, venero! Gosto de praticamente todos os chocolates e confesso que sou uma gulosa de primeira.

Música: Não vivo sem ela. Para onde quer que vá tenho que ter sempre uns phones á mão com uma boa música e o melhor é que sou bastante versátil. Não tenho géneros musicais preferidos. Claro que sou selectiva com a música que escuto, mas para mim venha ela e em que género for desde que eu goste.

Humildade: Para mim tem que ser tudo sem grandes complicações. Adoro coisas simples e humildes. Adoro pessoas sem manias e sempre dispostas a ouvir e estender a mão ao próximo sem esperar nada em troca.

Beijinhos: Não me venham cá com desculpas. Um bom beijinho sabe sempre bem e de preferência quando não se está á espera. Já não passo sem o meu típico beijinho matinal que me deixa logo bem disposta. Além do mais ajuda a perder calorias meninas, por isso já sabem, não gastem dinheiro em ginásios, beijem muito!

Dormir: A sensação de sentir que chegou a hora do vitinho é muito gratificante, especialmente depois de um dia que exigiu muito de nós. Quando caio na cama sinto-me no paraiso e mesmo já tendo dormido em diversas camas diferentes quando ía a visitas de estudo e mesmo quando dormia em casa de amigos, a nossa cama é sempre a nossa cama ou não é verdade?

Obervar: Seja o que for, onde e quando for, eu adoro obervar as coisas. Sou muito curiosa e sem grande maldade nisso, como tal sempre que vejo algo que me chame a atenção lá vou eu ao seu encontro apreciar e ver todo o detalhe.

Agora que já falei de algumas coisas que gosto vamos passar ás que simplesmente odeio.

Odeio:

Pessoas com a mania das grandezas. Isso tira-me do sério. Têm a mania que são as primeiras a experimentar tudo, a ter tudo antes dos outros. Aquela tipica frase "Eu tive ainda antes de ser moda" ou até "Quando eu tive ainda não se usava" tira-me do sério.

"Estavas a falar de mim?"- Esta frase não vos diz nada? Odeio quando uma pessoa pensa que tudo tem que girar á volta dela e que tudo o que fazemos é a pensar nela. Não precisas de fazer nada de extraordinário para que uma determinada pessoa se pique caso se sinta de alguma forma metida na conversa sem o estar. Embora casos destes me façam rir, é deprimente.

Ciumes: Que palavra tão agressiva nunca pensaram nisso antes? As pessoas quando sentem ciúmes podem fazer coisas incríveis como imitar o que as outras pessoas vivem só para lhes mostrar que também têm ou também fazem. É quase tão idêntico á inveja mas com um grau mais acentuado de agressividade. Isso deve-se na sua grande maioria raiva incontrolável que se sente no interior por muitas vezes não se suportar ver uma pessoa bem e é igualmente estúpido.

Duas caras: Pessoas que um dia acordam muito bem humoradas e no dia seguinte acordam com o rabo destapado deixa-me sempre mal disposta.

Favas: Não gosto nem suporto sentir o cheiro. Simplesmente intragável!

Bem, e chega por aqui. Ao menos sempre sabem que não me podem convidar para um jantar de favas se não desejam que vos mande á fava não é? :D
E vocês? Quais as coisas que gostam e as que simplesmente detestam? Partilhem ideias.

Desassossego

Tarde demais esperei por ela, e quando por fim chegou, seus passos pesavam de cada vez que pisava o solo. Eram passos lentos e martelavam na minha cabeça como dois martelos pesados de ferro, chocando um contra o outro incessantemente até me querer fazer desistir.
De olhar cansado deixei-me pousar sob a cama vazia e fria numa tentativa falhada de descanso. Fechei os olhos primeiro levemente, mas depois, já farto de tantas vezes o manter fechados sem que o sono lhes roubasse toda a lucidez da escuridão, fechei-os com força, até ver uma imagem escura que foi a pouco e pouco tornado-se mais clara, quase cegando-me por completo.
Tinha as mão húmidas do calor, talvez porque passei demasiadas horas a escrever á espera dela, mas ela sem aparecer. Apareciam com o passar dos minutos novas palavras no papel, desaparecia a tinta da caneta por entre as palavras, fugitiva por entre as letras redondas e confusas já pelo cansaço da noite. Um mês numa tentativa falhada de sono, dois cafés por noite e um whisky para afastar os males, mais umas séries que passavam na televisão e um pouco de música clássica.
Depois já farto de música clássica metia um pouco de jazz! Adorava tentar perceber a diferença entre os vários tipos de jazz enquanto passava lentamente um cigarro pelos dedos, mas sem o fumar logo a início, apenas sentir a sensação de o ter por perto, de saber que dali a nada tudo estaria reduzido a fumo e cinza e que esse mesmo fumo me iria trazer mais paz por instantes, mas depois passaria de novo ao mesmo desassossego de esperar por ela outra noite e de saber que poderá não ser só esta, mas muitas outras...
Ela sem chegar...onde poderá estar a esta hora? E porque levou aquele vestido de ceda elegante que lhe ofereci em Outubro?
Nunca conseguirei entender os caprichos de uma mulher, mas reconheço que nem eu sei entender a mente dos demais que se acemelham á minha espécie, aqueles que pensam como eu e que esperam por coisas que não acontecem, mas esperam-nas na mesma numa tentativa falhada de acontecerem e poder-se chamar um milagre a tal acontecimento espantoso e aparentemente inocente. Faz bem iludirmo-no um pouco e pensar que, dentro de poucos segundos, iremos ver aquilo que desejamos, ou ouvir aquilo porque esperavamos há muito. Faz bem não dormir para sonhar acordado ou então perder uns minutos de escrita para admirar no fim, sentir aquela sensação de agrado permanente como se de um quadro brilhantemente pintado se tratasse.
É assim que passo as noites, enquanto espero por ela.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ilusão

Por vezes reparo
Que te queres fazer de inocente
Mas no meio desta história
És tu aquele que mais mente

Com tanta incerteza
caminhava eu pela rua
Até que percebi quem teve a culpa:
Não foi minha, foi tua

Tantas vezes desejaste
Meus olhos quereres fechar
Mas minha experiência não deixa
Que me possas enganar

Falas mal pelas costas
Porque aquele que mente
é o único que não consegue
Admitir a verdade de frente

Fui esperando que um dia
Talvez, me pudesses dizer
A verdade escondida
Que teimaste em não esclarecer

Minha alma te entreguei
Não soubeste aproveitar
Acreditaste antes nas histórias
Que fizeram para nos separar

Já tens idade para saber
Que não devia de ser assim
Fechares os olhos á verdade
E acreditares mesmo assim

Farta de tudo virei as costas
E o tempo lá ajudou
A esquecer a pouco e pouco
Quem diz ter amado...mas não amou!

( Não se trata de um poema actual, mas como me pediram para publicar...porque não?)