Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 24 de maio de 2010

Porque tiveste que partir?

Era 8h30 quando fechaste os teus olhos. Não estavas a dormir e eu sabia. Não estavas a descansar e eu sabia. Dentro de ti tudo se apagou de repente, tudo deixou de existir e tu ali, aquilo que restava de ti, aquilo que ainda era possível vislumbrar por momentos, antes de desaarecer com o tempo, em questão de horas. A contagem decrescente para tudo quanto um dia foste deixares de ser tu e passar a ser mais nada.
A tua mão e a minha cada vez mais distante e o som da tua voz totalmente inaudível, mudo e sem ruído algum. A tua voz que me pertence e que deixou de me pertencer para sempre.
E assim foi o fim de todas as coisas que até então existiam entre nós. Assim foi o fim de tudo quanto um dia foste capaz de construír para me dar a mim e a todos os que te rodeavam. A notícia a espalhar-se em poucas horas e eu a ouvir sem conseguir acreditar. Sem conseguir acreditar mas no fundo de mim a saber que era verdade, que eras tu quem tinha ído embora, que eras tu quem tinha partido e deixado para trás aquele mundo de sonhos que para ti ainda era possível.
Queria ter tido tempo de te ter dito adeus, de ter segurado a tua mão ainda com vida e ter ouvido a tua doce voz pela última vez.
Não pudemos fazer mais nada- disseram os médicos, e eu sentindo que ainda havia muito que podia ser feito, que ainda havia muito que podia ser reposto, mas sabendo também que era demasiado tarde para te trazer de volta, que tinhas mesmo ido embora, mesmo que eu ainda não conseguisse acreditar.
Partiste de repente, sem aviso, e eu nem pude dizer-te adeus, nem pude salvar-te nem dizer que és importante, que jamais te irei esquecer e que estarás para sempre no meu coração. No coração de todos.

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