Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 7 de fevereiro de 2021

Ser feliz sem saber

         Ahhh (suspiro)!

Que música tão linda. Recorda-me bons tempos. Tempos que passei feliz sem saber que era feliz.

    Tempos esses em que trabalhava e ganhava pouco, mas percorria uma parte pequena do mundo e a vivia intensamente. Um desses momentos foi em Albufeira, no Algarve ao sul de Portugal. As ruas do centro de Albufeira repletas de turistas, de gente de todas as línguas. Uma mistura de culturas inundava Albufeira. 

    Recordo um desses locais com alegria. Era o chamado túnel de acesso à praia das Belharucas. Aí, em trabalho e euforia, conheci o meu namorado que depois veio a ser meu marido. Eram tempos de turismo, de multidão, de enchente e comércio. Eram tempos de felicidade sem ninguém bem entender o que isso significava ao certo.

    A praia repleta de gente, onde se conseguia ouvir os gritos das crianças ao longe a jogar na praia, o som dos pés descalços que vinham pelo túnel com bagos de areia por todos os lados, o som do vendedores ambulantes que vendiam os seus produtos rua fora com o seu cântico nostálgico. O som de vozes e culturas que se misturavam entre si numa sinfonia que era Albufeira. O som do dinheiro a cair nos bolsos dos comerciantes que vendiam os seus produtos nas suas bancas. Saudades de Albufeira nesses tempos em que era Albufeira e não uma cidade fantasma, isenta de turismo.

    Saudades dos músicos de rua que inundavam as ruas com os seus sons, com as suas melodias. As vozes das pessoas à porta das lojas que estavam cheias de compradores...os cães a latir por mais um pedaço de cachorro e felizes por terem a atenção deste e daquele que por ali passava.

    Saudades de ouvir o mar e as vozes na praia felizes. Saudades de ver pessoas entrar e sair de lojas felizes com as suas lembranças para os seus parentes. 

    Saudades de ouvir os sons da calçada e os risos dos senhores das lojas vizinhas que se viam satisfeitos com as suas vendas. E de ver as bilheteiras para parques aquáticos lotadas com rostos sorridentes. 

    Saudades de ver os bares abertos repletos de risos e bebidas que faziam todos os rostos sorrir. 

    Tenho profundas saudades de ver Albufeira como ela era, sem máscaras nos rostos e gel para mãos em cada esquina. Saudades de ver as ruas inundadas de turismo e o riso das crianças felizes que pediam aos pais isto e aquilo. Simplesmente saudades. Ouvir gaivotas misturadas com o som equatoriano da flauta, o som das senhoras e senhores que faziam a sua propaganda para este restaurante e aquele. Que saudades. Subitamente ser como era dá uma enorme saudade. Ser como era de correr na praia e rir com os amigos, de beber um café em grupo e falar de mais um dia de trabalho, de passear pelas ruas despreocupado sem pensar no amanhã. Beber um copo e sorrir ao pôr do sol. Ver as ondas do mar e pensar em nada mais que o próximo momento para nos tirar o fôlego! Onde estão esses tempos hoje? 

    Onde podemos ir assim sem pensar, beber o nosso copo com amigos, estar junto do mar ou passear pela rua que não haja alguém a controlar? 

    Fomos todos felizes sem ter tido noção de o ser. Todos nós vivemos tempos em que não pensamos sequer que um dia poderia haver mais um pesadelo. Fomos felizes e rimos em conjunto todos nós. Todos o fizemos nesse tempo que foi ontem. 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Novo confinamento geral, ou diria eu, loucura geral?

 Toda a gente já conhece o Coronavírus neste mundo e como tal nem seria muito relevante falar sobre o tema. O que vale a pena falar, é a loucura que este novo vírus ou suposta pandemia está a fazer com a sanidade mental das pessoas. 

Um advogado supostamente infetado com a Covid-19, acabou por matar a mulher e consequentemente acabou por tirar a sua própria vida por não conseguir suportar a ideia de ter o vírus do diabo instalado no corpo. E isto só a título de exemplo. 

Recentemente no facebook, também eu fui alvo de uma crise existencial de uma velha amiga de Universidade e com quem mantinha uma amizade há uns bons anos. Recentemente ela ficou grávida do primeiro filho e foi uma notícia bombástica para toda a gente. No entanto, as coisas começaram a subir à cabeça da minha dita amiga e no seu cérebro de fanática Covid, começou a surgir o que podemos chamar de uma crise de pânico sem fim. Certo dia, ela partilhou uma notícia qualquer a respeito da pandemia e o meu marido comentou essa mesma publicação com uma opinião pessoal sem ofensas ou outro tipo de atitude semelhante. O que aconteceu sem seguida? O impensável. 

Quando finalmente me preparava para relaxar, recebo uma mensagem dessa amiga a dizer-se super nervosa com o comentário do meu marido, alegando que leva os dias numa pilha de nervos e a chorar com medo de apanhar o vírus mais o bebé, com medo do que possa acontecer e dizendo estar completamente hormonal e não suportar o que "andamos" a comentar. Eu, sem ter feito o que quer que fosse, acabei por ser incluída na situação, sendo o meu marido e eu eliminados do facebook dela, e levando ainda a seguir um raspanete em que ela referia que seria melhor nos mantermos afastados caso não acreditemos na pandemia. 

É assim...(tipo...sim? ok? que culpa tenho eu? Onde foi que a dengue de mordeu? Andas a fumar alguma coisa fora do prazo?)

Fiquei completamente chocada confrontada com a afirmação de que "seria melhor nos mantermos afastadas" só porque eu acredito que não tenho que viver numa completa ditadura em que sou obrigada a ser vacinada com algo que não me garante imunidade, em que sou praticamente obrigada a meter no meu telemóvel uma aplicação para controle de pandemia quando não tem eficácia alguma, quando me pretendem enfiar um cotonete de três mil metros pelas trombas se uma simples gota de saliva já contagia meio mundo. Eu não sou obrigada a acreditar que o confinamento é sim a solução, que o uso de máscara conseguiu vencer a gripe, que tenho que ficar em casa sem apoios do estado para estes vendidos de merda andarem de cú tremido no sofá a receber apoios de todo o tipo e por aí vai!

Com esta situação, e como soube que a minha tal amiga vive o pânico e o terror no seu dia a dia, eu imaginei o melhor cenário possível para que ela possa ter toda e qualquer segurança na sua habitação e que até o mais inofensivo dos vírus mal se dê conta que está num campo de batalha resolva voltar para o país de origem. Ora cá vai a medida de segurança que este humanoide deve fazer:

                                        Medidas de segurança para a grávida em pânico

  1. Quando o marido chegar a casa vindo das compras ou trabalho, mantenha-se a uma distância de dois metros com uma pistola a jato de álcool gel e borrife-o frente e verso, sem esquecer de usar viseira, luvas Vileda e galochas para o efeito
  2. Com uma pinça, entregue uma máscara ao seu marido, dando-lhe depois uma viseira e um equipamento de astronauta a fim de evitar que espirros ou outras partículas indesejadas se instalem no seu sistema.
  3. Mantenha a casa vedada com películas acrílicas de forma poderem circular pela casa sem se cruzarem um com o outro sem nunca se esquecer de utilizar as mesmas para dividir a mesa de jantar, cama ou banheira.
  4. Mande a roupa do seu marido para uma lavandaria o mais longe possível da sua habitação a fim de, quando esta regressar, o vírus tenha tido tempo de falecer.
  5. Cave um buraco no chão da sua casa de banho a fim de construir uma habitação subterrânea para ser utilizada em acessos de medo, pânico ou terror. Não se esqueça de a abastecer com mantimentos e vedá-la em acrílico de forma a não ser acedida pelo seu marido.
  6. Evite relações sexuais nos momentos de maior pânico, ou se quiser praticar os seus atos íntimos com o seu conjugue, vista-lhe um fato de astronauta com fecho para a zona intima. Meta-se de quatro com uma placa de acrílico nas costas e com uma pistola a jato direcione o mesmo para as partes íntimas do seu conjugue mal o retire do fato. Não se esqueça de utilizar máscaras de oxigénio assim como o seu conjugue e ventile o quarto logo em seguida.
  7. Não saia de casa sem levar fato de astronauta, máscara cirúrgica, viseira, luvas Vileda de duas camadas e galochas. Se for para perto do mar leve barbatanas.
  8. Se o seu marido espirrar dentro de casa, sustenha a respiração, vá direta à casa de banho e meta-se na sua toca subterrânea de quarentena cerca de 14 dias sem ver a luz do dia. 
  9. Não vá a hospitais ou chame uma parteira até sua casa. Dê à luz sozinha e coloque a criança no compartimento subterrâneo logo que possível e fechado num cofre de aço a fim de o proteger de todos e quaisquer danos colaterais relativos à Covid!
Não será esta uma ideia brilhante para esta pessoa em questão? Parece-me que sim. Ainda pensei noutras alternativas, mas ela ainda poderia querer alinhar em todas e eu gosto de manter os meus métodos também em isolamento para que não se contaminem. 

Por último só me resta dizer o seguinte: Há um velho ditado para quem leva a vida a chorar por antecipação que diz o seguinte: Quanto mais choras menos mijas.
Isto diz tudo!