Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

No outro dia ouvi uma jovem no supermercado em conversa com uma amiga sua, referir que já não compra Cd's, já não compra DVD, já não quer livros, nem nada do que ocupe espaço.
"É tudo digitalizado", dizia ela. E no meio daquela conversa muito à 2026, eu perguntava-me baixinho se por acaso, quem sabe, ela também não prefere arranjar um namorado mas digitalizado.
Sei lá, as coisas hoje em dia ocupam tanto espaço, as relações já não não o que eram e assim talvez uma formataçãozinha na memória do boyfriend o possa tornar reutilizável e moldável.
Não sei, digo eu, estava só aqui a pensar com os meus botões, porque esta ideia de querer tudo digitalizado dá muito que pensar a alguém como eu, que adora filosofar sobre as coisas e até por vezes retirar umas conclusões menos apropriadas também.
Uma pessoa que escute alguém vindo de fora a dizer que quer tudo digitalizado, acaba por se questionar a si mesma se esse tudo é mesmo tudo.
Mais adiante na dita conversa, a tal jovem ainda reforçou que o que está a dar é ter tudo "mais organizado possível", "tudo digitalizado acaba por ir de encontro às minha necessidades". Frases estas captadas assim por lapso ou quase mesmo sem querer. Reforço o quase, porque o termo sem querer, nos dias que correm já é considerado um arcaísmo, dado que atualmente, toda a gente faz tudo e mais alguma coisa de propósito.
Bom, mas isso já são outras conversas e já estava eu a fugir à conversa da digitalização e compactação e coiso e tal.
Ter tudo digitalizado para ir de encontro às necessidades é algo de veras intrigante. O termo necessidades também poderia ser abordado de outra forma e quem sabe as necessidades ( fisiologicamente falando) também possam ser digitalizadas para contribuir para o meio ambiente. No fundo, acho que o cérebro daquela jovem já está tão digitalizado e formatado que já nada cabe lá dentro. Talvez se ela busca arrumação, que se formate a si mesma ou se comprima em ficheiro RAR e se meta numa minúscula Pen, mesmo no fundo da mala.
E já estava eu de novo com as minhas ideias de levar tudo mesmo à letra...

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Manias que esta gente tem

Não me canso de pensar nisto e quanto mais penso mais caricato eu acho.
As pessoas hoje em dia esforçam-se ao máximo para que nós adivinhemos o que elas são.
Ao meu redor só me cruzo com pessoas que negativamente me conseguem surpreender e começo já a pensar que encontrar uma única pessoa mais ou menos decente neste mundo começa a são mais difícil que achar uma agulha num palheiro.
Ou é porque as pessoas querem tirar proveito de tudo e mais alguma coisa inventando toda a espécie de mentiras, ou é porque as hormonas estão ao rubro ao ponto de ser abraçada a torto e a direito por toda a espécie de malandros. Começo sinceramente a ficar meio cansada.
Trabalho como promotora social em campanhas no âmbito do markting social e lido sempre com pessoas, quer sejam meus colegas, quer sejam as pessoas no geral.
Já estou acostumada a levar com todo o tipo de respostas possíveis e imaginárias, por isso posso mesmo gabar-me de ter estofo para aturar idiotas. No entanto há coisas, ou pessoas, que acham poder abusar do meu estofo. Ou é por pensarem que acredito em qualquer barbaridade que escuto ou porque acham que eu amo que me sufoquem.
Tenho no meu local de trabalho uma menina de 18 anos que se faz de vítima em tudo o que pode para chamar as atenções. Inclusive já inventou que tem cancro de pele, que a cortisona a faz emagrecer, que tem células pré-malignas ( really, what's that?) e que já perdeu 8 kg desde que entrou na campanha. No entanto, foi inscrever-se recentemente como dadora de medula óssea e colocou nas observações que apenas tem psoríase. Really!!!
Estou sempre a ouvir histórias diferentes todos os dias e a começar a saturar-me delas.
Ou é porque é do cú ou então porque é das calças e até já há quem adore passar o tempo a agarrar-me e a abraçar-me a todo o instante como se isso fosse algo que eu realmente amasse.
Tenho um colega, que por mais querido que seja, consegue por vezes traumatizar-me com isso. Até inclusive, numa das noites que me levou a casa, se eu não tivesse desviado a cara mais um bocado, aposto que me teria beijado. Acho que há limites para tudo e eu francamente vou começar a estabelecer regras para ver se a coisa melhora.
No entanto não deveria de ser bem assim. As pessoas deveriam de ter mais respeito por aquilo que não lhes diz respeito. Deveriam de saber até que ponto devem de ir com os outros colegas e tentarem perceber se os colegas gostam de um dado comportamento ou não. Enfim, fazerem as coisas de forma a que se possa trabalhar sem climas estranhos. Em vez disso, neste local estranho que é as campanhas no âmbito social, acho que temos uma alta probabilidade de nos cruzarmos com qualquer cromo fantástico e de outro mundo a cada passo que damos. Será que algum dia irei ter o prazer de me cruzar com o Conde Drácula? I hope so. Acho que lhe dava logo a lista de potenciais alimentos para o seu pequeno-almoço.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Chorar

Chorar faz bem.
É engraçada a facilidade que temos em chorar quando somos pequenos. O simples ato de exprimir os sentimentos.
Depois, com o tempo, vamos crescendo, amadurecendo, endurecendo...
E chorar já não é tão fácil.
Endurecemos e deixamos de conseguir fazer transparecer aquele sentimento inocente de outrora.
Endurecemos e aprendemos outras formas de chorar, de exprimir sem derramar uma lágrima.
No fundo acabamos por nos esquecer que chorar pode ser tão bom...