Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 1 de março de 2015

Quem me dera ser criança

Um dia chamaram-me de criança, disseram-me para ter juízo entre muitas outras coisas.
Que pena que tenho de não poder voltar a ser criança, aquela altura em que, se calhar, ainda poderia escrever Juízo com um S, tal como a pessoa em questão escreveu. Gostava tanto de voltar atrás no tempo e poder brincar com as minhas bonecas. Pelo menos eu brincava com bonecas. Cada criança tem uma diferente maneira de brincar, uns com bonecos e outros tentando decifrar piadas e indiretas em todos os cantos alheios. Mas isto, claro, para as crianças que já sabem ler. Mais ler do que escrever e que depois sentem a necessidade de responder a tudo o que lhes é dito, como forma de passarem por cima de qualquer um, uma forma que só as crianças têm de poderem dizer: Eu sou maior que tu.
Agora vocês perguntam: Mas isto é alguma piada?
E eu respondo: Claro que sim, porque não? Não terei eu a liberdade de escrever o que me apetece num blogue que fui eu que criei? Claro que sim.
Como eu sempre digo, a carapuça só serve a quem a quer vestir.Mesmo assim não consigo deixar de pensar nos meus tempos de criança. Como eu adorava ver os desenhos animados da Disney e como eu gostava de campo, como aliás, ainda gosto. Fui muito feliz nesses tempos. São alturas em que sentimos que não precisamos de nos preocupar com nada, porque estão ali os adultos ao nosso redor, que tomam conta de tudo. Sabe tão bem não termos preocupações. Sabe bem procurar nas ruas outras crianças e jogar à bola, ou correr nos verdes campos.
Quando eu era criança, adorava rebolar na relva fina e verdejante. Depois ria e procurava a minha sombra no chão, correndo numa tentativa de a apanhar, sem nunca conseguir. Gostava de ver televisão, mas também gostava de brincar com animais, ou de desenhar paisagens, lindas modelos e de escrever no diário. Sempre me disseram que tinha talento para desenhar.
Na verdade, todos nós temos algum talento dentro de nós. Uns descobre-nos cedo, outros passam a vida em busca do que possa ser. No fundo faz parte da batalha de cada um.
Tudo isto para dizer que, quando me chamaram de criança, eu não me importei nada com isso. Gostei até. Com tanto nome que me poderiam ter chamado, foram logo escolher um dos que mais gosto, que me trás tantas lembranças. É nessas alturas que podemos partir a loiça toda, dizer o que queremos ser sem pensar que possa ser tão difícil. Uma boa altura para perdermos o Juízo, com Z.

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