Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 6 de novembro de 2011

Não temo a morte

Não tenho medo da morte.
Sinto-a perseguir-me para onde quer que vou. Consigo ver-lhe a sombra mesmo nas minhas costas. Cada dia que passa, cada hora, cada segundo, ela ganha balanço sobre mim, ficando mais poderosa, até que me consiga vencer por completo.
Escuto-a falar comigo, sussurrar-me que não terei escapatória e mais tarde ou mais cedo terei de entrar nesse seu mundo misterioso, que todos desconhecem.
Não temo ceder aos seus caprichos.
Queria morrer, desaparecer por completo. Ser devorada por essa sombra negra e desconhecida, essa porta para outra vida.
Queria acabar comigo, mas não acho que seja justo ser eu mesma a fazê-lo. Queria então que alguém acabasse comigo. Desejava que não fosse do meu conhecimento, que fosse apanhada de surpresa para não ter de pensar duas vezes sobre o assunto.
Quero que seja já, agora que me encontro distraída, a ler, a escrever, que entre a morte pela sala, com a arma do crime que me levará a outro patamar num outro lugar que não aqui. Que avance sempre pelas minhas costas para me dar coragem. Não desejo ouvi-la segredar-me, nem pedir-me que reflita no que acabo de tão gentilmente pedir. Apenas que o faça rapidamente para que eu não sinta nada.
Morrer não deve ser difícil, apenas viver o é.

3 comentários:

Unknown disse...

Mas que texto...

Cátia disse...

Sabes? eu tenho muito medo da morte. Pensar sempre que vou morrer deixa-me as pernas bambas. Realmente, um pouco diferente do que costumas escrever.

O mundo segundo eu disse...

O texto é verdade. Eu não tenho medo de morrer. Acho que já não tenho medo de nada. O medo é como os cornos. São coisas que metem na cabeça das pessoas. :D