Sinto a tua falta.
Sim, tu fazes-me falta. Sei que não partiste, nem foste embora sequer. A tua mala continua guardada e as roupas no armário.
Vejo a tua silhueta deitada na cama. Adoraria saber que sonhos habitam a tua mente agora, que vontades te movem mais além, que segredos escondem o teu coração quando fechas docemente os teus enormes olhos de um castanho avelã tão maravilhoso.
Gosto de ver-te chegar a casa e sentir os teus braços quentes á minha volta. Ver-te sorrir é ainda a melhor coisa que posso ganhar de cada dia que passa sobre nós dois. O tempo tem passado rápido desde que chegaste. Subitamente passaste a ser a coisa mais importante da minha vida, aquela pela qual eu luto sem nunca me cansar, sabendo que a cada luta venço sempre por te ter do meu lado.
Não preciso dizer-te que te amo todos os dias. Tu mesmo o sabes.
Tu sabes de tudo, tu sabes de mim, de nós e do mundo. Só tu podes saber de mim.
Não trago dinheiro nos bolsos. A carteira está vazia. Esqueci-me do cheiro do dinheiro, da textura suja de uma nota de cinco euros, do perfume amargo de uma moeda ferrojenta de dois cêntimos. Eu trago muito mais do que dinheiro para te ofertar e tu sabes que nunca ficas a perder. Comigo trago todos os dias amor puro no coração, que reparto contigo sabendo que ficará guardado em segurança.
Quando sais sei sempre que vais voltar, que nunca será um adeus, mas sim um até já.
Gosto de saber que me pertences, que és feito da mesma massa que eu, que dentro de mim circula sangue do teu. Sangue esse que me aquece todas as veias, todas as cavidades do corpo mal entras pela porta, mal escuto a tua voz suave chamar pelo meu nome dizendo que voltaste. E depois aquele teu sorriso genuíno, como se nenhum mal te pudesse acontecer na vida, como se não houvessem mais problemas para te poderes preocupar. Mesmo quando os há, tu fazes com que eles desapareçam. Os meus problemas...
deixam de ser os meus problemas quando chegas, quando me chamas de irmã, quando me dizes que vieste para irmos sair, para partilhares comigo mais um dia que passaste.
Á noite gosto de ver-te dormir. Pareces um anjo de olhos fechados. Julgo que és um anjo também de olhos abertos. As tuas enormes pestanas e o sorriso apagado, escondido detrás desses lábios que repousam de um dia longo.
Por vezes fico angustiada de não poder ouvir-te falar. Deito-me a pensar em ti, preocupada de estarás bem enquanto dormes. Deixei outra vez aquele copo com água, fechei as cortinas para a luz do sol não ferir os teus olhos lindos.
Dentro de mim está tudo bem quando sei que estás feliz.
Sabes...há palavras que não precisam de ser usadas. O silêncio é a melhor das palavras, o silêncio que te diz quem sou e o que faço aqui.
Dorme bem meu querido irmão. Sonha com os anjos.
2 comentários:
Mana, eu amo-te com ou sem blog Hello? Remember? AMO-TE
Simplesmente DIVINAL.
Enviar um comentário