Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Liberta-me

Chove! Chove dentro de mim. É engraçado como só hoje me dei conta de que dentro de mim cai uma enorme tempestade.
O teu coração partiu para longe.
Vejo as tuas pegadas na areia, pegadas distantes, já meio apagadas pelas gotas de chuva que são hoje as portas da tua alma vazia e sem rumo.
És um vagabundo. Um ladrão de almas que se alimenta dessa mesma sede de viver e dorme distante, longe deste meu coração, que é a cama dura do teu desespero.
Vivo triste por saber que dentro de mim chove muito de cada vez que nos encontramos. É duro ter a certeza de que, estas pingas de chuva que caem ainda são réstias de lágrimas que por ti tenho chorado.
Não te amo, mas é isso que me dói, não te amar mas ver-te como te via. Não te querer mas ver-te como te via. Não estares mais ali mas ainda te sentir do meu lado, terrivelmente presente nestes meus olhos cegos pela dor.
Tu és um ladrão de corações, um ladrão que tentou por duas vezes roubar-me aquilo que já não tenho.
Vai! Peço-te, vai embora! Abandona este barco que se afunda, deixa-me ir com ele, morrer com ele. Parte para onde os meus olhos não possam mais ver os teus.
Foge para um lugar onde não mais possa pensar que existes e liberta-me, sim, liberta-me a alma que te segura as mão frias e deixa-me voar.

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