E digam lá que eu não tenho razão nas coisas que digo? Tenho, eu sei que tenho.
Uma prática muito comum por parte de grande parte dos homens para com as suas mulheres são precisamente os maus tratos físicos. Mas quem fala dos físicos fala também dos psicológicos.
Para já, uma mulher, antes de se olhar para ela e se dizer que é uma mulher, tem de ser vista como um ser humano comum e como tal deveria de ser tratada com todo o respeito. Eu sei que também há muito boas senhoras que tratam mal os seus homens, mas regra geral vejo mais o contrário acontecer e questiono-me sempre o que leva um homem a mostrar o seu lado mais agressivo e animal para com o ser delicado que é a mulher.
Em países como Marrocos, por exemplo, vejo muitos casos de mulheres a terem de se sujeitar ás regras do seu homem, o que me faz uma confusão tremenda. Para eles, a mulher é mais uma máquina de fazer filhos e uma peça de lavandaria que propriamente um ser humano com quem possam compartilhar as tarefas.
Na verdade, os maus tratos a mim metem-me nojo.
Deveríamos todos de ter o direito de poder usufruir da nossa liberdade, mas lá não funciona assim. Um homem em Marrocos anda com quem bem entende e faz o que bem entende. As mulheres não. Uma mulher que decida divorciar-se do marido em Marrocos fica sempre mal vista perante todas as pessoas que conhecem a família do seu pai. Não consigo perceber que tipo de mentalidade há na cabeça daquelas pessoas por não conseguirem perceber que está no direito de uma mulher divorciar-se se assim tiver de ser.
Não podemos ficar presas a uma relação que está mais que acabada só para causar bom aspecto do lado de quem vê, do lado de fora. Em casa não é igual ao que o que as pessoas vêm por fora.
Dar a imagem de bom marido é sempre uma técnica muito usada pelos homens e começo a achar que se tornou um vício querer mostrar que se é bom numa coisa que nem sequer têm a capacidade de o ser.
Um bom homem é aquele que se preocupa com a mulher que tem em casa, aquele que dá dinheiro para a ajudar a sustentar os filhos, dado que os filhos não foram só feitos por ela. É muito giro meter lá o coisito de passados nove meses toma lá e atura-o tu que eu sou o patrão da casa.
Acho uma falta de dignidade tremenda aos homens que mal tratam as suas mulheres desta forma e ainda lhes batem. E quando não lhes batem há sempre uma palavra sábia que vale mais que mil bofetadas. Ninguém merece viver numa situação assim.
Essa mentalidade deveria de ser abatida de uma vez por todas.
O mal é que essas leis, se é que poderei considerar aquilo de lei, não terminam só por obra de graça do Espírito Santo. Acreditar em Deus nestes casos só não basta. É necessário que se faça alguma coisa para reverter toda esta situação vergonhosa que se passa no nosso mundo.
Uma grande amiga minha passa precisamente por esta situação. O caricato desta história é que o marido dela, além de a ter como mulher ainda queria ver se arranjava uma segunda mulher, de forma a obter a legalização em Portugal. Claro está que depois disso a segunda mulher seria lixo na vida dele.
Já pararam para pensar neste assunto um minuto que fosse? O que vos parece?
Quem cala, muitas vezes não consente. Apenas não sabe o que dizer.
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