Os estudos estão a acabar finalmente. Já deviam de ter terminado, mas nem sempre temos controle de todas as situações que nos circundam e das companhias que se atravessam no nosso caminho.
Eu entrei para a Universidade com o intuito de poder fazer tudo em três anos. No entanto passei por uma situação complicada em que me perdi um bocado do meu caminho graças a dois piolhos pegadiços que se meteram na minha vida e na vida da minha melhor amiga.
A situação parecia controlada, mas chegou a um ponto em que, tanto eu como ela já não sabíamos mais que fazer das nossas vidas. Estamos a falar de gente demente, maluca, sem nexo, que tudo o que faziam era meter o bedelho na vida de duas raparigas.
Como era previsto perdemos um pouco o rumo. No entanto não desistimos e a prova disso é estarmos finalmente a terminar tudo de vez.
Tentar recuperar o tempo perdido leva o seu tempo. Foram algumas coisas que ficaram para trás, mas não desanimamos. Afinal, sempre nos tivemos uma à outra para dar esse apoio e nunca nos deixarmos cair.
Felizmente nem tudo foi mau. Ao mesmo tempo que fui estudando na Universidade fui experimentando outros prazeres. Comecei a tocar guitarra e foi também esse lindo instrumento que me colocou para cima.
Colocou de tal forma que decidi experimentar colocar à prova os meus dotes em algum bares e locais públicos e tive os meus resultados.
Nunca desisti dos meus sonhos nem nunca desistirei. Sou demasiado determinada para tal. Nunca me deixo vencer pelo que seja. No fundo sei que esse sonho me pertence, que é meu e que, com muito trabalho, o consigo.
Não busco cunhas, nem ajudas de terceiros. Luto pelo meu sonho com as minhas ideias e com as minhas próprias mãos. Enquanto isso busco o que fazer, estudo, tento sair o mais que posso para me distrair e esquecer os problemas. Problemas todos nós temos. Uns mais, outros menos, nunca deixarão de ser problemas.
Busco sempre o que fazer relacionado com o meu sonho e assim vou mantendo a minha mente ocupada e sã.
Já falta muito pouco para a Universidade terminar de vez para mim e arranjar o que fazer da minha vida.
Recebi uma proposta para França de uma amiga de longa data que pondero aceitar. Talvez me faça bem mudar de ares. Pretendo que a minha melhor amiga venha comigo. Pretendo que, se eu me der bem na vida, que ela se dê tão bem como eu. Sempre quis fazer por ela o que ela faz por mim. Sempre tencionei fazer pelos meus o bem que me fazem e não desejo nada mais do que isso a toda a gente. Desejo sempre melhor do que aquilo que me desejam, pois cada um oferece o que tem.
Não sei explicar o que sinto, nem se estou contente com esta ideia, mas acho-a justa.
Mudanças são boas, fazem bem, fazem com que sintamos que estamos a caminhar na direção de alguma coisa. O mundo está em constante movimento. Nós nunca paramos. Estamos sempre em busca do que fazer e mesmo que não seja um emprego, pelo menos uma ocupação.
Passei por tanta coisa nestes últimos meses que penso que deixei de ter medo. Deixei de recear o que me espera. Simplesmente continuo e aguardo os resultados do que faço. Parei de pensar há muito no que não faz falta. Reciclei da minha vida os momentos inúteis e retive apenas a mensagem importante que os mesmos me deram. Aprendi, cresci mais uma vez. Faz bem sentir que crescemos a cada decisão que tomamos.
Faz bem sentir que somos fortes para tal, que temos capacidades suficientes para continuar sempre em frente.
Comecei mais uma batalha, assim como todas as pessoas que pensam dar um grande passo na vida delas.
Não sei o que me espera o amanhã, nem sei se quero saber, mas estou curiosa, expectante e ansiosa por desvendar.
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