Todos nós temos mais do que aquilo que precisamos e isso é mais do que óbvio para toda a gente, certo?
No entanto cada vez mais vou ouvindo as pessoas com quem convivo dizerem que hoje em dia só compram mesmo o que precisam. E eu concordo completamente.
Para quê gastar dinheiro em algo só para dizer que temos algo? Moda? Para não sermos excluídos? Ah pessoal...vamos lá usar a cabeça e sermos práticos. Estamos em tempo de crise e temos de pensar duas vezes onde vamos empenhar os nossos tostões se não queremos andar a pedir na rua um dia destes. Essa ideia de se ser excluído já passou há muito de moda, pelo menos para mim.
Já que esta crise veio aparentemente para ficar e que o nosso novo governo não a sabe resolver cortando sempre na carteira dos contribuentes, espero ao menos que esta má fase sirva para mudar a mentalidade de muitos de nós de forma a que aprendamos a saber viver com o pouco que temos sem ambicionarmos aquilo a que não podemos chegar, porque nós bem sabemos que é assim que se fica endividado em 50% dos casos.
Estado eu num desses estados em que não quero mais do que preciso, fiz uma arrumação geral nas minhas tralhas e dei algumas das coisas que não me faziam falta alguma ( mas pensei a quem as dar) e no fim meti-me a pensar e a pensar e fiz uma lista na minha cabeça de coisas que retirava da minha vida se tivesse de viver sem elas e aqui vão algumas:
- Os filmes. Não preciso deles. Posso descarregar os que quiser para o computador porque não pago mais por isso e não preciso gastar dinheiro só porque sim, por causa de um filme que mais tarde fica só a encher-me a prateleira do quarto.
- Bonecada e adereços de quarto só para enfeitar. Pode não se aplicar tanto aos homens, mas nós mulheres gostamos de enfeitar os nossos quartos com coisas decorativas bastante apelativas e os nossos quartos costumam ser uma enchente de vernizes, peluxes, guarda-jóias e caixas para toda a espécie de afins...pelo menos o meu é um pouco disso, dado que em tempos coleccionava uma enorme enchente de bijoteria e tenho tanta que nem uso metade. No entanto não me livro dela porque gosto e porque sei que há sempre uma ocasião para se usar alguma das peças compradas. No entanto se tivesse de viver sem isso tudo, eu vivia sem qualquer problema.
- Tablet. Eu tenho um tablet, mas não pedi para o ter. No entanto acho-o prático e funcional, acho que acaba por ser mais prático ir com ele a algum lado em vez de levar o portátil que é mais pesado. Mas o tablet não tem as mesmas funcionalidades que o portátil, nem word, nem power point, nem dá para fazer metade das coisas...logo...comprar só para enfeitar? No way. Para ver filmes vejo no computador, para jogar jogos jogo computador, para ir á internet vou no computador...resumindo, faço mais no computador que no tablet, logo não precisava de um Tablet.
- Roupa para as traças. Toda a gente já comprou mais roupa com aquela que usa. Até eu, por sinal, para todas as ocasiões e mais algumas...mas no entanto damos sempre com uma pela guardada que nunca foi usada, certo? Chamo a isso ter fartura e sim já tive fartura. Não vo dizer que abro o meu guarda fato e que vejo meia dúzia de mudas de roupa porque está cheio, mas no entanto não uso metade do que ali tenho. Umas uso em casamentos, outras em datas especiais, outras ainda não são para já...e vão ficando por aí...No entanto ou engordamos ou emagrecemos e lá se vão as calças da Mango ou o top da Bershka e só se vestiu uma ou duas vezes. Não será um crime gastar tanto para tão pouco?
- Bonecos da infância. Toda a gente os tem ou já teve. Mas ainda há quem os tenha e quem os guarde. Uns degradados, outros novinhos em folha pelo bom uso que lhes foi dado (no meu caso foi mesmo assim, não fui criança de estragar as minhas coisas) mas guardamos sempre porque nos faz lembrar e assim vamos enchendo a casa. As mães e pais de hoje deviam de ter em conta que as crianças precisam de brincar, mas não precisam de encher o quarto até ao ponto de não conseguirem entrar, afinal de contas não vão ser eternamente crianças e eu acho que gastar em demasiados bonecos é montante mal empregue. Não é por isso que se deixa de ser bom pai/ mãe não acham?
1 comentário:
O que eu retirava da minha vida era:
O telemóvel
A televisão
as revistas (cada vez estão piores e é dinheiro super mal gasto)
Bijuteria não sou mega adepto, mas também retirava
Bibelôt's que isso ainda eixste e é uma feira da ladra terrível
Coisas partidas que há em casa
Bonecadas
e papelada que não nos vai servir de nada mas que temos a mania de ter.
Tecnologicamente falando, retirava da minha vida:
Playstation (péssimo exemplo para os putos e ótimo para o sedentarismo)
Consolas
Jogatanas rascas e não rascas
tudo o que for demasiado avançado como ipods, xbox, coisas sem serventia decente como o tablet...odeio o tablet porque é um pc espalmado sem metade da serventia, logo prefiro um laptop a um tablet...
Filmes gosto de ver, mas retirava, sacam-se
cromos, autocolantes de meia tijela...tudo o que for de coleção como caricas, tampas disto e daquilo...especialmente para as fãs de algum artista que tenham a "sorte" de ter levado uma tampa de garrafa...pelo amor de Deus, é apenas uma tampa e quer dizer tudo, o que ele vos deu foi uma tampa hello?
E retirava também adereços decorativos a mais da conta que é só para gastar.
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