Uma das coisas que não entendo nas pessoas é quando são realmente teimosas sem razão alguma.
Tudo bem que a razão é algo realmente bastante subjetivo e que está no lado de quem a vê como bem já referi, mas há situações que conseguem superar espetativas como esta que vos vou contar.
Todos nós temos problemas, uns maiores, outros menores, mas todos eles são problemas. No entanto, assim como todos nós temos problemas, todos nós temos diferentes formas de os resolver, consoante a nossa força interior e as nossas capacidades interiores. Nunca julguei ninguém por o que quer que seja no que toca a esse campo, dado que costumo sempre dizer que, só quando nos calha a nós, é que sabemos realmente dar ao valor, e não é mentira alguma.
Há pessoas que tendem a ficar depressivas, outras nem tanto, mas as que ficam, em alguns casos tendem a descarregar para cima das pessoas que não têm culpa, como já me aconteceu a mim ser julgada por algo que não fiz.
Como já falei em tempos, tenho um amigo que está a passar por uma situação bastante difícil de superar. ( não irei logicamente referir que situação é, mas digo que é uma situação delicada)
Essa situação em questão tem mexido bastante com ele e por isso é normal andar mais sensível ás coisas. No entanto, isso não quer dizer que nós tenhamos culpa pelo que se está a passar á sua volta ou que sejamos os responsáveis pelo seu problema porque não somos, ou melhor dizendo, não sou.
A vida encarrega-se de nos oferecer cuincidências e há relativamente pouco tempo perdi um parente chegado, pessoa essa por quem tenho muita estima e foi calhar na mesma altura em que esse meu amigo teve também o seu problema. Para o poupar não lhe disse nada de imediato, mas perguntei como é que ele estava e para me ir dando noticias, coisa que não aconteceu. Em vez disso, ele não quis entender. Há poucos dias falamos pelo telefone e quase que saltavam faiscas por algo que não passava de um mal entendido.
Saliento que, caso precisem de falar com uma pessoa, que o façam cara a cara, para que não hajam coisas do género. No entanto, depois de alguns desentendimentos, ele ligou-me e fomos tomar um café. Acabei por lhe explicar tudo. Perdi um parente, não é fácil e não poderia deixar de apoiar os meus familiares nessa altura, pelo que lhe pedia compreensão. Aparentemente ele entendeu e ficamos bem. Mas só ontem fiquei a saber que não.
Ao que tudo indica, esse meu amigo disse que sim só porque sim. Porque fica bem, porque não se quer chatear, porque tem mais que fazer...sei lá, pode ser por muita coisa, mas não entendeu. Despachou-me no facebook porque tinha que ir descansar. Não me liga, não me manda e-mails como eu tanto lhe pedi e ele disse que faria, não faz absolutamente nada porque espera que seja sempre eu a fazer.
Por mais que tente perceber os pontos de vista dele, há alturas em que temos que meter na nossa cabeça que não dá. Infelizmente, não poderia dar-lhe mais justificações do que aquelas que já lhe dei e fazer mais do que já fiz. Se lhe peço que me conte como ele está, é sinal que prezo bastante a amizade dele. Se ele não o faz é porque não preza a nossa amizade como eu.
Mesmo sabendo que a situação dele não é fácil, tenho consciência que não tenho culpa disso. São coisas da vida que temos que saber aceitar. Também eu tenho problemas e não culpo nenhum dos meus amigos por isso ou muito menos deixo de falar com eles só porque sim.
Com isto, o que me resta dizer é que as pessoas só podem ser tolerantes enquanto há razões para o serem.
Não fiquei chateada, mas esperava melhor da parte dele.
As pessoas têm que ter noção que a vida é complicada e que não podem simplesmente mandar assim os amigos embora. Nunca se sabe o que o futuro nos reserva e um dia podemos estar sozinhos e precisar do apoio dos amigos. No entanto, se o que fizemos foi só ver o nosso lado, não podemos esperar que os amigos estejam á espera de milagres, porque nos cabe a nós entender as coisas.
As pessoas não vão ficar sentadas de braços cruzados á espera que entendam que procederam mal. Na minha opinião isto é uma criancice enorme.
Eu valorizo o empenho do meu amigo para com o problema dele e jamais meterei isso em causa, mas esse meu amigo também tem que entender que há limites para aquele tipo de comportamentos. Com isto acabamos por ver que só é amigo quem está e não quem nos julga por erros que não cometemos.
Isto é uma das coisas que não percebo nas pessoas...sermos muitas vezes julgados por erros que não fomos nós que os cometemos. Nós não temos que resolver problemas que não nos cabe resolver. Podemos sim dar apoio, dar amparo, mas é o mínimo que podemos fazer perante uma situação complicada como esta.
O resto...cabe ao outro perceber.
Como é óbvio eu não dou o meu braço a torcer, porque tenho clara noção do rumo que as coisas levaram. Além do mais eu e esse meu amigo já falamos pessoalmente. Logo ele teve a chance dele para me dizer o que pensava. Se não o disse na altura, não me pode atirar em cara as coisas agora.
As pessoas têm que meter na cabeça que só fazemos o que podemos. Cabe a cada um entender isso.
3 comentários:
Por vezes é complicado sermos percebidos. Nem todas as pessoas pensam da mesma forma que nós.
Há pessoas que só pensam consoante aquilo que passam e tudo o que venha de fora não importa, porque não se compara com o que se passa de dentro.
Neste caso eu acho que essa pessoa com quem convives devia deixar de ser imatura. Eu gabo bastante que se apegue ao se problema e o tente resolver e tenha até ficado magoado/a a inicio quando nem sabia bem da história, mas depois de teres explicado tudo e de teres tido o teu momento de antena e essa pessoa também se ter explicado, aí já não percebo. É a tal coisa, as pessoas fazem as coisas de acordo com o que acham ser correto. Olha pois, se não te quer falar, ou se não quer saber, deixa-o/a fazer o que entender. Tu já deste provas suficientes de que te preocupas e de que tinhas o direito a socorrer os teus familiares e cabe-lhe a ele ou ela entender isso. Se não entende ou é egocêntrico ou precisa de passar pelo que tu passaste e valorizar. Muitas vezes as pessoas só valorizam assim.
Pois é, mas a minha opinião é esta:
Uma pessoa só deve ter este tipo de atitude quando tem razões para isso. Agora só porque sim...tenha lá santa paciência, nem tanto ao mar nem tanto á terra. Simplesmente fiquei um pouco cansada de ter de ser sempre eu a correr atrás das pessoas e perguntar como elas estão quando elas também não perguntam como eu estou. Ele tem problemas de familia e eu também. Olha a minha mãe também precisou de ir ao hospital no outro dia e eu não fique magoada por ele não ter lá ido. Ele não sabia, tudo bem, mas ele tem os problemas dele, o que é que ele ia lá fazer? entendes isso? tu sim, agora vai lá dizer-lhe isso a ele a ver se ele entende. Alguma vez? Tal pai tal filho. Cabeça de rocha.
Tânia, tu já fizeste a tua parte. Já fizeste o que te competia nessa situação. Escreveste, entregaste e até falaste, logo não te compete mais nada. Tu és apenas amiga, não és da familia. Cabe-lhe a ele perceber isso, não a ti passares a vida a esforçar-te para perceber os porquês dele. Deixa-o. É melhor assim. Para mim isso é perderes tempo. Quando ele vir que lhe falta o teu ombro ele procura-te. Se não te procurar por causa do orgulho, então vai morrer arrependido. Isso é com ele. A tua ação está feita.
Beijinhos.
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