O cinema é uma tecnologia e uma arte com alguns anos.
Foi no dia 28 de Dezembro de 1895 que os irmãos Lumier inventaram o cinematógrafo, um aparelho que projetava a imagem e funcionava á manivela.
O primeiro filme alguma vez visto foi em Paris, em finais do século XIX e tratava-se da chegada de um comboio a vapor, o que causou espanto e terror no rosto de todos os curiosos, que acabaram por sair da sala de cinema chocados e aterrorizados pela novidade com que se deparavam. O século XIX foi marcado por uma forte fase de mudança e avanço, pela novidade, pela fotografia e pelo consumo que surge precisamente com a revolução industrial.
Demorou muito para que o cinema fosse considerado como uma arte. No inicio o cinema era uma coisa do povo e era considerado uma vergonha um intelectual ir ao cinema.
Com o passar dos anos, chegamos a uma fase em que o cinema é uma coisa banal, assim como qualquer tipo de arte que seja feita. Entramos na fase da banalidade e redundância em que as modas do que foi voltam a dar nas vistas e a busca de algo novo parece ter estagnado. Até a música morreu, diga-se de passagem, pelo menos eu conto pelos dedos os bons cantores que temos.
Hoje em dia, uma nova estreia no cinema é, pelo menos para mim, uma coisa repetitiva do que já foi. Efeitos especiais com seres do outro mundo, viagens para novos planetas e casos policiais com seres paranormais dentro do panorama fantástico de Todorov que nos fazem prender ao ecrâ e acreditar que tudo aquilo é possível. Um filme nos dias de hoje já não é o mesmo que um filme há uns bons anos. Por mais avançada que esteja a tecnologia, acho que chegamos ao ponto de estagnação de ideias e a criação de enredos é já uma coisa batida.
No entanto, há bons filmes que captam a minha atenção e o meu interesse. Mas para mim o cinema perdeu quase todo o seu interesse. Para se ver um filme nos dias de hoje basta ir á internet e não há muito que pensar, basta descarregar o filme para o computador. E assim o cinema vai perdendo o seu encanto.
Faz algum tempo que não vou ao cinema e não tenho vergonha de admitir tal verdade. Não é isso que me torna mais caseira. Apenas acho que gastar quase dez euros num bilhete de cinema é um pouco mal gasto para aquilo que espero ver e aquilo que vejo.
Embora seja uma pessoa um pouco critica no que toca ao assunto dos filmes, sou de boa visão. Gosto de quase todos os filmes que vejo e costumo procurar sempre comprar um bom filme sempre que posso para ver quando estou mais desocupada e sem nada para fazer.
Além de um bom filme para adultos, também me deixo encantar por um bom filme animado, se bem que até nos filmes animados chegamos a um desgaste de ideias. A maior parte dos filmes que vejo atuais são computarizados e perdem metade da piada que os antigos filmes da walt Disney tinham com todas aquelas histórias fantásticas e que toda a gente conhece, como A Branca de Neve.
Embora assim seja, saiu em 2011 um filme que captou o meu interesse e que hoje é um dos meus filmes de eleição de animação.
O filme chama-se Rio e a personagem principal é uma arara azul chamada Blu, que é encontrada por uma menina que o adota e crescem juntos. No entanto Blu é o último macho da sua espécie e um cientista brasileiro encontra o seu paradeiro e tenta persuadir a sua dona para o levar para o Brasil, para que possa acasalar com uma fêmea da mesma espécie e salvar a espécie em vias de extinção. No entanto, o que parecia ser uma boa aventura onde tudo correria como o planeado, torna-se numa mega aventura com o rapto das duas araras por um grupo de traficantes da favela e pela busca desesperada da dona de Blu de reaver o seu bichano. Comédia de nos fazer rir ao extremo e cenas de nos fazerem ficar colados ao ecrã acompanhadas de uma deliciosa banda sonora são a minha recomendação para os que ainda não viram.
E vocês, caros leitores, o que acham do cinema do século XXI?
2 comentários:
Já vi o Rio e achei fantástico. Este post está muito bem extruturado e aprendi umas coisas novas contigo.
Eu adoro esse filme do Rio. Quando vi achei fantástico.
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