Toda a gente passa ou já passou por ela. A rotina pode ser uma coisa boa, mas pode também fazer-nos sentir presos. E presa a uma rotina em que se passem todos os dias as mesmas coisa não é o meu género.
Eu gosto de inovar, ficar expectante, sempre á espera dos próximos acontecimentos e pelo caminho ir cometendo umas loucurinhas sem ter de pensar nas consequências, desde que tenha um enorme prazer nisso.
Admito, por vezes gosto de arriscar, sentir adrenalina dentro de mim, fazer algo completamente diferente e fugir do habitual, porque isso não é para mim. Todas as tardes, depois das aulas, penso sempre numa coisa diferente para fazer. E essa coisa pode levar uma meia hora, dez minutos, não importa, mas tem de ser diferente. E posso até nem ter ninguém com quem a repartir no momento, mas faço-a com gosto. Gosto de me sentir viva, de sentir que hoje fiz mais uma coisa que ainda não tinha feito, diferente, original, que me dê uma enorme satisfação interior. E pode ser de tudo um pouco. Não tenho preferências dentro das coisas que penso sempre em fazer. E se penso nelas, faço-as. Se não as faço hoje, posso fazer amanhã, mas vou fazendo de acordo com a minha disponibilidade. Por exemplo, na semana passada estava um frio de morte, mas não sei bem explicar o motivo, sentia-me presa dentro de casa. Actualmente vivo numa vivenda na serra em Madrid, estão mais ou menos a ver o que é quereres muito fazer uma coisa e não saberes exactamente o que fazer...Pois é...
Nesse lindo dia apeteceu-me fazer uma coisa louca e fiz. Pelo menos para mim foi. Perdi-me completamente pela serra. Corri sem ter de pensar para onde, com o meu telemóvel ligado para o meu namorado saber como me contactar e me ir buscar. Arrisquei e querem saber que mais? Gostei. Perdi-me completamente. E adorei a sensação de estar perdida e de nem saber como voltar para casa. Foi uma sensação louca, que me encheu de vida e me fez lembrar aqueles tempos em que somos ainda adolescentes. Adorei. Foi indescritível.
Por isso tento sempre fazer alguma coisa diferente, que me agrade, como aquela que fiz. Porque não há nada melhor que haver dentro de nós aquela força interior que nos move para todo o lado, sentir o ar entrar a fundo nos pulmões e sentirmos a vida dentro de nós a querer gritar.
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