Não importa o que seja, nem como surge...mas nos dias de hoje, a ideia de existência passa simplesmente pelo facto de sermos tocados pelos media.
Um grande exemplo disso são os ídolos. Para quem não sabe, os ídolos é um programa da Sic em que os concorrentes decidem mostrar os seus dotes musicais e ir passando a cada fase até chegar á final e levar um prémio para casa. Sempre gostei de ver os ídolos, mas programas como este fazem-me pensar nestas coisas.
Quantos de vocês conseguem lembrar-se de ex concorrentes dos ídolos? Nem eu...por mais que tente nem eu me consigo lembrar.
Neste momento tenho um colega do meu curso, o Diogo Piçarra, a concorrer nos ídolos e nem se tem saído mal. No entanto, admito que há melhores vozes ali e que já estiveram em risco de serem eliminados. Tudo isto porque os portugueses não sabem votar decentemente em quem canta mas decide votar pelo vestido, pela carinha laroca e até porque acha que canta qualquer coisinha e engraçou com fulano.
Mas isso já são outros assuntos que nada têm a ver com a temática deste post.
O que eu pretendo basicamente aqui tentar que percebam é que hoje em dia tem muito mais valor serem publicadas duas ou três páginas de revistas sobre os ídolos do que pessoas com mérito ou outras situações que mereçam ser notícia e que fique na história. Hoje a moda é dar relevo a coisas que amanhã já ninguém se vai lembrar ou sequer pensar que existiu...
Já lá vão os bons velhos tempos em que a memória de elefante vingava no nosso país e não é do queijo a culpa disto tudo, mas sim da desgraça que nos cerca cada vez mais de perto.
Em tempos deu um programa na Sic com um formato parecidíssimo aos ídolos, chamado de FAMILIA SUPERSTAR. Basicamente o programa consistia em manter os concorrentes hospedados numa casa, irem sendo postos á prova com as suas capacidades vocais durante a semana e haviam as galas todos os Domingos á noite. Se querem saber, tenho ainda na lembrança que ganhou uma rapariga e que cantava muito bem, mas quem é ela? não sei...e o que importa isso? Ganhou o programa! Que bom para ela.
E é deste tipo de coisa que vivemos hoje em dia. Vivemos no império da imagem, em que a montra tem mais peso que o conteúdo?
-Já viste aquele rapaz tão culto mãe?
-O que interessa se nem se sabe vestir como deve de ser?
É disto que vivemos hoje. De imagem, de montra e de cada vez mais efemeidade, onde o que chega hoje, amanhã já não interessa. Vivemos numa sociedade de cada vez mais vicios e cada vez mais desgraça, cada vez mais facilitismo e cada vez mais para uns e menos para outros.
Vivemos numa sociedade em que concorremos a um reality show e dois dias depois já temos fãs e somos capa de resvista como o caso do Big Brother e da Casa dos Segredos. O que é que aquelas pessoas são? Tanto ou menos que eu e além de estarem a fazer uma enorme figura de ursos ainda saem com uma mala com uns trocos e reconhecimento temporário. E o mais giro no meio disto tudo é que esse clube de admiradores tem o nome de fãs!!!
Na minha opinião, estamos sim na era do ridículo, em que as coisas mais absurdas fazem todo o sentido e a mulher de pele e osso está acima da mulher com algumas curvas.
Sejemos sinceros: Onde iremos nós parar? Não estaremos a cair num tremendo exagero?
Não será tudo isto e hiperbole da nossa sociedade atual?
3 comentários:
Senti a falta dos teus posts, lembrei-me de vir ao teu blog e dar um cheirinho. Gosto sempre das tuas ideias e das tuas criticas malucas. E já agora...a primeira música é genial.
Ser famoso também tem seu preço minha marota. Mas sim, concordo em grande parte com o que li. As pessoas só se preocupam passando pelos media. Totally.
O fulano com quem namoraste há uns tempos atrás também gostava disso, até se deu ao trabalho de ir ao fórum dançar feito parvo só para aparecerz...muito bom! Fama que já poucos se lembram. É uma pena.
Enviar um comentário