Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 1 de agosto de 2010


A noite tinha chegado. Estava nervosa...
Sabia que tinhas saído e estavas a demorar. Resolvi sentar-me lá fora, ver a natureza ao meu redor, sentir a leve brisa vinda do ar e deixar-me envolver. Deixei o tempo passar e nisto escuto o som do telefone. Eras tu. Havia mais de três horas que não sabia nada de ti, havias dito que não demorarias e eu esperei por ti. Disseste que estavas atrasado mas para não me preocupar que irias mandar alguém vir-me buscar. Aguardei.


Quando desci do carro olhei o céu. A noite estava linda, quase não havia vento. As estrelas faziam lindos desenhos no céu. Ao longe ainda ouvia o som das gaivotas...depois...o som do mar.
Tirei os sapatos e entrei na areia deixando que os grão de areia engolissem os meus pés como lobos famintos. Disseram que me esperavas ali mas não te conseguia ver. Comecei por caminhar.
Caminhei pela praia solitária perto das altas palmeiras. O som das ondas a rebentar na costa era como que uma balada, a única música de que dispunha.
Eis então que vejo uma luz e decidi segui-la.
Quando cheguei ao pé dessa luz vi que se tratavam de velas, grandes e lindas velas brancas que juntas formavam um enorme coração na areia. O cenário perfeito para uma noite perfeita. Sorri ao imaginar-nos aos dois num cenário assim e é então que tu surges. Tinhas um largo sorriso, os teus olhos brilhavam como diamantes. Pegaste na minha mão. Ao longe ouvia-se uma música de fundo bastante agradável. Puxaste-me para junto de ti e fechei os meus olhos ao estar por fim por entre os teus braços.
Dançamos por breves instantes dentro daquele coração de cera iluminada, por entre as pétalas de rosa que começaram então a cair sobre nós, por entre os teus braços que a pouco e pouco se abriam até me deixar cair sob um lençol de ceda onde juntamente se deitou o teu corpo lado a lado com o meu.
Vi o teu rosto entre as chamas das velas, o teu olhar directo ao meu olhar. Depois senti os teus dedos firmes e hábeis delinearem ao de leve os meus lábios.
Quando os nosso lábios se tocaram senti a doce fragrância dos teus cabelos, o doce toque da tua pele macia que agora aparecia a pouco e pouco de encontro á minha.
A minha doce sina, a sina de te amar para sempre, a sina de estar condenada a ti. A minha doce condenação.

Cobriste-me com pétalas de rosa e sorriste meigamente. Senti que estavas nervoso, as tuas mãos que até então estavam tão firmes agora tremiam sob as minhas. Vi os nossos dedos entrelaçados um no outro e por fim fechei os olhos deixando-me envolver naquele mundo mágico e cheio de alegria. A alegria do nosso amor, da paixão pura que a pouco e pouco nos consumia.

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