Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Incompreensão


Uma leve pancada. Um rosto estranho numa rua qualquer onde só o vazio habita. Uma brisa de vento esquecida.
Um coração que bate, o sol que nasce
As nuvens que nascem, a chuva que cai
A brisa do entardecer e a brisa do amanhecer
De longe um olhar cortante
Por fora uma tempestade
Um cigarro que de longe ilumina as ruas
De perto a escuridão que vem chegando
No meu rosto as lágrimas entre sorrisos
No teu rosto a ausência das palavras
Nas mãos as promessas que caem, as promessas que voam, que fogem
No futuro a incerteza
No passado toda a certeza
A indiscrição das palavras
O não significado das coisas
Uma tentativa de se saber quando nada se sabe verdadeiramente
Á porta os sapatos sujos do trabalho
Lá dentro o silêncio das palavras
As bocas que se calam
As mãos que se enlaçam e desenlaçam
Os amores que partem e os que chegam
As esperanças e a solidão crescente ou decrescente
A idade que avança, o fim que se aproxima
Do lado de fora o fumo
Do lado de dentro a chama
Os teus olhos e os meus
O teu sorriso e o meu
As tuas palavras que se misturam com as minhas numa tentativa de diálogo
As palavras que se soltam e prendem na boca
Olhares distantes ou penetrantes
Danças lentas entre o chão limpo
onde não há nada que temer.
Dentro de mim a incerteza
Que poderá mais suceder?

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