Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Palavras mudas

Um dia poderei compreender porque ver-te sorrir me enche os olhos de lágrimas. São lágrimas de emoção. Talvez um dia possas dizer-me porque me consegues fazer amar-te tanto, quando por fim os nossos corpos se separarem das amarras da alma. Talvez nesse dia não vejas as lágrimas que caem pelo meu rosto, a emoção sentida dentro do peito, contida pelo receio de te demonstrar demasiado, de te ver sair depois de todo o meu exagero, de não te ver regressar.
Talvez um dia me digas porque é que o amor nos torna tão fisicamente fracos.
Quando os nossos corpos se juntam, eu tento sempre fundir-me em ti, separar o físico do espiritual, juntar aquelas pequenas peças que fazem de nós o que somos, separar de nós tudo o que está a mais, sem usar palavras, sem usar gestos, apenas com emoções.
Quero que me olhes e te questiones porque te abraço assim tão fortemente sem usar os meus braços, que me digas que me amas sem usares as palavras, que te dispas sem tirares as tuas roupas, esse pequeno assessório que usas para cobrir o teu corpo, esse tronco despido sempre perante os meus olhos, esse corpo que tento cada vez mais separar do meu para juntar ao teu outro corpo.
Quero que me abraces, que me olhes nos olhos mesmo que estes estejam fechados, que me digas que sentes a minha falta, que sempre a sentiste, que as minhas palavras são alimento á tua sede de viver.
Quero-te, mas não sei como dizer-te por palavras. Quero-te mas tenho medo de te ferir ao dizer-te que querer-te é muito, é mais que todas as outras coisas, que todas as outras coisas perante o te querer não são nada. Mero vazio da alma, mero espaço em branco.
Quero que saibas, és o grande amor da minha vida...sabias?
Talvez nunca o tenhas sabido realmente.

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