Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 10 de outubro de 2010

Amor possesso

Ceguei, amor, se soubesses, de cada vez que tento esticar ambos os braços não te sinto. Lanço ambas as mãos para o vazio em busca do teu corpo, ou mesmo uma parte de ti, mas não te encontro. O amor tirou-me toda a visão.
Tento chegar mais perto de ti, cruzar os nossos corpos, cruzar os nossos dedos, mas não te vejo. Sinto que nem hoje nem amanhã te verei. Hoje ceguei de amores por ti e nunca saberei dizer-te porque ceguei, porque motivo o meu campo de visão não é recuperado, porque motivo temo que te afastes sem poder ver-te ir.
Amar é temer a nós mesmos. É ser o pior dos cobardes, o pior dos idiotas, mas ser cobarde por amor é algo que não me envergonha. Depois de todo este tempo, depois de todo o calor que recebei dos teus braços, depois da chama, de toda a tempestade, sinto que te amo mais a cada momento e que a cada momento que passa vou ficando mais e mais idiota...que nada faço para deter os meus sentimentos de avançar.
Percebo que o amor nos cega, nos tira as forças, faz de nós uns fracos e agradeço-te profundamente por isso, por me tirares as forças, por fazeres de mim uma fraca, alguém sem rumo e sem assunto, alguém com quem provavelmente ninguém queria ter uma conversa, sentar-se, ter por perto, do seu lado como me tens do teu, eu, este pobre animal indefeso, agora possuído pela sobra do amor soberano.

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