Por favor, imploro-te...agarra a minha mão com a tua.
Antes mesmo de te olhar, de saber como era o teu rosto ou o teu ar de perplexidade, dá-me antes a tua mão.
E tu nem existaste um segundo, nem estremeceste, nem fizeste contas á vida.
A minha mão direita com a tua mão esquerda...
Eram apenas duas mãos que seguravam uma na outra. A tua mão enorme, com os dedos firmes e compridos, a minha pequena e trémula. As nossas mãos juntas, que se apertavam e que se largavam...que se sugavam uma na outra, fazendo suar uma contra a outra para depois se soltarem e agarrarem de novo.
As nossas mãos agora juntas que faziam levitar cada pedaço do meu corpo, cada poro, cada batida do meu coração.
Uma valsa dançada pela mãos de dois simples desconhecidos...
Não era preciso dizer-se mais nada. já tudo fora dito com as palmas das nossas mãos.
Duas mãos que dançam, que fazem amor uma sobre a outra, uma lado a lado com a outra.
Duas mãos que faziam amor...que faziam acontecer o amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário