Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sexta-feira, 5 de março de 2010

Traída

Foi assim que fiquei. Mão frias, corpo sem acção. Não me mexi um centímetro que fosse e de longe via-vos aos dois. Tu e ela frente a frente, trocando sorrisos e palavras caras, trocando as mesmas promessas que me fizeste a mim tantas vezes. Deixei-me cair sob o solo húmido pensando não ter ouvido nada daquilo.
Ao meu redor a vida continuava a um passo alarmante, mas na minha vida mais nada continuava. Como foste capaz?
Tu nunca me soubeste dizer. Em ti nunca houve um pingo de verdade. No fundo, eu mesma sempre soube que me enganavas cada vez que nos olhávamos. Era patética a forma como eu conseguia acreditar com uma facilidade que nem eu mesma sabia possuir em todas as coisas que em dizias. Prometeste tanta coisa a ti e a mim. Uma das coisas que havias prometido foi melhorar as nossas condições de vida. Nunca passamos dificuldades, mas tu esforçavas te sempre por querer melhorar tudo. Eras um homem de sucesso e homens de sucesso nunca se conformam com pouco. Trabalhavas sempre até tarde e tinhas sempre muito que fazer. Eras super ocupado. Quando nos conhecemos perguntei a mim mesma se na tua vida haveria algum espaço para mim. Nunca te fartaste de me dizer que sim. Para ti as palavras não contam. És homem de acções, mas se de facto não contou nada do que pronunciaste porque te deste tu a esse trabalho?
Quando começamos a viver juntos tudo parecia no seu devido lugar. Levantavas-te cedo e ias trabalhar. Eu continuava com os meus estudos. Depois íamos almoçar juntos a um sitio sempre diferente.Detestavas repetições e adoravas variar. Ainda me lembro muito bem daquele dia em que fomos comer um prato exótico a um restaurante tailandês. Falavas que adoravas comer fruta com a comida e eu observava de perto todos os teus gostos. Comparava-os com os teus gestos, o teu requinte e a tua personalidade. Eras assim e eu admirava-te pelo que eras.
Eu admirava-te todos os dias. Admirava-te pelo homem que eras e pela capacidade que tinhas para fazer frente aos problemas. Só nunca pensei que um dia pudesse também eu ser um problema na tua vida. Enfrentaste-me de repente quando nem eu mesma esperava e disseste tudo o que eu não desejava ouvir.
-Eu não te amo mais, tu não és mais a mulher da minha vida.
Como se as coisas fossem assim. Como se uma mulher pudesse ser e deixar de ser a mulher da vida de alguém num acto apenas. Fizeste a tua escolha, apenas teria de a enfrentar. Não chorei, não te disse uma única palavra. Saí da tua vida sem que te desses conta. Fiz as malas e fui embora.
-Acredita,não há mais nenhuma mulher na minha vida. Apenas quero ser livre.
E foste. Foste livre para seguir, foste livre para fazer as tuas escolhas e as tuas mentiras. Deixei-te ir. Fiquei a ver a forma sublime como me enganavas a olhos vistos. Fiquei a ver a forma sublime como disseste á outra as coisas que me disseste a mim. Fiquei a ver como para ti tudo era assim tão fácil. Tão fácil amar e deixar de amar, tão fácil ser assim. Quem me dera ter sido com tu. Assim talvez nem nos tivéssemos cruzado

2 comentários:

Anónimo disse...

Again? diz-me que n foste tu a traida ^^
Ruth

O mundo segundo eu disse...

Uhm? Again o quê? Não, n fui eu mas já agora: Quem és?