Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Embrieguez de amor

Sonhei muitas vezes ter-te, mas essa imagem era tão distante. Os teus lábios jamais poderiam ser sentidos, os teus braços jamais poderia ser tocados, mas esta noite...a noite em que pude finalmente tocar-te, saber como era sentir o veludo dos teu lábios, completar-me com o deleite de entrelaçar os nossos corações. Disseste-me que já me amavas. Questionei-me sobre o que estaria na tua cabeça para nos ter mantido afastados durante tanto tempo. Depois parei, já chegava de questões. Para quê questionar quando podemos simplesmente viver sem questões, torna tudo muito mais fácil.
Esta noite era já o quarto copo que bebia, mas nada fez as minhas pernas tremerem tanto como um simples sorriso teu. Olhar-te era algo assim, com esse efeito estonteante. Eu sempre soube que nós daríamos bons amantes, que nos poderíamos encontrar desta forma, sem que o mundo pudesse saber para que se levantassem aquelas questões impertinentes que as pessoas tendem a espalhar pelo mundo.
Nós sabíamos que o mundo não precisava de saber do nosso amor. Por mais copos que bebêssemos esta noite e na outra, nada chegaria tão rapidamente ao sangue como a saliva dos beijos trocados.
Sempre soube que eras quente ao ponto de me fazer sonhar contigo até na tua ausência.
A tua pele era de veludo, os teus olhos...meros cristais que saltavam á vista do meu olhar de observadora imparcial. Tens um talento para me sufocar com o teu olhar. Nunca saberei dizer-te se é meigo, se é devorador ou simplesmente um olhar de felino. És um mistério...e é isso que me amarra tanto em ti. Tocar-te é como morrer e ressuscitar sem sentir dor. E mesmo quando se sente, é uma dor doce, algo que sabe bem recordar e desejar repetir.
És como uma droga. Á medida que te devoro dou-me conta disso. Na droga as primeiras sensações são sempre alucinantes, maravilhosas...mas com o consumo começamos a sentir a necessidade constante de a consumir para voltar a sentir aquelas primeiras sensações que vão desaparecendo. Dei-me conta de que és como cocaína sem nunca ter sequer experimentado cocaína na vida. Mas sabia. No fundo sei sempre como são as coisas se as imaginar. Por isso sei como é morrer. A única diferença entre ti e a cocaína é que sinto sempre as mesmas sensações de cada vez que me tocas, ou até mais intensas. Nunca pensei dizer-te isto, mas acho que não tenho tratamento. Diz-me, ensina-me...mostra-me como ser capaz de te deitar fora, de te deixar sem sentir a tua falta dois segundos depois.
Tu fazes-me dizer estas coisas...fazes sim. É uma loucura amor...se soubesses...beba eu os copos que beber, diante de ti direi sempre a verdade.

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