Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sábado, 10 de setembro de 2011

Na sombra

És droga! Mando-te embota e de que adianta?
Tu persegues-me e sabes sempre onde achar-me.
És como fogo que me coloca em brasa, que me faz perder os sentidos só de me tocar de leve.
Nas tuas mãos sou sempre um ser pequeno, mas nunca me importei com isso, pois sei que depois desta noite irás sempre voltar.
Tu gostas de sentir aquele perigo miudinho, aquela sensação de saber que estás a cometer um erro.
Eu nunca me importo, espero-te sempre na calada da noite sem grandes cerimónias, com as ideias já bem acentes para o que nos espera.
O único telhado que nos cobre nessas noites são simplesmente as estrelas.
Para ti é bom o som surdo nas árvores, das plantas ao sabor do vento, aquela sensação de poderes ser apanhado por um potencial estranho que te faça sentir ameaçado.
Nunca te atrasas. Nunca tiveste de o fazer para concretizar algo que gostas. Fico satisfeita nos teus braços e contigo sei que não preciso de procurar outros homens, porque contigo, sei que tenho todos os homens.
Tu gostas do meu desinteresse, da minha falta de atenção para com os teus gestos.
Não demonstro nada aos teus olhos, mas ardo por dentro quando chegas.
Muitas foram as vezes que te mandei embora, mas o meu pensamento nada faz perante a tua presença.
Sei que, se te mandar embora, tu jamais irás ceder á minha vontade.
Tomas-me nos braços e fazes de mim a mulher da tua vida, sem nunca me teres perguntado se tu eras o homem dos meus sonhos.
E és sabias?
Simplesmente sinto o medo de qualquer mortal, medo de me perder demais nesses teus jogos de prazer infinitos.
Tu ganhas-me, mas eu não mostro que doeu essa doce perda.
Tu ganhas-me de cada vez que me tomas como sendo tua, de cada vez que me beijas sem saber quais os teus limites, de cada vez que vais embora e me prometes que amanhã estarás de volta.
Não consigo mandar-te embora.
És a chama que me queima como folha de papel, chama que me faz arder como uma floresta que se deixa consumir pelo calor.
És tudo isso e por tudo isso não consigo dizer-te que não mais uma vez.
Amar-te é estranho e sufocante, mas eu não consigo viver a respirar livremente. Preciso das tuas mãos no meu pescoço, do teu perfume á minha volta e dos teus jogos de palavras quentes.
Se é amor? Eu não sei...mas queima, faz-me querer voltar e nunca, mas mesmo nunca deixar-te para trás.

3 comentários:

Gisela disse...

Estes é que são os textos da minha irmã. =)

Anónimo disse...

Se sou droga é bom, não quero que arranjes tratamento, nem que te cures, juro que não te mato e se queimo assim tão bem como dizes, que queime mais, quero-te a arfar!

Cátia disse...

Bem...muito romance para estes lados significa bons humores...nada mais a dizer. :d