Todos nós sabemos que a razão é uma palavra absolutamente subjectiva e que está do lado de quem a vê, por assim se dizer. O que eu posso considerar certo, uma outra pessoa poderia considerar totalmente errado. Se formos analisar bem a situação, ambos os lados estão certos. A razão é uma palavra adquirida precisamente para se adaptar ás experiências pessoais da vida de cada um. Todos nós vivemos as coisas de forma diferente, logo temos todos tendência a ver as coisas de modo diferente.
Com a justiça e a injustiça já não se processa bem assim. Uma injustiça é quando uma pessoa comete um acto cruel a outra pessoa e não se arrepende do acto cometido. Por exemplo uma mentira ou um roubo, ou até um afastamento sem justificação coerente pode ser considerado injusto. É aqui que entra a razão. Uma pessoa que se sinta injustiçada pela outra considera-se portadora da razão, da mesma forma que essa pessoa considera a outra pessoa a culpada.
Mesmo que esta temática possa dar pano para mangas, como de facto daria, apenas vou falar no tema de forma mais superficial.
Regra geral, a pessoa que comete a injustiça e não se arrepende do acto em si, mesmo que seja por questões de orgulho não volta atrás. Isso quer dizer que "puxa a brasa á sua sardinha" por assim dizer.
Uma pessoa que tenha cometido uma "gafe" tem sempre a tendência de se sentir orgulhoso da mesma, por mais que não admita.
Logo, quando quem pratica a injustiça passa a injustiçado por via externa, acaba sempre por descarregar a sua frustração, quer na pessoa que injustiçou, quer na outra que o/a injustiçou á posteriori.
Como referi no Post da Lei Tripla x Karma não há nada que seja mal feito que não seja refeito depois.
Logo uma injustiça acaba sempre por ficar justa. Se me faço entender melhor, a pessoa que cometeu a injustiça acabará, mais tarde ou mais cedo por ser injustiçada da mesma forma que injustiçou.
Uma das tendências desse tipo de pessoas é de precisamente se sentir injustiçado e fingir precisamente ignorar a situação, quando na verdade se preocupa com ela. A outra grande tendência é o das ofensas ou tentativas de ofensa e de demonstração de indiferença quando finalmente se percebe que a pessoa que foi injustiçada por si, soube posteriormente que quem praticou a injustiça foi seguidamente injustiçado da mesma forma. Embora pareça confuso, é o mesmo que falar em Lei Tripla. Não faças aos outros o mesmo que não gostarias que te fosse feito a ti.
Toda a gente já passou por uma ou outra injustiça e cada pessoa a superou da sua forma. Da mesma forma que, se calhar, grande parte das pessoas já cometeu uma injustiça mesmo que seja sem querer.
Embora quem tenha praticado a injustiça tenha a tendência para chamar de imbecil a quem injustiçou porque afirma que essa pessoa não se sabe sentir feliz sem que seja com a desgraça alheia, não vejo as coisas dessa forma. Apenas considero que devemos de nos sentir de certo modo satisfeitos por saber que uma dada pessoa que tenha feito uma injustiça, tenha aprendido a lição quando levou com uma do mesmo género. Todos nós aprendemos a lição e crescemos com coisas más. Nunca vi ninguém crescer com festas na cabeça. Embora pareça que o que estou a querer demonstrar é que faço uma festa de cada vez que uma pessoa que me tenha injustiçado leve com alguma coisa em cima, não é nada disso.
Apenas é bom saber que a injustiça que nos foi feita voltou ás mãos de quem a cometeu, para assim tirar do seu acto uma lição que lhe deva de servir para a vida.
E aqui deste lado? Alguma vez se sentiram injustiçados? Alguma vez cometeram uma injustiça?
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