Diz-me que não é verdade.
Diz-me que o céu escureceu porque a noite veio para nos cobrir com a sua sombra, e que nunca, mas mesmo nunca se manchou pela tua partida.
Promete-me que um dia me farás entender que tudo acontece por uma razão sem que nunca precise de me questionar sobre o que quer que seja.
Promete-me que a tua ida foi temporária, que o sol amanhã estará de volta e com ele o teu sorriso.
Conta-me histórias que me façam acreditar que foi apenas mais um pesadelo. Ilude-me com histórias para adormecer, faz-me acreditar no que quer que tenha a ver com o teu retorno. Diz-me no ouvido que foi tudo mentira, que o teu coração não me deixou para trás, que a tua alma ainda existe do meu lado todos os dias.
Limpa-me as lágrimas, eu mesma perdi a vontade de o fazer.
Talvez um dia o tempo te traga de volta da mesma forma com que te roubou de mim.
Saber que partiste custou-me muito. No fundo não encontro palavras que consigam descrever em que parte me dói mais a tua ausência.
Promete-me que voltas e que se fores, me levarás eternamente contigo.
Deixa-te ficar se vieres, eu deixo a porta sempre aberta para ver espreitar o teu olhar. Deixarei sempre na mesa da sala aquela taça de doce de morango que tu mais apreciavas, juntamente com aquele insenço que tu dizias adorar.
Quando voltares eu estarei deitada no sofá da sala. Talvez até já durma, talvez ainda olhe pela janela, talvez ainda imagina que as cortinas mexem porque tu as fazes mexer. Gostas de me encantar com pequenos malabarismos e ilusões. É por isso que acredito que vais voltar. Tu voltas sempre, não voltas querido?
1 comentário:
Belo texto Tânia,sempre com uma palavra bem dita aqui no teu universo.beijitos.
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